Acasos #15

Um conto erótico de Patrícia
Categoria: Lésbicas
Contém 2421 palavras
Data: 14/11/2023 01:26:25
Última revisão: 19/12/2024 21:06:13

---

Patrícia:

Eu amei o gatinho, mas depois Keyla deu uma olhada com mais calma e me falou que era uma gatinha, era fêmea. Ela me disse que era siamesa ou mestiça, porque a cor do pelo e os olhos azuis meio tortos eram características da raça. Eu fiquei olhando ela explicar as coisas e imaginei que ela já devia ter sido dona de algum outro gato. Ela disse que teve um há muitos anos atrás, que pegou filhote na rua, mas depois de 8 anos ele saiu um dia e não voltou mais. Ou alguém o roubou ou ele morreu na rua. Ela disse que tinha um pet shop que abria aos domingos e iria ligar para pedir algumas coisas que precisaríamos deixar na casa antes de sair para o churrasco.

Ela ligou e pediu o que precisava. Depois de mais de uma hora, o entregador chegou com um saco de ração, alguns sachês, uma vasilha para água e ração, e uma caixa de areia. Ela arrumou tudo em um canto da copa. Eu fui olhar a moto na garagem e ela estava funcionando normalmente. Quando voltei para dentro, a gatinha estava lá comendo ração, e Keyla estava ao lado paparicando-a. Eu fui fazer o almoço. Não almoçamos muito, logo nos arrumamos para ir ao churrasco.

A casa dos irmãos não ficava longe da padaria; era uma bela mansão, por sinal. Aline foi nos receber. Entramos e já havia algumas pessoas ao redor da piscina, que nem era grande, mas tinha um tamanho legal. Fui até o pai e a mãe de Aline, que eu já conhecia, e apresentei Keyla a eles como minha namorada. Provavelmente, eles já sabiam disso. Eles a trataram muito bem e disseram para ficarmos à vontade.

Cláudio estava com alguns amigos— três rapazes e duas garotas. Ele saiu de perto deles e veio falar com a gente, depois levou a gente e nos apresentou aos seus amigos. Ficamos ali conversando com eles; me pareceram ser gente boa. Eu só tinha visto dois deles antes e uma das meninas. Logo, Aline veio até nós e nos levou para nos trocar no seu quarto. A gente só tirou a roupa porque já estávamos com os biquínis por baixo. Descemos, Aline nos levou até uma mesa, sentamos ali e colocamos nossos celulares, toalhas e chaves em cima da mesa. Aline nos ofereceu bebidas; eu fiquei na coca, mas Keyla aceitou uma cerveja.

Aline logo apareceu com uma lata de coca e duas cervejas long neck. Saiu de novo, foi até a churrasqueira e trouxe um prato cheio para nós. Ficamos ali conversando e Keyla resolveu ir até a piscina. Quando ela saiu, eu percebi que todos os amigos de Cláudio estavam olhando para ela. Ela se enxugou na toalha e voltou para nossa mesa, sentou do meu lado e me deu um selinho. Logo, Cláudio apareceu e me chamou. Eu levantei e ele me arrastou para um canto.

Cláudio— Patrícia, me desculpe. Sei que deve ser chato os caras ficarem olhando sua namorada. Já disse para eles que vocês são um casal; eles não vão faltar com respeito, eu prometo. Mas é que proibir eles de olhar fica difícil. Com todo respeito, sua namorada é muito bonita, e você também. Por favor, não fique com raiva ou vá embora por causa deles.

Patrícia— Relaxa, eu não estou com raiva nem nada disso. E não foram só eles que olharam; até você olhou, kkk. Mas fica de boa; não faltando com respeito, é o que importa.

Cláudio— Confesso que tentei não olhar, mas não aguentei. Desculpa mesmo.

Patrícia— Kkk, não esquenta. Como eu disse, sou de boa e ela também. Eu também olharia, mesmo se ela não fosse minha namorada 🤭.

Voltei para a mesa e Aline perguntou o que o irmão queria. Eu contei, e ela começou a rir. Keyla também. Aline disse que ele estava todo preocupado com nossa vinda, que não queria que nada desse errado porque já tinha ficado com muita vergonha de ter dado em cima da Keyla. Eu só ri, e Keyla disse que isso era passado e que não tinha motivo para ele se preocupar.

Fui à piscina me refrescar um pouco; a água estava uma delícia. Logo saí e voltei para a mesa. Keyla falou que provavelmente eu tinha perdido uns 5 quilos de tanto que os caras me secaram e riu muito. Eu me sentei, e Aline foi buscar mais bebidas para nós. Olhei onde estavam Cláudio e seus amigos e vi que tinha chegado outro rapaz e uma garota. Os dois provavelmente eram irmãos, eram mulatos com a cor bem parecida, rostos semelhantes e os dois bem bonitos. O rapaz tinha o corpo todo perfeito e a garota também tinha um corpão, mas o que me chamou a atenção foi que ela estava com o olhar fixo em uma direção. Olhei e vi que ela olhava em direção à porta de entrada da casa. Logo vi Aline saindo com nossas bebidas e ela foi acompanhando com o olhar. Aline deixou as bebidas e foi buscar mais carne, e os olhares da garota a acompanhavam.

Aline voltou e ficamos ali jogando conversa fora. Às vezes íamos à piscina e voltávamos para a mesa. A garota quase sempre dava umas olhadas para o nosso lado, e não fui só eu que percebi; Keyla também notou. Quando Aline saiu para ir ao banheiro, ela falou:

Keyla— Amor, aquela mulata não para de olhar para cá. Acho que está de olho em alguém aqui, provavelmente em você.

Patrícia— Já percebi faz tempo, mas você está enganada; ela não está de olho em mim, não. Presta atenção na hora que Aline sair da casa.

Não demorou, e Aline saiu e veio em nossa direção. Keyla ficou observando e sorriu para mim, dizendo que tinha entendido. Aline chegou e se sentou de novo.

Patrícia— Aline, quem é aquela mulata que está junto com seu irmão?

Aline— É a Luciana, irmã de um dos amigos do meu irmão, aquele mulato perfeito que está lá perto dela.

Patrícia— Você é afim dele?

Aline— Não, mas não sou cega, né? O homem é bonito para caramba 🤭.

Patrícia— Ele é bonito sim, mas acho que você é cega, kkk.

Aline— Como assim?

Patrícia— A tal Luciana não tira os olhos de você. Presta atenção.

Aline— Já vi ela olhando para cá, mas provavelmente está olhando para uma de vocês.

Patrícia— Keyla também achou isso, mas eu já tinha percebido que não era isso; ela te segue com os olhos para onde você vai.

Aline— Jura que uma mulherão daquele está afim de mim?!

Patrícia— E por que não? Você é gata; a coisa mais normal que tem é alguém se interessar por você.

Aline é morena clara, da altura da Keyla, mais ou menos 1,70. Tem seios pequenos, mas não muito, corpo bem bonito, cinturinha, bunda pequena, mas redondinha, e pernas bonitas. Ela é tipo falsa magra, tem um rosto bonito, cabelos pretos lisos na altura do ombro e uma franja. Normalmente, usa óculos, que dão um certo charme para ela, mas no momento estava sem eles. Aline não é do tipo que chama a atenção de cara, mas se a gente prestar atenção, vê que ela é gata sim.

Aline— Ah, não sou de jogar fora, mas nossa, ela é muito bonita, principalmente a boca, e aquela bunda perfeita, meu Deus!

Patrícia— Então você já reparou nela, né?

Aline— Já sim. Vou te contar a verdade: lembra que te falei que queria beijar na boca de uma mulher, mas não tinha coragem?

Patrícia— Lembro sim, mas você não disse que tinha uma mulher específica que queria beijar? Achei que você falava tipo no geral.

Aline— Então, mas quem me despertou isso foi ela. Na primeira vez que ela veio aqui, meu irmão nos apresentou e, na hora dos três beijinhos, o último pegou meio que no canto da boca. Eu fiquei com muita vergonha, mas não parei de pensar na boca dela por um bom tempo. Esta é a terceira vez que ela vem aqui, mas nunca mais falei com ela. Fiquei com vergonha.

Patrícia— Acho que ela errou o beijo por querer, e acho que ela não parou de pensar na sua boca até hoje 🤭.

Aline— Mas o que eu faço?

Patrícia— Vai lá falar com ela ou chama ela para vir sentar aqui com a gente. Seu irmão está do lado dela; vai lá, menina, se é que você está afim, claro.

Aline— Claro que estou afim. Se for para eu beijar uma mulher, é ela, mas eu não tenho coragem.

Keyla— Eu tenho!

Keyla, que estava ali só escutando o assunto, falou aquilo e saiu com seu celular na mão. Eu e Aline ficamos ali sem entender o que ela iria fazer. Ela foi até a rodinha de amigos do Cláudio e chegou perto dele, falou algo com ele mostrando o celular. Ele pegou o celular dela, mexeu em algo e devolveu. Provavelmente, ela pediu a senha do Wi-Fi. Depois, ele apresentou ela ao rapaz mulato, que depois fiquei sabendo que se chamava Luciano, e também a apresentou à irmã dele. Quando Keyla deu três beijinhos na garota, ela meio que se virou e falou algo com ela. A garota respondeu e as duas começaram a conversar. Logo se afastaram do grupo e ficaram ali conversando. Vi que a garota deu umas olhadas para o nosso lado e sorriu. Conversaram mais um pouco e a garota se afastou de Keyla, foi até o irmão e falou algo com ele, e voltou onde Keyla estava. As duas vieram em nossa direção.

Aline— Meu Deus, ela está vindo! O que eu faço?

Patrícia— Seja você mesma, não faça nada de diferente e fique calma. Deixa a conversa rolar e, principalmente, converse normalmente como você conversa comigo.

Aline— Vou tentar.

Logo as duas chegaram, e Keyla me apresentou sua nova amiga Luciana. Ela sorriu e me deu um abraço e três beijinhos. De perto, ela era mais bonita; os olhos dela eram castanhos esverdeados e o sorriso dela era muito bonito. Ela cumprimentou Aline e se sentou com a gente. Keyla, como era mais extrovertida, começou a puxar assunto e eu fui no embalo. Logo estávamos no maior papo. Aline se soltou e já ria e brincava com a gente.

Aline nem lembrou mais de buscar bebida com a gente, e eu resolvi buscar. Já conhecia o lugar, fui à geladeira, peguei as bebidas e levei. Depois, busquei carne e voltei a me sentar. Chamei as meninas e fomos à piscina. Nos refrescamos um pouco e voltamos para a mesa. O papo estava bom e vi que Luciana e Aline já estavam meio que nos ignorando nos assuntos 🤭.

Olhei a hora e já eram 16 horas. Chamei Keyla para a gente ir, porque tínhamos que arrumar nossas coisas e descansar, já que no dia seguinte iríamos trabalhar. Ela concordou. Falei com Aline que precisávamos ir, ela pediu para ficarmos mais, mas não tinha como. Então, ela foi nos levar até a saída. Nós nos despedimos de Cláudio e seus amigos, dos pais da Aline, e seguimos para a saída. Luciana veio com a gente. Nos despedimos delas e saímos para voltar para casa.

Assim que chegamos, eu fui tomar um banho e Keyla foi começar a fazer nossa janta. Quando saí, ela foi e eu terminei de fazer o jantar. No fim, nem jantamos; estávamos cheias porque comemos bastante churrasco, mas queríamos deixar a comida já pronta para no dia seguinte só precisarmos esquentar.

Keyla colocou mais ração para a gatinha e pegou os documentos da moto e me entregou, disse que era melhor a gente ir nela porque estava com medo de, a qualquer momento, perder o carro em uma blitz. Concordei com ela.

Nos deitamos e ela ligou a TV. Começamos a ver o filme Ammonite. Ela disse que era muito bom. Eu ainda não tinha visto e comecei a prestar atenção. Eu realmente gostei do filme, apesar de que o final poderia ser melhor.

Já era quase 21 horas. Fui levantar para ir ao banheiro e vi a gatinha enrolada no canto da cama, colada no corpo da Keyla. Pelo visto, eu teria que dividir minha namorada com outra gata de olhos azuis, apesar de que os olhos delas eram azuis só durante o dia.

Quando voltei do banheiro, Keyla disse que meu celular tinha feito barulho. Imaginei que era Aline, porque só ela e Keyla tinham meu número ou então era a operadora me oferecendo algum plano. Olhei e era mensagem no WhatsApp, então com certeza era Aline. Keyla se levantou e foi ao banheiro. Quando olhei, tinha um áudio da Aline. Quando abri, eu disparei a rir. Depois de um tempo, Keyla voltou e perguntou o que foi tão engraçado que ouviu minhas risadas de dentro do banheiro. Eu abri o áudio para ela ouvir.

ÁUDIO:

Paty, meu amor, fala para sua namorada que eu amo ela, apesar de que ela é muito bocuda e fica contando meus segredos para os outros, mas mesmo assim eu a amo, kkkkk.

Menina, eu sou lésbica, sou da turma de vocês agora, kkkkk.

Eu levei a garota para o meu quarto despistadamente do povo. A gente já meio que tinha se entendido e queríamos trocar uns beijos. Menina do céu, que boca é aquela, kkkkk.

E não estou falando de beijo não; jisuiss, que coisa boa, kkkkk.

Eu já te disse que sou lésbica, né? Kkkkkkk.

Boa noite, meus amores. Vou dormir porque estou mortinha, se é que você me entende, kkkkkkk.

FIM DO ÁUDIO.

Keyla— Meu Deus, ela está bêbada? Kkkkkkk. As duas se pegaram para valer, kkkkkkk.

Patrícia— Acho que ela bebeu umas cervejas a mais, e pelo jeito se pegaram bem além de beijos, kkkkk. O que você falou para a Luciana?

Keyla— Falei que minha amiga estava afim dela, mas que nunca tinha ficado com mulher e tinha vergonha, mas que se ela estivesse interessada, era só ir com calma.

Patrícia— Pelo jeito, ela foi com calma no início, mas no final não foi nem um pouco calma e ainda te entregou para a Aline, kkkkk.

Keyla— Mas eu não pedi segredo não, e provavelmente Aline quis saber o que eu tinha falado com ela. Mas você tem razão, ela não foi com calma no final mesmo não, e pelo jeito Aline gostou, kkkkk.

Patrícia— Quero ver o que ela vai dizer amanhã sem o efeito do álcool, 😂😂.

Continua…

Criação: Forrest_gump

Revisão: Whisper

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 18 estrelas.
Incentive Forrest_gump a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Forrest_gumpForrest_gumpContos: 378Seguidores: 84Seguindo: 93Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

KKK Keyla agora botou cupido, é pelo visto pegou fogo no parquinho/quarto rsrs, bacana mais um casal na história, é essa gatinha daqui a pouco já tem nome é tudo, já ganhou o coração das duas.

1 0