Me apaixonei pelo namorado da minha irmã

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Gay
Contém 15248 palavras
Data: 17/11/2023 15:26:30

Me apaixonei pelo namorado da minha irmã

Oito anos separavam as nossas idades, mas eles por si só não explicavam essa total incompatibilidade de gênios entre a minha irmã Suzana e eu, havia muito mais por trás disso. Tínhamos personalidades tão distintas que enxergávamos o mundo que nos rodeia como se não habitássemos o mesmo planeta. Eu vim para desbancar a hegemonia dela dentro da família, aquela espécie de estorvo do qual você não pode se livrar sem perpetrar o pecado de Caim e Abel, o fratricídio. Nunca duvidei que a Suzana aventou muitas vezes essa possibilidade e, quando criança, a temia por conta dela. Porém, com o passar dos anos fui perdendo esse medo e as razões de me manter o mais afastado possível dela passaram a ser outras. Vivíamos sim, num constante e ferrenho estado de beligerância, e o estranho é que nossos pais fingiam não o perceber, ou decidiram que não valia à pena tentar corrigi-lo.

Eu tinha verdadeiro pavor da Suzana quando criança, apanhava mais dela do que dos meus pais, e pior, sem motivo, ou por coisas pífias. O quarto dela era um território proibido para mim, era como se a minha entrada nele se assemelhasse a dois países em guerra invadirem as fronteiras do outro. Essa lição aprendi entre os sete e oito anos quando precisei do bastão de cola que ficava numa das gavetas da mesa de trabalho do meu pai no escritório.

- Mãe, você sabe onde está o bastão de cola, preciso colar as figuras que recortei naquela cartolina que a professora nos deu para ilustrar com os animais criados em fazendas? – perguntei a minha mãe quando não o encontrei na gaveta de costume.

- Não sei não, Gabriel! Talvez a Suzana tenha precisado dele e, como de costume, não o recolocou no devido lugar. Deve estar no quarto dela. – respondeu minha mãe.

Até aí nunca tinha ficado determinado que aquele quarto era uma zona proibida para mim na nossa casa, embora eu também nunca tivesse entrado lá antes, uma vez que a porta estava quase sempre fechada ou trancada, quando ela estava lá dentro. Por outro lado, não havia nada dentro dele que despertasse a minha curiosidade ou necessidade, até aquele fatídico dia.

A Suzana não estava em casa, não havia como perguntar diretamente a ela sobre a cola e, para não ficar devendo o dever de casa, adentrei sem permissão aquele santuário proibido. Fui direto para a bancada sobre a qual ficava o notebook dela diante de um espelho preso à parede, na frente do qual ela passava horas borrando a cara com o arsenal de maquiagens que atulhava as gavetas do móvel. As gavetas eram uma zorra generalizada, as mais bizarras coisas se misturavam dentro delas e devo ter demorado uns cinco minutos para encontrar o bastão de cola no meio de pulseiras, tiaras de todos os tipos e cores, presilhas e fivelas para cabelo, lápis para sobrancelhas, pincéis, tubos e mais tubos de batom e, no meio daquela bagunça, finalmente o bastão de cola; tempo esse, suficiente para a Suzana se materializar na porta do quarto, voltando de sabe-se lá de onde.

- Eu já não te proibi de entrar aqui, Gabriel? Quem te deu autorização para mexer nas minhas coisas, seu moleque desgraçado? Larga tudo aí e sai daqui agora, seu fedelho dos infernos! – berrou ela, quase me matando de susto.

- Eu ... eu ... preciso do bastão de cola para o trabalho da .... – antes de eu conseguir me explicar, o tapa me acertou diretamente sobre a boca, prensando meu lábio superior contra os dentes e rasgando a mucosa pelo lado interno, o que logo se fez sentir quando toquei os dedos na boca e eles ficaram cobertos de sangue.

Eu quis gritar e pedir ajuda da minha mãe, pois o olhar da Suzana não tinha nada de compreensivo, era um olhar que mesclava ódio e uma vontade de dar cabo de mim. Ela trancou a porta e veio para cima de mim feito um tanque de guerra. Nunca tinha apanhado tanto, foi a surra mais memorável que levei, a ponto de me mijar nas calças, naquele misto de pavor, bofetões e socos que despencavam sobre o meu corpo.

- Agora suma daqui e nunca mais volte a entrar nesse quarto, seja lá por qual motivo for, ou eu te mato, seu fedelho desgraçado! – ameaçou ela, quando se cansou de me bater e me empurrou porta afora.

- Mãe! Mãe, a Suzana me bateu! – gritei pedindo socorro, tão logo me vi livre das garras da megera.

- Se não quiser apanhar mais, cala essa boca, moleque! – ameaçou, me dando mais uma bordoada na cabeça.

- Parem com essa gritaria! Não me obriguem a subir aí e botar os dois de castigo! O que você aprontou agora, Gabriel? Deixe a sua irmã em paz! – devolveu minha mãe, enquanto a Suzana me desafiava com um riso sarcástico.

Só me restou voltar para o meu quarto sem o bastão de cola, tirar a cueca e a bermuda empapadas de mijo e me enfiar debaixo do chuveiro para lavar a urina que havia escorrido pelas minhas pernas. Com a água da ducha escorrendo pelo meu rosto nem dava para saber o que eram lágrimas e o que era a água do chuveiro, a única coisa palpável era a raiva que eu estava sentindo, e a humilhação que estava a devassar minha alma.

À noite, quando meu pai chegou em casa, pedi pelo bastão de cola, levei um sermão por ainda não ter terminado o dever de casa, enquanto a Suzana foi obrigada a me entregar a cola com a recomendação de recolocar as coisas em seus devidos lugares depois de fazer uso delas, uma ordem que ela já havia recebido centenas de vezes, e que jamais cumpria. Do meu lábio inchado, que estava me impedindo de comer direito, ninguém perguntou; talvez nem tivessem notado.

Quando ela trazia as amigas para casa, eu não podia nem passar por perto, ou era uma surra na certa, na frente das amigas, humilhante e vergonhosa, por isso eu nem me atrevia a circular pela casa. Também era comum ela se referir a mim como traste, fedelho fedido, moleque mijão e um cabedal de adjetivos com os quais me qualificava. Isso foi se introjetando tão profundamente em mim que passei a acreditar que era mesmo a pessoa com todos aqueles adjetivos, ou seja, uma nulidade, um menino desprovido de qualquer qualidade. Tornei-me tímido e retraído dentro de casa, pois nunca senti o apoio dos meus pais. Quem sempre estava com a razão era a Suzana, portanto, de que adiantava eu querer me explicar, contar como tinham começado as nossas brigas, se no final, a culpa recaía sobre mim.

Já fora de casa, tudo era diferente. Mesmo tímido, eu fazia amigos, as professoras gostavam de mim e me elogiavam pelas notas altas e pelo empenho que demonstrava nos trabalhos. As mães dos meus amigos não se cansavam de repetir que gostariam de ter um filho tão educado e bonzinho como eu, quando ia na casa deles, e elas me abraçavam como seu eu fosse filho delas. Com os pais deles a coisa também não era diferente, eles faziam questão que os filhos me convidassem para um final de semana na casa de praia ou de campo, ou que pernoitasse na casa deles jogando videogame. Eu me perguntava o porquê de estranhos gostarem tanto de mim, enquanto minha família fazia exatamente o oposto.

- É que você foi um acidente indesejado, seu traste fedido! Não sabia? Pois agora vai saber, seu merdinha! – afirmou certa vez minha irmã durante uma de nossas brigas. – O papai e a mamãe estavam felizes e satisfeitos com a filhinha que tinham e nem pensavam em ter mais um filho, mas aí uma camisinha estourou, a mamãe precisou tirar o DIU por um problema qualquer e a desgraça aconteceu, ela acabou engravidando e quando perceberam já era tarde demais para mandar arrancar você de dentro dela, não tiveram escolha a não ser deixar você nascer e te aturar pelo resto da vida. – para um garoto infantil aquilo soou trágico e doloroso. – Ninguém te quis, você é uma merda que deu errado! – concluiu, enquanto as lágrimas desciam copiosas pelo meu rosto, apesar de eu não ter compreendido uma porção de coisas.

- Que camisinha? O que tem a ver uma camisa com o fato de eu ter nascido? O que é esse tal de DIU? – perguntei aos prantos para ver se entendia o que ela queria me dizer com tudo aquilo, pois só o que entendi direito, foi que ninguém me quis.

Guardei cada frase dessa crueldade durante anos, e só na adolescência compreendi a total dimensão dela. Até onde isso era verdade eu não saberia dizer, contudo, pela maneira diferenciada com a qual era tratado dentro da família, devia haver alguma verdade nas palavras da Suzana. Por essa época eu odiava a minha irmã, devido a todo histórico anterior fui substituindo aquela raiva pueril que eu sentia por ela, por um sentimento muito mais forte, de total e irrestrito ódio. Apesar de vivermos sobre o mesmo teto a distância que nos separava só podia ser medida em anos-luz. Éramos como a água e o azeite que jamais se misturam.

Também na adolescência foi que descobri minha sexualidade, e isso se deveu em parte à Suzana, sem que ela precisasse fazer nada para isso. Foram os caras com quem ela saía que me fizeram saber que era gay. Uma coisa eu tenho que reconhecer, o gosto dela pelos garotos e homens sempre foi primoroso. Ela desfilava sempre acompanhada de verdadeiros deuses no quesito machos. Fazia gato e sapato deles, tratava-os como criaturas de segunda classe, e acho que era justamente isso que os deixava tão loucos atrás dela. Ela os enfeitiçava, os atiçava fazendo-os crer que teriam acesso aos seus atributos de fêmea, ensandecia-os com a libertinagem que permitia que fizessem com ela, mas quando estavam rastejando aos pés dela, dava-lhes um pé na bunda sem nenhuma piedade ou remorso, até se divertia com os pobres coitados desolados.

Eu já havia desistido de contar o número de garotões e homens que passaram pela vida dela e, de alguns, cheguei a sentir pena, pois os sentimentos deles por ela deixaram marcas neles que talvez nunca fossem completamente cicatrizadas. O mais engraçado era que alguns deles acabaram se tornando meus amigos, apesar da diferença de idade, e continuaram a manter contato comigo depois de serem desprezados por ela. Aos dezoito anos, eu já contava com um rol deles no meu círculo de amizades.

E foi por volta dessa época, semanas antes do meu aniversário de dezoito anos, que a maior e mais ferrenha briga entre nós aconteceu. O pivô se chama Rogério, Rrroooger, como costumo chamá-lo de forma carinhosa, acentuando bem os erres e esticando os ós, o que o faz sorrir cada vez que o chamo assim. Por sinal, um sorriso que me desmonta, e me faz sonhar com o impossível. Já fazia umas três semanas ou mais que ele andava desaparecido e, durante uma conversa sem um assunto especifico, minha mãe o mencionou durante um jantar de domingo a base de pizza.

- Podem esquecer o babaca, já era! Um grude que só estava atrasando a minha vida! – sentenciou a Suzana ante a observação da minha mãe.

- Ele me parecia um rapaz muito ajuizado e que gosta de você, sem mencionar que é muito bonito! – afirmou minha mãe.

- Sujeitinhos insossos feito ele tem aos montes! Não vou perder meu tempo e minha beleza com um merda como ele! – afirmou a Suzana.

Até então calado, pois não me metia nos assuntos dela e nem fazia questão de saber o que rolava entre ela e esses caras, senti o sangue ferver nas veias e, perdendo a compostura, fui defender o Roger com uma determinação e uma fúria que assustou a todos.

- Sua puta vagabunda! Não sei o que o Roger viu em você, uma piranha vadia que jamais esteve à altura das qualidades dele! Você não passa de uma puta de uma cadela que se oferece para o primeiro macho que aparecer! – fui tão enfático ao me expressar que os olhares se voltaram para mim ao mesmo tempo.

- Gabriel, não admito que você fale assim da sua irmã! Nunca mais volte a usar esses termos ao falar de sua irmã! – berrou meu pai, dando um soco na mesa.

- Pois dessa vez sou eu quem não vai dar a mínima para a sua ordem! A Suzana é uma puta vadia desde o colégio, se quiserem tapar o sol com a peneira para não enxergarem a verdadeira piranha que vocês criaram é problema de vocês. Eu bem sei a vagabunda que ela é, e nada vai me fazer mudar de opinião. – respondi, erguendo a voz e me impondo pela primeira vez.

- Estou te avisando, Gabriel, eu não respondo por mim se tornar a falar assim da sua irmã! – ameaçou meu pai, perdendo o controle.

- Que se foda! Não é comigo que você deve gastar a sua raiva, mas com a cadela vadia que tem nessa casa. – revidei, sem medo das consequências, pois estava farto de tanta injustiça. – Só nesse semestre a puta engambelou três caras, o Jorge, o Tadeu e o Roger. Ela estava com os três ao mesmo tempo, fazendo joguinho, deixando que eles bolinassem e chupassem as tetas dela para onde ela fazia questão de levar as mãos taradas deles. Não foi uma ou duas vezes, mas muitas que flagrei o Jorge e o Tadeu com a mão debaixo da saia dela mexendo nessa buceta que já viu mais picas do que as putas de bordel. É assim desde os tempos do colégio, se querem saber. Isso ela nunca conta, não é, sua vadia? E agora você vem dizer que é o Roger que é insosso, ele é descente e não precisa mentir dizendo que foi você quem deu um pé na bunda dele, porque foi do contrário, ele é que ao descobrir a vagabunda que você é se mandou. E sabe como ele descobriu que você é uma puta? Por que eu contei, eu falei que você está trepando com mais outros dois caras. Não suportava mais ver você enganando ele. Ele não merecia ter se envolvido com uma cadela vadia feito você! – despejei revoltado.

- Eu te avisei, Gabriel! Eu te avisei! – gritou meu pai, vindo com o punho cerrado na direção da minha cara. Eu me esquivei e ele não me acertou, o que o deixou possesso.

- Chega! Chega, pelo amor de Deus! – berrou minha mãe, que continuava tão incrédula quanto ao que eu afirmei sobre a minha irmã que também tomou as dores dela.

- Sabem porque o Gabriel está contando esse monte de merdas? Porque ele está interessado no Rogério, e não e de hoje! Se não sabiam, o Gabriel é veado! O negócio dele é ficar de olho nos machos. Fala para eles, Gabriel! Conta que você gosta de rola! Conta que sempre esteve de olho nos caras que eu namorava. O Rogério deu bola para você, não foi, por isso você está assim, iludido achando que ele vai se interessar pelo seu cu.

Todo fel acumulado pela Suzana veio à tona naquela revelação que deixou meus pais perplexos. Não sei quando foi que ela descobriu que eu era gay, ou se só estava jogando verde para ver se colhia maduro. O fato é que não neguei. No meio daquela balburdia e tomado de um ódio com o qual seria capaz de esganar a minha irmã, confessei minha sexualidade.

- É isso mesmo, eu sou gay! Se te interessa saber, gosto sim do Roger, gosto tanto que jamais permitiria que ele sofresse por sua causa, apesar de ele ter ficado bolado quando lhe contei quem você é. – revidei. – E quanto a vocês, pai e mãe, é eu sou gay, não me importa o que vocês acham disso, uma vez que nunca se importaram comigo. E digo mais, sou homossexual, mas não sou nem de longe o pervertido que a Suzana é. – emendei, deixando a mesa e me enfiando em meu quarto. Meus pais se entreolharam aturdidos com o que acabaram de descobrir, e acredito que foi a primeira vez que se deram conta da negligência com a qual sempre trataram a minha relação conturbada com a Suzana. Haviam falhado como pais, isso estava na cara de quem quisesse ver.

Furiosa com o que contei, a Suzana veio atrás de mim, e foi a minha vez de botá-la para correr do meu quarto. Bati tanto nela que meu pai precisou me arrancar de cima dela, quando ela já mal conseguia se manter em pé. Enquanto a cobria de porradas, vi o pavor brilhar nos olhos dela, e isso me recompensou por cada humilhação, por cada surra que ela havia me dado quando eu ainda era criança e não tinha como me defender.

O clima dentro de casa ficou péssimo, subitamente todos se retraíram em si mesmos. Era óbvio que muita coisa deixou de ser dita, muita coisa foi varrida para debaixo do tapete, muita coisa tinha nos afastado uns dos outros e, talvez, não houvesse como remediar.

Passada aquela fase crítica na qual ninguém se atreveu a falar sobre assuntos delicados, minha mãe veio ter comigo em meu quarto, de onde quase não saía quando estava em casa para evitar enfrentamentos.

- Podemos conversar? – chegou sutil.

- Acha que vale a pena conversarmos sobre lá o que for, quando nunca fizemos isso? – devolvi

- Vim em paz, Gabriel! Não quero discutir com você, nenhum de nós quer.

- Difícil de acreditar!

- Desarme-se um pouco, filho! Sou sua mãe e só quero o seu bem. – argumentou. Eu me calei, talvez não fosse necessário gastar minhas palavras com uma situação que jamais mudaria. – É sobre o que a Suzana disse. Você é mesmo gay, meu filho? – não sei porque ao encará-la, eu sabia que a resposta que ela estava esperando era um assertivo não.

- Sou, eu sou gay! Imagino que vão me crucificar por isso de agora em diante, uma vez que nunca quiseram que eu nascesse. – respondi.

- Quem te disse um absurdo desses? – perguntou incrédula. Bastou eu firmar meu olhar no dela para que a pergunta fosse respondida. – Se a Suzana fez essa afirmação, saiba que não é verdade, e que ela só deve ter dito isso para te provocar.

- Sabe quando ela me contou da camisinha estourada, do DIU e de toda essa porra? Quando eu era um pré-adolescente, mãe. Sabe como uma criança nessa idade se sente quando ouve uma coisa dessas? Um lixo, mãe, um lixo! Por que eu não tinha capacidade intelectual nessa tenra idade para lidar com essa informação, e ela me marcou tão profundamente que deixei de acreditar em mim mesmo.

- Por que não nos contou, seu pai e eu teríamos lhe explicado tudo, e dito que jamais pensamos em não deixar você nascer. Nunca, filho, nunca!

- O que vocês teriam dito, que eu estava inventando coisas para difamar a Suzana, que eu só implicava com ela, que vocês não tinham sossego de tanto que eu a provocava? Foi sempre assim, mãe. A Suzana fazia de um tudo e vocês nunca se perguntaram, uma única vez que fosse, se talvez o Gabriel não tinha razão nalguma questão. Foi por isso e por tantas outras coisas que eu nunca perguntei nada, pois teria sido tratado exatamente como das outras vezes.

- Somos seus pais, você precisa confiar em nós!

- Quer que eu seja sincero? Eu não confio, parei de confiar em vocês há muito tempo, pois não me faltaram motivos para tal.

- Tem tanta raiva assim de nós, Gabriel?

- Não é hora de se vitimizar, mãe! Eu nunca me coloquei nesse papel, e olha que eu tinha razões de sobra para isso.

- Esse é o ponto, Gabriel, você não se abre, você nunca diz o que sente, nunca se queixou de nada, como quer que interpretemos isso? Que você não tem problemas, é assim que as pessoas leem você. – argumentou ela.

- Existe alguém que passa incólume pela vida sem problemas, mãe? Acho que não. Principalmente quando se é um adolescente para quem os pais nunca olham. Esteja certa, eu tinha problemas, eu tenho problemas!

- Compartilhe-os comigo, filho! Compartilhe-os com seu pai. Vamos saber te ouvir.

- Perdão se duvido disso! Vocês deixaram mais uma vez bastante claro o que pensam a meu respeito no dia daquela discussão. Você não abriu a boca, só quando foi para defender a Suzana. O pai ergueu a mão para mim, e teria me dado um soco na cara, não fosse eu me esquivar. Acha que me sinto à vontade para falar qualquer coisa minha?

- Você está certo, erramos com você! Todos os pais erram, Gabriel. Não somos infalíveis, não temos uma cartilha para seguir de como criar os filhos. Cometemos erros!

- Certamente teriam cometido menos erros comigo se me amassem um mínimo que fosse! – retruquei.

- Nós te amamos, Gabriel! Você não pode duvidar disso, meu filho! – exclamou. Eu não esbocei nenhuma reação às palavras dela, tinha ficado imune.

- Certo! Se era o que tinha para falar, eu tenho uma porrada de exercícios de física para fazer se quiser entrar numa universidade ano que vem. – sentenciei, para que me deixasse continuar estudando.

- Esses exercícios estarão sempre aí, te esperando! E o Rogério? – ela ficou em duvida se mencionar o nome dele era apropriado naquele momento.

- O que tem o Roger?

- Você o defendeu com tanto empenho, o que rola entre vocês dois, como a rapaziada da sua idade costuma falar.

- Como assim, o que rola? Não rola nada! O Roger estava com a Suzana, para azar dele.

- O que você sente por ele?

- Não quero responder essa pergunta! Não tem nada a ver!

- Você gosta dele, não é, Gabriel?

- Gosto! E daí? Só lamento que a Suzana o fez sofrer, que o enganou como enganou a tantos outros, tripudiando e sendo leviana. Ele é um cara muito legal, merecia encontrar alguém que o ame e que saiba reconhecer seu valor. – afirmei, sem meias palavras.

- Ele sabe que você gosta tanto assim dele? Você chegou a comentar o que sente por ele?

- É claro que não! Eu jamais me insinuaria para um namorado da minha irmã, mesmo sendo ela a megera que é! Eu nem sei se ele sabe que eu existo, para que eu ia falar dos meus sentimentos para ele?

- Você sabe muito bem que ele sabe que você existe. Quando vinha aqui em casa ele passava mais tempo na frente desse videogame com você do que namorando sua irmã. Não houve uma única vez sequer que ele veio aqui em casa e, você não estando, ficar perguntando onde você estava e se demoraria para voltar. O Rogério sabe que você existe, filho, e como sabe!

- O que você quer insinuar com isso?

- Nada! Não quero insinuar nada! Só estou te relatando os fatos, e pensando bem, começo a perceber o significado do interesse dele por você. – aonde ela queria chegar com essa conversa, ainda era um mistério.

- Pode me deixar estudar agora? – eu não queria dar mais trela para aquele assunto, pois ele poderia enveredar por um caminho constrangedor.

- Sim, filho! Vou deixar você estudar! Mas não pense que não voltaremos a esse assunto, nem a uma porção de outros! Vou colocar a janta na mesa em meia hora, acho que não preciso te chamar, não é?

- Não, não precisa! Vou descer daqui a pouco! – respondi. Pronto, a minha concentração se foi com aquela conversa inesperada. Quem continuaria a ter cabeça agora para se lembrar que segundo a primeira lei da termodinâmica a variação de volume de um gás se dá pela fórmula que relaciona energia interna (U), trabalho e temperatura que é expressa por Q=T+ΔU? Eu só conseguia pensar no Roger, e no que a minha mãe acabou de me revelar. Ele perguntava por mim, era impossível não sentir aquela alegria que eu estava sentindo.

Por que será que não estranhei quando, alguns dias depois, no intervalo entre as aulas do cursinho, uma foto minha com o Rogério em primeiro plano jogando videogame surgiu na tela do celular quando ele tocou? Tinha a mão da minha mãe nessa ligação inesperada, uma vez que ele, depois que o alertei sobre a traição da Suzana, não ter me ligado mais.

- Oi Gabriel!

- Oi Roger! – quase o chamei de Rogério, formal, mas eu gostava tanto da carinha que ele fazia quando eu o chamava carinhosamente de Roger, que não resisti.

- Tudo bem com você? Sumiu!

- Tudo legal, e com você? Também posso afirmar que sumiu.

- É verdade! Aquele lance da sua irmã me deixou puto!

- Entendo! Não podia ser diferente. Porém, eu precisava te contar, não estava mais aguentando ver ela fazendo aquilo com você. – afirmei, para justificar meu ato.

- Não cara, você foi muito legal comigo, como sempre. Só tenho a agradecer. Não é com você que estou puto, quero que saiba muito disso! – devolveu. – Estou te ligando para saber se não quer se encontrar comigo daqui a pouco, depois podemos almoçar num lugar qualquer. – convidou.

- Não sei se você se lembra, mas eu ainda estudo, estou no cursinho agora. Não tenho essas mordomias de trabalhar no comércio do pai e poder sair a hora que me der vontade. Isso é para quem já está com a vida garantida! – brinquei.

- Ah, é verdade! Havia me esquecido que é um nerd CDF! – devolveu na gozação. – E só para constar, não estou com a vida ganha, ainda tenho que trampar muito para chegar lá.

- Não sou nenhum nerd, nem CDF, só faço valer a grana que meus pais investem em mim. – afirmei

- Eu sei Gabriel! Você é o filho que todos os pais desejariam ter, inteligente, dedicado, lindo, boa gente, carinhoso ... – interrompi-o, embora pudesse ficar ouvindo seus elogios por horas a fio e, preferencialmente, nos braços dele.

- Já deu, chega! Não vá gastar seu vernáculo comigo, que não é para tanto.

- Você é muito especial, Gabriel! É isso que quero dizer! – eu engoli em seco, fiquei em silêncio por uns segundos, sabia que ele estava sendo sincero, mas não fazia ideia do porquê estar me dizendo isso com tanta eloquência. – Gabriel! Ainda está aí, cara?

- Sim! Sim, estou. – respondi emocionado.

- Então o que me diz de sair comigo hoje à noite para um chopinho, topa?

- Ainda faltam seis semanas para eu completar dezoito anos; pelo que me consta, é proibido por lei vender e servir bebidas alcoólicas a menores de idade. – ironizei.

- Me esqueci que ainda é um bebezão! Um hamburger e um suco então, numa lanchonete, ou prefere uma casquinha de sorvete num parque de diversões, só não vale se lambuzar todo? – zombou rindo.

- Engraçadinho!

- Sério agora! Só me diz que topa se encontrar comigo, quero te ver, conversar com você, passar um tempinho ao seu lado. – ouvir seu tom de voz grave me pedindo esse encontro era algo irrecusável.

- Topo! Onde?

- Aquela hamburgueria no centro comercial perto da sua casa, está bem para você? Te ligo quando estiver saindo daqui!

- Valeu! Combinado! – não estivesse no meio do pátio do cursinho cercado por centenas de alunos, eu teria dado uns pulos de alegria. Um encontro, um encontro com o Roger, só eu e ele, podia haver algo mais maravilhoso?

Assisti o restante das aulas totalmente disperso. Fui para casa e não havia meio de me concentrar sobre as apostilas, a espera pela ligação dele já durava uma eternidade. Quando começou a escurecer me enfiei debaixo da ducha, aspergi umas borrifadas sutis de perfume, arranquei quase uma dúzia de camisetas da gaveta antes de me decidir pela que ficava mais charmosa, com o jeans não foi diferente, e passei uns quinze minutos diante do espelho tentando domar a cabeleira, antes de me lembrar que o Roger gostava de bagunçar meus cabelos toda vez que eu o vencia nos jogos do computador. De repente, me senti ridículo, estava agindo como uma adolescente virgem indo se encontrar com seu primeiro namorado. Na real, boa parte disso era verdade, ao menos a parte do adolescente e virgem.

Ele já me esperava num canto ao lado das vidraças no andar superior da hamburgueria que, naquele horário ainda estava relativamente vazia. De longe, seu sorriso se abriu quando me viu, e meu coração parecia querer sair saltando da boca. Não sei o que me fez achar que ele estava muito mais bonito, lindo, para ser sincero. O Roger era um cara grande, embora eu também fosse alto, ele era grande no todo, quase o dobro de mim. Como a idade dele emparelhava com a da minha irmã, já era um homem feito e, subitamente, fui tomado de um pensamento doloroso. Um homem como o Roger não ia querer nada sério com um fedelho como eu, mal saído dos cueiros. O sério a que me refiro é um relacionamento, uma paixão, uma transa. Por uns instantes meu sorriso perdeu o entusiasmo por aquele encontro, e meus olhos se entristeceram, aquele encontro para ele não passava de uma maneira de me agradecer por tê-lo livrado de uma piranha fazedora de cornos.

- Por que dessa tristeza no olhar, não está contente em me ver? – perguntou, assim que me aproximei e ele me abraçou apertado contra o tronco vigoroso.

- Claro que estou super feliz por me encontrar com você! Estava com saudades! – afirmei enternecido. Ele devia estar muito ligado em mim para notar esse relâmpago de tristeza que havia se abatido sobre mim quando desse pensamento.

- Eu também sinto a sua falta! – exclamou me encarando firmemente nos olhos, fazendo voltar a alegria em meu peito. – Você está lindo como sempre, e cheiroso! Isso tudo é para mim?

- É! – senti o calor ruborizar meu rosto e, encabulado, baixei timidamente o olhar, pois vê-lo me observando daquela maneira me intimidou.

- Gostei! – devo ter sorrido feito um palerma, mas não podia estar mais feliz.

Fizemos os pedidos que demoraram um pouco a chegar na mesa, enquanto a hamburgueria começava a ficar lotada, mas não sentimos a demora, pois a conversa já havia entrado no embalo e ainda havia muita coisa a se dizer. Nunca consegui entender que tanto assunto nós dois tínhamos para conversar, pois sempre fora assim, podíamos passar horas juntos e ainda parecia pouco para falar sobre tudo. Enquanto o atendente servia nossos pedidos, arrisquei a pergunta que talvez fosse abreviar aquele encontro, mas cuja resposta eu precisava saber.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro, todas que quiser!

- Qual é a desse seu convite? Foi a minha mãe, não foi? – ele me encarou apreensivo.

- Na verdade, foi seu pai! – fiquei chocado com a resposta, jamais pensei que meu pai fosse se meter num assunto desses. – Quando me ligou eu estranhei, para ser bem sincero. Ele me contou da briga que você teve com a sua irmã por minha causa, e me pediu que eu conversasse com você dizendo que você estava gostando de mim. – aquela revelação me deixou ainda mais envergonhado. Agora ele sabia que eu era um moleque homossexual que estava a fim do namorado da própria irmã.

- Nem sei onde enfiar a minha cara! Ele não podia ter feito uma coisa dessas! Me desculpe, Rogério! Eu ... eu ... – ele pegou na minha mão que estava pousada sobre a mesa

- Te desculpar pelo quê? Por você assumir que gosta de mim? Me senti lisonjeado e um tremendo de um privilegiado quando teu pai me contou! Desde a primeira vez que te vi fiquei impressionado com jeitinho meigo, com seu rosto lindo, com seu corpo tesudo. Talvez você ache que sou uma espécie de tarado, por cobiçar até o irmão caçula da minha namorada. Mas, depois de uns poucos encontros com a Suzana, antes de ela me levar para conhecer a família, eu já meio que tinha perdido aquele tesão inicial que me levou a abordá-la. E, quando te conheci, continuei com ela porque era o único jeito de eu ficar perto de você. – eu o ouvia estarrecido.

- Não se importa de eu ser gay? – de tão ingênuo que eu era, a pergunta escapou antes de eu refletir sobre ela.

- É justamente por você ser gay que fiquei tão afim de você! Quero que saiba agora, e por mim, que já fiquei com dois carinhas, um nos tempos do colégio, e o outro há uns quatro anos, quando ele me deixou por outra pessoa. Gosto de garotas e de caras, sem distinção! – revelou.

- Isso quer dizer que esse encontro não é só para atender a um pedido do meu pai que ele jamais deveria ter feito? – indaguei, enxergando uma pequena luz no fim de um longo túnel escuro que me devolveu as esperanças.

- Não, Gabriel, não é! Esse encontro é para te dizer que gosto de você e que quero ficar com você! – havia tanta firmeza em sua afirmação que fiquei comovido.

- Tipo assim, um ficante? – questionei abobalhado, o que o fez rir

- Tipo assim um namorado, sabe! Tipo assim, aquele cara que a gente quer ficar beijando o tempo todo. Tipo assim, aquele cara que a gente quer sair e se divertir, aquele cara que a gente quer segurar nos braços bem juntinho do corpo preferencialmente peladinho, aquele cara com quem a gente quer ir para a cama e ficar transando a noite toda. – ele falava e seus olhos brilhavam, enquanto eu mal cabia em mim de tanta felicidade. – Topa? – indagou, apertando minha mão na dele, que ainda continuavam unidas.

- Topo, claro que topo! – exclamei sem pestanejar. – Um namorado! – emendei ligeiro, só para me certificar de que havia compreendido tudo. – ele riu, e repetiu a palavra namorado com o mais doce sorriso que eu já tinha visto.

Quase não dormi aquela noite, revolvia-me na cama só imaginando dividi-la com o Roger, entrelaçados, fazendo amor. E fiquei pensando no que levou meu pai a ligar para o Roger e contar tudo sobre aquela briga. Será que eles finalmente me enxergaram? Será que estão realmente aceitando o fato de eu ser homossexual? O que pode ter dado neles para estarem agindo assim? Primeiro, minha mãe com aquela conversa sinistra, depois meu pai fazendo um pedido descabido desses para o cara que acabou de ser traído pela filha embusteira.

- Como foi com o Rogério? – perguntou-me meu pai alguns dias depois, como quem não quer nada.

- Foi legal!

- Legal como?

- Ora, legal!

- Vocês se acertaram?

- O que quer dizer com esse se acertaram?

- Você sabe! Vão continuar sendo amigos, vão ficar juntos?

- Sim, acho que sim!

- Bom, muito bom! Gosto do Rogério, se você acha que é o cara certo para você, terá todo o nosso apoio. Sua mãe e eu queremos a sua felicidade, Gabriel! Nunca duvide disso! – aquele era mesmo o pai que eu conhecia, pois não parecia?

- Ok! Entendi! – o que mais eu podia falar?

- Se quiser continuar se encontrando com ele aqui em casa, saiba que não há nenhuma objeção! Eu só vou te pedir um tempo antes de convidá-lo a passar as noites com você, ainda preciso trabalhar essa questão comigo mesmo e, acho que a sua mãe também. – quem diria que meu pai ia me surpreender com essa liberdade toda?

- Pai! Tenha santa paciência! Eu não estou preparado para ter esse tipo de conversa com você. Nem com a mamãe. Que papo mais sinistro! – meu pai começou a rir.

- É sinistro! Bota sinistro nisso! – exclamou.

Quem passou a se esquivar pelos cantos foi a Suzana quando o Roger voltou a frequentar a nossa casa. Ele se mostrou muito mais civilizado do que ela, cumprimentava-a quando inevitável com frieza e distanciamento. Ela ficava sem saber como agir, sabia que era uma pessoa sem caráter, uma puta, embora eu não soubesse se se envergonhava disso. Meus pais tratavam o Roger como antes, ele era bem quisto e isso não se discutia. Ficavam, no início, um pouco constrangidos quando nos flagravam aos beijos e amassos pelos cantos, mas superaram logo. Por meu lado, eu não forçava a barra, avançava com cautela para não os escandalizar com as carícias com as quais cobria o Roger de afeto e carinho. Levou mais de meio ano para ele passar a primeira noite comigo em nossa casa. Já tinha rolado antes, algumas vezes, na casa dele quando passou um final de semana sozinho, na sobreloja do comércio da família dele e, na primeira vez, num motel onde deixei de ser virgem.

Foi como um sonho. No dia anterior ao meu aniversário ele apareceu em casa todo misterioso, com uma cara tão safada como eu nunca tinha visto. Pensei tratar-se de alguma surpresa para a festa de aniversário que aconteceria na noite do dia seguinte, para a qual eu havia convidado uma galera do cursinho, amigos dos tempos de colégio e os primos e primais mais chegados.

- O que foi, por que está me encarando com essa cara desconfiada? – perguntou ele, notando que eu tentava descobrir algo

- Você está aprontando que eu sei! Não vai me contar?

- Eu, aprontando? Não estou aprontando nada!

- Com essa cara safada, me engana que eu faço de conta que acredito!

- Não tenho cara de safado! Você é muito desconfiado! Deveria colocar mais fé em mim! – exclamou

- Eu coloco! Mas não quando você faz essa cara! – ele riu

- Me conhece tanto assim?

- O suficiente para saber que está aprontando alguma! É pelo meu aniversário? É um presente? Fala logo que estou ficando agoniado.

- É talvez possa ser considerado um presente, depende de você! – os olhos dele brilhavam, e eu quase podia jurar que de tesão.

- Como assim, depende de mim? Se vai me dar um presente, não depende de mim! Já sei, é aquele blusão que vimos no shopping e eu disse que adorei. – chutei, me recordando dele afirmar que eu ia ficar muito gostosinho dentro do blusão.

- Ih! Passou longe, está mais frio que as geleiras da Antártica! – zombou

Como todos os demais chutes que eu dei resultaram em respostas parecidas, desisti e deixei que ele me levasse no que chamou de um passeio de carro pela cidade. Ele dirigia com um risinho que não conseguia disfarçar, negando-se a me dizer para onde estava me levando, apesar de eu continuar insistindo e valendo-me para isso, de afagos sobre sua braguilha que já tinham feito surgir uma ereção gigantesca no meio das pernas dele.

- Está me desconcertando, se sofrermos um acidente a culpa será toda sua! – caçoou.

Estávamos num bairro que fugia de todas as rotas que eu estava acostumado a fazer pela cidade, numa avenida larga com ilha arborizada no canteiro central ele entrou no acesso de um motel, parando na portaria onde havia uma guarita pela qual a atendente dava acesso às suítes. Passamos por ela incólumes, apenas com o documento de identidade do Roger. Apesar de eu estar eufórico e com o coração aos pulos, pois ali ficou claro quais eram as intenções dele, não perdi a chance de provocá-lo.

- Sabe que se a atendente tivesse pedido a minha identidade estaríamos dando meia volta, não sabe? Existe uma lei que proíbe o acesso de crianças e adolescentes nesse tipo de estabelecimento, digamos, exclusivo para adultos sacanas.

- Ela não ia pedir! A cédula de R$ 100,00 que estava debaixo da minha identidade vai garantir o sigilo dela. – retrucou soberbo. – Agora me esclareça uma coisa, como é que você sabe dessa lei, quem já te trouxe para um motel antes? – ele me encarou com uma expressão séria que me fez rir. – Não gostei nem um pouco do que acaba de passar pela minha cabeça! – de uns tempos para cá ele deu para fazer essas afirmações cheias de ciúme.

- Pela cabeça de cima, ou pela de baixo? – tripudiei rindo

- Ah, moleque! Pelas duas! Você bem sabe que quando se trata de você são as duas que ficam completamente ensandecidas! – respondeu, atirando-se para cima de mim, antes mesmo de eu desengatar o cinto de segurança quando estacionou diante da suíte, e colando sua boca na minha ao mesmo tempo em que enfiava ávido a língua na minha garganta.

Se ainda havia alguma dúvida anuviando a cabeça dele, ela desapareceu quando ele me viu parado e encolhido, analisando aquele ambiente com um escrutinar de olhos que percorria cada canto do aposento. Era certo que tudo aquilo era novidade para mim, que jamais estive num lugar como aquele e, que deveria estar pensando comigo mesmo, quanta sacanagem já não rolou em cima dessa cama e nessa jacuzzi? Fiquei imaginando se houvesse um tipo de luz, com determinado comprimento de onda que fosse capaz de detectar algum componente do esperma e iluminássemos aquela suíte com ela, quantos vestígios de porra não encontraríamos espalhados por todo lado. Só um nerd com a cabeça tomada pelas fórmulas de química pensaria em algo assim, num momento tão especial como aquele. Precisei rir de mim mesmo.

- E aí, gostou? – ele havia se aproximado de mim por trás, cingiu minha cintura e pousou um beijo úmido no meu pescoço. Estremeci da cabeça aos pés com uma onda eletrizante que estacionou e se concentrou no meu cuzinho, provocando um espasmo cheio de tesão.

- Sim! – a voz quase não saiu, o que o fez perceber que eu estava travado, talvez até com medo do que estava para acontecer.

- Se não quiser, podemos ir embora. – ele parecia ler meus pensamentos, ou talvez fosse a tremedeira que rebuliçava meu corpo envolto em seus braços que lhe sinalizava meus receios.

- Não! Eu quero ficar, eu quero ser seu! – devolvi, antes de ele me virar de frente para ele, me trazer junto ao corpão agitado dele e me beijar com sofreguidão, vasculhando meu corpo com suas mãos sedentas.

- Sua pele tem cheiro de limão! – exclamou, após o primeiro e demorado beijo. – Eu nunca quis algo com tanta intensidade quanto quero você, Gabriel, meu bebezão, meu molecão gostoso! – afirmou, começando a arrancar as roupas do meu corpo.

Estar completamente nu nas mãos dele, à mercê de sua tara foi a coisa mais maravilhosa que já senti. Ele me beijava alucinado, chupava meus peitinhos, mordiscava meus ombros, amassava minhas nádegas com força e desejo me fazendo gemer de tanto tesão. O corpão pesado dele se agitava sobre o meu e me permitia sentir seu calor, sua potência, sua virilidade. Eu o afagava, agarrava-me aos seus ombros e bíceps, queria-o inteiro, queria-o naquele vazio que clamava dentro do meu cuzinho. O Roger tirou a camiseta e a atirou longe, aquele torso maciço que eu gostava de acariciar agora estava plenamente exposto, para ser tocado, para ser consumido. Ele sabia o quanto seu torso me excitava, e gostava quando eu deslizava meus dedos com suavidade entre os pelos densos que o revestiam. Ele me virou de bruços, deitou em cima de mim, procurava minha boca e a cobria com seus beijos lascivos, dava chupões na minha nuca ouvindo meus gemidinhos de entrega e desejo. Com beijos e lambidas ele foi descendo pelas minhas costas, enquanto um dedo corria sobre a minha coluna até adentrar no reguinho profundo e estreito que dividia as duas nádegas roliças. Gemi alto quando o dedo libidinoso tocou minha rosquinha corrugada, nunca antes alguém havia chegado até ali, e com tamanha cobiça sendo exalada através da respiração agitada dele. Os beijos que ele foi colocando sobre a pele lisinha dos meus glúteos mais pareciam uma tortura, eram espaçados, demoravam a me fazer sentir o toque de seus lábios molhados e, quanto os tocava era como se desencadeasse um choque. Eu gemia o nome dele como que suplicando pelo coito. Suas mãos vorazes apartavam e amassavam minhas nádegas, abrindo o rego e expondo a diminuta fenda anal de tonalidade rósea e virginal. Ele enfiou o rosto no meio da minha bunda e a lambeu.

- Ai Roger! Roger! – gani de tanto tesão

Ele repetiu as lambidas, torturantes vezes, antes de mordiscar meus glúteos. Meteu a língua na fendinha como se fosse me foder com a obstinação dela. Minhas pernas não paravam quietas, parcialmente abertas, elas se moviam por conta própria como se eu estivesse a rastejar sobre a cama. O Roger enfiou com cuidado e lentamente o dedo no meu cuzinho. Pensei que fosse desfalecer, não podia haver prazer maior que aquele, ou poderia? Um segundo dedo entrou sorrateiro, deslizando através dos esfíncteres até que um espasmo os aprisionou lá dentro. Por mais que eu inspirasse com força, não me vinha o ar suficiente para encher meus pulmões, e um arfar acelerado se desencadeou, enquanto os dois dedos dele se moviam devassos em círculos dentro do meu cu me beliscando por dentro.

Ele se pôs em pé ao lado da cama, arrancou afoito o jeans e a cueca e, pela primeira vez pude contemplar o caralhão que ele tinha entre as coxas peludas e musculosas. Foi apenas num relance rápido, pois ele logo voltou a se atirar sobre mim; porém, nesse relance meu olhar captou os detalhes tal qual as lentes de uma câmera fotográfica, registrando cada centímetro daquela verga cavalar e do seu entorno. A benga reta, grossa e cabeçuda estava quase completamente dura quando ele baixou a cueca e ela saltou para fora, já completamente melada. Seu peso a fez balançar feito um pêndulo, veias calibrosas completamente cheias formavam um emaranhado semelhante a um rio com inúmeros afluentes, em sua base pendia um sacão peludo que também denunciava o peso das duas bolas contidas nele. Voltei a sentir uma insegurança avassaladora quando me imaginei sentindo tudo aquilo entrar em mim.

- Tem certeza que quer continuar? – perguntou-me com a voz firme e doce

- É o que mais quero, Roger! – balbuciei, tomado pelo desejo, pois há muito minha racionalidade havia se perdido.

As pinceladas daquela jeba sobre as minhas preguinhas me fizeram ganir, eu sentia o cuzinho piscando alucinado, sentia o desejo dele de receber e acolher aquele falo cavalar, e parece que o Roger sabia disso. Deitado meio de lado, ele montou em mim, guiava a rola com uma das mãos e começou a forçar a portinha do meu cu. Cada forçada mais impetuosa distendia as pregas até o limite de sua elasticidade e fazia escapulir um gemido entre a minha respiração suspensa momentaneamente. A cama, as paredes, o quarto todo parecia se mover com um tremelicar parecido ao de uma gelatina. Apesar de estar com os olhos abertos, eles não viam nada além daquelas imagens que pareciam estar escorrendo pelas paredes como se fossem um líquido denso. Todos os meus sentidos estavam concentrados na minha rosca anal que, a cada novo impulso do Roger ia se distendendo mais. Um foi mais abrupto e firme, a cabeçorra abriu a fendinha, atravessou os esfíncteres e deslizou para dentro das minhas entranhas. Meu grito ecoou pelo quarto, e o Roger tapou minha boca com sua mão pesada de dedos grossos.

- Quer que eu pare? Que tire? – sussurrou ele com os dentes cerrados

Eu balancei a cabeça negativamente, inspirei fundo, me concentrei naquela carne quente que pulsava no meu rabo, e me entreguei. Agora eu sabia a real dimensão da palavra felicidade. O Roger puxou meu rosto para o lado e me beijou, sempre foi disso que precisei, agora eu sabia. Retribui-lhe o beijo com todo amor que sentia por ele, enquanto ele se empurrava contra a minha bunda e fazia o caralhão deslizar fundo no meu cuzinho. Impedir que os gemidos aflorassem dos meus lábios era impossível, tanto pela dor quanto pelo prazer que o falo dele afundando no meu cu provocava. A enormidade do Roger não era apenas aquilo que eu já conhecia de seu físico atlético e avantajado, a enormidade dele se fazia sentir plena nas minhas entranhas, pulsando com a energia de um animal selvagem. Arrebitei cautelosamente a bunda até ela se encaixar completamente na virilha dele. Ele grunhiu meu nome, me apertou com mais força em seus braços, enfiou dois dedos de uma mão na minha boca enquanto os da outra amassavam os biquinhos do meu mamilo. Ele experimentou a posse em sua mais vasta plenitude, eu era dele de corpo e alma a partir de agora, e ele só conseguiu um jeito de expressar essa posse.

- Eu te amo, meu molecão, meu bebezão tesudinho! Eu te amo! – ronronava ele, apreendendo minha orelha entre seus lábios.

- Eu sei, Roger! Eu sei! Eu te amo muito! – murmurei com as forças que ainda me restavam, no exato instante em que toda minha musculatura pélvica se contraía para expulsar o gozo que eclodiu em jatos do meu pinto.

Através da mão espalmada sobre o meu ventre ele sentiu eu me despejando todo e liberando aquele prazer que se acumulou nas minhas vísceras. Saber que ele era o responsável por todo aquele prazer o fez gozar também, quase simultaneamente com o meu. Para isso, ele socou o cacetão umas três vezes até o talo no meu cuzinho, como para garantir que sua gala me inseminasse o mais profundamente possível, o que me obrigou a ganir com a dor que isso me causou. Quando ele urrou, superando o meu ganido, senti os jatos de porra escorrendo pelo cu e me umedecendo com sua virilidade, outro instante de puro deleite e prazer, de uma felicidade sem tamanho. Ele me apertava tão forte em seus braços que meus pulmões mal conseguiam se expandir.

- Gabriel, meu Gabriel! Meu tesão! Como eu preciso de você, meu bebezão! – grunhia ele, ejaculando abundantemente aqueles jatos de porra tépida e cremosa no meu ânus.

- É esse o meu presente, Roger? – perguntei, enquanto ele encharcava meu cu de sêmen. – É o melhor presente que alguém já me deu. – ele confirmou com um sim sussurrado antes de colar sua boca na minha, deixando os minutos se encarregarem de findar aquele gozo prazeroso e arrefecerem a rigidez de sua pica, na lentidão regida pela natureza e pela minha musculatura anal que a encapava.

- Machuquei você, não foi? – questionou, quando estávamos debaixo da ducha, mais de três horas depois, e notar que meu reguinho estava empapado de sangue que aflorava das pregas rasgadas, após termos nos acariciado e explorado os corpos mutuamente seguidos de um segundo coito tão intenso e prazeroso quanto o primeiro.

- Você me fez tão feliz, Roger! – exclamei, quando me abriguei em seu tórax e deixei que a água morna da ducha escorresse sobre nossos corpos abraçados.

Estava por amanhecer, eu dormia com o peso do braço dele me envolvendo, quando ele começou a soprar de mansinho um ar morno no meu pescoço.

- Acorda dorminhoco! Quero só ver qual desculpa vai dar quando chegar em casa por ter passado a noite toda fora. – a dúvida dele me fez pensar que nunca antes deixei de avisar onde estava e que passaria a noite fora e que, certamente, meus pais iriam me encher de perguntas ao me verem chegar acompanhado do Roger. Iam saber o que fizemos, já sabiam, com certeza, e minha cara só ia confirmar o que já sabiam.

- Vou dizer que perdi a virgindade! – exclamei, o que o fez rir.

- Assim, tão fácil? Vão me odiar por ter abusado do filhote deles!

- Tomara que me obriguem a casar com você! Não era assim que funcionava na Idade Média? – devolvi

- É isso que você quer, casar comigo?

- Quero qualquer coisa que me faça estar junto com você! Que me faça acordar como agora, nos teus braços, e com esse bagulhão cutucando minha bunda. – afirmei lascivo

- Sabe que esse bagulhão é insaciável não sabe? – indagou, esfregando o cacetão nas minhas nádegas.

- Desconfio! Mas preciso descobrir o quanto! – retruquei, fechando minha mão ao redor do pauzão à meia-bomba dele, que começava a içar feito uma grua entre as pernas abertas dele.

Ajoelhei-me sobre a cama com as mãos apoiadas nos joelhos dele. Beijei um, depois o outro. Ele me observava com expectativa, o tesão a iluminar seus olhos. Fui subindo com os beijos e algumas lambidas pela perna musculosa e peluda; pela outra, deixava minha mão deslizar seguindo na mesma direção dos beijos, a virilha pentelhuda dele. Levantei o caralhão pesado e dirigi meus lábios diretamente para o sacão e envolvi um dos testículos com uma abocanhada delicada. Ouvir o ar escapar-lhe por entre os dentes enquanto lançava a cabeça para trás, por si só, já era uma recompensa. Chupei o testículo carinhosamente, sem pressa, era fácil perceber que estava abarrotado. Coloquei o outro na boca movendo a língua para massageá-lo. O Roger puxou as pernas para cima e as afastou mais, agarrando minha cabeça pelos cabelos e se assegurando de ela não se afastar dali. Meu nariz afundado nos densos pentelhos era invadido pelo cheiro másculo e almiscarado daquela zona sexy. O cacetão ficava resvalando no meu rosto enquanto eu massageava o testículo, tão abarrotado quanto o anterior. O Roger apenas gemia, entregue às minhas carícias. Aos poucos, comecei a subir com a língua pela base da pica, lambendo-a e chupando-a, o que me permitia sentir seu calor e sua impulsividade. Antes mesmo de eu chegar à glande exposta, ela começou a verter o melzinho viscoso e perfumado. Encarei o Roger e sorri, ele mal se continha de tanto tesão. Com suavidade, fui fechando os lábios ao redor da cabeçorra sorvendo aquele sumo abundante. Uma das minhas mãos estava espalmada sobre o abdômen musculoso dele, e eu a fazia deslizar dali em direção aos mamilos dele e voltava vagarosamente até o ponto de partida o que me permitia sentir os músculos dele contraindo e se enrijecendo. Ouvi o Roger grunhir, seus dedos afundaram nos meus cabelos, e ele ergueu as ancas fazendo o caralhão afundar na minha boca. Chupei-o por cerca de um quarto de hora, agitado e ansioso, o Roger gemia e entregava seu falo às minhas carícias. Ergui meu olhar e o encarei por diversas vezes, ele apenas me devolvia aquele olhar esperançoso entre os gemidos guturais. Seus músculos pélvicos começaram a se retesar, ele tocou meu rosto.

- Vai me fazer gozar! Que loucura, quanto tesão! Me dá um tempo! – suplicou.

Eu engoli o máximo que pude daquele caralhão e voltei a chupar com mais afinco e devoção. Ele grunhia alto, tentava afastar meu rosto, mas eu o sugava com força quando um espasmo agitou o abdômen dele.

- Gabriel! – exclamou liberando um sufoco que vinha tentando controlar, e junto dele veio o primeiro jato de porra direto dentro da minha garganta.

Eu o engoli, segurei firmemente o caralhão de pulsava e estremecia na palma da minha mão, enquanto ele esporrava enchendo minha boca com seu sêmen leitoso, engolindo afoito tudo que ele despejava na minha boca para não me engasgar. Eu estava lambendo as últimas gotas de esperma para limpar a cabeçorra quando o Roger ergueu meu rosto e me dirigiu seu sorriso afetuoso, resplandecendo de prazer.

- Está contente agora, meu bebezão? Tomou todo o leitinho do seu macho, não é, safadinho? – o questionamento não passava de um ronronar rouco e grave.

- Não podia estar mais feliz! – respondi sorrindo.

- Nem eu, Gabriel! Nem eu! Ter te conhecido foi o que de melhor aconteceu na minha vida e, isso você me prova a cada novo dia. – confessou.

- Amo você, Roger!

- Eu sei! E é bom saber, é bom ouvir! Também amo você!

Ele me puxou para cima de seu peito, beijei-o antes de acomodar a cabeça que ele afagava. Os ecos de seu coração batendo reverberavam no meu rosto, que era aquecido pela pele quente dele. Não havia lugar melhor no mundo para se estar. Declarei isso a ele.

- Como será de agora em diante? Daqui a 40 ou 50 anos ainda estaremos sentindo essa mesma felicidade quando estivermos nos braços do outro? – perguntei

- Meu pau certamente não estará mais tão duro como agora, nem sua bunda vai estar tão roliça e firme, acredito que vai estar mais parecida com uma uva passa. – afirmou rindo, enquanto eu o interrompia com um protesto. – Mas essa felicidade estará multiplicada por mil, somada pelos pequenos eventos que passamos juntos. Teremos a nossa casa, estaremos aposentados, vamos discutir por futilidades, de quem era a vez de lavar a louça do jantar, quando eu voltar do supermercado você vai reclamar das coisas que esqueci de comprar, vou te abraçar como agora, você vai suspirar e acariciar as rugas do meu rosto, vamos pronunciar ao mesmo tempo – Eu te amo – e desfrutaremos dessa felicidade, como agora. – fiquei com os olhos marejados ouvindo-o falar com tanta segurança sobre o futuro que queria ter ao lado dele.

Quando entrei em casa, depois do Roger me deixar, estavam todos sentados à mesa do café. Achei que iria passar por um interrogatório, mas quando meus pais me encararam obtiveram todas as respostas que queriam. A Suzana deixou a mesa e subiu, não trocamos sequer um olhar.

- Pronto para encarar a festa de aniversário de hoje à noite? Dezoito anos, Gabriel! Dezoito anos! – exclamou minha mãe. – Por que você tinha que crescer tão rápido, não é amor?

- Lembra como ele berrava alto quando chegava a hora de mamar, querida? Era a sirene da casa! – retrucou meu pai. – Sei que nem sempre fomos os melhores pais para você, filhão! E, mesmo assim, você se tornou esse homem encantador de quem todos gostam, e que nós amamos. Perdão por nossas falhas, Gabriel! – nunca tinha visto meu pai tão emotivo. Algo havia mudado com eles em relação a mim, isso era certo.

- Eu amo vocês, sempre amei! – asseverei sincero. – Mas, por hora, preciso de um cochilo! – sentenciei ao seguir para o meu quarto.

- O Roger te deu uma canseira tão grande assim? – perguntou meu pai, trocando olhares com a minha mãe, enquanto riam às minhas custas.

- Pior do que se eu tivesse corrido uma maratona! – devolvi, eles riram.

A Suzana não participou da festa, sumiu com o novo trouxa que estava engambelando, antes mesmo dela começar. Para mim era indiferente, eu recebi meus amigos e as pessoas que realmente gostavam de mim, que se importavam comigo, e a festa foi incrível, todos se divertindo sabendo que tinham um lugar no meu coração. O Roger ao meu lado o tempo todo, ou eu estava enganado, ou ele estava explodindo de tanto orgulho toda vez que vinha me abraçar e beijar. Foi o único que ficou quando a festa terminou ao raiar do domingo pachorrento, deitando-se nu comigo na cama, e só me deixando dormir depois de uma trepada que voltou a encher meu cuzinho de esperma.

Meus pais já estavam sem paciência para aturar as novas caras que a Suzana trazia para dentro de casa. Antigamente isso não os incomodou, sabe-se lá porquê. Porém, agora se irritavam com ela, criticavam-na, exigiam explicações que ela nunca dava. Em menos de três meses, era o quarto com quem ela ficava se esfregando pelos cantos da casa, como se estivesse num bordel. O sujeito da vez, um tal de Paulo, cara alto e meio parrudo, tinha cara de cafajeste que fazia jus a sua personalidade. Meu pai o abominava pela falta de respeito que demonstrava estando na casa dos pais da namorada, ao meter a mão nos peitos ou no meio das pernas da Suzana sem a menor discrição. Meu pai o advertiu algumas vezes, mas ele fez que não ouviu. As broncas acabavam depois caindo sobre minha irmã, que se fazia de tão sonsa quanto ele. Acho que estavam cada vez mais cientes de que haviam criado uma puta, e isso os aborrecia.

Minha irmã deve ter contado ao Paulo que eu era gay, tinha feito isso com todos eles depois da nossa briga, como forma de me expor ao ridículo e deixar pairar sobre mim uma suposta perversão. Poucos deles se aproximavam de mim, como se temessem ser contagiados pela homossexualidade. Contudo, os que se aproximaram, acabaram descobrindo que eu não era aquele mau-caráter pervertido que ela desenhava, e até se mostravam amistosos nos curtos e causais encontros que aconteciam. Com o Paulo foi diferente, na primeira vez que estivemos frente a frente, ele me encarou com arrogância, um ar de superioridade e, um olhar lupino e predatório. Parte de sua arrogância se explicava por vir de uma família abastada, condição primordial para a Suzana se interessar e investir num namorado desde sempre. Não precisei de muito tempo para descobrir que ele colocava tantos chifres na minha irmã quanto ela nele, ambos cafajestes que se mereciam. Com a mesma desfaçatez que bolinava as partes íntimas da Suzana, ele veio para cima de mim numa manhã depois de ter passado a noite com a minha irmã enquanto meus pais estavam viajando. Pleno verão, as manhãs já começavam quentes, eu havia acabado de sair do banho, vestido um short com fendas laterais, e descido para preparar meu café na cozinha. Ele surgiu pouco depois, não ouvi seus passos, pois estava descalço. Ao me virar, dei de cara com ele metido numa cueca com o pau duro, que ele alisava desavergonhadamente com a mão enfiada na virilha.

- Bom dia! – cumprimentou com a voz grossa a troar no silêncio matinal.

- Bom dia! – devolvi curto e seco. – Meu pai já o advertiu algumas vezes, mas vou repetir, dê-se ao respeito! Você não está na sua casa, nem num puteiro! Se pretende ficar na minha presença, vá vestir alguma coisa! – ordenei

- Você acorda sempre assim, tão mal-humorado? Teu macho deve ter um sacão de paciência para te aturar! – retrucou ofensivo.

- Quem você pensa que é para falar nesses termos comigo dentro da minha própria casa, seu escroto? – questionei, peitando-o. – Saia da minha frente!

- Cara, não quero brigar! Na verdade, desde que te vi pela primeira vez estou com uma puta vontade de meter meu cacete nesse teu rabão carnudo, me amarro numa bunda gostosa como a sua! – exclamou aviltante. Ele estava tão próximo de mim, o rosto praticamente roçando meu ombro que me virei e dei um tapa naquela cara petulante.

Ele me agarrou, prensou contra a bancada, arrancou meu short e com o cacetão de fora, o esfregou no meu rego. Começamos a brigar, eu me debatia, distribuía socos acertando alguns e errando outros, ele se defendia, ora tentando segurar meus braços, ora devolvendo os socos. A discussão acordou a Suzana e ela nos pegou no meio da briga.

- Aí, sua puta! Olha o tipo de gente que você traz aqui para dentro de casa! Esse filho da puta está tentando me enrabar! – berrei quando a vi nos encarando, incrédula.

- Que porra é essa Paulão, seu desgraçado? Deu para gostar de veado? – questionou, o que o fez me soltar.

- Não se faça de santa! Teu irmão veadinho é um tesão, eu só ia tirar uma casquinha! – respondeu ele, sem se importar com a opinião dela. Daí já dava para sacar que tipo de relacionamento esses dois tinham.

- Manda esse merda sair dessa casa agora! – exigi de minha irmã.

- Não é você quem manda aqui! Fica na sua!

- Com nossos pais fora, sou eu quem manda sim, aqui! Se te restar alguma dúvida, eu posso te mostrar como fiz naquele dia no qual veio tomar satisfações no meu quarto. Quer passar por isso de novo? Hoje não tem o pai aqui para te acudir! – ameacei. Ela se calou, recordando do quanto bati nela, e subiu com o sujeito, onde rolou uma discussão entre os dois.

Entre idas e vindas, e discussões frequentes, casaram-se um ano depois de se conhecerem. Ninguém precisava ser vidente para perceber que não se amavam. Minha irmã estava interessada na grana que ele e a família tinham, nas comodidades e no luxo que uma vida ao lado dele ia lhe proporcionar. E, para isso, fazer vista grossa para as vagabundas com as quais ele se envolvia, era um preço baixo a se pagar. Eu nunca soube porque continuava com ela, pois também não ignorava que ela trepava com o primeiro sujeito que a atraísse, mesmo que fossem amigos do Paulo.

Não fui ao casamento, nem o Roger. Ambos não pactuavam com a hipocrisia, e comparecer à cerimônia e à festa nababesca que foi oferecida aos convidados ia de encontro aos nossos princípios morais. O bom disso tudo foi que ela deixou a nossa casa, eu não precisava mais ter o desprazer de cruzar com aquela cara de vadia dela ao andar pela casa. Com a ausência dela me dei conta de que a presença dela nunca me fez falta; representava, na verdade, um alívio desde que éramos crianças e eu vivia sob a tortura dela.

Meus pais agiam com diplomacia, cientes de que nunca teriam os dois filhos juntos com seus respectivos parceiros em qualquer data comemorativa. Eu me sentia triste por eles, tinham trabalhado tanto para nos dar uma educação primorosa e cara, para no final, terem que se contentar com uma vagabunda interesseira e um marido que nunca se mostrou gentil com eles, e que não os respeitava. Já com o Roger tudo era diferente, ele era alegre e expansivo, dava-se muito bem com o meu pai, adorava minha mãe e os mimos que ela lhe fazia e, em muitas de nossas viagens convidava-os a virem conosco.

Faltava pouco mais de um semestre para eu terminar a faculdade. Entusiasmado, o Roger comprou um apartamento na planta, que seria entregue alguns meses após a minha formatura. Ele não falava noutra coisa, fazia planos para quando nos mudássemos para o apartamento, a todo instante retomava o assunto de nos casarmos e envelhecermos juntos; acredito até que em certos momentos quando o via absorto em seus próprios pensamentos, que as cenas de um cotidiano compartilhado comigo viajavam por sua mente, pois logo em seguida, ele vinha me abraçar, beijava-me com tesão e me jurava que nunca tinha sido tão feliz. Foi por isso que fui adiando o que tinha para contar, faltava-me coragem quando via a carinha sonhadora dele. Omiti, não só dele mas de todos, que havia me inscrito para um programa de intercâmbio para pós-graduação em Stanford, pois não coloquei muita fé que seria selecionado; portanto, não valia a pena criar expectativas que tinham uma grande chance de não serem realizadas. Porém, já fazia quase um mês que eu mantinha na gaveta da minha mesa de estudos em meu quarto, uma carta de aceitação da universidade. Meus pais ficariam eufóricos por eu ter conseguido uma vaga na pós-graduação por três semestres, mas para o Roger aquilo seria um balde de água fria em seus planos e uma frustração que talvez abalaria nosso relacionamento. Eu simplesmente perdia a coragem quando estava diante dele, apesar de ter ensaiado exaustivamente uma maneira de lhe dar a notícia. Acovardado, deixei os meses passar. Havia respondido a universidade que aceitaria a vaga, mas protelava o momento de dar a notícia aos meus pais e ao Roger. Isso estava me agoniando, sentia-me um Judas toda vez que terminávamos de fazer amor e continuávamos engatados com o cacetão dele arrefecendo vagarosamente com meu cu galado.

- Não gostou? Eu te machuquei? – perguntou-me ele numa dessas ocasiões, sempre preocupado com os estragos que sua verga grossa causava nas minhas pregas anais, apesar de todo cuidado e gentileza com as quais a enfiava em mim.

- Hein? O quê? – indaguei, sentindo um remorso doído, enquanto pensava em como lhe dar a notícia. – Não! Eu adorei, você sabe o quanto amo transar com você! Por que me faz uma pergunta dessas?

- É que ultimamente você fica estranho quando a transa termina. Sei lá, parece que não curte mais quando continuo dentro de você até o meu pau amolecer, ou que te machuquei e você sente dor. – ponderou.

- A cada transa nossa eu te amo mais, Roger! Não encha sua cabeça com esse tipo de dúvidas, você é tão carinhoso comigo quando entra em mim, eu amo quando te aninho dentro de mim, não há sensação ou prazer maior do que esse. Mesmo que meu ânus fique sensível por alguns dias, ou que eu sangre um pouco durante o coito, isso não rouba o meu tesão e a minha vontade de estar nos teus braços. Eu te amo tanto que não viveria mais sem você! – confessei apaixonado

- Tem certeza? Se eu estiver te machucando durante a empolgação de te enrabar, quero que seja sincero comigo, e que me peça para ir mais devagar. – como dizer a um homem desses que vou partir para um país estrangeiro por cerca de um ano e meio, que não estarei ao lado dele quando o apartamento ficar pronto e que ele terá que se mudar sozinho, e me esperar se ainda quiser continuar comigo. O medo de perdê-lo me paralisava, me deixava agoniado e triste.

Deixei as festas de fim de ano passarem, eu sabia que para meus pais a notícia seria um presente inesperado que os deixaria radiantes e orgulhosos, mas para o Roger seria o fim de seus sonhos e, muito provavelmente, o do nosso relacionamento também. Prometi a mim mesmo que não passaria da cerimônia de colação de grau, uma vez que em algumas semanas teria que embarcar para os Estados Unidos. No carro, a caminho da festa de formatura, dei a notícia aos meus pais. Como eu esperava, quase enfartaram de tanta alegria.

- O Roger já sabe? O que foi que ele disse? – perguntou minha mãe que, àquelas alturas, já conhecia muito bem a possessividade e o espírito irrequieto do futuro genro.

- Ainda não contei para ele. Estou com muito medo da reação dele. Temo que não compreenda a minha necessidade de dar um passo tão importante para a minha carreira, que termine comigo, que não esteja disposto a esperar por mim por tanto tempo. – confessei.

- Não vai ser fácil para ele, é notório o quanto ele está esperando para te arrancar da nossa casa e te levar para morar com ele. Seja sincero e compreensivo com ele, meu filho, se vocês se amam ele vai entender. – afirmou meu pai.

- Eu o amo muito, sei que ele também me ama, mas não sei se está disposto a manter um relacionamento a distância por tanto tempo. Não quero perder o Roger, mas também não quero abrir mão de uma oportunidade como essa. – confessei.

Durante a festa de formatura o Roger estava elétrico, a todo momento, muito discretamente, me encoxava, sussurrava nos meus ouvidos que em quatro meses estaríamos morando no apartamento, que ia comer meu cuzinho todas as noites, que não via a hora de eu ser o esposo dele. Finda a festa, ele me levou para a casa dele, os pais tinham ido visitar um tio que fora operado há pouco no interior. Quase não deu tempo de ele destrancar a porta e arrancar simultaneamente as minhas roupas de tão afoito que estava para meter no meu cuzinho. Prensou-me contra a porta que acabara de fechar, eu já estava completamente nu e ele com o tórax exposto. Ergueu-me pelas nádegas, enquanto eu desabotoava a calça e abria a braguilha, tirando o caralhão babado e duro lá de dentro. Pendurado no pescoço dele, durante os beijos frenéticos que trocávamos, a pica entrou no meu cuzinho e eu soltei um gritinho ao sentir as pregas rasgando. Aquilo sempre lhe redobrava o tesão, aquele grito ganido de quando sua verga potente e dominadora deslizava obstinada para o fundo das minhas entranhas. Ele me fodeu ali mesmo, no hall de entrada da casa dos pais, socando o caralhão num vaivém que fazia ambos gemerem de prazer e luxúria, até os gozos sobrevirem quase ao mesmo tempo, e disseminarem seu cheiro voluptuoso de sexo pelo ar. Quando me deitou sobre a cama dele e montou em mim, meu rabo estava encharcado e a porra morna dele formigava na minha mucosa anal esfolada.

- Preciso te contar uma coisa! – comecei temeroso. – No primeiro semestre desse ano enviei uma inscrição para um programa de pós-graduação para a Universidade de Stanford, e faz um tempinho que recebi uma resposta me disponibilizando uma vaga. Tenho que me apresentar no começo do mês que vem. – ele tinha uma expressão indecifrável no rosto perplexo.

- Há quanto tempo recebeu essa resposta? – achei a pergunta estranha, ele teria tantas outras perguntas mais específicas para fazer, por que justamente essa?

- Há quatro meses! – respondi

- Isso é um tempinho para você? Está me escondendo a quase meio ano que vai me deixar, enquanto eu te contava todos os meus planos para te incluir na minha vida? Por que não me contou, Gabriel? Não mereço sua consideração? – questionou indignado

- Tive medo exatamente dessa reação! Eu queria te contar, mas não sabia como, eu juro. Eu sabia que você ia ficar bravo comigo.

- Como você esperava que eu fosse reagir? Pular de felicidade quando meu namorado me diz que vai me deixar?

- Eu nunca pensei em deixar você! Eu te amo! – asseverei.

- Me ama, mas esconde uma informação importante como essa. Que amor é esse? Você nem me consultou antes de se inscrever nesse programa, como se minha opinião não te importasse. – sentenciou, tirando o pauzão à meia-bomba melado de esperma do meu cuzinho com um golpe brusco que distendeu minhas pregas anais e me fez soltar um – Ai – ganido.

- Você estava tão entusiasmado com o apartamento e o fato de nos mudarmos para lá para começar a nossa vida juntos que eu não encontrava uma maneira de te dar a notícia. – afirmei sincero.

- Era só dizer, olha Roger, vou te deixar a ver navios e vou partir para conhecer novos horizontes, para conhecer outros caras, vai que algum deles seja mais interessante e promissor do que você, para talvez até me mudar em definitivo para os Estados Unidos e construir a minha vida por lá com um americano parrudo que me proporcione uma vida melhor do que teria com você. – despejou, deixando a raiva e frustração falarem por ele.

- É isso que pensa de mim? Que eu te trocaria por outro? Acha mesmo que sou esse tipo de interesseiro? – indaguei, enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto e, ele pela primeira vez, parecia não se sensibilizar com elas.

- Não sei o que pensar! Estou te desconhecendo. O Gabriel, meu bebezão, não agiria assim comigo, não tramaria pelas costas. – afirmou

- Pensei que você se importava comigo, que compreenderia os motivos que me levaram a procurar meios de construir uma carreira profissional mais sólida, que me apoiaria nessa empreitada. – argumentei

- Eu te apoio, sempre te apoiei! Mas não estou disposto a te jogar nos braços de um daqueles americanos que ao baterem os olhos no teu corpo tesudo só vão pensar em te dar umas cantadas e numa maneira de enfiar os cacetes no teu rabo. – devolveu

- Está falando como se eu fosse um objeto sexual e nada além disso, como se todo cara só quisesse me foder. Eu não vou deixar isso acontecer! Sabe por quê? Por que eu jamais me vi compartilhando o futuro com outro cara que não seja você! Eu não quero um americano ou seja lá que outro cara, eu quero você! É você quem eu amo! É com você que quero viver!

- Não é o que está me parecendo! Sou o último a saber que meu namorado está me deixando para morar fora por quase dois anos. Cacete Gabriel, estou tão puto com você que seria capaz de te dar uma surra agora. – afirmou, se afastando de mim ao sair da cama.

- Então dá! Se isso te acalmar, dá uma surra em mim! – exclamei, ao ir atrás dele começando a acariciar seu peito e procurando cobrir sua boca com a minha.

- Não me provoque! Estou puto, muito puto com você!

- Eu sei, nunca te vi assim! É a primeira vez que brigamos, sabia? – sussurrei enquanto o beijava e afagava, e ele permanecia estático sem me devolver as carícias.

- Não adianta vir todo cheio de dengos, não vai me convencer! – exclamou autoritário

- Não? Será que não consigo abrir a cabeça do meu homem e fazer com que me compreenda? Que me diga que vai me apoiar nessa empreitada? – perguntava eu, enfiando minha coxa entre as pernas dele enquanto uma das minhas mãos se fechava englobando o sacão pentelhudo dele.

- Seu veadinho do caralho, pode ir tirando essa mão daí! – exclamou ele, enquanto eu enfiava minha língua na boca dele e me esfregava todo em seu corpão. – Bebezão putinho, se não parar com isso vou te foder até não sobrar uma única preguinha inteira! Estou te avisando, não me provoque! – sentenciou, quando toda musculatura dele já se contraía tomada pelo tesão.

- Nenhuma? Nenhumazinha, tem certeza? Vai rasgar todas elas com esse pintão grosso? – ronronei sedutor, sem parar de beijá-lo e manipular o cacetão que endurecia entre os meus dedos.

- Molecão veadinho do caralho, foi você quem pediu, bebezão! – grunhiu ele, tentando parecer ameaçador, quando me lançou de bruços sobre a cama e meteu sem dó a jeba rija no meu rabo, enquanto eu gania feito uma cadela sendo estuprada.

Achei que o tinha dobrado, mas me enganei. Ele ficou carrancudo logo depois de me arregaçar o cuzinho e ficou aquelas semanas que antecederam a minha viagem sem falar comigo. Não atendia as minhas ligações, não respondia as minhas mensagens por mais que eu insistisse. Na noite anterior a minha partida mandei uma mensagem de voz – Amo você, meu querido, queria te dar um beijo antes de partir. Meu voo é amanhã às 22h50min, queria te ver, saber que me perdoou e sentir teus braços me envolvendo. Esperei em vão o dia todo pelo contato dele, à medida que as horas passavam, meu peito sufocava, o choro vinha sem controle, e uma sensação de que nosso relacionamento já era se tornava cada vez mais real.

Minutos antes do embarque, enquanto me despedia dos meus pais, vi-o surgindo por sobre os ombros do meu pai. Pendurei-me nele aos prantos, pedia desculpas por não ter lhe contado nada antes, enquanto ele me apertava com tanta força que mal conseguia respirar. Beijamo-nos até meu pai intervir, sinalizando que o portão estava prestes a ser fechado. Embora ainda estivesse chorando, o fato de ele vir se despedir de mim indicava que nem tudo estava perdido, que nosso amor tinha superado tudo. Ao menos era assim que pensava.

Quando conheci o cara com quem dividiria o apartamento do alojamento da universidade imediatamente sabia que meus problemas estavam só começando. Noah, um cara enorme, bonito, charmoso e sensual correspondia exatamente aos receios que o Roger tinha em relação aos caras que poderiam dar em cima de mim. Só pela maneira como ele me examinou quando adentrou ao apartamento enquanto eu me instalava, já deu para notar que aquele olhar predador não resultaria em boa coisa.

- Oi! Você deve ser o Gabriel! Desculpe eu não estar aqui quando chegou, estava terminando de acertar uns detalhes da minha matrícula semestral. – disse ele, sem tirar aquele par de olhos cor de âmbar do meu corpo.

- Oi! Noah? – cumprimentei. – Está de boa, também tenho que acertar algumas coisas na secretaria mais tarde.

- Peguei essa cama, mas se você quiser trocar, não tem problema! – afirmou

- Não, não! Essa está ótima. – devolvi, antes de entabularmos uma conversa que durou umas três horas, começando no dormitório, continuando no refeitório e a caminho da secretaria onde ele me acompanhou para eu acertar os detalhes da minha matrícula.

Ele me mostrou o campus, me encheu de perguntas quanto a minha vida, e me contava pormenores da dele. Era um sujeito simpático, um macho lindo que talvez me deixasse com muito tesão não fosse meus pensamentos ainda estarem no Brasil focados no Roger, o único macho que eu conhecia mais a fundo. Não abri logo de cara que era homossexual, talvez essa informação fosse irrelevante para o Noah. Mas, se eu começasse a notar qualquer desconforto por parte dele, contaria a verdade.

Em algumas semanas descobri que não precisava contar nada, ele já se insinuava para mim, não escondia o tesão que atiçava sua pica quando me flagrava trocando de roupa, e toda a noite eu precisava tocá-lo para a cama dele, pois se demorava todo esparramado na minha até bastante tarde. Vendo que eu parecia indiferente as suas insinuações, tornou-se mais ousado, saindo frequentemente do banho sem esconder o cacetão grosso e avantajado que carregava entre as coxas musculosas. Uma vez, chegou até a se enfiar dentro do box comigo quando não tranquei a porta do banheiro ao me banhar.

- Eu tenho um namorado no Brasil, vamos morar juntos quando eu voltar. – avisei, quando as abordagens se tornaram mais incisivas.

- Não sou ciumento! Ademais, ele não está aqui! Posso ser um ótimo parceiro para as tuas horas de solidão! – devolveu o safado, que me roubou um beijo rápido numa manhã em estava me trocando para ir para as aulas.

- Mas o Roger é! E muito! Ainda não contei como você é, pois tenho medo que ele pegue o primeiro voo e venha me tirar daqui. – comuniquei.

- Vocês latinos são muito passionais! – sentenciou o Noah. – Você confia nele, acha que vai manter o tempo todo o pinto dentro das calças? Ouve-se muito sobre os homens latinos, dizem que são insaciáveis. A essa altura do campeonato, ele já deve ter colocado uma galhada de chifres na sua testa.

- Você não conhece o Roger! Ele é fogoso, mas não faria isso comigo! – retruquei. O Noah riu, como se eu fosse algum pateta ingênuo. – É verdade, não acredita em mim? Nós nos amamos, eu confio nele! – acrescentei ante a incredulidade dele.

- Se você está dizendo, quem sou eu para duvidar? – devolveu irônico. – Isso quer dizer que eu não tenho nenhuma chance? – perguntou, sem disfarçar sua tara pela minha bunda.

- Não! – respondi de pronto. Naquele momento só implorei para que essa convicção jamais fosse traída, pois aquele macho nu era de virar a cabeça de qualquer um e fazer com que o juízo que me guiava talvez não fosse tão inabalável quanto eu supunha.

Nem havia completado uma semana da minha chegada a Stanford e o Roger me ligou. Já era noite, o que significava cinco horas a mais no Brasil devido a diferença de fuso horário. Por sorte o Noah havia saído com uns colegas, o que me pouparia de convencer o Roger de que aquele garanhão nos moldes do que ele havia descrito não me despertava nenhum interesse.

- Como é o sujeitinho com o qual você está dividindo o alojamento? – foi sua primeira pergunta, o que eu já esperava.

- O nome dele é Noah, é um cara normal! – respondi, para não entrar em detalhes.

- Essas camas estão bastante juntas, só tem um quarto nessa joça? – perguntou, quando notou a proximidade das duas camas.

- Só! O outro cômodo é uma saleta onde ficam as mesas de estudo, aqui fica essa cozinha minúscula, e aquela porta é o banheiro. – apresentei, caminhando com celular pelos ambientes.

- E cadê o sujeito?

- Saiu com uns colegas que fez no ano passado, ele é veterano! – expliquei. Quase abri o jogo para descrever o Noah, mas além de não conseguir ser preciso nessa descrição, ela só deixaria o Roger ainda mais enciumado, achando que eu estava enaltecendo as qualidades do cara que se deitava todas as noites a curta distância de mim. – Sinto tanto a sua falta! – exclamei, o que deixou o Roger desnorteado.

- Eu também! Sinto muito por ter agido feito um babaca antes da sua partida. – confessou

- Eu queria ter podido ter a chance de fazer amor com você, de trazer a sua virilidade no meu corpo. – ponderei, o que lhe causou tesão e provocou uma ereção que ele acabou me exibindo ao tirar o cacetão de dentro da bermuda.

- Tira a roupa, me mostra a sua bunda! – ordenou.

- Ficou doido? O Noah pode voltar a qualquer momento! Quer que ele me flagre nu excitando meu namorado a milhares de quilômetros de distância? – questionei, embora estivesse tomado de calores por todo o corpo e tão cheio de tesão que faria sexo virtual com ele até gozar.

- Tem razão! A última coisa na qual esse sujeitinho precisa pôr os olhos é na sua nudez e na sua bunda. – retrucou marrento

- Amo você! – pronunciei com meiguice e um sorriso contido.

- Cacete, Gabriel! Você está me deixando maluco, o pau já está todo duro, quando olho para a sua boca só penso em como ela é gostosa e como gostaria de ela estivesse colada na minha ou chupando a minha rola agora. Quando desligar vou precisar bater uma punheta e mesmo assim não sei se vou conseguir dormir, só pensando como seria bom sentir seu corpo enroscado no meu. – confessou. – Te amo, meu bebezão!

- Estou com o cuzinho piscando desde o instante em que você colocou esse cacetão para fora. Queria poder me deitar agora, abrir as pernas e sentir ele entrando em mim e me preenchendo. – afirmei, uma vez que meu cu estava mesmo se contraindo em espasmos.

- Assim que for possível vou até aí satisfazer seu desejo! Talvez final de outubro ou início de novembro, tenho uns dias no banco de horas da empresa, e pretendo usar cada um deles para encher esse cuzinho apertado com a minha porra. – estremeci ante essa revelação, tanto pelo tesão que me causou, quanto pela preocupação de ele vir a conhecer o Noah e do que poderia acontecer depois disso.

Tive uma prévia na ligação seguinte, apenas alguns dias depois, quando foi impossível esconder o Noah que perambulava pelo apartamento sem camisa. Ele próprio fez questão de dar um – olá – para o Roger, não sei com qual intenção, o que foi o suficiente para o Roger se encher de ciúme.

- É esse o cara que você descreveu como normal? O que esse folgado está fazendo sem camisa? Até parece um pavão querendo se mostrar para você! Desgraçado! Ainda por cima quer se fazer de simpático! Ele que enfie a simpatia dele no cu! Caralho, bebezão! E você aí nas garras desse lobo da porra! Não tem como você se mudar daí, sei lá para um alojamento único, ou com um cara sem todo esse físico? – questionou o Roger, exatamente como eu havia previsto que aconteceria.

- Não, não tenho! Não existem alojamentos individuais, e é a universidade que determina em qual alojamento os pós-graduandos ficam. – respondi. – Que me importa como ele é, Roger, se eu só consigo pensar em você e não consigo tirar essa saudade do meu peito que me rouba metade da felicidade e da satisfação de estar aqui? Não deixo de pensar em você um só segundo! – afirmei, numa tentativa de amenizar o ciúme dele.

Conforme ele havia prometido, veio passar uns dias comigo. O Noah foi gentil e compreensivo, cedendo a cama para o Roger durante esse período e se mudando para a casa de um amigo nosso que residia na cidade.

- Esse Roger é mesmo um sortudo! Nessa ansiedade toda que você está pela chegada dele, já posso imaginar o que vocês vão fazer nesse quarto quando estiverem sozinhos. – sentenciou jocoso.

- Obrigado, Noah! Nem sei como agradecer! Estou morrendo de saudades do Roger!

- Trepa bastante com ele! Vou ficar imaginando ele entrando nessa bundona gostosa e você se derretendo todo por ele. Como eu disse, sortudo esse Roger! Quisera eu estar no lugar dele! – afirmou libidinoso.

Foi o que realmente aconteceu, cheguei a faltar algumas aulas para ficar na cama transando com o Roger. Quando o acompanhei até o aeroporto, meu cuzinho estava arregaçado, esfolado, ardendo e inundado de esperma, e eu me despedi já cheio de saudades. Fiquei acabrunhado por alguns dias, o que o Noah logo notou.

- Você é super apaixonado por esse cara, não é? Dá para sentir! – afirmou

- Sou sim! Não vejo a hora de ficarmos juntos outra vez. Ele é o meu homem, o mais amoroso e gentil dos homens, não tem como não amá-lo. – asseverei.

- Queria ter te conhecido antes! Nunca alguém com quem fiquei falou de mim como você fala do Roger, com tanta paixão, tanto amor. Ainda mais um cara tesudo como você! – retrucou

- Você é um cara incrível, vai encontrar alguém que saiba reconhecer todas as suas qualidades e te fazer feliz. – afirmei. Ele se aproximou de mim, me puxou contra o tronco e me beijou até ficar com a pica totalmente dura dentro do jeans. Minhas pernas ficaram bambas, não consegui reagir, apenas deixei aquela língua voraz entrar na minha boca e deixar seu sabor másculo dentro dela. – Não faça mais isso, Noah! – protestei, ao sentir como se estivesse traindo o Roger.

- Desculpe! Perdi a cabeça, desculpe! Perco o controle quando te vejo assim tão carente, sentindo a falta do seu namorado.

- Entendo, mas não faça mais isso, por favor! – pedi, ainda trêmulo de tanta excitação, pois o sabor daquele beijo havia embaralhado tudo na minha mente.

- Ok! – concordou ele prontamente, para não me aborrecer. – O pior é que você gostou, eu senti que você gostou! – exclamou convencido e assertivo. Não respondi, pois teria que mentir se quisesse fingir que sua boca me foi indiferente.

O Roger ainda veio me visitar mais duas vezes durante a pós-graduação. A cada visita nosso amor posto à prova se fortalecia e me ajudava a manter a fidelidade que lhe havia jurado manter, apesar da tentação que habitava comigo naquele alojamento.

Ao regressar para o Brasil, não fiquei mais do que algumas semanas na casa dos meus pais antes de me mudar em definitivo para o apartamento do Roger, que acabamos de decorar e mobiliar juntos. Faz umas duas semanas que encontrei casualmente o Paulão num supermercado, ele e a Suzana haviam se divorciado pouco depois da filhinha deles nascer, segundo me informaram meus pais. Ele estava acompanhado de um sujeito de quem me recordava de vista, mas não lembrava o nome. Tentei fugir deles pelos corredores do supermercado, mas ele acabou forçando o encontro. Voltou a me apresentar o sujeito como sendo um amigo, algo que duvidava que ele tivesse, talvez colegas de gandaia, mas amigo não.

- Ora, ora! Que surpresa mais agradável! Meu ex-cunhadinho rabudo! Você sempre gostoso e tesudo, hein Gabriel! Ainda está com aquele sonso do como é mesmo o nome dele, Roberto, Rogério? – exclamou, se derramando em gentilezas falsas. – Lembra do Marcos? – perguntou, enquanto ambos trocavam olhares irônicos. – Sabe o que é um veadinho fiel, Marcos? É esse meu ex-cunhadinho. Quando estava namorando e comendo a irmã dele, tentei foder esse rabão, mas ele se negou, todo preocupado em se manter fiel ao namoradinho macho. Fala para mim, Marcos, não dá um puta tesão imaginar essa bunda encaixada na pica da gente? – questionou ao colega que, imediatamente, focou o olhar predador no meu corpo.

- E você o mesmo cafajeste de sempre! Cansou de ser corno da Suzana? – indaguei acintoso.

- Sabe que fica ainda mais tesudo quando fica irritado? Me dá uma chance, em nome do nosso parentesco, deixa eu meter uma vez no seu cuzinho, uma só! Apenas para sentir esses glúteos encapando minha caceta! O namoradinho nem precisa ficar sabendo! – sentenciou libidinoso.

- Você é asqueroso, Paulão! Não à toa foi se envolver com a piranha da minha irmã! Temo pelo futuro da minha sobrinha, tendo pais como vocês dois, sem o menor escrúpulo, sem nenhum caráter. – devolvi

- Falando na Luísa, sua irmã me disse que você nem a conhece, nunca visitou sua sobrinha.

- Não faço a menor questão! Não quero o menor contato com nada que tenha a ver com a Suzana, e isso inclui a filha de vocês e você. – afirmei, ao dar as costas para os dois e seguir minhas compras.

Hoje completo meu primeiro mês no emprego de uma corporação americana, por isso o Roger e eu resolvemos comemorar com um jantarzinho romântico num bistrô não longe de casa. Fizemos o trajeto de volta numa caminhada pelas calçadas banhadas por um luar que se destacava no céu carregado da cidade. Sei que ao chegarmos em casa, vou me despir, caminhar até ele, passar meus braços ao redor do pescoço vigoroso dele, beijá-lo e lhe fazer juras de amor e que, em minutos, ele estará engatado no meu rabo, enfiando o cacetão sedento dele bem fundo em mim, e me dizendo o quanto me ama. É isso que entendo como um casal apaixonado que não precisa de mais nada além do amor construído tijolo por tijolo ao longo dos anos que nos aguardam.

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Comentários

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Suave! Romântico! Excitante! Perfeito!

Eu teria ficado ainda mais feliz se o Paulo tivesse conseguido comer a bunda dele. Tudo muito excitante! Poderia refazer com o Paulo e o Noah comendo o Gabriel 🔥🔥🔥 Mas amei e foi um tesão e delicado e enxuto! 👏👏👏

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Valeu augustolincoln3! Suruba, é sério? Você é um tarado!! Kkkkkk...abração!

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JÁ LI ESSE CONTO ANTERIORMENT4E. UMA PENA QUE ESTEJA REPETINDO AO MESMO TEMPO QUE É UMA MARAVILHA PODER DE NOVO LER ESSA MARAVILHA.

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Você deve ter se confundido Valter! Nunca publiquei esse conto antes! Talvez tenha lido o conto de outro autor! De qualquer maneira, fico grato por classificá-lo como uma maravilha! Abração!

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Mais uma história encantadora, e dessa vez com um casal de protagonistas apaixonantes.

Kherr você mexe tanto com os nossos sentimentos, que no final quando surgiu o tal do Noah, eu fiquei desesperado com a possibilidade dele arruinar um relacionamento tão bem construído, mas tudo deu certo no final, aliás, eu queria que você tivesse dado continuidade a história do relacionamento do Gabriel e do Rogério casados.

Aliás, achei que o Gabriel foi bondoso demais com os país dele, não mereciam perdão tão rapidamente após anos de negligência.

No mais, você já sabe que sigo sempre a espera de seus novos contos, grande abraço!

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Valeu Gilberto! Para mim p mais gratificante é saber que gostou do conto. Um super abraço, meu querido!

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Lindo conto, como sempre. Esse conto teve um diferencial, a pureza dos protagonistas. Tão lindo exemplos de amores consistentes, que fazem com que um realmente complete o outro, resistindo às tentações que se apresentam. Como sempre, só posso te parabenizar, meu grande escritor.

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Obrigado por reconhecer a sutileza com a qual desenhei os protagonistas, achei que poucos ou ninguém notaria. Forte abraço meu querido!

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Quer dizer que você é romântico também hein carinha? Achei que fosse só safado 😈

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Falando comigo ou com o Kherr? Se for comigo, sou safadinho e romântico. Agora os leitores que comentam aqui são todos grandes gozadores. Uau! Imagine um ambiente virtual só pra leitores lerem os contos no mesmo momento e gozarem juntos, no Brasil todo! Ui!

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Falando com você mesmo! Fica aí me provocando nos comentários, tá recebendo o troco rs

E que ideia maluca essa de ambiente virtual pra todo mundo...será que dá certo? Quer testar comigo? 😈😈😈

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❤️❤️❤️❤️❤️❤️

Sou tímido! Você é muito voraz! Fico com medinho.

E eu vivo uma vida dupla. Aqui sou mais solto.

Vida real: pseudohétero casado há 35 anos com a mesma mulher.

Pense!

Aqui consigo ter momentos de muito prazer e compartilhados com caras legais e, provavelmente, gostosos.

Claro que gostaria de te conhecer sim.

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Voraz nada, só pra quem me provoca hahahah. E bem vindo ao clube dos casados! É o que mais tem aqui haha. Você viu meu email num outro comentário por aí, é só me procurar que eu te mostro que não tem motivo pra ter medinho de mim não 😜

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Jota e PauloPe! Meninos, meninos ... juízo, seus tarados! KKKKKKKK Essa troca de mensagens entre vocês me faz pensar em quantas pessoas não estão na mesma situação, que não fosse vivermos numa sociedade tão preconceituosa, estariam desfrutando de uma vida mais plena e feliz, sendo elas mesmas, sem rótulos. Um super abração carinhoso para ambos!!

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Hahahaha Kherr, você é foda.

Imagina um conto de dois caras que se encontram por meio de comentários nos seus contos hein...kherr culpido! Hahah

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Quando o amor e o respeito imperam, qualquer relacionamento perdura pela vida inteira. Texto muito bem escrito.. apenas um errinho: "entre ele e eu.." o correto é "entre ele e mim..."

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Sem dúvida lartel! são os dois ingredientes mais importantes de uma relação duradoura. E obrigado pela correção, por mais que se revise ainda passam erros. Abração!

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Acho que está correto Lartel... Nesse caso Ele é o sujeito da oração, então o pronome tem de ser reto... Caso Ele não fosse o sujeito aí o certo seria um pronome oblíquo e a frase ficaria: Entre Mim e Ele, nunca entre ele e mim... Se não me falha a memória...rsrsrs... Abraços!

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Que delícia de conto! De ler com um sorriso no rosto e um volume na cueca hehehe. Sei de muita gente apaixonada que vai adorar essa história hehe

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Jota, você e seus volumes na cueca, preciso rir ao te imaginar lendo o conto com a barraca armada!!! Eheheheheh!!! Obrigado pela leitura meu querido, um forte e carinhoso abraço!

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Pois é, até parece que ele não busca também essa reação dos leitores hehehe

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Jota, Kherr ainda não entendeu que ler contos escritos por ele é volume garantido na cueca, que não demora a ficar úmida. Kkkkkk

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Safado!! Kkkkkkkk Você é outro que vive hasteando o mastro!!! 😲😲

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Eu amei essa história, principalmente quando o Gabriel se defendeu dos pais e enfrentou a irmã, mas fiquei com uma sensação estranha de que a história ainda ia continuar no final, parece que acabou muito abruptamente como se ainda tivesse coisas pra ver da vida desses personagens, ou talvez eu só tivesse muito imerso kkkk

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Oi Tomás! Certamente a história entre o Roger, o Gabriel e os pais dele não terminou com o fim do conto, deixei aberto que encararam a união do filho como algo bom. Obrigado pelo comentário! Abraço, meu querido!

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Que delícia. É maravilhoso ver o seu nome e vem logo aquela imensa vontade de devorar todas as palavras que tão bem colocadas nos fazem embarcar numa viagem que eu sei que na maioria das vezes nos levará a um eden. Essa primeira vez no motel me fez lembrar a minha também. Meu primeiro namorado, lindo, alto, bem dotado também mas me tratou com tanto carinho que a dor foi bem pouca e acredite não sangrei. Um sonho lindo que meu Fuzileiro Naval me proporcionou e nunca esqueci mesmo já tendo se passado quase 50 anos.

Viu, seus contos são assim além dos finais felizes nos fazem recordar das coisas boas da nossa vida.

Não me canso de agradecer e parabenizar pelos momentos maravilhosos que passo saboreando seus contos.

Forte abraço e bom final de semana.

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Valeu Roberto! Creio que todos nós temos na lembrança a nossa primeira vez, mesmo que para nem todos ela tenha feito as estrelinhas brilharem. Fico feliz de saber que a sua foi maravilhosa e que ele tenha te tratado com carinho, isso é um presente que levamos pelo resto da vida. Também tenho boas recordações da minha primeira vez, e ela se perpetua até hoje, pois o cara mais fantástico, lindo, e amoroso que a vida me deu está comigo até hoje. Ele ainda brinca comigo de vez em quando, me perguntando se eu me lembro de como estava ansioso, amedrontado e cheio de dúvidas, tremendo mais que uma vara verde, mas bastou ele me abraçar, me beijar com ternura e quando dei por mim ele já estava todo dentro de mim, um momento, uma tarde verão, um dia inesquecível da minha vida.

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Meu Deus! Agora, além dos contos, a gente vai ter que passar por essa tortura de segurar-se pra não explodir em gozo também pelos comentários? 😂

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Tem continuação? Diz que sim!!! Que escrita é enredo perfeitos!

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Olá Tacdc! Não sou muito adepto de continuações, e nesse caso em particular acho que cada leitor pode imaginar como será a vida futura do Roger e do Gabriel! Grato pelo comentário e super abraço!

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Que coincidência o conto terminar eles indo para um bistrô...rsrs... Quando comecei a ler o conto eu estava com planos de ir a um aqui pertinho de casa, e agora não vejo a hora de ir, estou com fome...rsrs..

Mais um texto delicioso e com aquele toque romântico que é sua marca registrada... Me identifiquei muito, o primeiro encontro deles no motel me lembrou minha primeira foda com o Lukinha da vida real. Boas lembranças! É isso que seus contos fazem com os leitores: sempre nos causam um bem e um aconchego gostoso. Abraços!

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Corre lá Tito, vai que você encontra sua cara metade no bistrô, e depois do jantar a noite pode ser cheia de surpresas!! Se for pela torcida, conte com aminha!! Abração, meu querido!

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Essa sua primeira foda no motel com o Lukinha real podia virar um relato intimista né Tito? Vc ia arrasar!

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