Acasos #23

Da série Acasos
Um conto erótico de Patrícia
Categoria: Lésbicas
Contém 2051 palavras
Data: 18/11/2023 00:48:47
Última revisão: 29/12/2024 00:02:18

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Patrícia:

Às vezes, na nossa vida, precisamos daquela pessoa que chega e fala a verdade nua e crua na nossa cara, para que possamos enxergar as coisas de forma mais clara e tomar algumas decisões. O que Cristina me disse naquele escritório doeu, mas no fim, me fez um bem danado. Eu precisava ouvir aquilo para me desprender de alguns sentimentos que ainda tinha em relação ao meu passado. Ela tinha toda razão: por que me preocupar com alguém que nem se quer lembra da minha existência? Ou, se lembra, não dá a mínima para mim. Infelizmente, essa pessoa eram meus pais, mas só no papel, porque de verdade nunca foram.

Daquele dia em diante, eu decidi pensar em mim e nas pessoas que realmente se importam comigo. Essas pessoas, sim, eram minha família; os de sangue nunca foram. Ninguém nunca me procurou. Nesses anos, ninguém se preocupou em saber se eu estava viva, se tinha algo para comer ou onde morar. A realidade era dura, mas era essa: ninguém ali nunca realmente me amou.

Naquela manhã, antes do almoço, Cristina me chamou no escritório. O fotógrafo e a moça da agência estavam lá e me explicaram que iriam tirar várias fotos com diferentes roupas. No estúdio, estariam apenas as pessoas necessárias para a sessão de fotos. Eu poderia levar minha namorada ou outra pessoa para me acompanhar, e teria a oportunidade de ver todas as fotos. Se não quisesse que alguma fosse publicada, poderia solicitar a remoção.

Cristina me explicou que isso estaria em contrato e que as fotos só poderiam ser usadas em publicações autorizadas por ela ou por mim. Eu receberia a mesma quantia que uma modelo profissional receberia e poderia levar o contrato para um advogado ler antes de assinar. Se algo não estivesse do meu agrado, eu poderia mudar.

Ela perguntou se eu tinha alguma dúvida. Eu disse que sim e perguntei se haveria fotos com roupas íntimas ou de moda praia. Cristina respondeu que sim, mas que não seriam fotos sensuais; o objetivo era valorizar as roupas, não meu corpo. Se eu não me sentisse à vontade com alguma, teria o poder de impedir a publicação.

Concordei com tudo que ela propôs e disse que não precisava levar o contrato a um advogado, pois confiava nela. Eu não iria cobrar pelo trabalho; faria isso porque era para ela e para a loja, sem intenção de ganhar dinheiro com aquilo.

Cristina quis discutir, mas eu bati o pé e disse que era assim ou eu não faria. Ela então concordou, disse que iriam preparar o contrato e, na próxima semana, eu leria, assinaria e marcaríamos um dia para a sessão de fotos. Eu disse que tudo bem, me despedi deles e voltei para meu trabalho.

Na hora do almoço, contei tudo o que havia conversado com Cristina para Keyla. Ela disse que adoraria ir comigo, pois sempre quis participar de uma sessão de fotos profissional. Eu respondi que ela com certeza iria, porque sem ela eu não iria de jeito nenhum.

Quando voltamos para casa naquele dia, Keyla me perguntou se eu não queria criar um Instagram. Eu disse que não, que nunca gostei e não gosto de redes sociais. Ela insistiu, mas me mostrou o dela, que tinha fotos e imagens lindas. Keyla comentou que fazia tempo que havia deixado o dela meio de lado, mas estava pensando em voltar a postar algumas fotos. Perguntou se podia postar fotos nossas juntas. Eu disse que por mim tudo bem, mas que não iria ficar tirando um monte de fotos nem fazendo vídeos com dancinhas, pois realmente não gostava. Ela riu e disse que tudo bem, que só ia postar algumas fotos de vez em quando.

Como não tínhamos aula, tomamos banho e ficamos de bobeira sentadas no sofá conversando. Ela perguntou se eu queria sair para algum lugar ou se ficaríamos em casa descansando. Eu disse que preferia ficar em casa, pois sentia falta de algo durante a semana. Ela me perguntou o que era, e eu me levantei, ajoelhei entre suas pernas e disse que era de fazer amor com ela.

Levei meu rosto entre suas pernas e comecei a beijar suas coxas. Ela soltou um sorriso e abriu as pernas ainda mais. Fiquei beijando suas coxas por um tempo e depois comecei a passar minha língua na sua intimidade, por cima da calcinha. Ela gemia gostoso, e eu sentia o calor e a umidade dela mesmo com o tecido fino por cima. Quando olhei para cima, vi que ela havia tirado a camiseta e estava apertando os seios com as mãos. Não resisti e subi com minha boca para os seios, tirando suas mãos para poder brincar com minha boca nas delícias dela. Eu estava ofegante, soltando gemidos que eram como música para meus ouvidos.

Fiquei ali me deliciando com seus seios por um bom tempo, enquanto uma das minhas mãos brincava na sua intimidade, ainda coberta pela calcinha. Desci beijando sua barriga, afastei-me um pouco e tirei sua calcinha. Como estava com saudades daquela delícia molhada, não perdi tempo e comecei a chupar ela com vontade. Ela se contorcia, me chamava de gostosa. Eu lambia sua intimidade com a língua espalmada, às vezes colocando minha língua dentro dela, sentindo-a toda na minha boca. Depois, ia para o clitóris e brincava com minha língua e meus lábios em cima dele, fazendo isso algumas vezes, revezando entre chupadas e lambidas.

Em uma das vezes que suguei seu clitóris, ela levou as mãos na minha cabeça, me prendendo ali. Começou a gemer muito alto, levantando os quadris e forçando as mãos na minha cabeça em direção à sua intimidade. Eu não parei nem por um segundo de chupar e sugar seu clitóris. Não demorou muito e ela gozou na minha boca. Limpei todo seu mel e fui beijá-la.

Patrícia— Que saudades que eu estava de você, minha delícia!

Keyla— Eu também estava de você, meu amor.

Fiquei ali, com meu corpo em cima dela, beijando-a e fazendo carinho. Depois de um tempo, ela pediu para eu me afastar um pouco, e assim eu fiz. Tirei meu corpo e ela se deitou no sofá de barriga para cima, levantou os braços e pediu para eu ir até ela. Fui e lhe dei um beijo. Ela riu e disse que amava me beijar, mas queria outra coisa na boca dela naquele momento. Aí que eu me toquei e comecei a rir. Levantei, tirei minha camiseta e calcinha, e subi no sofá. Me ajoelhei com minha intimidade em cima da boca dela, que já começou a me chupar antes mesmo de eu me ajeitar direito.

Apoiei minhas mãos nos braços do sofá e deixei que ela devorasse minha intimidade com vontade. Eu já gemia, sentindo sua língua e seus lábios me levando à loucura. Comecei a mexer os quadris, esfregando minha intimidade na sua boca. Ela colocou a língua para fora e apertou meu bumbum com as mãos, fazendo meu corpo se apoiar mais na sua boca. Eu me movia cada vez mais rápido, senti meu orgasmo tomando conta do meu corpo e gozei gostoso na sua boca. Fiquei ali tremendo em cima dela enquanto sentia sua língua me limpando.

Quando me recuperei, fui sair de cima do sofá e, ao olhar para o lado, vi a Becky me olhando. Juro por Deus que ela tinha um olhar de julgamento. Chamei Keyla para irmos para o quarto, mas ela disse que deveríamos continuar no sofá. Olhei para Becky novamente e ela continuava me encarando fixamente. Pedi, por favor, para Keyla irmos para o quarto, e ela concordou, mas me perguntou o porquê. Eu não devia ter falado, mas expliquei que era por causa da Becky. Ela ficou sem entender e, ao explicar, não consegui evitar que ela começasse a rir, não conseguindo falar nada.

Ela estava lá, rindo da minha cara, enquanto Becky continuava me encarando. Acabei me chateando, fui para o quarto, peguei uma toalha e fui tomar banho. Logo, Keyla apareceu e pediu desculpas por rir de mim, mas vi que ela estava segurando para não rir mais. Eu fechei a cara e isso piorou. Ela me pediu desculpas e se virou para sair, colocando a mão na boca. Assim que ela saiu, ouvi sua risada. Nossa, aquilo me irritou muito. Continuei meu banho e fui me acalmando. Não sei por que fiquei tão irritada, mas respirei fundo e, depois de um tempo, estava rindo de mim mesma pela cena ridícula que fiz.

Quando terminei de me enxugar, ela entrou de novo, com a cara mais séria. Chegou até mim e me deu um selinho.

Keyla— Desculpa, amor. Eu juro que não queria te irritar. Perdão.

Patrícia— Tudo bem, amor. Eu que te devo desculpas. Fui muito idiota de me irritar com isso. Na verdade, foi uma cena ridícula que fiz. Não sei o que houve.

Keyla— Provavelmente é sua TPM. Você sempre fica mais sensível e irritada quando sua menstruação está para chegar.

Patrícia— Verdade, nem tinha me tocado que dia do mês era. Mas, de qualquer forma, me desculpe. E, por favor, não brigue comigo quando eu agir assim como uma criança mimada.

Keyla— Amor, não brigamos e nem vou brigar com você por isso. A gente vai descobrindo algumas manias e defeitos uma da outra com o tempo, mas vamos aprendendo a lidar com isso também.

Patrícia— Está bem, amor. Eu amo você. ❤

Keyla— Também te amo, meu amor. ❤

Ela foi tomar banho e eu fui para a cama. Logo, ela saiu do banho e perguntou se eu estava com fome. Eu disse que sim. Ela falou que ia fazer algo para a gente comer, vestiu uma calcinha e uma camiseta e foi para a cozinha. Eu resolvi ir ajudá-la. Quando cheguei, ela estava no celular; pelo jeito, ficou com preguiça de cozinhar porque estava pedindo um lanche para nós duas. Sentei e esperei ela terminar a ligação.

Ela sentou no meu colo e disse que pediu os sanduíches porque ficou com preguiça de fazer comida para nós. Eu disse que tudo bem, até porque eu também estava com preguiça e cansada. Resolvemos ir para a sala e nos sentamos no sofá, esperando o sanduíche chegar. A gente sempre sentava ali, como na primeira vez que conversamos. Eu deitava e abria as pernas, com uma sobre o sofá, e ela deitava entre minhas pernas, com as costas escoradas no meu peito. Eu fazia carinho nos cabelos dela e a gente conversava durante um bom tempo; aquilo meio que virou uma mania.

Falei com ela que queria ir à casa do Rogério no domingo e perguntei se ela iria comigo. Ela disse que iria sim, se eu quisesse. Eu disse que queria. Logo, os sanduíches chegaram. Ela vestiu um short e foi pegar. A gente comeu e, depois de escovar os dentes, caiu na cama e dormiu.

No sábado, trabalhamos normalmente e aproveitamos o resto do dia para descansar. Liguei para Rogério e confirmei o endereço com ele. Conversamos um pouco e combinamos que, no domingo, almoçaríamos juntos na casa dele.

Sei que aquela conversa ia me trazer muitas lembranças de Jessica, mas também iria matar saudades do meu amigo, da sua esposa e conhecer o filhinho deles pessoalmente, já que Tânia tinha me mandado algumas fotos dele no WhatsApp. Ele era muito lindinho, branquinho como a mãe, mas com os traços do rosto do pai. Mal podia esperar para vê-lo pessoalmente e poder pegá-lo nos braços.

Nossa noite de sexo parecia ter sido cancelada; minha menstruação deu as caras no início da noite. Mas acabei não aguentando ver Keyla semi-nua na cama ao meu lado e a fiz gozar duas vezes: uma na minha boca e outra com meus dedos. Depois, tomamos outro banho e dormimos, porque estávamos realmente precisando.

Continua…

( Quando comecei a escrever aqui, nunca imaginei que fosse escrever tanto. Este é meu conto de número 200. Estou feliz por alcançar esse número e queria agradecer a todos que perdem um pouco do seu tempo lendo minhas histórias. Obrigado mesmo de coração a cada um de vocês! Um agradecimento especial às pessoas que sempre deixam comentários! Obrigado!!!

PS: ainda não estou conseguindo comentar ou responder comentários, mas assim que esse problema for resolvido, vou tentar responder a todos. 🤝🏻 )

Criação: Forrest_gump

Revisão: Whisper

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Foto de perfil de Forrest_gumpForrest_gumpContos: 391Seguidores: 87Seguindo: 62Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

Comentários

Foto de perfil de Jubs Oliver

Nussssssss, eu me irrito taaaanto qdo estou chateada e irritada c algo e Lore n para de rir de mim 🤦🏻‍♀️

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Foto de perfil de Lore

Mas se você fica engraçadinha irritada, amor 😂🤷🏽‍♀️

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Foto de perfil de Forrest_gump

Juh também não gosta disso não, apesar que é difícil ela se irritar 🤭

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Foto de perfil de JESSICA ALVES

Cheguei atrasada mais cheguei!!! A história tá uma maravilha como sempre, mas não podia deixar de lhe parabenizar, e dizer o quanto vc é talentoso e incrível.

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Foto de perfil de Forrest_gump

Muito obrigado Jéssica, você sabe o peso que seus elogios tem para mim, fico muito feliz mesmo por gostar das minhas histórias! 🤗

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Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Gostei que Patrícia aceitou tirar as fotos, mais tô achando que a Keyla também vai participar das fotos,essa da gatinha Becky olhando pra ela foi muito engraçado KKK, eu morri de rir aqui, tentando imaginar a cena. Agora vamos ver como vai ser essa visita na casa do Rogério e da Telma.

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