Eu sou um cara tóxico. Acho que o pior que existe em mim é quando eu fico desgraçado da cabeça, me aproximo dos outros e deixo eles desgraçados da cabeça que nem eu. Sou tipo um veneno, eu acho, e tudo por culpa da falta de terapia. No sentido da rotina de vida, até que sei levar e tento andar na linha. Tenho 38 anos, trabalho carregando e descarregando caminhão no CEASA, luto judô nas horas vagas, 1,81m, moreno claro, todo peludão, alto, casado, fiel e posturado, mas basta o estresse bater e eu meto a cara na bebida, perco a noção, faço merda, como piranha na rua, boto chifre na Helena, arranjo briga com outros caras por nada e dá tudo errado. Péssimo exemplo pra família, principalmente minha filha.
Não sei o que acontece comigo, só sei que tem tipo um bicho descontrolado, um animal selvagem, uma fera indomável dentro do meu peito que quer sair sempre que eu bebo além da conta, é aí que o inferno acontece ao meu redor. Caos total. Talvez sejam minhas questões mal resolvidas da época de adolescente no colégio...
Semana passada, na quarta, o jogo do Flamengo me tirou do sério e eu enchi o pote no bar com os amigos. Cheguei em casa bebaço, minha mulher perdeu a paciência diante das minhas escapadas constantes e mentirosas, me trancou do lado de fora e eu me vi sozinho numa rua em Irajá, subúrbio do Rio de Janeiro, de madrugada e apenas com carteira, celular e dinheiro no bolso. Num primeiro momento fiquei sem saber o que fazer, ainda mais estando bêbado, mas aí minha mente deu um giro às avessas, meu corpo praticou a controversa arte da meia volta e meu cérebro raciocinou rápido enquanto eu andava pelas ruas escuras e úmidas do bairro.
- “É hoje, que se foda a porra toda...” – pensei.
Devo ter caminhado por uns 20min até chegar na Vila da Penha, toquei a campainha no portão sem luz e imaginei que ninguém fosse me atender àquela hora, até que a varanda acendeu, a janela abriu e ele apareceu.
- D-Dino!? – o sujeito me olhou e não acreditou que era eu. – DINO?!
- Coé, mermão. Suave na nave? Achei que tu já tava dormindo, puto. – respondi com a cara mais deslavada de todas.
- Puta merda, Dino, não boto fé que é você mesmo! Meu Deus!
Flávio abriu a porta, correu pro portão e me viu ao vivo e em cores depois de muito tempo sem a gente sequer se falar por Whatsapp ou rede social. Sei lá, papo de uns cinco anos ou mais sem ver pessoalmente, ele agora parrudo, gordinho, e eu igual vira-lata jogado na rua. O cara é um amigo meu da época do Ensino Médio, quando a gente tinha 17, 18 anos, e naquele tempo muita coisa rolou entre nós. Ou poderia ter rolado, caso eu não desse tanta atenção pras novinhas do terceirão e tivesse me ligado nos sinais.
- Mermão, você tá muito diferente! – acho que ele ficou feliz quando me viu.
- E tu continua com a cara de nerd de antigamente, ein? Tehehehe!
- Lá vem você me zoando de nerd, como sempre. Para de graça, Dino.
- Tu tá ligado que meu esporte preferido naquela época era te perturbar, né? Nada mudou. Hehehehe! – apertei a barriga do Flávio e ele me deu um tapinha na mão.
- Bahahaha! Tá bom, tá bom. Primeiro de tudo, sai desse portão que a Vila da Penha não tá mole não. A pista tá salgada, meu parceiro. Entra aí, vai.
- Tá vendo, pô. Posso entrar mesmo? – fingi que minha intenção não era estar ali, porque eu infelizmente sou um fodido.
- Claro, porra! Tá brincando? Em nome dos velhos tempos, meu amigo, você é sempre bem vindo na minha casa. Vem, entra.
- Mas a hora, cara... – cocei a cabeça. – Tá tarde e eu te incomodando. Sei não...
- Só entra, Dino, para de teimar comigo.
- Tem certeza? – olhei pros lados, dei a leve e discreta coçada na pica e ele fez igual a mim, fingiu.
Fingiu que não queria que eu entrasse. Fingiu que não tava radiante de me ver, bem como eu fingi que não precisava estar ali naquele momento. Depois de tudo. Depois de todas... Enfim, o Flávio fingiu que não me queria ali e deixou a resposta comigo.
- Você que sabe se vai entrar ou não, Dino. Só não vou ficar aqui conversando contigo, porque semana passada teve assalto ali na esquina e o-
- Ah, então que se foda, vambora. Tehehehe! – guindei o braço no pescoço dele, o cretino caiu na risada e nós entramos juntos pro quintal.
Hoje em dia Flávio é careca, usa óculos, não perdeu a cara de nerd e o jeito meio curioso de me olhar e de falar comigo, apesar do tempo e da distância presentes entre nós. Baixinho, gordo, barba no queixo, pele branquinha, as bochechas rechonchudas e sempre me salvando, fosse nos tempos de colégio, quando eu colava dele pra passar de ano, ou no presente, entrando na casa dele pra ter onde passar a noite depois de ter sido trancado do lado de fora.
- Licença, irmão. – banquei o educado quando pisei na sala.
- Toda. Nem inventa de tirar os tênis não, pode ficar.
- Certeza?
- Absoluta.
- Então já é.
- Fica à vontade. – ele apontou o sofá, foi na cozinha e buscou cervejas pra gente beber. – Bora tomar uma?
- Se for contigo... Só se for agora. – foi minha vez de abrir o bom sorriso.
Meti a mão na rola, cocei de novo, ele finalmente me comeu com os olhos e aí sim eu fiquei à vontade do jeito que queria e que nem antigamente. O que tu precisa entender aqui é que eu, antes de tudo, não meço a realidade quando bebo e saio dos trilhos. Sou oportunista, meio medíocre, jogo com o que tenho e penso que o importante é saber me virar. Tem gente que chama isso de “usar os outros”, mas eu chamo de viver o momento enquanto se está vivo. E toda vez que eu bebo, as grades no meu peito ficam fracas e eu sinto meu eu de verdade querendo sair.
- Porra, Dino... Cê tá fortão, ein, cara? Ó. – empolgado pela minha visita inesperada no meio da noite, Flávio suspendeu a manga da minha blusa do Mengão, apertou meu muque e eu flexionei o bíceps pra ele ver a tração dos músculos de perto.
- Olha lá, eu tô suadão. – adverti.
- Ih, dá nada. Eu também tô meio suado, hahahaha! – e seguiu tentando fechar as mãos em volta do meu braço tatuado.
Sério, tudo como nos velhos tempos. A diferença é que no passado eu teria saído da casa dele e ido procurar buceta na rua, e agora eu tava pronto pra fazer diferente. Minha intenção era ficar, mas foi aí que ela apareceu.
- Flávio... Cê não vem pra cama, amor? – uma ruiva gostosa abriu a porta do quarto, me encarou e fez pouca questão de ser simpática.
O nerdão ficou muito sem graça, tirou a mão do meu braço como se estivesse fazendo algo proibido, encarou a mulher e falou sério na hora de responder.
- Vai indo. Tô aqui batendo papo com um amigo de longa data, vou demorar.
- B-Boa noite. – tentei ser educado.
- Boa. – ela fez pouca questão de interagir, resmungou alguma coisa, depois fechou a porta do quarto e acho que foi dormir.
Flávio me olhou, coçou a cabeça, bateu no meu ombro e riu.
- Foi mal. Minha mulher é meio-
- Tu casou? – admito que fui pego de surpresa.
- Casei, ué. Por quê?
- Não, por nada. E casou com mulher, ainda por cima. Maneiro, hehehe!
- Tá me zoando, cuzão? Hahahah! Agora tu vê. Me respeita, Dino. E você, tá fazendo o que na rua até tarde assim? Helena não vai ficar puta?
- Ah... – resolvi ser sincero. – Ela me botou na rua hoje.
- Quê!? Sério?
- Pois é. E eu tô sem lugar pra ficar... – dei um tapa no sofá, ele achou graça da cena, ficou de pé e cruzou os braços na minha frente.
- Bahahaha! Deixa eu ver se entendi. A fiel te chutou pra fora e aí você lembrou que eu existo? Lembrou meu endereço e veio me ver? Coincidência, né, Dino? Já mandei você me respeitar, seu cínico. – Flávio também resolveu ser sincero.
- Eu te respeito, é só que... – eu o encarei e o pilantra riu pra mim. – Qual é, Flávio, tu tá ligado que eu te conheço de outros carnavais, chapa...
- Tô ligado. Tô bem ligado. – ele apagou a luz do corredor, voltou pro meu lado, apoiou novamente a mão no meu ombro e apertou com força. – Se você me conhece de outros carnavais, Dino, sabe bem o porquê de eu ter me afastado de você, não sabe?
Fiquei em completo silêncio. Achei que eu fosse controlar a situação, como sempre aconteceu, mas dessa vez foi diferente e meu ex-melhor amigo conduziu meu comportamento venenoso.
- Eu me afastei de você quando me dei conta que você usa as pessoas.
- Ouvir você dizer assim machuca, Flávio.
- Machuca é ter sido seu capacho durante anos e nunca ter conseguido o que eu queria. Você sabe, não banca o sonso. Cê me usou enquanto eu era bobo, aí chegou o fim do terceirão e tudo ficou diferente. Me fala que eu tô mentindo e que a história não aconteceu assim, quero ouvir você dizer.
Ele tomou um puta gole da cerva, eu tomei outro e a gente voltou a se olhar.
- Tu... Nunca foi meu capacho.
- Ah, não? Agora, além de oportunista, você é daqueles héteros mentirosos? Cai na real, meu amigo. Tipo, eu até gosto de você, senão nem teria deixado entrar. Mas pô, vamos abrir o jogo com sinceridade.
- Flávio, tu nunca foi meu capacho. Capacho é quem é pisado. Eu posso ter te usado, mas não pisei em você... Fora que... Eu não dei o que tu queria de mim naquela época. Poderia ter te usado muito mais, se for parar pra pensar, mas me controlei e não te usei.
- Não do jeito que eu queria. Você me usou pra comer minhas amigas, mas pra mim... É por isso que eu te chamo de hétero oportunista.
- Pois é. Talvez tu tenha razão, acho que eu não devia ter vindo pra cá.
Levantei pra sair, ele caiu na gargalhada e eu parei de me mover.
- Joguinho de drama não combina contigo, Dino. Você é cafajeste desde a primeira vez que eu te vi e roubei suas meias pra cheirar, lembra? Na época do vestiário. Bons tempos. Bahahahaha!
- E eu fingindo que não tinha visto. Como esquecer. Tehehehe! Que safadeza do caralho... – apertei a pica sem querer e o safado olhou na cara de pau.
Um minuto inteiro de silêncio, a gente se olhando e eu em pé pra sair.
- Senta aí, amigão. Nós dois sabemos que você tá sem lugar pra dormir e que, mais uma vez, eu sou teu plano B.
- Por que tu fala dessa forma, irmão?
- Porque eu nunca quis que cê me visse como um irmão, e você sabe muito bem do que eu tô falando. Qual é a diferença de chegar aqui hoje e me usar pra dormir no meu sofá?
- A diferença é que... – usei minha cartada final. – E se eu mudei? E se hoje eu sou um maluco que pensa diferente, tu já parou pra analisar?
Sentei de novo no sofá, removi os tênis, fiquei de meias e o cheirão dos meus pés rapidamente tomou conta da sala do Flávio. Eu vi o momento exato que o nerdola se encheu da minha testosterona acumulada do bar, seu cérebro disparou descargas de prazer pelo corpo e o cretino mergulhou de volta nos finais das nossas aulas de Educação Física, quando o professor Cadu liberava a turma e eu tirava as chuteiras no meio do grupo. Ele me encarou, sentou do meu lado no sofá e bateu nas próprias pernas pra me pedir pé.
- Anda, pode botando no meu colo pra eu dar uma massagem.
- Tô suadaço, maluco. Tem certeza?
- Dino? – o canalha mudou o tom pra bem sério de repente.
Não discuti, só fiz como ele mandou e joguei os pezões 46 por cima de suas pernas. A cara dele de empolgação, de curiosidade e de saciedade foi indecifrável, o semblante genuíno de alguém em pleno estado de prazer e satisfação. Acho que era o sonho do Flávio acontecendo, porque desde moleques eu deixo ele tirar casquinhas, apesar de nunca termos passado disso. Uma massagem aqui, uma apertada ali, nada além do limite da minha heterossexualidade.
- Mmm... Pode apertar com força, cara.
- Tá dolorido mesmo ou você tá fingindo?
- Eu vim andando de Irajá até aqui. Mamadão, torto de cerveja.
- Poxa, tadinho de você... – ele apertou as solas dos meus pés, ultrapassou os limites de antigamente e cheirou minhas meias. – Teu cheiro continua uma delícia como sempre, Dino. Ainda mais agora que cê tá suadão no meu sofá.
- Me fala uma parada. E se tua esposa abrir a porta do quarto?
- Ela tá dormindo, só vai acordar amanhã. Sono pesado.
- Tem certeza?
- Hoje em dia eu só faço as coisas quando tenho certeza, amigão. – falou com convicção, tornou a afundar o nariz entre os dedos dos meus pés e a inalar o aroma quente e salgado das bases do meu corpo.
Eu tava pronto demais. A cena do Flávio se submetendo ao meu ego de forma sincera e explícita me deixou extasiado, porque com mulher nenhuma eu vi uma devoção tão genuína, tão legítima e verdadeira. A entrega do safado arregaçou as grades no meu peito, seduziu a fera no meu interior e, de repente... Sei lá, eu amansei. Virei moleque outra vez, me vi com 18 anos de novo e senti como se estivesse sozinho com o Flavinho, tal qual fazíamos quando voltávamos do colégio suados.
- Ffffff! Tua mão é boa pra massagem, puto. Cacete... – me estiquei no sofá enquanto ele me cheirava e apertava meus pés.
- Tá gostando?
- Nem a Helena cuida assim de mim.
- Tehehehe... Me compara com a sua mulher que eu finjo que gosto.
- Tô falando sério, pô. Tu tá ligado que eu não preciso te comprar, Flávio. Nunca precisei.
- Ah, não? E por que não precisa me comprar, posso saber?
- Porque tu sempre foi meu. Tu sempre se pôs nesse lugar de tu mesmo se pegar e se colocar na minha mão, eu nunca precisei fazer esforço nenhum pra te ter aqui, ó... – mostrei a palma pra ele, subi em seu rosto e alisei a lateral da face do sem vergonha. – Fala que é mentira minha.
- Ah, Dino, Dino... A diferença é que hoje em dia eu sei o que eu quero.
- Sabe, né?
- Sei. E não tenho mais conversinha mole. – inquieto, ele ajoelhou entre minhas pernas, apertou minhas coxas, cheirou minha virilha e pôs as mãos no zíper da minha bermuda. – Eu vou fazer contigo o que era pra eu ter feito naquele tempo. Passei mais de uma década arrependido por nunca ter feito, acredita?
- Flávio... É a primeira vez que eu-
- Relaxa. O risco é você ser hétero de verdade e seu pau não subir.
- Aí a tua missão é fazer ele crescer na tua boca. Mas ó, já te aviso que tô meia bomba só com essa cena de tu ajoelhado pra engolir minha jeba.
Terminei de abrir o zíper, botei a bengala suadona e babadaça pra fora, a cabeça amarrotada saindo entre o couro grosso e recém mijado, o cheirão de pica tomando conta de nós dois e minha pentelhada tão suada quanto o instrumento. Apertei o sacão escuro pra frente, sacudi as bolotas na cara do Flávio e ele se preparou pra me engolir, mas aí eu segurei seu rosto quando o puto tava prestes a dar início à mamada e o impedi no segundo final.
- Pede pica. Quero ver tu pedir, enche minha bola.
- Você vem na minha casa, precisa da minha ajuda, faz esse drama todo e eu que tenho que pedir pica?
- Tu tá ligado que sempre me obedece, viado, não tenta resistir a mim. Eu só voltei porque me dei conta que teu macho sou eu. – falei no pé do ouvido dele. – Agora late pro teu marido aqui: tu quer a piroca de quem na tua boca agora?
- A sua.
- De quem? Não escutei.
- A sua piroca, Dino. Covarde, isso é baixaria demais.
- Tu gosta de um macho egocêntrico e cafajeste te dando ordem?
- Me amarro, principalmente se for você. No fundo, eu sempre soube que a gente ia se esbarrar de novo.
- É porque dentro de tu sempre existiu essa cadela que foi adestrada pra me obedecer. Eu também tô ligado. Agora se liga no que tu vai fazer: vai abrir a boca, engolir minha bola esquerda e depois a direita, passando a língua com carinho nos meus culhões. É hoje que eu te encho de leite, Flavinho.
- Dino, Dino... Canalha, ordinário. Quero piru, vai me dar?
- Eu sou o teu macho, Flávio. Voltei, tô aqui pra tu. Só uma mamada, vai. Em nome dos velhos tempos. Mata a tua vontade e a minha, filhão.
Ele abriu a boca, amaciou meu ovo esquerdo nos lábios úmidos de saliva, depois engoliu a bola e brincou de espanar a língua quente na minha uretra até sentir a cabeça do meu caralho deslizar direto pra garganta.
- Ssssss! Até que tua boquinha sabe chupar, maluco. Hmmm!
Flávio fez do jeitinho que eu mandei, me deixou torto no sofá logo com a primeira bocada e eu me arrepiei dos pés às cabeças quando senti meu pau todo inserido em sua goela. Deu pra sentir centímetro por centímetro da vara escorregando no céu da boca dele, sumindo, e foi aí que eu fiquei aflito de tesão, com a piroca cuspindo baba e envergada pra cima, tortona pra esquerda.
- OOORFFF! Ó como é que tu engole tudo, rapá... Arranjei o lugar certo pra passar a noite, Flavinho: tua boca. SSSSS!
Como poderia ser diferente? Ele é apaixonado por mim desde os tempos do colégio, a diferença é que hoje somos adultos e eu me sinto mais solto pra jogar limpo, que foi o que fiz, por isso botei o safado pra me mamar na sala da casa dele e enquanto sua esposa dormia no quarto.
- Você não imagina quanto tempo eu esperei por esse dia, Dino. Nhamm! - ele falava com orgulho, esbanjava sinceridade e me mamava olhando nos meus olhos, na maior conexão e na maior intimidade comigo.
- E eu sempre soube que ia acabar acontecendo, papo reto. Mama, vai? Isso, caralho! AAARFFF! Puta que pariu!
- Ghmmmm! – ele engasgou com vontade, mas nem assim desistiu de continuar sugando a ponta do meu cacete até onde aguentou.
Eu nem sabia se ele tinha filho, por exemplo, ou se mais alguém além da esposa poderia acordar e nos pegar no flagra, mas acho que isso acabou servindo de afrodisíaco no fim das contas, porque a adrenalina e o risco de ser pego me deixaram mais galudo do que de costume e eu só pensei nos prazeres egoístas de ganhar uma mamada dedicada do cara que me ama desde o Ensino Médio.
- Boca quente do caralho, como é que pode? Nem Helena mama assim, Flavinho! FFFFF!
- GHRRR! – aí sim ele engasgou e quase tossiu.
- Agora a parada ficou de verdade, filhão. AAARGH! Tesão demais!
Foi a primeira vez que tive contato íntimo e sexual com outro homem e admito que me vi relaxado demais quando percebi que o Flávio sabia exatamente quais botões apertar e o que fazer pra me deixar duro que nem aço.
- UUURSS! Caralho, doidão! Pra mamar assim é porque tu andou praticando à beça, né não? Que isso! – cheguei a suar no sofá.
- Xiu. – ele me calou com a mão na boca e voltou a chupar enquanto me manteve em silêncio, isso sem desfazer o contato visual, olhos no olhos.
Fui no céu noturno e voltei pro subúrbio quando as amídalas acolchoadas do nerdão esfregaram por entre meu mastro. Tive que me despreguiçar de tesão nesse instante e achei que fosse gozar em menos de 10min de mamada, pois não parei de babar na língua do sacana e ele mergulhando com tudo na minha giromba, mamando na pressão e fazendo o barulho das engasgadas namorar meus ouvidos.
- SSSSS! Como é que tu se sente sabendo que mama melhor que as piranhas que eu como na pista, Flavinho? Dá o papo. Gehehehe! – fui sincero.
- É um prazer ouvir isso de você depois de tantos anos, cara.
- Eu que o diga. Será que tu consegue me fazer gozar na mamada?
- Que isso? Mal comecei e você já quer gozar, Dino? Tá com pressa?
- Sabe como eu sou, né? Se eu não gozar na mamada, é capaz da parada ficar pesada pra tu... – aproveitei que ele tava abaixado na minha frente, me inclinei e dei um tapa de mão cheia no rabão gordo do sacana.
- Nem brinca, garotão, assim você acaba comigo. Hahahaha! – ele levou meu tesão na esportiva.
Eu suadão por ter passado a noite no bar com a rapaziada, o Flávio nem aí pro meu cheiro e ainda por cima farejando a parte interna do meu doze mola enquanto me chupava, demonstrando o quanto tava ali pra me obedecer e satisfazer meu desejo. É disso que homem gosta, de dedicação e devoção na hora da mamada.
- Gosta da chulezada do teu marido, putinha? FFFF! – falei baixo.
- Gosto demais, acho que sou apaixonado pelo seu cheiro desde que a gente era moleque. Você é a pior tentação pra mim, Dino. O flamenguista mais gostoso que eu conheço. – ele deu um cheirão nos meus sovacos, chupou a trilha de pelos abaixo do meu umbigo e tornou a engasgar na marreta com disciplina, ao ponto de chacoalhar meus bagos no saco peludo.
Não sei se foi a falta de nojo da parte dele ou se foi o fato do pilantra gostar de mim que fez a mamada ser diferenciada, a única parada que sei é que essa foi, sem dúvidas, a melhor chupada que já recebi na vida. E não foi de uma mulher, foi de um cara que me ama desde muito tempo atrás.
- Na moral, Flavinho... – dessa vez fui eu que me empolguei no calor do momento.
Adivinha o que eu fiz? Acabei com tudo. Interrompi a chupada e puxei o Flávio pra gente dar um beijão violento, aqueles de “filme de amor intenso”. Mano, na boa, eu devorei a boca daquele filho da puta. Meti a língua lá dentrão, ele não esperou por isso e me deixou desbravá-lo, descobri-lo por um minuto inteiro. Até que...
- C-CHEGA!
- Quê? – não entendi nada. – Flavinho, tu tá...?
- Chega, Dino! Chega, eu... – ele respirou fundo, estava de olhos arregalados, o coração acelerado e a respiração eufórica demais, pareceu drogado. – Eu acho melhor eu ir dormir. Chega. Acabou. Você também vai fazer a mesma coisa, vai deitar nesse sofá e sossegar o facho.
- Ma-
- POR FAVOR, DINO, NÃO QUESTIONA. Só... Por hoje. Amanhã você cai fora. Sério. Chega. Hoje em dia eu... Já tenho antídoto pra esse seu veneno de cobra. Você é uma cobra, Dino. Se eu der mole, tu enrosca no meu pescoço e dá o bote, me quebra todo e eu não tenho mais saúde pra isso. O tempo mudou, as coisas mudaram, eu mudei... – Flávio fez cara de nojo, passou o antebraço na boca e tentou tirar meu gosto, visivelmente arrependido do que fizemos ali.
Ele ficou pouco tempo me olhando e caindo em si, meio que de volta à realidade e à consequência dos atos. Eu não soube exatamente como reagir ou o que dizer, até que o nerdão virou as costas, apagou a luz da sala, meteu o pé pro corredor e foi pro quarto dormir com a esposa, me deixando sozinho e muito reflexivo no sofá.
No fim das contas, não me coube responder ou questioná-lo, porque, eu gostando ou não, Flávio tinha razão, eu sou peçonhento, egoísta e enveneno relações. Uma âncora, eu te afundo. Não tinha o menor direito de estar ali, pra início de conversa, mas mesmo assim achei que podia simplesmente brotar no meio da madrugada e interferir na vida do meu ex-melhor amigo do colégio, agindo como se hoje em dia a gente não fosse estranho um pro outro. Muito tempo passou e tudo mudou, eu diria. E foi assim, pensativo e meio ressentido, que deitei no sofá da sala do Flávio e tentei dormir de pau durão, mas não deu certo.
- “Não tem jeito, vou ter que tocar uma...” – foi a única coisa que me restou.
A piroca pulsando, mó cheirão da baba daquele filho da puta exalando do prepúcio e eu inchado de tesão, com as ovas lotadas de muito leite pra vomitar pra fora do saco. Como lidar, como resolver? Eu sou muito sem noção.
5min se passaram, meu fogo não abaixou, eu abri mão da noção e levantei da poltrona, fiquei de pé no escuro da sala. A giromba dando solavancos sozinha, apontada pro teto, soltando babão atrás de babão e morta de fome, implorando pra aliviar a carência e amolar uma xota. Perdido, andei até o quarto do Flávio, meti a mão na maçaneta sem fazer barulho e a luz pela fresta da porta me deu plena visão de onde o safado tava deitado. Escutei o ronco da mulher dele, isso me deu confiança pra fazer o que eu queria fazer e foi aí que ele tomou um susto quando me viu no escuro, tendo que falar baixinho pra não acordar a esposa.
- O que você pensa que tá fazendo Dino?
- Flávio, eu não vou conseguir dormir sem fazer o que eu quero fazer. Só preciso que tu me dê uma chance, eu prometo. Prometo que-
- Cai fora do meu quarto agora, antes que minha mulher acorde, porra. – ele “gritou aos sussurros” comigo.
- Calma, deixa eu explicar.
- Eu não quero suas explicações, eu não preciso delas. A única coisa que eu preciso agora é que você saia do meu quarto.
- Eu saio. Saio agora. Mas faz uma coisa pra mim antes, pode ser?
O nerd percebeu que não ia ter como discutir, respirou fundo e ouviu com atenção.
- O que você quer?
- Vira de bruços.
- Como assim, Dino? O que cê vai fazer?
- Vira de bruços e eu explico.
Desconfiado e cheio de medo, ele foi virando bem lentamente e tentando não fazer barulho na cama de casal. A sorte é que a esposa do safado roncava bem alto e pareceu ter o sono extremamente pesado, daquelas mulheres que dormem de bocão aberto e chegam a babar. Aproveitei que estávamos escondidos no breu, abaixei do lado do Flavinho na cama, vi sua bunda arrebitada na minha direção e fui descendo seu short sem a menor pressa. Ele não falou nada, só me deixou fazer o que tinha que fazer, mas ainda assim tremendo de medo.
- Dino, pelo amor de Jesus Cristo. O que tu tá...
Mas foi tarde. Quando ele menos esperou, minha língua entrou no cuzinho, atravessou suas pregas, o músculo anal trancou no meu paladar e o cheiro da cuceta do Flávio empesteou minha cara, resultando num cunete delicioso, intenso e muito sincero da minha parte. Ele nem resistiu, apenas agarrou a roupa de cama, começou a suar de nervoso e abaixou o choro pra não gemer alto no ouvido da mulher.
- Hmmmm! Puta que pariu, cara... Você é um diabo, isso sim.
- Tu não disse que eu sou cobra? Vim te dar veneno, peçonha. Não vou ter paz enquanto não terminar o que eu não terminei quando tive a chance, Flavinho. – chupei o anel dele como se fosse bucetinha, dei a primeira dedada e, apesar do escuro, vi suas preguinhas se deixando alargar pela minha ação.
- Caralho, Dino, por favor... Olha o que cê tá fazendo comigo, cara. O que você quer de mim, ein? Meu Deus... – sua voz trêmula mediante minhas linguadas e dedadas, ele oscilando na minha boca e suando conforme eu saboreava seu furico.
- Diz pra mim que tu não me quer, meu viado. Diz pra eu parar e eu juro que paro. Paro e nunca mais volto a te perturbar, prometo. Sei que eu sou um encostado, mas tu sabe bem que esse cu tá no meu nome desde sempre, Flavinho. Mmmm!
Ele não respondeu, sua resposta foi física e em forma de mil piscadas ao redor da minha língua. Não pensei muito, arriei minha bermuda, montei por cima dele e, quando vi, já tava roçando a cabeça do caralho no cuzinho que tanto abocanhei e fiz suar.
- Pede pra eu parar, quero ouvir da tua boca. Se tu não pedir, eu vou penetrar e te fazer de fêmea na tua cama, enquanto tua mulher dorme. É isso que tu quer, Flavinho? – deixei meu veneno borbulhar nas presas, me enrosquei no corpo dele feito uma víbora e não precisei de muito pra preparar o necessitado bote.
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