Parte 01 da Série: A Filha, a Esposa do amigo e a Filha Deles
Kleber se preparou para deixar seu escritório naquela tarde de sexta-feira, dia dez de dezembro do ano de dois mil e vinte e um. Vestiu o paletó do terno cinza escuro, verificou se a chave de seu carro estava no bolso e caminhou em direção à porta enquanto falava para Noemi, sua secretária:
– Estou saindo um pouco mais cedo, o dia hoje foi terrível e estou exausto. Se surgir alguma novidade ligue para o meu celular.
– Tudo bem senhor Kleber. Pode deixar que eu ligo. – Respondeu Naomi com uma voz de cristal que, ao ouvido de muitos seria um convite a um abraço, mas Kleber aceitava como um sinal de respeito. Mesmo assim, não deixou de observar.
– Quantas vezes vou ter que te dizer para não me chamar de senhor? É Kleber, moça.
A garota olhou para ele com seus grandes olhos negros brilhantes emoldurados por cílios enormes que muitos pensavam serem postiços e se desculpou.
– Desculpe Kleber. É o costume. Um bom final de semana.
– Obrigado. Pra ti também.
Kleber virou as costas e foi em direção à saída. Se tivesse prestado atenção teria ouvido o ruído do suspiro que Noemi deu.
Essa era uma constante na vida de Kleber e que ele nem notava. Ele nunca percebeu que a gentileza com que as funcionárias femininas das lojas que ele visitava o tratavam eram exageradas demais, mesmo que dirigida ao diretor regional da rede de lojas que elas trabalhavam. Com sua estatura de dois metros e um centímetro, físico proporcional, rosto harmonioso com traços suaves, cabelos loiros sempre arrumados com afinco e um par de olhos verdes que hipnotizavam as mulheres que pareciam sempre preparadas para pularem sobre ele, bastando para isso que ele lhes desse abertura para isso.
Não que Kleber não gostasse de mulheres. Era apenas respeito a elas e respeito à memória de sua esposa, falecida dez anos antes e também à sua filha que, desde os seis anos quando perdeu a mãe, exercia sobre ele um controle tal que não dava espaço para aproximação de nenhuma mulher, exceto duas.
Com todo aquele potencial erótico, despertando o desejo das mulheres para quem bastaria estalar os dedos, Kleber se orgulhava de ser um homem fiel. Podia se lembrar das mulheres com quem transou durante toda sua vida por terem sido poucas: a garota de programa com quem perdeu sua virgindade, uma empregada de seus pais que praticamente o estuprou quando ele tinha dezessete anos e depois Malinee, a mulher que conquistou seu coração e a quem foi fiel, mesmo depois de sua morte. E tinha também a mulher com quem estava transando esporadicamente, mas não era com frequência e por ser algo que ele jamais imaginou ser possível antes, procurava não pensar nisso. Até que conseguia não pensar, mas essa negação terminava no exato momento que ela resolvia transar com ele novamente. O incrível disso é que, a cada vez que ela queria, tinha que seduzi-lo como se fosse a primeira vez, sendo que muitas dessas vezes ela recebia ajuda para conseguir o seu objetivo.
Kleber foi direto para casa onde pretendia se livrar do dia estressante que teve. Problemas com uma remessa de eletrodomésticos para repor o estoque das lojas que estavam sob a jurisdição da Diretoria Regional de sua responsabilidade e que abrangia todo o Estado do Rio Grande do Sul o obrigou a tomar medidas drásticas, ordenando que itens de uma loja fossem transferidos para outras que estavam em falta, desagradando alguns gerentes que alegavam ser essa uma maneira de Kleber agradar aos seus protegidos. Muito embora jamais ousassem dizer isso na presença dele.
Sabendo o que os funcionários diziam e também que isso não era verdade, nada fazia quando esses comentários chegavam ao seu conhecimento através de um bajulador que desejava conquistar sua simpatia. Apenas os encarava como algo que faz parte de suas atribuições e nunca deu importância ao fato, apenas exigindo que suas ordens fossem executadas à risca. Também não se preocupava muito por saber que em questão de dias tudo estaria resolvido, pois a matriz, localizada no interior do Estado de São Paulo, já havia despachado nova remessa para repor o estoque e a previsão de chegada era para a tarde do dia seguinte. Na segunda-feira de manhã já providenciaria a reposição dos estoques em todas as lojas. Como estavam em uma sexta-feira, o final de semana vinha a calhar e bastava superar os problemas durante o sábado e tudo estaria resolvido. Isso o tranquilizava, o que quer dizer não havia mais a questão do estresse, apenas o cansaço o incomodava.
Chegou a sua casa trinta minutos depois já programando cair na piscina antes de jantar. Por ser mês de dezembro, época em que o dia é mais longo, ainda passaria mais de uma hora para o sol se por. Com essa ideia em mente foi direto ao seu quarto para colocar roupa de banho e descer para a piscina. Ficou feliz quando, ao chegar ao quarto, ouviu o barulho de um corpo mergulhando na piscina, o que indicava que teria a companhia de Lalana, sua filha que, no mês de fevereiro próximo, mais exatamente no dia vinte e dois, estaria completando dezesseis anos. Foi até a janela do quarto de onde tinha uma visão da piscina e já ia afastar a cortina para anunciar sua presença e dizer à filha que logo se juntaria a ela quando a cena que viu através da transparência da cortina o paralisou.
Seu quarto ficava no pavimento superior do sobrado que morava. Olhando pela janela, ele tinha a visão do telhado que cobria a enorme varanda e, logo a seguir, a piscina. Em virtude de a piscina ser muito próxima a varanda, o telhado da mesma impedia que ele tivesse uma visão dos primeiros cinco metros da piscina, porém, os outros quinze metros da água verde refletiam os raios do sol. Entretanto, não foi a beleza da piscina e nem os raios do sol que ela refletia que paralisaram o gigante Kleber. Seus olhos ficaram grudados em outra coisa que pareciam brilhar ainda mais que o reflexo solar.
Boiando de costas com os braços e as pernas abertas estava Thyra, a inseparável amiga de sua filha. A posição que ela se encontrava a deixava totalmente exposta. Seu pequeno corpo de um metro e cinquenta e cinco centímetros se agigantavam diante de sua beleza. A pele dourada resplandecia por todo o corpo, exceto por um pequeno triângulo mais claro que marcavam a região de seu púbis, com os pelos loiros aparados e a xoxotinha rosa, com os grandes lábios se fechando e deixando exposto apenas o pequeno grelinho que mal se destacava entre eles. Os seios médios e firmes não mostravam a marca do biquíni e eram dourados como o restante do corpo. O rosto perfeito com um nariz que mais parecia ter sido criado pelo pincel de um artista genial em vez da natureza, assim como os lábios carnudos que estavam entreabertos mostrando duas fileiras de dentes brancos e perfeitos. Os olhos estavam fechados, porém, Kleber já conhecia o brilho intenso daquelas pupilas azuis que brilhavam como duas peças de safira.
Kleber se sentiu envergonhado quando percebeu sua ereção. Parecia que seu pau lutava para se libertar da calça social que ainda usava. Justo ele que conseguia fingir indiferença para as mulheres lindíssimas que o olhavam para ele em um convite ao prazer, não podia deixar que seu desejo aflorasse justamente por causa da filha de seus melhores amigos.
Conhecendo Thyra como conhecia Kleber não ficou tão surpreso. A linda garota, prestes a completar dezesseis anos, o que ocorreria no dia quinze de fevereiro do ano seguinte, exatamente uma semana antes do mesmo acontecer com Lalana, sua filha, tinha um comportamento estranho e era o que costumam denominar de abusada. Ela já tinha deixado o amigo de seus pais em situação difícil, como na festa de quinze anos que, por exigência dela e de sua filha foi feita em conjunto, já que a diferença de idade delas era de apenas sete dias. Pois bem, sendo uma festa só para as duas, depois da famigerada dança da valsa que ele relutou muito, mas teve que ceder à pressão exercida pela filha, Thyra apareceu com a ideia de troca de pares. Assim ele se viu com aquela diminuta garota nos braços que, apesar disso, deu um jeito de colar seu corpinho causando um rebuliço hormonal no comportado homem que desejava ficar invisível. Principalmente quando ela, depois de acabar a dança, fez com que ele se curvasse para poder dizer ao seu ouvido:
– Nossa tio Kleber, o que é que você está guardando no bolso? Deve ser algo maravilhoso, já que é tão grande e duro.
Sem saber o que dizer, ele fugiu dela como o diabo foge da cruz e passou o resto da festa tentando evitar que ela o obrigasse a uma nova dança. Ela não fez isso, porém, sempre que possível, dirigia a ele um olhar malicioso e quando percebia que estava sendo observada passava a língua nos lábios e depois prendia os inferiores com seus dentes. Kleber fugia do contato visual e ela ria muito com sua travessura.
Kleber foi despertado daquelas lembranças quando ouviu o barulho de outro corpo caindo na água. Prestou atenção e logo viu sua filha que estava fora de sua visão em virtude de estar no ponto cego, ou seja, o telhado da varanda impedia que a visse. Aguardou e quase caiu quando ela entrou no seu campo de visão. Nadando lentamente, o corpo moreno da garota entrou em seu campo de visão. Suas costas cobertas pelos longos cabelos negros que flutuavam na água e logo a seguir sua bunda perfeita exposta. Lalana também estava nua e a marca do biquíni lhe dava uma visão do quanto asua filha era linda.
Lalana, alta para sua idade, pois já contava com um metro e setenta e dois centímetros de altura em um corpo de sessenta quilos movimentava os braços ao lado do corpo enquanto flexionava as pernas em uma sincronia perfeita que a impulsionava para a frente. Esse movimento fazia com que ela abriaae as pernas, o que permitia um vislumbre de sua buceta vermelha até que ela se virasse e adotasse a mesma posição que a amiga. Foi como se seus seios médios explodissem em uma erupção erótica, com os mamilos enrugados por causa do contato com a água fria e se assemelhando a uma amora madura com um tom próximo ao roxo. Seus pelos púbicos quase que totalmente aparados tinham a aparência de um pequeno triângulo onde o vértice inferior apontava para o seu grelinho saliente e grande, medindo mais de um centímetro, e depois vinham os grandes lábios levemente separados mostrando sua xoxota rubra. Seu rosto era perfeito. Se Thyra era linda, Lalana era mais ainda. Os traços orientais herdados da mãe que era neta de Tailandeses, com a diferença de que seus olhos oblíquos que se encontravam abertos eram verdes como os dos pai e que naquele momento, combinando com a piscina, também pareciam refletir a luz solar.
Atarantado, Kleber fez a única coisa que um homem com sua moral e idoneidade poderia fazer. Ele sabia que teria que conversar com sua filha a esse respeito, porém, jamais a constrangeria brigando com ela na frente da amiga. Então se afastou da janela, vestiu a sunga de banho e aproximou-se da janela o suficiente para que as duas garotas ouvissem sua voz e longe o bastante para não olhar para a paisagem maravilhosa daqueles dois corpos nus flutuando na água e gritou:
– Meninas. Estou descendo para dar um mergulho.
Saiu em direção à escada que dava acesso ao piso inferior enquanto ouvia o barulho que as duas produziam ao sair apressadamente da piscina. Ficou satisfeito com a forma encontrada para dar a elas uma chance de se vestirem e se felicitou por isso.
Chegou à piscina acreditando que não haveria mais problema com relação à nudez das meninas e descobriu estar enganado. Elas se apressaram para vestirem seus biquínis, porém, apenas a parte de baixo e ele as encontrou deitadas em dois colchões de ar, distantes um do outro, com seus seios recebendo o calor dos últimos raios do sol daquele dia de dezembro. Sem poder se conter, ralhou com elas:
– O que é isso? Vocês estão pensando que isso aqui é o que?
– Ai Tio! Deixa de ser careta. Estamos só bronzeando nosso corpo e resolvemos não deixar nenhuma marquinha.
Isso era verdade e devia acontecer com frequência, pois Lalana também não exibia a marca do biquíni nos seus seios morenos o que indicou ao Kleber que a nudez notada por ele não era frequente, pois se assim o fosse, elas não exibiriam as marcas da calcinha do biquíni, o que o tranquilizou com relação ao que vira antes.
O tom malicioso na voz de Thyra, porém, soava como uma confissão de que elas estavam sim nuas e que não deixar nenhuma marquinha devia ser uma ideia nova, mas, mesmo assim, implicava em afirmar que estavam completamente nuas como ele havia testemunhado. Temendo uma reação que tornasse tudo ainda mais difícil, pois poderia ter novamente uma ereção diante do corpo quase nu daquelas duas belezas, agiu com firmeza e fez com que as duas se obedecessem e, mesmo reclamando, colocaram a parte de cima do biquíni.
Foi obedecido, porém, de uma forma tão lenta que ele ainda teve uma visão dos seios perfeitos daquelas duas garotas. Os mamilos escuros de Lalana e os clarinhos de Thyra já não estavam tão enrugados, mas os bicos apontavam para frente apoiados pela firmeza de seus seios como um desafio à força da gravidade.
Lalana puxara a mãe em quase tudo, menos na estatura e na cor dos olhos. Corpo moreno claro, pele lisa, barriga também lisa, cintura fina e quadris largos povoados por nádegas carnudas, durinhas e empinadas, um rosto que lembrava levemente uma oriental e os olhos de uma pessoa dessa espécie, totalmente oblíquos, só mostrando diferença em sua cor verde claro, como os dele. Os olhos e a altura era a única contribuição de Kleber na herança genética da filha, pois até mesmo os cabelos que ela usava compridos até a altura da cintura eram negros como a noite.
Sua esposa Malinee foi vítima de um acidente de trânsito provocado por um motorista bêbado. Sua mãe era de origem tailandesa e o pai italiano. Ambos se conheceram na Tailândia, se apaixonaram e a mulher se viu obrigada a viajar pelo mundo seguindo seu marido em suas aventuras, vindo parar no Brasil onde, por motivo da gravidez da mulher, eles se viram obrigados a fixarem residência e abandonaram o projeto de viajarem através do mundo inteiro.
A morte de Malinee quase destruiu a vida de Kleber. De alguma forma ele se sentia responsável pelo acidente, pois a esposa saíra de casa a pedido dele que não conseguiu cumprir a promessa de buscar a filha no colégio, ligando para a esposa e pedindo que ela cumprisse essa tarefa. Isso era uma coisa só dele e a única vez que ele tentou expurgar sua culpa por intermédio de uma confissão à filha que na época já contava com treze anos, a reação da garota o deixou atônito. Lalana ficou tão brava com pai que chegou a gritar com ele e o ofendeu dizendo que ele era um grande tolo e depois ela passou quinze dias evitando sua companhia. Kleber não tentou uma aproximação nesse período simplesmente por não saber como fazer isso e foi ela que, movida pelo grande amor que sentia pelo pai, agiu para que houvesse a reaproximação entre eles.
Lalana era tudo na vida de Kleber. Era seu sol, seu abrigo e o seu paraíso particular. Ela era, na verdade, o único motivo que o manteve vivo depois da morte da esposa dez anos antes. Mas a vida era muito difícil e só melhorou quando ele, há sete anos, foi promovido ao seu cargo atual e designado a dirigir todas as lojas dos Estados do Rio Grande do Sul e a região sul do Estado de Santa Catarina.
Durante os últimos dez anos, toda sua vida foi voltada ao bem estar e felicidade da filha. A princípio isso trouxe algumas dificuldades e volta e meia ele tinha que fazer uma análise da forma como conduzia o processo e alterar alguns procedimentos. Tendo herdado a teimosia da mãe, isso causou alguns aborrecimentos, porém, Kleber se manteve firme em seu propósito de dar uma boa educação à filha.
Alguns obstáculos surgiram. Um deles foi quando Lalana, ainda na pré-adolescência, teve sua primeira menstruação. Kleber não tinha a menor ideia de como administrar essa situação. Poderia ser considerado cômico, se não fosse trágico, o desespero dele tentando aprender sobre isso através de pesquisas na internet. Ele pode até ter se tornado um expert sobre o assunto, porém, só na teoria, pois tudo o que leu e aprendeu não lhe deu nenhuma ideia de como abordar esse assunto com a filha.
Sua sorte foi que, nesse período, já contava com a amizade de Gunnar e Michele, pais de Thyra. Foi a esposa do amigo que, notando que Kleber andava muito preocupado, insistiu para que o marido descobrisse o que se passava. Gunnar, criado por uma mãe solteira cujo pai, um dinamarquês sumiu no mundo depois de engravidá-la, foi direto e o pressionou a ponto dele se ver obrigado a confessar o problema pelo qual passava. Bastou isso para que o amigo chamasse a esposa e diante de um envergonhado Kleber, revelar o que se passava. No mesmo dia Michele se fechou no quarto com Lalana e teve a conversa necessária nessas situações. Não bastasse isso, naquela mesma semana levou a garota até o ginecologista do qual era paciente para sua primeira consulta, aproveitando para levar também sua filha Thyra. A partir desse dia, Michele passou ser vigilante quanto aos detalhes que dizem respeito às mulheres e estava sempre pronta a conversar com a filha do amigo, seja com relação às paixonites ou aos perigos de uma gravidez indesejada ou de uma DST. Se Kleber desejasse saber se Lalana era virgem ou não, seria para Michele que ele perguntaria, porém, essa é uma atitude que ele jamais adotaria.
Não que Michele deixasse barato a tentativa de Kleber de buscar informações na internet e não era raro ela caçoar dele por causa disso. Todas as vezes que ele dava sua opinião sobre algum assunto, ela provocava rindo:
– Falou o grande pesquisador Kleber, Em qual site você aprendeu sobre isso?
A princípio Kleber se ressentia dessas brincadeiras, mas com o tempo acabou acostumando e já ria também e, muitas vezes, mencionava algum site aleatório, o que tornava a piada ainda mais engraçada, pois citar um site que trata de economia em um assunto onde ele estava falando sobre a produção de vinho é realmente hilário.
O episódio serviu também para aproximar ainda mais Alana de Michele, a quem ela tratava de tia.
Michele e Gunnar formavam um casal atípico. Dificilmente se encontra um par de pessoas tão diferentes que se entendessem tão bem. Eles agiam de forma a fazer com que suas diferenças se somem e os tornem ainda melhores. Isso ficou claro para Kleber quando, ao comentar isso para o amigo, ouviu dele a frase:
– As diferença entre Michele e eu se somam e expandem nossos conhecimentos e habilidades e, quando surge alguma onde há o choque por serem inconciliáveis, fazemos com que aquilo que temos de igual funcione e nos aproxime ainda mais.
– Nossa! Que brilhante. Parece que o meu amigo está se sentindo um filósofo hoje, – Brincou Kleber e, diante da expressão passiva de Gunnar em seu comentário, continuou: – Precisamos dar um nome para essa teoria amigo.
– Essa teoria já existe desde os primórdios da humanidade e já tem nome. – Respondeu Gunnar.
– É mesmo? E qual é esse nome?
– O nome disso é amor.
Aquela resposta calou o Kleber que, lembrando-se de sua convivência com Malinee, conseguiu entender o quanto de verdade havia na frase de seu amigo.
Se já havia uma empatia muito grande entre Kleber e a família de Gunnar, aquele episódio acabou por deixá-los ainda mais unidos e agiam como se pertencessem a uma única família. Gunnar e Kleber agiam como se fossem irmãos e as garotas as sobrinhas que transformavam os dois em tios e pais corujas que estavam sempre demonstrando o orgulho que sentiam das duas. As garotas não agiam como se fossem amigas ou primas, pois, apesar da diferença na aparência, pareciam mais irmãs que, em virtude da diferença de apenas sete dias de diferença na idade, pareciam serem gêmeas, com uma interação tão intensa que uma chegava parecia sentir a dor da outra. Até mesmo as diferenças entre elas eram benéficas, pois sendo mais centrada e calma, Lalana era quem dirigia as ações delas quando o assunto era estudo e Thyra, mais espevitada, era a que agia saia em defesa da amiga em qualquer situação. Era comum algum professor da escola comentar que o caminho mais curto de arrumar uma briga com Thyra era atacar a Lalana. Ao notar esse comportamento das duas, ficou mais claro para o Kleber o que seu amigo Gunnar quis dizer quando lhe explicou que as diferenças entre duas pessoas, se somadas, as tornam maiores e melhores.
Em suma, naquela relação, Lalana era a cérebro e Thyra o coração e isso fazia com que o amor que nutriam uma pela outra se tornasse cada vez mais forte.
Foi justamente nessa hora que seu celular tocou e a foto do rosto trigueiro de Michele apareceu na tela. Aquela era uma foto que ele mesmo tirara tendo antes que prometer que nunca a compartilharia com ninguém. Segundo ela, era uma imagem feita em um momento especial e por isso devia permanecer exclusiva para ele. Olhou para a foto e os olhos brilhantes da francesa pareciam vivos, olhando para ele em um convite de algo que ele não deveria aceitar e o sorriso em seus lábios carnudos e sensuais completavam a cena. Kleber, sempre que olhava para aquela foto, sentia como se estivesse olhando para algo extremamente erótico, embora o que existisse ali fosse apenas a imagem do rosto, já que ninguém sabia nada a respeito do momento em que a foto fora registrada.
Atendeu ao telefone e a voz sensual de Michele, com o sotaque forçado de francês que ela usava só com ele, pois viera para o Brasil quando era ainda um bebê, soou ao seu ouvido:
– Kleber, a Thy está aí?
– Boa tarde para você também.
– Vai se catarrrr. Está ou não?
– Espera um pouco. – Depois de dizer isso, afastou o celular do ouvido e gritou: – Thyra, sua mãe está te chamando ao telefone.
A loirinha se levantou com agilidade e caminhou em direção a ele. Seus seios firmes sequer balançava a cada passo que dava, sofrendo apenas um leve tremor o que fez com que ele não conseguisse desgrudar os olhos deles com admiração. Thyra percebeu isso e seu rosto se transformou enquanto andava e, com um brilho intenso no olhar e um sorriso sedutor veio até ele e pegou o celular de sua mão sem falar nada.
Pela resposta da garota ao telefone, sua mãe estava lhe passando uma descompostura. Tudo indicava que ela havia prometido fazer alguma coisa para sua mãe e não cumprira. Depois deve ter existido alguma ordem com Thyra primeiro reclamando, depois implorando, iniciando uma pequena birra e no final se rendendo. Isso ficou claro quando ela devolveu o celular para o Kleber enquanto falava:
– Que droga. Vou ter que ir embora agora.
Depois foi até onde estava Lalana e falou alguma coisa para ela que Kleber não conseguiu entender, mas logo ficou sabendo o que era, quando sua filha se dirigiu a ele:
– Pai, a tia Michele não quis vir buscar a Thyra e ela tem que ir embora e está atrasada, você pode fazer o favorzinho de levar ela em casa?
“Não quero, mas infelizmente a pergunta foi se posso. Aliás, quem se importa com o que eu quero?” – Pensou Kleber enquanto concordava com voz alta antes de se levantar e sair apressadamente em direção ao seu quarto para vestir uma roupa, enquanto falava:
– OK! Eu já volto. Vou vestir uma bermuda.
Quando retornou, vestia uma camiseta polo, uma bermuda jeans e uma sandália de couro presa por uma tira ao tornozelo para poder dirigir. Encontrou Thyra já vestida e ficou admirado com a roupa que ela usava, achando que ela nua talvez fosse menos excitante. Uma blusa de alcinha que deixava sua barriga de fora, um short cavado que mostrava as polpas de sua bundinha atrás e marcava a xoxotinha na frente e uma sandália havaiana. Olhou para o lado e viu a calcinha do biquíni jogada sobre o colchão de ar e ficou imaginando se ela estaria usando alguma coisa além da blusa e do short. Kleber sabia que, depois de ver aquele corpinho totalmente nu e ter uma imagem nítida e completa do pouco que sua roupa escondia, teria que se esforçar para não ter uma ereção durante o trajeto.
Surpreso, viu a garota dar um selinho em sua filha e, ao contrário de ficar bravo como seria o normal, achou uma cena muito excitante. Seu pau deu o primeiro sinal de vida. Mal sabia dele que aquele foi apenas o primeiro martírio de um pequeno calvário preparado contra ele. Mal saiu com o carro da garagem e notou que Thyra estava sentada no banco ao seu lado com as pernas sobre o assento e abertas e, ao olhar, pareceu a ele que a buceta da menina pulsava por baixo do tecido de seu short. Seu pau deu um tranco e foi para o segundo estágio.
O terceiro não demorou. Thyra, com a desculpa de lhe dizer algo que não podia ser ouvido por outros, mesmo isso não sendo necessário, pois estavam apenas os dois no carro, se inclinou e ele teve uma visão dos seios dela. Os bicos de seus seios estavam durinhos e só não marcavam o tecido da blusa porque ela dera um jeito de ficar em uma posição onde ele tinha a visão daquela maravilha através do decote da mesma. Tentando descontrair o ambiente, ele tentou brincar:
– Acho que você está com frio. Quer que desligue o ar?
A resposta dele levou seu pau a terceiro e penúltimo estágio:
– Ai tio! Se você está falando de meus seios, eles não estão assim por causa do frio não, isso é tesão mesmo.
– Thyra, me respeite. – Vou contar isso para a sua mãe.
– Pode contar, ela sabe que é verdade.
Kleber deu um sorriso amarelo e torceu para que sua camiseta escondesse o volume que seu pau já formava sob a bermuda. Não cobriu e a garota agiu para ele chegar ao último estágio. Soltando-se do cinto de segurança, ela se ajoelhou sobre o assento do carona, levou sua boquinha até o ouvido de Kleber e falou com uma voz carregada de desejo:
– Quando você for contar para a minha mãe, não se esqueça de dizer também que seu pau ficou duro por causa dos meus peitinhos.
Kleber virou a primeira esquina e entrou em uma rua de pouco trânsito, estacionando logo a seguir. Sua intenção era dar um sermão naquela garota atrevida que, embora fosse estimada por ele, não estava se comportando como devia. Ela entendeu aquilo errado e levou sua mãozinha para baixo começando a fazer carinhos naquele monte formado sob sua bermuda, enquanto falava com uma voz diferente no seu ouvido. Nada naquela voz deixava transparecer que era de uma adolescente. Parecia mais a voz de uma mulher sequiosa de desejos:
– Deixa eu tocar nele tio? Deixa eu pegar nesse pau para saber o tamanho dele, por favor. Por favor, eu quero ver se ele é grosso e gostoso.
– Você para com isso agora menina. – A voz de Kleber saiu alta demais, quase gritada, o que era uma tentativa dele de impor autoridade, porém, um leve tremor provocado por sua excitação o traiu.
Sem hesitar e demonstrando uma habilidade que não era de se esperar, Thyra soltou o botão, abriu o zíper, enfiou sua mão por baixo da cueca e a trouxe de volta puxando os dezenove centímetros de um pau claro e grosso que imediatamente ficou apontando para o teto do carro expondo sua forma reta e mostrando as veias que bombeavam o sangue que o mantinham tão duro. O ataque de Thyra continuou com ela provocando:
– Conta pra mim conta. Na hora que você estava olhando para minha bucetinha na piscina ele ficou duro desse jeito? Ficou duro e tesudo assim vendo a minha xoxotinha? Aposto que você nem notou que ela piscou imaginando ele bem duro enquanto você me olhava.
Kleber não queria que aquilo acontecesse de forma nenhuma. Jamais poderia se imaginar em uma situação como aquela, só que o seu pau não sabia disso, ou sabia e não concordava, porque aquela voz rouca juntamente com o hálito quente soprando em seu ouvido fez com que o pau desse um tranco e uma gota do pré gozo surgisse e escorresse pelos dedos daquela mãozinha delicada que tentava envolver todo o seu pau. Sem olhar para baixo, mas demonstrando que sabia o que estava acontecendo, ela continuou:
– E aí. Conta pra mim o que você pensou naquela hora. Conta pra Thy que você queria estar do meu lado, tocando minha buceta. Fala pra mim se na sua imaginação esse pau gostoso entrava na minha bucetinha ou na minha boquinha.
Dizendo isso, a garota se inclinou e deu um beijo na ponta do pau de Kleber sentindo o sabor do líquido que agora saía sem parar. Estalou então a língua como se tivesse acabado de experimentar o doce mais saboroso, abriu a boquinha e envolveu a cabeça do pau de Kleber com lábios sensuais, começando a fazer uma leve sucção enquanto sua língua explorava o buraquinho. Ficou claro que ela queria mesmo era saborear aquilo que o prazer que ela estava dando ao homem produzia. Chupou mais um pouco, afastou a cabeça e fitando os olhos dele estalou a língua.
– Por favor... Não... Não pode...de...mos faaaa...zer isso. Para por favor, Thyra,
O pedido feito com sua voz entrecortada surgiu o efeito contrário. Em vez de obedecer, a garota abocanhou o cacete e começou a mamar com gula. Ela movimentava sua cabeça abaixando o máximo que sua boquinha aceitava daquela invasão deliciosa e recuava. Depois de três ou quatro movimentos ela soltava o pau e olhava com carinha de safada para o Kleber que, nessa altura, não conseguia dizer mais nada. Então ela voltava a se abaixar e repetia tudo de novo. Fez isso por três ou quatro vezes quando sentiu o pau pulsar na sua boquinha mostrando que ele estava prestes a gozar.
Quando Kleber não se aguentava mais e sabia que ia encher aquela deliciosa boquinha de porra, tudo parou. Ele abriu os olhos e virou o rosto para o lado onde viu Thyra ajeitando a blusa para baixo e cobrindo seus seios e se deu conta que sequer havia percebido que ela havia deixado seus lindos seios livres. Ficou olhando para ela enquanto tentava normalizar sua respiração e ela falou com uma voz quase infantil:
– Gozar na boquinha da sobrinha não pode não titio. Você vai ter que arrumar outro lugar para despejar o seu leitinho hoje.
Kleber não sabia se agradecia pelo fato dela ter parado, se agradecia pelo prazer que sentiu embora não tenha sido permitido que gozasse, ou se atirava a garota pela janela diante da frustração que sentiu. Porém, algo lhe chamou a atenção naquilo que ela disse. “Arrumar outro lugar”. O que será que ela queria dizer com isso?
Sem dizer uma única palavra e com gestos bruscos, ele colocou o carro em movimento e saiu em disparada. Não faltava muito para ele chegar em frente ao prédio onde Thyra morava, mesmo assim, ele exagerou na velocidade e atravessou um semáforo fechado, coisa que ele nunca fazia. Ele estava agindo como alguém que transporta o próprio demônio e quer se ver livre de sua carga.
Quando parou em frente ao prédio, Michele estava em pé ao lado do seu carro, dando a entender que esperava por Thyra para que as duas fossem a algum lugar. Antes que a amiga viesse até ele, que era tudo o que ele não queria naquele momento, pois não tinha certeza de que se comportaria bem, Thyra lhe deu um beijo no rosto e com a cara mais inocente do mundo lhe disse:
– Tchau titio. Obrigada pela carona, você é um anjo viu!
Kleber apenas olhou para ela imaginando o que aconteceria se ele desse um soco muito bem dado naquela carinha de anjo. Anjo do pau oco. Entretanto, não precisou tomar essa decisão. A garota saiu do carro e saiu andando, meio correndo, até onde sua mãe a aguardava. Ela dava pulinhos e agia como uma menina sapeca e infantil fazendo com que ele pensasse:
– Meu Deus do céu. Aonde é que vai para essa juventude de hoje?
Acenou para Michele que retribuiu dando um beijo no ar e em seguida saiu dirigindo lentamente. Ele sabia que não poderia ter pressa para chegar a sua casa. Tinha que organizar seus pensamentos depois do que acabara de acontecer.
Todavia, a distância não era tão grande assim e ele chegou ainda com a mente confusa diante da experiência. Chamou por Lalana e ela respondeu e, pela direção da voz, ainda estava na piscina. Andou até lá.
Lalana estava do mesmo jeito que ele a deixara. Deitada no colchão de ar usando um minúsculo biquíni e com seus belos seios à mostra. Quando viu o pai andando em sua direção, ela correu em direção a ele e o abraçou apertado, fazendo com que a dureza daqueles seios perfeitos fossem sentida em sua barriga e, antes que conseguisse dizer qualquer coisa, ouviu a garota dizer com voz chorosa:
– Ai papai! Você demorou muito! Parece que você não gosta mais de ficar do lado da sua filhinha?
Kleber convocou o restinho de raiva que sentia e antes que seu pau voltasse a lhe trair, empurrou Lalana e brigou com ela:
– Que falta de vergonha é essa? Você não respeita mais seu pai? Eu estou achando que essa sua amizade com Thyra não está sendo bom pra você.
– Nossa pai! O que a Thy tem a ver com isso? Você nunca implicou com ela. – Kleber ficou controlando sua vontade de contar o que tinha acontecido para sua filha, mas foi impedido por ela que concluiu: – Fala papai! Conta pra mim o que foi que aconteceu. O que a Thy fez para te deixar assim tão nervoso?
O problema foi que, ao concluir a frase, a garota mudou seu tom de voz. Ela, que começara a frase em um tom choroso, passou a falar com a voz mais grave e em um tom baixo e a lembrança de Thyra fazendo a mesma coisa fez com que ele comparasse com a forma da filha falar.
Kleber estacou de repente. Isso não podia ser possível. Ele só podia estar delirando. Não dava para acreditar em algo assim. Jamais sua filha agiria dessa forma. Não a sua Lalana. Então explodiu quase gritando com a garota.
– Não aconteceu nada. Eu levei sua amiga direto para a casa dela. E tem mais uma coisa. Você nunca mais vai deixar a Thyra por o pé nessa casa e também não se atreva a ir à dela. Você entendeu Lalana? Não quero que você ande com aquela guria. NUNCA MAIS.
Lalana se afastou do pai fazendo carinha de choro enquanto não se atrevia a dizer o que lhe ia à mente. Ela pensava: “Aí é que você se engana. Nunca mais é muito tempo. Quero só ver como é que você vai impedir à Thyra de vir aqui em casa”.