Pedi Um Casamento Aberto e Meu Marido Me Surpreendeu 7.

Um conto erótico de Lukinha e Id@.
Categoria: Heterossexual
Contém 4240 palavras
Data: 27/11/2023 13:25:37
Última revisão: 27/11/2023 13:36:27

7. Presente, passado, futuro? Necessariamente nessa ordem.

Laine:

Mesmo que eu não merecesse, Carina foi paciente:

– Sim, sua boba. Beto nos procurou na sexta à noite e se abriu com a gente, expôs as inseguranças que sentia e, por amar você, decidiu lhe dar um voto de confiança e tentar entender o nosso mundo antes de julgar. Ele só está aqui por você, por amor.

Desesperada, acordando para a realidade, me sentindo suja, dei um beijo rápido na testa dela como agradecimento e saí correndo atrás do Beto. Vi que ele estava se despedindo do pessoal e aproveitei para passar desapercebida, saindo a francesa, indo diretamente para o carro.

Como todos já sabem, foi um péssimo final de noite. Após chorar arrependida, ao chegar em casa, sozinha em minha cama, sem que Beto me desse a mínima atenção, acabei pegando no sono.

Acordei na manhã seguinte disposta a recuperar o meu casamento e fazer as pazes com o meu marido. Eu já tinha tudo planejado. Iria chegar cedo, fazer sua comida preferida, e assim como Carina disse, iria me ajoelhar e implorar se preciso fosse. Eu seria honesta e iria acabar com esse papo de vida liberal. Eu só precisava da minha família, nada mais.

Como estava um pouco atrasada, acabei saindo rapidamente para o trabalho. Beto e o pequeno ainda dormiam. Consegui chegar a tempo e Alex, visivelmente preocupado, me aguardava:

– Bom dia, Laine! Conseguiu se acertar com o Beto? Carina não para de me mandar mensagem, disse que você não a respondeu ontem à noite.

Eu precisava começar a me redimir:

– Alex, quero me desculpar com você pela forma que agi ontem. A bebida não é desculpa para o meu comportamento. Acabei magoando meu marido e colocando até o seu casamento em risco. Vou me desculpar com Carina também.

Alex tentou me acalmar:

– Fique tranquila, a gente entende. Agora, sobre esse nosso mundo, esse nosso estilo de vida …

Eu precisei interrompê-lo:

– Me desculpe, posso estar sendo egoísta, mas enquanto eu não tiver uma conversa franca com meu marido, podemos falar apenas sobre trabalho? Não quero que você me entenda mal, mas no momento, o meu casamento é a minha única prioridade. Me desculpe novamente.

Deixei Alex confuso na calçada e entrei na empresa. Registrei o meu ponto e me foquei no trabalho a fazer.

Por volta das onze da manhã, recebi uma chamada da recepção:

– Sra. Laine, seu marido está aqui e pediu para vê-la.

Me assustei, mas antes de descer, dei uma passada rápida no banheiro e retoquei a maquiagem. Coisa de mulher. Assim que saí do elevador, Beto me esperava com uma mala ao lado. Um pouco apreensiva, me aproximei e o puxei para um canto mais reservado. Com os olhos marejados, segurando o choro, não acreditando que ele estivesse fazendo aquilo comigo, perguntei:

– Você disse que iríamos conversar, não acredito que está me deixando. Isso não é justo.

Beto me acalmou, disse que não era nada do que eu estava pensando e pediu para conversar. Fomos até o café do outro lado da rua e ele me contou sobre a proposta do Paulo. Eufórica, acabei o abraçando. Ele não me recusou, mas também não parecia muito interessado em retribuir.

Não foi uma conversa demorada e eu tive que praticamente implorar para beijar o meu próprio marido. Até propus esquecermos essa idiotice de vida liberal, mas ele, sereno e racional como sempre, me fez entender o seu ponto de vista. Beto se foi e apesar de suas palavras, eu não tinha muito o que pensar. Eu só queria minha vida e o meu marido de volta. Infelizmente, tudo estava prestes a mudar drasticamente.

Na segunda e na terça-feira, dispensei a babá e mimei muito o nosso pequeno. Eu sabia que Beto, sempre reservado nos negócios, não mandaria mensagens específicas, se contentando apenas em saber se estávamos bem e nos desejando boa noite. Como estávamos três horas à sua frente, ele calculou o melhor horário para se comunicar. Na terça-feira, ele mandou apenas uma mensagem de boa noite e não prolongou o assunto, dizendo que estavam terminadas as negociações e em breve estaria em casa. Ele não disse mais nada e nem me respondeu mais. Preferi lhe dar espaço, ansiosa por seu retorno. Provavelmente, ele estaria de volta no dia seguinte.

Na quarta-feira, já na saída do serviço, Carina me esperava. Aproveitei para me desculpar pessoalmente e ela me acompanhou até em casa. O que era pra ser uma noite de quarta-feira normal, acabou se transformando em um pequeno evento, já que Patrícia e Silvana acabaram aparecendo também.

Confesso que me sentia solitária e ter as três comigo, acabou desviando a minha atenção dos problemas e eu estava realmente me divertindo. Carina e Silvana cozinharam, uma massa com molho de carne assada desfiada maravilhosa e Patrícia trouxe algumas garrafas de vinho. Peguei leve na bebida, pois mesmo com a babá, o pequeno estava sob os meus cuidados. Ele comeu de se fartar, sendo o centro das atenções, o tempo todo afagado e apertado pelas três. Logo após o jantar, ele apagou e eu pedi licença para colocá-lo na cama.

Aproveitando um momento de descontração, Patrícia me avisou:

– Deu tudo certo para os rapazes. Negócio fechado e Beto até já assinou o contrato com Paulo.

Fiquei muito feliz:

– Beto ficou muito satisfeito com a proposta. Ele me disse que já tinham terminado, mas acabamos nos falando pouco. Acha que eles já devem estar voltando? É provável que sim, né?

Me surpreendendo, Patrícia abriu o celular e começou a me mostrar algumas fotos:

– Acho que eles voltam amanhã ou depois. Paulo acabou arrastando o Beto para comemorar. Eles estão em um resort no Caribe, próximo de onde tiveram as reuniões para a compra da nova empresa.

Comecei a olhar as fotos, uma a uma, e no fundo, após tantos problemas profissionais, um emprego que ele detestava e aceitou por minha causa, ao invés de me sentir chateada, já que Beto não me comunicou sobre essa comemoração, acabei ficando feliz por ele. Ele merecia se divertir, precisava desse tempo. Talvez, com a mente mais leve, ele voltaria para casa menos chateado comigo e mais disposto a me desculpar verdadeiramente.

Aquele Beto das fotos era o mesmo homem pelo qual eu me apaixonei perdidamente. O Beto que eu amo mais do que tudo e tenho a honra de chamar de marido. Ele dançava, cantava, passeava de buggy pela praia … sempre sorrindo, bem diferente dos últimos dois anos.

Um comentário de Silvana para Patrícia me deixou alerta:

– Tá brincando? Esse não é o Desire Pearl? O resort?

Patrícia deu de ombros:

– Não sei, é?

Silvana insistiu:

– Claro que é. Vou ao menos uma vez ao ano pra lá. Esse Tiki bar é único, é claro que eu o reconheceria. É simplesmente, o melhor.

Feliz por Beto, tentei sondar:

– Nossa, é tão bom assim?

A resposta de Silvana chegou a me dar calafrios:

– Bom, é pouco, é maravilhoso. Para um liberal, é o paraíso, o melhor lugar para se estar.

Suei frio, mas mantive a compostura:

– Para um liberal? O que você quer dizer com isso?

Silvana parecia não se atentar para a minha condição, olhando para as fotos, não para mim ao responder:

– É um hotel para adultos. O termo correto é hedonista. Tudo é diferente, nada é proibido. Nem roupa é necessário nas dependências do hotel. Casais liberais do mundo todo se encontram lá. É realmente um paraíso.

Silvana me mostrou uma foto mais específica:

– Olha aqui, tá vendo? Um monte de gente nua, se divertindo, sem preocupações.

Beto estava naquela foto, mas de bermuda, dançando uma dança de roda, de mãos dadas com uma morena de cada lado.

Silvana percebeu meu incômodo:

– Não pense em bobagens. Não é porque é liberal que todos são obrigados a transar indiscriminadamente. Na verdade, a grande maioria são de curiosos, que querem apenas conhecer. Não é como se todos passassem o dia transado na piscina. Talvez seja até bom para suas pretensões e Beto volte ainda mais confiante. Acho que Paulo acertou em lhe mostrar.

Patrícia estava calada demais, um pouco estranha até. Ela é sempre muito faladeira. Carina, com seu olhar afiado, disse para Silvana:

– Estou louca ou essa mulher de mãos dadas com o Beto, dançando, é a Samanta?

A fisionomia de Silvana mudou. Antes alegre, se divertindo, ela parecia furiosa:

– Vagabunda, safada, pilantra. Um dia eu te pego, sua filha da puta.

Vendo que eu não entendia, Silvana explicou:

– Essa desgraçada tentou acabar com meu casamento. Ela foi nossa parceira por um tempo, uma das poucas que Júlio se relacionou, já que seu fetiche é de corno, de assistir. Acredita que essa vagabunda tentou roubar o Júlio de mim, pelas costas?

Silvana, sem entender, se virou para Patrícia:

– Vocês ainda mantêm contato com essa vadia?

Patrícia finalmente falou:

– Eu nem tinha percebido que era ela. Paulo vai ter que me explicar essa história direitinho. – Mas também, tentou contemporizar. – Pode ter sido um encontro ao acaso. Talvez tenham se encontrado por lá, já que ela também é do meio. Essas coisas acontecem.

Silvana não estava convencida:

– Vocês me conhecem e sabem o que eu penso. Quem sou eu para dizer com quem vocês podem ou não se relacionar. A vida é feita de escolhas e eu jamais confiaria numa amizade que tenha laços com essa trambiqueira.

Patrícia acusou o golpe:

– Calma, amiga. Eu vou tirar essa história a limpo com o Paulo. Eu jamais teria qualquer tipo de relação com essa mulher. Estou tão irritada quanto você, mas o que eu disse é verdade, pode ter sido apenas um encontro casual e você conhece o Paulo, ele é incapaz de ser mal-educado com qualquer um.

Silvana se acalmou, mas manteve o pé atrás:

– Espero mesmo, Pati. Somos amigas há quantos anos? Eu jamais esperaria isso de você.

Silvana e Patrícia acabaram indo embora mais cedo e Carina, ainda mais preocupada comigo, acabou ficando mais um pouco. Enquanto conversávamos na sala, ela foi honesta:

– Eu teria cuidado com a Patrícia. Ela é a pessoa menos confiável que eu conheço. Quando ela quer alguma coisa, não mede esforços para conseguir.

Eu estava mais preocupada com o meu marido do que com os problemas de Patrícia e Silvana. Eu jamais deixaria meu Beto ser colocado no meio daquela confusão. Entre todas, Patrícia era a pessoa que eu conhecia há mais tempo e nunca tive motivos para desconfiar de sua amizade. Carina, apesar da proximidade, estava na minha lista de pessoas a ter cuidado. O mal-entendido do domingo ainda me assombrava. Silvana e ela eram relativamente novas na minha vida.

Resolvi não me envolver, eu já tinha problemas demais. “Por que Paulo arrastou o Beto justamente para um lugar como aquele?” Pensei. Se bem que, conhecendo o meu marido, o seu caráter e o quanto eu tinha a certeza do seu amor por mim, eu não tinha nenhum motivo para pensar mal dele ou preocupações de ser traída. Na minha cabeça, seria mais fácil uma baleia voar do que o Beto me trair. Afastei esse pensamento inútil e continuei a conversar um pouco mais com Carina, até que ela fosse embora.

{…}

Há oito anos:

– Meninas, o desfile foi um sucesso. Obrigado a todas. Sem vocês, a alta costura é apenas panos e linhas. São vocês que transformam essas roupas em peças desejadas, o sonho de qualquer mulher. É por vestir vocês que todas as querem, pois no fundo, elas querem ser iguais a vocês, nem que seja pelo menos na forma de se vestir.

Um dos organizadores do desfile ainda tinha uma meta a cumprir. Sabendo quem era a safada, quem era a gananciosa e quem queria apenas um trampolim para alavancar a carreira, ele já tinha em mente a quais garotas recorrer. Ele se aproximou das três modelos que correspondiam ao perfil desejado e pediu para falar em particular.

A safada, uma preta de beleza divina e corpo perfeito, Patrícia, já era acostumada a frequentar as festas após os desfiles e ele não teve nenhum problema para convencê-la. Inclusive, ela era amiga de alguns dos empresários e patrocinadores do evento e já estava de olho em um deles. A gananciosa, Samanta, uma morena linda e começando a se destacar na carreira, sabia que o pedido viria acompanhado de uma bolada mais do que caprichada. Empresários não têm problemas em meter a mão no bolso quando se trata de lindas mulheres. A terceira, uma morena de olhos verdes e boca carnuda, corpo escultural e temperamento dócil, a novata. Lavínia era o seu nome e sua vida estava prestes a mudar. Amor e ódio acompanhariam o seu trágico futuro.

Uma limosine fora mandada para o deslocamento das três beldades. Patrícia, a veterana, dividia seus conselhos de como se portar em eventos como o que elas estavam prestes a participar. Para Samanta, que estava pra jogo, as dicas entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Ela só queria se dar bem, de preferência, arrumar um marido rico e dar adeus aquele trabalho cansativo, onde ela se sentia em um açougue, sendo apenas uma peça de carne na vitrine, à espera de um comprador abonado disposto a se saciar com o que ela tinha a oferecer.

Lavínia era diferente das duas. Nem safada e nem gananciosa. Ela foi descoberta em uma comunidade carente do Rio de Janeiro por um empresário sem escrúpulos, que viu nela a chance de se dar bem. Órfã, pouco instruída, mas linda, uma perfeição latina. Com a orientação certa, ela ganharia o mundo e faria sucesso. O contrato era abusivo, mas pouco, para quem nunca teve nada, era uma verdadeira fortuna. Vinte por cento de seus contratos era mais do que a grande maioria dos brasileiros jamais sonhariam em ganhar na vida. Os outros oitenta por cento ficavam com o empresário, que aos olhos de Lavínia, era seu salvador, aquele que a tirou de uma vida de miséria e abusos.

A festa pós desfile, uma cortesia do patrocinador, um empresário chamado Paulo, seria na cobertura de um hotel famoso da cidade. Acostumada, Patrícia parecia deslizar pelo salão, chamando para si toda a atenção. Não demorou até que Paulo a notasse, mas a atenção dela, seus olhos, estavam em outro lugar, fixos, acompanhando outro homem. Experiente, ela se insinuou, mas não obteve a resposta que esperava, pois aquele homem lindo, de terno impecável e barba muito bem aparada, já havia se encantado por outra. Ele passou por ela e a cumprimentou educadamente, mas sem lhe dar muita atenção. A festa estava lotada, mas Roberto só tinha olhos para Lavínia. Ele se aproximou dela:

– Prazer, eu sou o Roberto. Mas prefiro Beto, fica menos formal.

Um pouco atrapalhada, encantada pela beleza do homem, ela chegou a se enrolar nas palavras:

– Eu … é… sou a Lavínia.

Mesmo não sendo um Don Juan, um sedutor por escolha, ele mexia com as mulheres. Nenhuma delas conseguiam passar impune ao seu charme e beleza. Beto não conseguia expressar em palavras o que aquela jovem e bela mulher despertava nele:

– Eu sei! Você foi incrível no desfile.

De longe, inconformada, Patrícia encarava o casal. Há meses tentava se aproximar do Beto e sempre era rechaçada. Jamais fora tratada assim, estava acostumada a ser o centro das atenções. Quanto mais parecia invisível aos olhos dele, mais queria estar perto.

Patrícia era o tipo de mulher que Beto não sentia a mínima atração. Muito bonita, é verdade, mas fútil, exibida, egocêntrica, incapaz de manter uma conversa interessante.

Lavínia também não sabia explicar, pois sempre teve uma imensa dificuldade para falar com homens, mas Beto lhe passava confiança, uma sensação de segurança que ela nunca havia sentido:

– Obrigada! Eu ainda estou começando. Não sou tão boa como a Patrícia ou a Samanta.

Beto era só elogios:

– Para mim você parecia uma veterana, dona do palco. Na verdade, acho que nem reparei nas outras.

Patrícia se aproximou com a intenção de entrar na conversa e acabou ouvindo o que Beto falou. Como alguém como ela poderia ser relegada a segundo plano? Quem aquela novata pensava que era para roubar o homem que ela passou meses tentando se aproximar. Por todo aqueles meses vinha tentando conhecê-lo melhor, sempre sem sucesso. Ardilosa, vingativa, ela sabia muito bem o que precisava fazer. Era hora de dar uma chance ao Paulo, pois assim, estaria sempre próxima do Beto.

Bêbada e infeliz, naquela noite Patrícia se rendeu aos encantos de Paulo, partindo com ele para sua casa com duas outras mulheres e se mostrando a safada bissexual insaciável que sempre fora.

Desiludida, querendo esquecer, deixou que as outras duas mulheres a tratassem com a rainha que ela achava ser e enquanto uma sugava seus seios, a outra chupava sua buceta com grande desenvoltura. Sentado próximo a elas, Paulo masturbava seu pau calmamente, admirando o espetáculo.

Sendo devidamente agradada pelas duas mulheres, Patrícia se entregou de vez, sentindo a língua suave que lambia seu grelo. Ela rebolava, esfregando a xoxota na cara da mulher e querendo mais. Pediu que a outra se sentasse em seu rosto e passou a fazer mesmo, lambendo e sugando o grelinho, adorava o cheiro de buceta excitada. Enfiava a língua e apertava a bunda da outra, dando tapas e gemendo com o próprio prazer que sentia.

– Suas safadas, adoro isso. Cadê um macho na hora que a gente precisa?

Cansado de assistir, Paulo, um amante experiente, entrou na brincadeira. Colocou Patrícia de quatro e enfiou o rosto em sua bunda, lambendo o cuzinho e passando a língua de cima a baixo, percorrendo cada zona de prazer. Apesar das outras duas mulheres, Paulo queria apenas Patrícia naquele momento.

Ele pincelou a rola na entrada da xoxota de Patrícia e brincou por alguns segundos. Com muito tesão, uma das mulheres agarrou o pau e começou a chupar, deixando bem babado e ganhando um tapa carinhoso na bunda. Paulo agradeceu e bateu delicadamente com o pau no rosto dela, deixando que ela aproveitasse e chupasse por mais alguns segundos. Patrícia queria continuar sendo o centro das atenções:

– Vai logo, me fode. Não era isso que você queria? Mete logo, fode essa buceta.

Atendendo ao pedido, Paulo encaixou a cabeça do pau e foi forçando, ganhando terreno, vendo o pau começar a sumir dentro daquela buceta quente e apertada, devidamente lubrificada pelas carícias preliminares das mulheres. Quando faltava poucos centímetros, ele enterrou de uma vez, arrancando um gemido gutural de Patrícia:

– Devagar, caralho! Assim tu me machuca, Beto.

De tão bêbada, Patrícia nem se tocou do erro e apenas pedia mais.

– Mete, filho da puta. Fode essa buceta, seu puto.

Puto era a palavra perfeita. Paulo estava realmente puto por Patrícia ter falado o nome de Beto, não o dele. Ele começou a estocar forte, com raiva, sem se preocupar com o que ela sentia. Não queria machucá-la e, de vez em quando, até pegava mais leve. Mas ela estava em outra dimensão, curtindo sua própria fantasia:

– Isso, Beto … seu gostoso … fode essa buceta … isso está bom demais … vai Beto, não para.

Cada vez que ouvia o nome do amigo, Paulo se revoltava um pouco mais, socando mais forte, entendendo que era a segunda opção ali. Resolveu tocar o foda-se e passou a curtir ao invés de se preocupar. Só queria foder aquela puta que todos desejavam e no mais, o sexo era mesmo quente, a buceta apertada era uma delícia e mesmo sabendo que o desejo dela era outro, ele estava pouco se lixando, afinal, conseguiu o seu objetivo.

Apesar de toda sua experiência, e mesmo sendo chamado pelo nome de outro, Patrícia era um furacão na cama e aquele era, de longe, e ainda por cima com ela bêbada, o melhor sexo da sua vida. Imagina sóbria?

Paulo afastou os pensamentos contraditórios e passou a estocar com ainda mais força, curtindo e se entregando. “Beto, Paulo, Juca, Zé … não importa, só importa que ela está aqui, de quatro, se acabando e se divertindo”. Pensou e voltou a empurrar forte, dando tapas na bunda, beijando a boca da outra mulher, voltando a socar fundo naquela preta deliciosa.

Sentiu a buceta mastigando o pau, já era a terceira vez que Patrícia gozava. Não só ele, mas as duas mulheres também não davam trégua a ela. Estava no seu limite e apenas relaxou, tirando o pau de dentro e dando para uma das mulheres chupar. Foi surpreendido por Patrícia, que se virou e, de língua de fora, também queria participar daquele momento:

– Eu também quero, Beto! Goza na cara da sua putinha. Enche a minha boca de porra.

Paulo gozou no rosto, no cabelo, no nariz, na boca das três, urrando, a melhor gozada da sua vida até ali. Ainda assistiu, maravilhado, as três, com a cara gozada, se beijando e compartilhando o momento.

Paulo e Patrícia acabaram ficando juntos e trepando nos dias seguintes e ela não repetiu mais a gafe da troca dos nomes. Ele entendeu que a princípio, talvez ela tivesse interesse por Beto, mas acabou se desencantando, já que Lavínia e ele não se desgrudaram mais. As transas eram cada vez melhores e Patrícia parecia que realmente gostava de estar com ele. Sem opções, desistindo de Beto, Patrícia acabou aceitando o pedido de namoro de Paulo e a relação dos dois só cresceu.

Com o tempo, Beto e Lavínia, assim como Paulo e Patrícia, acabaram ficando cada vez mais próximos. Patrícia admirava Beto de longe, já ciente das preferências liberais de Paulo, seu agora namorado. Quem sabe, seguindo esse caminho liberal, poderia convencer o “casal amigo” e ter, finalmente, mesmo que não completamente, o homem que sempre quis?

Não foi surpresa para ninguém quando, apenas um ano depois, num jantar entre amigos, com vários outros casais, Beto pediu a mão de Lavínia em casamento. Ela, sem precisar pensar ou fazer suspense, disse sim imediatamente e pulou nos braços do amado. Patrícia quase chegou a desmaiar, mas antes que os outros percebessem, conseguiu se recompor. Derrotada, aceitou seu destino, aposentando-se da carreira de modelo e dando uma chance verdadeira a Paulo, já acostumada à sua rotina.

Quando soube da gravidez de Lavínia, um ano e meio depois, com os dois já devidamente casados, Patrícia decidiu que era hora de deixar para lá. Por mais que ainda mantivesse uma certa esperança, um filho, a concretização de uma família, era demais para ela concorrer.

O que ninguém esperava, muito menos Patrícia, era a tragédia que aconteceria naquele parto. Um marido perdeu sua esposa e um filho jamais conheceria sua mãe. Até ela, vendo o estado em que Beto ficou, lamentou a morte da “rival”. Lavínia sempre se mostrou uma amiga verdadeira nos três anos de convívio e pela primeira vez, Patrícia se sentia verdadeiramente triste e em luto por alguém. Lavínia não merecia aquele destino.

Patrícia tentou estar presente e até se ofereceu para ajudar Beto com seu filho recém-nascido, mas tudo o lembrava da esposa. Ele precisava se afastar. Se fosse só ele, tudo bem, mas, por mais trágica que fosse sua história, ele não estava mais sozinho, agora era pai e precisava encontrar forças, sabe-se lá de onde, para seguir em frente.

Enquanto Patrícia voltava a sonhar com uma possibilidade de futuro em que ela e Beto, juntos, fosse uma opção, o destino tinha outros planos.

Naquela farmácia de bairro, sem ter a mínima noção do que estava fazendo, dois dias depois de dar adeus ao amor da sua vida, o cúpido entraria em ação novamente, mostrando a ele que a esperança sempre aparece nos lugares em que a gente menos espera:

– Oi! Usa esse aqui, aquele ainda é muito grande para ele. Talvez daqui uns seis meses. – Aquela linda morena o ajudou com a escolha do pacote de fraldas.

Beto a encarava, embasbacado com sua beleza e gentileza. Ela o fazia lembrar da recém falecida esposa, mas ele estava morto por dentro, incapaz de se apegar a alguém além do filho recém-nascido.

– Precisa de ajuda em mais alguma coisa? Sabe pelo menos trocar uma fralda?

Ela sorria de forma tão gentil, tentando apenas ajudar, sem demonstrar qualquer segunda intenção …

{…}

De volta ao presente, no resort mexicano:

Paulo:

Eu já imaginava que Beto seria fiel, recusando os avanços da massagista. Já que ele não quer, tem que quer. Acabei ficando com as duas. Foram quase três horas de muito sexo. As duas eram profissionais e meu dinheiro foi muito bem gasto.

No caminho para o bar, antes de encontrar o Beto, quem eu esperava apareceu:

– Olá, sumido! Até estranhei quando vocês entraram em contato. Imaginei que queriam ver o diabo, menos a mim.

Cumprimentei Samanta com um beijão naquela boca gostosa:

– Você continua uma delícia. Pena que nossa tramoia acabou não dando certo.

Samanta me olhou feio:

– E só eu que me ferrei. Vocês continuam na mesma, felizes e sem problemas. Já eu, tive até que sair do meu país.

Eu a lembrei do nosso acordo:

– Mas saiu melhor do que entrou, não foi? Afinal de contas, agora mora nos Estados Unidos e ganha muito bem para não fazer porra nenhuma. Duvido que você esteja tão infeliz assim.

Samanta, debochada, foi direto ao ponto:

– E então? Qual casal você quer tentar separar dessa vez?

Pedi que ela me acompanhasse e, de longe, apontei para sua vítima. Ela pareceu muito feliz:

– Nossa! Isso sim é um trabalho que vale a pena fazer. Até que enfim, um homem gostoso de verdade, não um corno careca e barrigudo.

Samanta chegou a morder levemente o lábio inferior, excitada com o desafio.

Continua ...

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Comentários

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Caralho bixu, que casal fdp, esse Paulo e Patrícia!!

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Este Paulo e amigo ou inimigo, armou legal a situação p acabar com a vida do Beto, agora quando voltar com peso na consciência,vai passar o rodo na mulher do cara

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Próxima parte amanhã, amigos! Precisei dar uma atenção maior ao trabalho e acabei não conseguindo escrever nos últimos dois dias.

Obrigado a todos pela compreensão.

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Caramba!!!! Pura armação com Paulo! Será que ele ainda carrega a decepção de ser chamado de Beto, e quer vingança? Essa trama promete!

Grande abraço Lukinha e ID@! Vocês merecem todos os elogios! ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐💯

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A Laine só de pensar q Beto Tava beijando a Karina ja partiu pra cima do Alex, imagina se tiver foto do Beto com outra na cama.

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Cara, que narrativa incrível! Você escreve de forma estupenda, na minha opinião.

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Só fica bom assim porque minha ilustre parceira está sempre corrigindo a rota e dando os polimentos finais. Sem ela, muiito da magia se perderia. Obrigado, querida Id@!

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...

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Kratos116, infelizmente não tenho perfil para ler ou enviar mensagens privadas.

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Nossa como a inveja e recentimento pode acabar com as pessoas por dentro, destruindo qualquer sentimento nobre que possa existir, o cara nunca se conformou por ter sido a segunda opção e a mulher por nunca ter conseguido um beijo que fosse, agora os dois juntos vão destruir o pouco que ele conseguiu contruir com a nova esposa.

Destino as vezes pode ser cruel, dependendo de nossas escolhas, ela deslumbrada por uma novidade e sem ter a mínima noção doque estava fazendo acabou colocando o esposo para os leões e leoas...

torço muito para que eles não consigam o seu objetivo.

Lukinha, cara vc esta ficando cada vez melhor, parabéns parceiro.

grande abraço

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Vindo de você, irmão, eu me sinto imensamente realizado. obrigado mesmo, de coração.

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Não se trata só do conto, mas o enredo que vc criou ficou muito bom, crível.. bom ter as perspectivas dos principais personagens. Se me permite um humilde sugestão, detalhe os relatos sexuais juntamente nesse ótimo enredo criado. ficará único. Torcendo por mais contos seus.

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Te asseguro que tensão e sexo não faltarão. A próxima parte ainda será um pouco mais dramática, mas depois, o coro come.

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Está claro que quis mostrar o quanto Paulo estava compactuado com a Patrícia.. os dois são do maléficos. Mas o tonto do Beto não perceber a trama e se deixar enganar pelos dois é demais...

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Menos, não é isso tudo não. Vai que amanhã vocês não gostam de alguma história ... 😂😂😂

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Bom... Pelo cacife dos autores não será uma simples vingança... Nem sabemos a real participação da Patrícia nisso

Mas são tantas possibilidades que a cabeça da um nó

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