Carlos e Dora acabaram dormindo como de costume, Dora praticamente se grudou ao lado do seu marido enquanto ele estava em um sono profundo. Levou suas mãos a tocar no peitoral dele e o abraçou forte, começaram então a cair lágrimas de seus olhos, um filme começou a passar na cabeça de Dora. Ela começou a lembrar de todas as vezes em que eles eram felizes quando ela não pensava em nada além de fazer seu marido feliz, e começou a se arrepender em ter praticamente jogado tudo isso fora por conta de um capricho idiota, deveria ter sido sincera com ele desde o começo sobre seus gostos e manias, mas a verdade é que ela desde nova foi educada pela mãe para restringir suas vontades, a mãe praticamente vivia dessa forma, nunca tinha vontades na cama com seu marido, vivia apenas para satisfaze-lo sexualmente, sem buscar seu prazer. Dora sempre se sentiu sabotada pela mãe, e começar a ver um leque de posições, de formas de fazer sexo, a encantou, pois nunca teve tempo de experimentar isso. Carlos era vivido, era viril quando o conheceu, sabia do seu passado, teve receio de se envolver com ele. Até no começo ele meio que despertava repulsa dela, foi por isso que ele mudou tanto, ele se adaptou ela.
No dia seguinte, Carlos não estava na cama, quando Dora acordou. No lugar, tinha um aviso no celular de Dora, havia dito que iria comprar algumas coisas e já estaria de volta. Dora então tomou um banho e como sempre foi fazer o café da manhã de Carlos com as coisas que ele mais gostava, esperava que seu marido voltasse logo. Carlos estava do outro lado da cidade, no parque, correndo com um amigo, aquele que estava ajudando o Carlos esse tempo todo com algo que ninguém sabe o que era. Eles correram um pouco enquanto esse amigo comentou para Carlos que havia mandado mais documentos, fotos comprometedoras, e principalmente algo "bombástico" para o seu e-mail, desejando boa sorte para Carlos, e que esperaria notícias no dia seguinte. Carlos sabia que iria precisar de sorte, mas acima de tudo, de jogo de cintura para o que viria.
Carlos tomou seu café com Dora normalmente, ela não parava de olhar seu Marido. Admirada, tinha ali um marido muito lindo, ela então pegou a mão de Carlos, e assim dizia.
- Amor, depois do Jantar, eu tenho uma coisa pra te falar, e te propor. Eu queria fazer isso antes, mas acho melhor depois desse jantar, ta bom? Pois parece muito importante pra você.
- Tudo bem, meu amor. Não se preocupe com isso, se quiser falar sobre agora, estou a seus ouvidos... - Respondia Carlos, que levou as costas da mão de Dora até seus lábios, assim beijando a mão dela enquanto Dora olhava pra seu marido com ternura, mas ao mesmo tempo um aperto no coração.
- Não amor, eu acho melhor a noite mesmo, ta bom? - Dora não queria falar nada naquele momento, não só para não estragar o dia de seu marido mas também porque não se sentia preparada ainda, Dora estava com medo de perder aqueles bons momentos que estava tendo com Carlos naquele instante, que era único e especial para ela. Depois de tomarem seu café normalmente, Carlos acabou indo trabalhar mas hoje não iria fazer hora extra, devido ao jantar iria até sair mais cedo então Dora dispensou a empregada no dia resolveu ela mesma fazer as coisas de casa, como ela não iria trabalhar queria passar o tempo pensando em algumas coisas e ao mesmo tempo agradar o marido, na verdade ela só queria deixar pra trás todas aquelas ideias que ela estava tendo. No meio de tudo aquilo, Dora começou a passar mal, alguma coisa estava acontecendo com ela. Sentiu o estômago embrulhar, o cheiro do ambiente começou a fazer a mesma sentir náuseas, sentia seu corpo ficar mais quente. Correu ao banheiro, e procurou o primeiro vaso sanitário, e logo estava ali, vomitando. Foi até a cozinha, bebeu um copo de água, e assim passou a se sentir melhor. Pensou, não pode ficar doente justo hoje, que seu marido iria precisar tanto dela ali.
Carlos trabalhou normalmente naquele dia, observou que André não tinha vindo para o escritório, olhou para os colegas de trabalho, aonde cada um estava, cumprimentou e conversou com todos, enquanto ficou sabendo por um deles que não deixaram que eles realizassem as demandas de Carlos de propósito, foi o próprio André que determinou que deixassem as demandas de Carlos para que ele mesmo fizesse quando voltasse de férias pois foi ele quem deixou aquelas demandas ali, todos protestaram mas mesmo assim ele não deixou, Carlos então disse que já sabia disso, já sabia e que hoje tudo ficaria bem esclarecido. Depois do expediente Carlos voltou pra casa e foi recebido calorosamente por Dora, que abraçou seu marido e beijou seu rosto várias vezes, estava completamente feliz em ver seu marido ali, e disse que já arrumou as roupas para eles usarem no jantar. Carlos, com um elegante conjunto social cinza chumbo, com uma gravata azul e camisa branca, e Dora com um vestido preto super discreto. Não queria chamar atenção, mas Carlos a repreendeu de imediato.
- Não Dora. Hoje você vai usar isso aqui que eu comprei. Quero que vejam minha esposa sendo bem gostosa. - Mostrou então a Dora um vestido longo amarrado sem costas, com um tecido leve que valorizava suas curvas, deixando boa parte de suas costas à mostra, além de uma abertura na lateral que valorizava suas coxas e pernas esquerda. Dora achou aquele vestido sexy demais, e Carlos fazia questão, era a noite dele, mas dela também, queria fazer inveja para as pessoas. Trocaram-se, e foram até o carro, em direção a casa do chefe deles, era um casarão num bairro nobre de São Paulo. Assim que chegaram, Carlos informou ao segurança que era convida de André, e Dora ao ouvir aquilo, se assustou completamente.
- Carlos, André, como assim?
- Como assim, o que amor? André é o nome do meu chefe, aquele que eu cheguei a comentar que se tornou acionista da fintech, ele quer fazer um jantar para funcionários para anunciar algo grande. Qual é o problema? - Disparou Carlos
- Não é nada, eu só sinto um desconforto quando eu ouço esse nome, por que como eu falei pra você, aquele meu amigo do site de contos eróticos que eu iria me encontrar daquela vez se chama André.
- É só coincidência e essas coisas não existem. Fique tranquila. - Disse Carlos, entregando chave e carro para manobrista, e sendo convidado para entrar no hall. O casarão de André realmente era muito grande, a sala tinha lustres, um sofá gigante de couro, muitos adereços e quadros e um tapete enorme, realmente André tinha muita grana e Carlos analisou muito bem aquilo. Carlos encontrou os seus amigos do trabalho e cumprimentou cada uma das esposas de seus respectivos amigos e colegas de trabalho que ele só conhecia a mesma através de fotos na mesa de cada um dos seus amigos, cumprimentou por exemplo Raquel que era esposa do Kadu, um grande amigo dele de trabalho, além de outras. Dora pediu licença para Carlos depois estava novamente passando mal, Carlos perguntou a Dora o que ela tinha e ela disse que era só um mal estar e enjoo, que ela teve hoje de manhã. Carlos então ficou preocupado, perguntou se ela tinha comido alguma coisa naquele dia, e ela disse que pouca coisa, pois não estava conseguindo sentir muita fome, apenas mal-estar... No mesmo instante, perguntou a um dos seguranças aonde era o banheiro já ajudou sua esposa a ir até lá, que estava ali praticamente vomitando em uma das privadas. No meio daquilo André começou a cumprimentar cada um de seus funcionários, estava sorrindo muito naquele dia, e curiosamente começou a procurar por Carlos, quando ele estava voltando com Dora e acabou visualizando o André ali, então ele mostrou para Dora e disse.
- Aquele ali é o André, meu chefe e acionista da empresa onde trabalho amor, vou dar meus cumprimentos a ele. - Naquele momento, Dora gelou, e ao mesmo tempo fechou a cara, era o nojento do André, o homem que a manipulou e destruiu sua vida, e com certeza iria falar para Carlos que era ele, mas não agora. André se aproximou dos dois, e assim disse. - Carlos meu irmão, seja bem-vindo a minha casa. Olha meu amigo, você tem trazido ótimos resultados para a empresa, nessa noite eu vou anunciar a sua promoção. Eu decidi que eu vou fazer de você meu braço direito, você sabia que esse cara aqui é o cara? - Olhou para Dora naquele momento, com um sorriso de deboche, e Dora com a cara fechada, respondeu. - Sim. O MEU marido realmente é excelente, em todos os sentidos, não esperava outra coisa dele.
- Aliás, Carlos, essa ai é a Eudora que você tanto fala não é? Mais bonita pessoalmente, muito prazer. Aproveitem a casa, logo vou anunciar o jantar. - Disparou André, que foi cumprimentar outras pessoas, enquanto Dora sentiu nojo de todo aquele cinismo. Pensou em ir atrás de André e confrontar ele sobre o que estava acontecendo, mas resolveu ficar mesmo e do lado de Carlos, em um momento oportuno iria revelar tudo a ele mas agora a coisa estava um pouco mais complicada pois não imaginava que André e Carlos estavam tão próximos esse tempo todo e nem mesmo Carlos sabia disso...
André então acabou convidando todos para sentar sem a mesa, hoje teríamos leitão assado ao molho de laranja, um risoto de limão, salada caesar com ervas e especiarias, e um delicioso vinho Brunello di Montalcino Manachiara, de Silvio Nardi, vindo diretamente de Toscana, para apreciar aquele jantar maravilhoso. Todos se sentaram. André então enquanto todos estavam se servindo pediu um minuto da atenção de todos, e então ele começou a discursar.
- Atenção a todos aqui. Eu gostaria de dizer três coisas para todos vocês. A primeira delas é que fechamos uma parceria com um grande banco empresarial e vamos poder prestar atendimento ao mesmo, o que vai nos gerar um lucro de praticamente quase um bilhão de reais ao ano. Isso é maravilhoso, por isso chamei todos vocês aqui porque nós somos uma família e eu gostaria de dividir isso com todos vocês. Também gostaria de dizer que Carlos a partir de amanhã será o meu braço direito na empresa, todos vocês serão encarregados dele, e isso está acontecendo por conta do seu brilhante serviço dentro da nossa empresa financeira. E também eu queria dizer que... Nesse momento, o celular, não apenas de André, mas também o de Carlos, e todos os outros começaram a vibrar, chegando mensagens ao mesmo tempo no WhatsApp do grupo. Todos olharam ao mesmo tempo, inclusive Carlos, e ali, eram alguns vídeos, todos de sexo, onde Dora transou, não só com o mascarado na casa de swing, como também naquele motel, e em um dos vídeos, tinha ela falando o seguinte.
" - Vi na casa que você tem maridinho né sua putinha? Ele te come desse jeito, come?
- NãoPuta do caralho, porque não respondeu minhas mensagens? Sua vagabunda, vou te punir agora.
- Sim caralho! Eu gosto de como você me fode, eu adorei como você me fodeu naquela casa de swing, e tô amando como ta me comendo agora, é isso que quer ouvir? Sim, eu sou uma puta submissa, eu adoro receber ordens, ser mandada, eu não quero ser tratada como uma princesa no sexo, e o Carlos nunca vai poder me dar isso a não ser bêbado! "
Todos olharam aquele vídeo e em seguida olharam para Carlos. Os cochichos foram vários, alguns rindo da cara dele, outros comentando sobre, e todas as mulheres olharam para Dora ali. Dora também assistiu aquele vídeo, junto com Carlos. Seu olhar era de desespero, e de ódio por André, ela olhou para Carlos, que estava paralisado olhando aquilo. Ela tocou seu braço, queria falar algo, e Carlos reagiu.
- Dora, pegue o carro e vá pra sua casa, agora. Entendeu? Eu vou dar um jeito nessa merda toda que acabou de acontecer.
Dora então não tinha palavras para falar mais nada, pegou as chaves do carro e foi embora, porém pedindo para Carlos voltar mais rápido possível pois eles tinham muito o que conversar, Carlos então se levantou da mesa, olhou para cada um dos colegas que estavam ali com as suas esposas, e pediu desculpas não só pelo vídeo em si mas também pelo constrangimento de cada um deles ter recebido algo que era ilegal, já que compartilhamento de vídeos sem autorização era um crime. André então se levantou e foi até Carlos, tocou seu ombro e assim disse. - Preciso que você me acompanhe, eu acho que aqui não será um bom lugar. - Carlos então, foi com André até a sua sala de leitura, onde o mesmo fechou a porta. Não aguentou mais o personagem, e disse a Carlos.
- Quero deixar bem claro, que fui eu transei com sua mulher. É isso mesmo corno, Era Eu nos vídeos. Enquanto eu estava aqui te colocando pra trabalhar, eu fui lá e enrabei sua esposa puta, que não gosta de frouxos como você. Dora gosta de homens como eu, você entendeu seu corno? Mas a coisa não acabou por aqui não, eu andei descobrindo algumas coisas...
Carlos ficou imovel, não falou nada. Estava de cabeça baixa, humilhado e derrotado, sequer foi pra cima de André, mas perguntou ao mesmo sobre que coisas ele estava falando. André então, mostrou a Carlos alguns documentos, com a sua assinatura, documentos de notas fiscais assinadas por ele, frios, que caracterizavam desvio de dinheiro da empresa.
- Aqueles documentos que você assinou pra mim, facilmente eu consegui copiar a sua assinatura. Eu sou rico Carlos, conseguir o que eu quero é muito fácil porque eu sou mais inteligente, lindo, e com mais recursos do que todos vocês, esses documentos que eu tenho aqui podem te colocar na prisão, você está acabado meu amigo, está acabado por que está no meio do meu caminho para transformar Dora em minha puta submissa. Mas...
Carlos então se viu sem nada pra fazer, então olhou diretamente para os olhos de André e começou a chorar, esse então começou a dizer para André que faria qualquer coisa para não ser preso, a vida dele já estava ruim nada o suficiente por descobrir que sua esposa não passava de uma adúltera que violou o acordo deles, agora ele era chacota dos colegas de trabalho e nem poderia trabalhar mais, e ainda por cima seria preso. Mas André tinha uma solução para aquilo.
- Eu vou te dar uma quantia em dinheiro pra você sair dessa cidade e começar a sua vida em outro lugar. Eu sou generoso, e tudo o que eu quero é que você se separe de sua esposa, e que você entregue ela para mim. Pode parecer mas eu não amo Dora, ela me rejeitou mais de uma vez, me rejeitou por causa de você, eu só quero ela pra mim pra fazer a vida dela um inferno, assim como eu estou fazendo a sua agora. Pense, é uma oferta tentadora, pode ter certeza que irei me vingar de você muito bem vingado, tudo que eu quero é que apertemos as mãos agora, e que tenhamos um acordo. O que me diz?
Carlos respirou fundo naquele momento. Sabia que André estava falando a verdade e que poderia colocar ele na cadeia, mas que chances Carlos poderia ter para virar esse jogo? Pior, como ele iria lidar com Dora agora que descobriu tudo isso? Carlos então ergueu a sua mão para finalizar um acordo com André, mas antes de da sua mão para ele, Carlos fechou seu punho e levou para dar um soco na cara de André, e o soco foi tão forte que ele meio que perdeu o equilíbrio e caiu sobre a sua poltrona, aonde assim ficou sentado olhando para Carlos com uma cara de surpresa.
- Você está louco, maluco? Agora sim, eu acabo com a sua vida e da sua maldita mulher. Vou ligar pra delegacia, é... - Nisso, ele é interrompido por Carlos, que começa a rir da cara dele, era uma risada completamente anormal, de satisfação, passou a rir por alguns instantes, antes de finalmente olhar pra André, e com uma cara de satisfação no rosto ele apenas dizia.
- Xeque-Mate! O seu fim começa agora! - Nisso, ele pegou seu celular, e mandou uma mensagem de audio, com a seguinte frase. - Pode começar, eu Autorizo!