- Com a maior cara lavada, você vem falar comigo. Vai embora,cara.
- Perdoe-me pelo outro dia. Recebi uma ligação importante. Um colega precisava de aju…
- Para, pode parar. Não jogue a sua culpa nas costas dos outros.
- Mas como ia falar com você? Não peguei seu número, lembra?!
- Não sei o que dizer, mas não gostei de ser tratado assim.
- Você está muito mexido para um primeiro encontro.
- Primeiro encontro, amigo. Aquilo foi um primeiro esbarrão.
- Mas eu vi nos seus olhos que gostou de esbarrar no Marcão aqui.
- A falta de modéstia é seu forte, né?
- Espera, não quero brigar. Foi o destino que me fez te ver aqui, não percebe?
- Destino, você acredita nisso? Foi esse destino que me deixou sem um noivo com casamento, casa e família planejada.
- Desculpe Gabriel. O que quero é recomeçar com você. Desde aquela noite, não paro de pensar em você. Seus olhos, sua boca carnuda, sua forma de se colocar na vida…sei lá, acho que me apaixonei por você, puto. O que faço com isso?
- Na-não sei o que dizer.
- Apenas me dê uma chance.
- Ok - disse com os olhos lacrimejando.
- Quero te levar a um restaurante e depois em um lugar diferente. Topa?
- Vamos antes que as pessoas venham perguntar o que está acontecendo.
Subi na garupa do Marcos. Depois de alguns minutos, ao anoitecer, chegamos ao Dona Maria. Este Dona Maria é muito caloroso — pela arte de bem receber, pela carta aconchegante e pelo espaço decorado com cores quentes, poltronas de veludo cor de caramelo e uma vista sobre o Douro e o Porto que aquece corações. Instalado no The Lodge, hotel com cinco estrelas em Vila Nova de Gaia, o restaurante aposta no receituário português, acompanhado de bons vinhos, claro.
- Ora, se não é meu grande amigo Marcos - disse Bernardo, gerente do restaurante.
- Querido amigo, preciso daquela mesa especial para um querido conhecer as delícias de Gaia.
- Claro, o casal que viria hoje cancelou a reserva. Logo, ela é toda sua.
- Obrigado.
Amigos, que restaurante lindo. Confesso que não entendi como um entregador poderia frequentar um ambiente tão requintado.
- Marcos, posso te perguntar algo com sinceridade?
- Já sei! Por ser entregador e dos bons, tenho muitos contatos. Das mais diferentes classes sociais portuguesas.
- Mas só por fazer entregas de comida?
- Vamos mudar de assunto - disse de forma ríspida.
Senhores, boa noite. O que desejam para beber? - disse o garçom.
- Um momento - disse Marcos
Ele abriu a carta de vinhos e escolheu facilmente dentre uma lista gigantesca. Não quis beber, optei por uma soda italiana. Depois, pedimos salada, prato principal e sobremesa. Reparei que o semblante de Marcos havia mudado. O rapaz brincalhão se transformou em um rapaz requintado, classudo. Sabia de dialogar muito bem com o ambiente.
- Está gostando, Gabriel?
- Muito.
- Então, o que disse mais cedo é verdade. Não sei explicar como uma troca de conversas rápidas me despertaram algo tão potente e intenso.
- Marcos, não quero criar falsas esperanças. Não te conheço muito e vice-versa para algo tão sério. Estava disposto a transar com você. Curtir a química.
- Sim. Te desejo loucamente, mas também não quero ficar longe de você. É como se a gente se conhecesse de outras vidas.
- Hahahahaha
- Não ria. É verdadeiro meu sentimento por você.
- Certo, vamos deixar rolar e ver o que acontece. Só quero te lembrar que daqui a poucos dias, retorno ao Brasil.
- Puxa, não lembrava.
- Vamos ter uma noite bem gostosa, intensa, quente, do jeito que merecemos. Depois, conversamos.
De repente, sinto o pé de Marcos encostar em minha perna e subindo lentamente até próximo ao pênis. Igualmente ao que Miguel amava fazer.
- Gosta?
- Muito, não pare!
Sinto os dedos dos pés dele se esfregando nas minhas pernas. Meu pau quase estourando a calça. Estava com muito tesão e pensando como sairia dali com o membro marcando na calça.
- Garçom, a conta, por favor.
Assim que Marcos pagou o jantar, me levantei rapidamente para a saída. Ele veio por trás e disse:
- Te amo, sempre te amei e quero você pra mim.
Naquele instante fui tomado por algo insano e quente e me entreguei aquele homem. Fomos até um beco sem saída e ficamos ali mesmo, na rua.
Nos beijamos ao mesmo tempo com lambida, mordida. Mãos por todo o corpo. Ele abaixou minha calça, deixando tudo à mostra. Fez um oral incrível, não conseguia me manter de pé. Me segurei por 3 vezes pra não gozar. Queria gozar com o pau dele dentro de mim.
Depois passei a mão em seu pau e descobri que aquilo era grosso e cabeçudo. Chupei e senti um gosto doce e amargo. Ele dizia:
- Vou comer seu cuzinho, amor. Quero leitar.
- Vem, Marcos. Sou todo seu, meu macho.
Ele me virou de costas e encostei numa parede. Ele começa a introduzir em meio aos cuspes. Aquilo doía mas estava num êxtase que não me importava. Logo, sinto que tudo entrou e começa a meter. Não deu 10 minutos, ele acelerou e os gemidos aumentaram. Ele tapou minha boca e dizia:
- Que cuzinho quente e apertado.
E as estocadas aumentaram e depois de 15 min, ele disse que iria gozar. Liberei o tesão que estava em mim e gozamos juntos. Com o tesão um pouco menos intenso, subimos na moto e ele foi até meu hotel. Ele subiu pela cozinha e me encontrou no elevador de serviço. Transamos até o amanhecer. Lembro de começar a dormir com o céu meio alaranjado.
Ao despertar de uma notificação do celular, percebo que são 15h e que sorte a minha que o dia era livre, sem passeios.
Vejo um bilhete debaixo da porta.
“Gabs, obrigado pela noite. Tudo foi incrível. Que seja o começo de uma linda história. Te encontro na ponte Luis às 19h.
Marcos.”
Queridos, sabe o efeito de uma transa maravilhosa? Era isso que sentia naquela hora. Feliz, radiante, pronto pra guerra.
Na hora marcada, cheguei à ponte. Mas ao longe vejo Marcos com um careca, barbudo, que apontava o dedo para sua cara várias vezes. Ele estava assustado, bem preocupado. Me escondi atrás de uma viga para ouvir a conversa.
- Marcos. Você tem que assumir o passado. Até quando vai viver assim? Eles estão atrás de você e não vão parar.
Assumir o que? Eles quem?
<(Continua no próximo capítulo)>
