Um homem feliz - acerto de contas

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Gay
Contém 1451 palavras
Data: 20/12/2023 21:07:59
Assuntos: Gay

Aquela noite chuvosa combinava com o clima tenso que pairava pelo ar. De repente:

- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOO!

- Vamos, vamos!

Disparos cortavam o silêncio daquele lugar. Correria.

- Não pode ser! Não pode ser!

- Puta que pariu! Fudeu tudo!

- AAARRRGGHHHH!

- Parado!

Algumas horas antes…

Lisboa sempre exalava ares de beleza e história. Não posso deixar de dizer o quanto amo este lugar. Infelizmente, não tinha tempo para apreciá-la, afinal Marcos estava correndo risco de morte. Encontro Júlia no hotel Roma. Ela havia avançado muito na investigação sobre Chacal e sua quadrilha. Na verdade, organização criminosa em acordo com facções brasileiras e italianas para a distribuição de drogas pela Europa. Julia disse que 40% da polícia portuguesa estava na folha de pagamento de Chacal. Sérgio só era a ponta do iceberg.

- Absurdo! Nunca vi uma imagem desse homem e estou tão envolvido nesta operação.

- Sério?! - disse Julia

- Sim, o Marcos apenas fez uma descrição.

- Ele não tem imagem registrada no sistema, as únicas que tenho vem das investigações dos detetives.

- Marcos foi se envolver com essa gente pra sobreviver aqui.

- Ele não é o único. O Chacal formou um exército de ilegais.

- Espero que consigamos acabar com isso.

- Estamos juntos. Preciso que você preste atenção. O juiz concedeu a prisão de toda a quadrilha, mas esperei por uma oportunidade como esta para executar o mandado. Teremos 5 frentes de trabalho. Para prisão dos líderes mais o Chacal. A intenção é desmantelar a quadrilha de uma só vez.

- E onde eu entro?

- Você vai ao ponto que ele especificar. Vamos juntos. Assim que você fizer a troca com o cartão fake, entramos e prendemos todos.

- Estou com medo, será que vai dar certo?

- Não sei, mas precisa dar certo. É o último recurso pra pegar esses bandidos.

- É verdade que o Sérgio morreu?

- Sim, foi encontrado num parque da cidade, sem roupas e com drogas no carro.

- Ainda bem, o desgraçado teve o que mereceu.

Mas foi queima de arquivo. Quando não serve mais, Chacal descarta.

- E a Ana?

- Desaparecida também, Provavelmente, morta e largada em alguma vala por aí.

- Precisamos vencer esta guerra, Julia. Não sei o que será de mim sem o Marcos. Ele é o meu homem, amor da vida, quero poder ser o que sempre sonhei - um homem feliz.

- Vai dar certo, você precisa apenas seguir o plano.

Sim, e agora que tenho dois filhos. Mas do que nunca, preciso de um companheiro para ajudar a educá-los.

O celular vibra. Número de Portugal.

- Marcos.

- Não, é Chacal. Seu amantezinho está descansando.

- O que você fez com ele, seu assassino?

- Como prometi, nada. Mas depende da sua palavra. Sei que estás em Lisboa e quero que me encontres no panorâmico de Monsanto, 23h. Sem a Júlia, de preferência.

- Desgraçado, se você fizer algo contra Marcos, eu mesmo vou acabar com você.

- HAHAHAHAHA petulante.

Desliga.

- Chacal quer me encontrar no panorâmico de Monsanto.

- Certo, vou avisar as equipes. Vamos nos preparar.

Cai a noite, não consigo comer e nem beber. Ansiedade era o ponto alto da minha vida. Será que vai dar certo? Marcos não pode morrer. Temos 2 filhos lindos pra criar juntos. Falta só o cachorro. Um edredom, um filme bom no frio de agosto. Tenho certeza que ele topa.

Fui em um carro de aplicativo, para não dar suspeita. Parei um pouco antes do local combinado para ir observando o ambiente, me preparar. Respirei fundo e me dirigi ao panorâmico. Tinha 4 carros em frente. Certeza que o desgraçado trouxe seus capangas.

Aquela noite chuvosa combinava com o clima tenso que pairava pelo ar.

Entrei no lugar abandonado. Ao chegar no piso superior, ouço:

- Ora, ora, se não é a donzela em perigo?

- Chacal, seu desgraçado. Cadê o Marcos?

- Calma, temos que conversar.

- Não vou te dar nada, se não vir o Marcos vivo agora!

- Tragam a maricona

Marcos surge da penumbra, machucado, cheio de hematomas.

- Desgraçado, o que você fez com ele?

- Não é nem 10% do que merece. Este puto me enganou, tinha planos para ele. Ser meu sucessor. Um jovem bonito, com talento para roubar como nunca antes visto. De repente, resolve me abandonar pra virar honesto. HAHAHAHAHAHAHA vejam só o bandidão arrependido.

- Então, você queria como sucessor da sua quadrilha?

- Pois é, infelizmente, estou à beira da morte. Câncer maldito. Olha pra mim, desgraçado!

Olhei e repentinamente veio a lembrança daquela sala, daquele retrato.

- Como é bom ver o medo no seu rosto. Prestes a ser destruído.

- Charles…é você?

- O que?

- Filho da puta, Charles Caldas.

- Cala a boca, maldito.

- Você não morreu. A Cris é inocente.

- Conhece a Cristina? De onde?

- Não interessa. Agora sei que ela é inocente.

- Você tá comendo a vadia?

- Vagabundo, safado. Você a deixou sozinha com duas crianças pra criar.

- HAHAHAHA crianças. Nunca fiz filho nela, imbecil. Deve ser algum que ela abriu as pernas por aí.

Mentira, ela me contou que você obrigou-a a abandonar as crianças com a mãe dela. Queria ser o dono dela.

- E você é o defensor dela?

- Desgraçado.

- Chega de conversa, quero o cartão. Me entrega, vamos!

De repente, disparos.

- NÃAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOO!

- Vamos, vamos!

Disparos cortavam o silêncio daquele lugar. Correria.

- Não pode ser! Não pode ser!

- Puta que pariu! Fudeu tudo!

- AAARRRGGHHHH!

- Parado!

Na correria e em meio a fumaça causada pelas bombas lançadas pela polícia. Vejo Chacal fugindo com um capanga rumo a um outro prédio abandonado. Marcos vai ao seu encontro. Com medo, aviso a Julia e fico de tocaia em um anexo.

- Que saco! Se esses imbecis não me tirarem daqui, vou sair matando um por um.

- Calma Chacal. A polícia fez uma emboscada para gente. Aquele advogado mentiu. Já mandei mensagem para enviarem um carro.

- AAAAAAAAAAAA - surta Chacal. Eles estão me provocando, brincando com fogo.

- Calma Chacal. Eles estão chegando, 10 minutos.

- Cala a boca, rádio relógio. Eu não converso com você, com ninguém. O tempo está acabando, o jogo vai começar e o poder tá na minha mão.

O estado mental dele começa a piorar. Ele enxerga a imagem de Cristina à sua frente.

- Desgraçada. Esse silêncio lá fora está me deixando louco. Estou com dor de cabeça….

- Porque você não fica perto de mim? Você está muito nervoso… - pergunta a imagem de Cristina.

- Já disse que não posso confiar em ninguém.

- Mas nem em mim?

- Não posso confiar em você também.

- Claro que pode, vem cá, vem cá. Não gosto de te ver assim.

- Não.

- Vai tudo dar certo, não é? Vamos superar tudo.

Tensão no ar.

- Cristina, você entende meus motivos. Entende que não tenho culpa do que está acontecendo. A culpa é do Marcos. Aquele imbecil. Vi nele a imagem de um filho que nunca tive. Filho da puta.

- Entendo, entendo. Vou te ajudar. Estou preocupada com você.

De repente, ele escuta passos. E ao se virar com a arma em punho encontra Marcos apontando a arma na sua direção.

- Você!

Os dois ficam em um modo de duelo. Preparados para o der e vier.

- ATIRA! ATIRA! INGRATO! Mostra pra mim que você é homem. ATIRA no centro do meu peito.

Se prepara pra morrer, desgraçado.

Não tinha reparado, mas o capanga do Chacal me encontrou escondido. Com a arma apontada pra minha cabeça, disse:

- Quieto, se não morre.

- Calma, vou levantar.

Ele me leva até onde os dois estavam.

- Perdeu Marcos. Perdeu Marcos. Olha o que eu achei, Chacal?

- Deixa ele, não faz nada com ele.

- Boa Miguel. Boa rapaz. É assim que eu gosto. Atitude. É aí Marcos? O jogo virou. Cadê o valente que estava aqui? Correu hahahahaha. Vai morrer!

Tensão no ar. Os dois estavam apontando suas armas um para o outro.

- E, aí corajoso. Perdeu a língua? E agora, como é que fica?

- Larga o Gabriel. ATIRA em mim mas não machuca ele. Por favor.

- E aí, Chacal. Obedeço a Marcos? Acho que não, hein.

- Não faz nada comigo, por favor - falei em desespero.

- Solta o Gabriel!

- Cala a boca! Larga essa arma! Faz o que estou mandando, imbecil.

- Vocês são loucos. Não vão sair daqui vivos.

- Quem disse isso pra você? Hahahaha. Miguel diz pra ele quem está no comando? Quem é o chefe aqui?

- Deixa eu dar o troco nele, Chacal? O desgraçado matou o meu tio naquele bar. Deixa eu fazer ele sentir o que eu passo todos esses anos.

- Não! Não! Não- gritei

- Marcos quer se despedir do seu amor? Te dou 1 minutinho. Tic TAC, tic TAC.

- Amor, calma. Vamos vencer!

- Que bonitinhos, Miguel hahahaha. Agora a polícia vai entender que não estou de brincadeira. Chegou a tua hora.

- Não! Não - falei

- Vai, Chacal. Vai! ATIRA nele - disse Miguel

- Herói bom é herói morto. Perdeu Marcos!

Tensão.

-NÃAAAAAAAAAAOOOOOOOO!

Disparo.

Olhos arregalados. Lágrimas. Choque.

<(Continua no próximo capítulo)>

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Comentários

Foto de perfil de Jota_

😳😳😳😳

To aqui aguardando as próximas cenas desse novelão da CDC! Hahaha

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