Olá, pessoal. Meu nome é Eduardo, tenho 41 anos hoje, mas vou levá-los de volta aos anos 90, quando eu era um adolescente cheio de sonhos e descobertas. Nasci e cresci em um bairro da zona norte de São Paulo, filho de Fausto, na época, era marceneiro, e filho de Maria, que na época, era uma talentosa cabeleireira e manicure. Tenho uma irmã, Natália, dois anos mais velha.
Meus dias de escola eram típicos: estudei naquela mesma escola pública do bairro desde a pré-escola. Confesso que não era o garoto mais popular e que tirava boas notas. Usava óculos desde pequeno e era meio gordinho. As meninas não estavam exatamente formando filas para conversar comigo. Mas a adolescência é uma época de mudanças, e a minha virou de cabeça para baixo aos 16 anos.
Foi nessa idade que decidi dar uma guinada na minha vida. Comecei a praticar os esportes que mais gostava, mergulhei no futebol, vôlei e basquete. O gordinho com óculos se transformou em um adolescente ativo, perdendo peso e ganhando músculos. De repente, as atenções mudaram, e eu percebi que as meninas começaram a notar minha existência.
As paqueras da escola ganharam uma nova intensidade, e eu, que antes passava despercebido, agora me via no centro das atenções. Foi um período de descobertas e, claro, algumas confusões típicas da juventude. Afinal, quem não se lembra das primeiras paixões e dos tropeços iniciais no mundo do amor?
Minha primeira namorada e descoberta sobre o sexo, foi com a Sandra, uma garota que morava ao lado da residência dos meus pais. E a nossa primeira vez, foi no meu quarto, em uma tarde chuvosa, que não tinha ninguém em casa, algo que lembro até hoje.
Depois dela, vieram outras experiências amorosas e sexuais, garanto a vocês, que não posso reclamar dessa fase maravilhosa.
Entre 1997 a 1999, foi durante essa fase de transformações que surgiu a Rose. Uma mulher deslumbrante, com 24 anos na época. Rose tinha por volta de 1,70 centímetro de altura, pele clara, olhos castanhos, bonita de corpo e rosto, os seios dela eram volumosos, para não dizer que essa pequena era sensacional. Rose era namorada de um vizinho, chamado Gustavo, tinham a mesma idade. Ele era um vizinho exemplar, era gentil, educado e falava com todos.
Ao longo do tempo, comecei a notar a Rose. Confesso que já me masturbei direto quando a encontrava, depois sozinho no meu quarto, a imaginação rolava à solta, pegando ela em várias posições e situações. Quem nunca fez isso? Né, não?
Em maio de 1998, Rose e Gustavo se casaram, minha família e eu fomos convidados. Ela estava linda no vestido de noiva! Lembro que conheci uma garota chamada Jennifer nesse casamento, que se resultaram em dois encontros futuros.
Comecei a trabalhar dois meses depois do casamento, de Office-boy no centro de São Paulo, trabalhava de manhã e estudava a noite. Fazia de tudo um pouco na empresa de contabilidade, aprendi a andar pelas ruas e avenidas da cidade, época boa, hein?
Após três meses de trabalho pegando a mesma lotação, para depois chegar na estação do metrô, Rose surgiu neste mesmo horário, ela trabalhava na Porto Seguro e descia em Santana, eu continuava o trajeto para o centro da cidade. Rose usava roupas sociais bem apertadas que dava para ver os contornos do seu corpo. Uau!
No segundo dia que a encontrei na parada, já tentei ficar próximo dela, na esperança de encochá-la, porque a lotação vivia lotado.
Consegui no terceiro dia, antes de passar na catraca, a bunda dela era dura e macia, mas, meu pau ficou ereto, não sei se ela percebeu ou não devido ao montante de pessoas exprimidas na lotação, só sei amigos, descarreguei depois na punheta no banheiro da empresa!
Conforme os dias iam passando, e a gente todo dia na mesma parada, pegando a mesma lotação, comecei a notar as sutilezas e atitudes da Rose. Além de mim, ela conversava com outros homens, como se os conhecessem. Eu na posição de marido, ficaria desconfiado e enciumado, sem contar dos caras de cediam o banco para ela se sentar. Rose fez amizade com vários homens. Era difícil acreditar que a mulher encantadora, a vizinha exemplar, podia ter segredos tão profundos, e isso era todos os dias, de segunda a sexta.
Eu me aproximei de verdade da Rose, e estava prestes a descobrir que, por trás das aparências de uma mulher bonita, gentil e educada, existiam realidades complexas e, muitas vezes, desconcertantes.
A história se tornava mais complexa. Pôr ela trabalhar com público dos mais variáveis, Rose tinha um charme irresistível, e sua dicção impecável. Seus “novos amigos de lotação”, confundiam gentileza com interesso, pelo menos era o que eu imaginava.
Rose logo se tornou alguém que eu mal podia ignorar. Mas o que eu não sabia na época era que por trás da fachada perfeita, havia uma dualidade que viria a mudar minha perspectiva sobre relacionamentos.
Nos dias que a gente pegava a mesma lotação, tinha um sujeito chamado Leonel, ele era filho do dono da mercearia, e nesse dia, ela revelava uma faceta diferente. Era como se houvesse uma Rose para o mundo exterior e outra tímida. A descoberta dessa dualidade me levou a uma jornada emocional intensa.
Era uma sexta-feira de setembro, o sol lançando seus raios dourados sobre a cidade. Eu estava indo trabalhar no centro da cidade. Na estação de metrô enquanto esperava na plataforma, de repente, avistei Rose na estação, um pouco distante de mim, não havíamos tomado a mesma lotação, a vi, com o Leonel, o filho do dono da mercearia do bairro.
Naquele dia, Rose estava carregava uma bolsa preta, e vestia um vestindo floral leve, típico de dia ensolarado. Leonel, usava uma camisa social e calças jeans. Pareciam um casal comum, nada que indicasse os segredos que carregavam. Foi estranho ver àquilo, notar como a normalidade das roupas contrastava com a situação escandalosa que eu estava prestes a testemunhar.
Enquanto o metrô se aproximava, decidi me aproximar sem que eles me vissem, entrando no penúltimo vagão, o mesmo que o deles. Talvez tenha sido o destino me guiando, porque o que testemunhei ali mudaria minha visão sobre Rose para sempre. No momento em que entrei, me deparei com uma cena que jamais esquecerei.
Rose e Leonel estavam abraçados, entregues a um beijo apaixonado. Era como se o mundo ao redor deles tivesse desaparecido, e eles fossem os únicos habitantes daquele vagão. Seus lábios se moviam de uma forma erótica, e eu fiquei ali, parado, escondido no meio das pessoas, atordoado pela revelação.
O choque foi seguido pelo tesão e inveja do cara. A mulher que eu admirava por sua beleza e conduta exemplar estava traindo seu marido, pelo vizinho Leonel. Mas naquela época, não tinha celular para tirar fotos, aliás, quase ninguém possuía um aparelho.
E assim, naquele penúltimo vagão do metrô, eu percebi que as aparências enganam e que a dualidade de Rose era mais profunda do que eu jamais poderia ter imaginado. Eles desceram em Santana, eu continuei meu destino até o centro da cidade.
Esse episódio marcou o fim do meu respeito a Rose, deixando-me com a compreensão amarga de que o mundo adulto pode ser tão complexo e traiçoeiro quanto os trilhos do metrô em que testemunhei aquela cena. Passei o final de semana pensando naquela cena do metrô, me imaginando no lugar do Leonel.
Na segunda-feira, daquele mês, daquele ano de 1998, e após o episódio no metrô não foi apenas um choque emocional, confesso, um toque de curiosidade. Eu não conseguia mais olhar para ela da mesma maneira, mas algo dentro de mim, talvez impulsionado pela idade ou pelo tesão que sentia pela esposa do vizinho, me fez agir de maneira inesperada.
Quando a encontrei na parada de ônibus, minha abordagem mudou, a cumprimentei beijando seu rosto, coisa que ainda não tinha realizado. Ela estranhou e sorriu! Eu não podia ignorar a atração que ainda sentia por Rose, mesmo sabendo de sua dupla face.
Quando entramos na lotação cheia de pessoas, em um momento de fraqueza, comecei a experimentar um jogo perigoso. Rose estava na minha frente, um pouco depois de passar a catraca. Provocava ela, a encochando junto de palavras carregadas de insinuações. Era como se eu estivesse testando os limites da repentina amizade.
Mas a vida é um mestre cruel, e minhas tentativas de explorar algo além da amizade com Rose não deram consequências.
Quando chegamos na estação, Rose me chamou de canto para uma conversa, dizendo: “em razão da amizade que tinha com a minha mãe, não falaria nada, o que havia acontecido na lotação”.
Em minha busca por respostas, eu quase acabei me fodendo. Poderia ter dito a ela, que a flagrei com Leonel, mas fiquei com medo da sua reação. Me vi envolvido em um jogo perigoso de emoções e enganos, percebendo tarde demais que, muitas vezes, a verdade é um fio delicado que pode se romper a qualquer momento.
E assim, enquanto a poeira da encochada na Rose na lotação abaixava, eu me afastei dela, evitando pegar a mesma lotação.
*Mas a principal história da minha juventude com a Rose não acaba aqui, têm mais!
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