Meu ex e meu atual disputaram pra ver quem soca mais leite no meu cu

Um conto erótico de André Martins
Categoria: Gay
Contém 5545 palavras
Data: 21/12/2023 06:13:59
Última revisão: 28/12/2023 16:02:14

Agora mais recentemente, no começo de dezembro, eu fiz aniversário, completei 30 anos e fui numa pizzaria perto de casa pra comemorar em boa companhia. Tô lá eu na fila amarradão, até que sinto um empurrão na parte de trás das coxas, viro pra trás e me deparo com uma menina agarrada na minha perna.

- Errr... Oi? – falei.

Ela me olhou e sorriu. Parecia ter, sei lá, uns 3 anos no máximo.

- Opa, foi mal... É que ela gosta de dar susto nos outros. – a voz masculina veio do lado, novamente me virei e agora vi aquele homem de braços cruzados e me encarando à média distância. – Vem filha, vamo com o papai.

A garota me largou e saiu correndo de encontro ao paizão. Quando o sujeito veio mais pra perto, meus olhos trincaram e o coração parou na boca. Não era qualquer homem, era... O meu homem. Ou pelo menos ex. Cinco anos depois, totalmente mudado, mas ainda assim absolutamente o mesmíssimo macho que sempre inspirou meu cérebro e que mexe com meus dedos no teclado do computador até hoje.

- Você tá... – eu nem soube o que dizer.

- Gordo, né? – ele suspendeu a camiseta, exibiu os gominhos do tanquinho e agora eles estão mais recheados do que de costume, porém nada próximo de gordo.

- Duvido, eu que ganhei peso. Virei um urso. Só que cê tá...

- Papai? – Júlio César segurou a filhota no colo, mostrou o sorrisão e eu senti uma diferença pontual do presente pro passado.

O riso do meu ex-amigo tá diferenciado, talvez mais passível das experiências vividas, ligeiramente transformado pela passagem do tempo e pela correria que é a vida agitada de um paizão suburbano e pagante de contas. Sabe quando a pessoa ganha um tom de complacência no rosto? Sei lá, uma coisa meio imagem de experiente, sabe? Pelo menos foi a impressão que tive assim que o revi.

- Acho que na verdade você tá é careca, né? – olhei pro cabelo cortado na máquina um e admirei o contraste com a barba cheia dele.

- Ah, isso aí não tem como evitar. Calvície é foda. Mas ó o lado bom, hoje eu sou faixa vermelha no judô. – aí forçou o bíceps e mostrou o muque enorme.

JC tá fisicamente mais forte do que antes, mais recheado, mas não necessariamente bombado ou grandão. Os pelos intactos no corpão bem distribuído, usando camiseta de time de basquete estadunidense, bermuda jeans, chinelos slide e ostentando ainda mais tatuagens no físico em dia. Branco, sarado, barbudo, trintão, bonito, pinta de galã... Acho que 32 anos de idade, sendo os 32 mais gostosos de seu shape. Igual vinho: quanto mais velho, melhor. Minha mente rodopiou, não tenho porque mentir.

- Entendi. É... Tô vendo que cê voltou mesmo, ein? – brinquei.

- Ah, para de charme. Tu sabe que eu sempre volto, não sabe? Demora, mas volto. Se tu não sabe, já era pra saber. Sempre foi assim, nunca vai mudar.

- É? Lembrou que eu existo, JC?

- Nunca esqueci. Voltei pra tu, pô. – ele bateu no meu ombro e mostrou o sorriso feliz de quem queria mesmo trombar comigo.

- Sei, sei... – virei pro lado, olhei pro moreno parado perto de mim e o apresentei. – Magrão, esse é Júlio, conhecido meu. Júlio, esse é o Victor Magrão. Meu namorado.

Ele fechou a cara assim que olhou pro meu boy e eu só soube fazer bico. Victor e o judoca se cumprimentaram com um aperto de mão frio, ficou um certo climão no ar, mas mesmo assim Júlio foi educado e não se alongou. Da mesma forma repentina com a qual ele apareceu, também se despediu e deixou apenas o cheiro do Malbec e um aviso no pé do meu ouvido.

- Logo, logo eu vou brotar pra te ver. Já sabe, né?

- Eu não sei de nada. – deixei clara minha negação.

- Sabe sim. Teu aniversário é hoje, não é? Daqui a pouco chega o presente. Parabéns, mano.

- Sério, não sei do que você tá falando. – eu insisti na negativa.

Pra que? Paguei pra ver e também pra me foder.

Na sexta-feira seguinte, poucos dias após nosso encontro aleatório e inesperado na pizzaria, eis que eu tava sozinho aqui em casa, pedi umas cervejas e aguardei pela chegada do Magrão pra gente começar a beber. Um calor fodido no fim de tarde, mó vontade de foder, um fogo do caralho no corpo e a campainha toca. Abri a porta e fui confrontado pela imagem de um macho suado, ensopado de suor mesmo, tipo, pingando pelo corpo todo, sem blusa, só de short molhado e colado no corpo, o contorno da piroca desenhada no tecido, as coxas peludas de fora e todas as tatuagens reluzindo no meu campo de visão.

- O que tu pensa que tá fazendo aqui, Júlio César?

- Ó, fala direito comigo, mano. Talk to me nice. – ele rabiscou no inglês, apertou a jeba como se fosse sem querer e riu pra mim. – Qual foi, não tá feliz em me ver? Dei o papo que ia brotar pra te ver, pô. Tô com saudade.

- Saudade dá e passa.

Não era um homem, era um deus antigo, atual, capaz de me botar de joelhos e mexer com o meu ateísmo caso eu desse um vacilo qualquer e pecasse na frente dele. Bastava uma recaída da minha parte e eu ia terminar a noite ajoelhado, orando e implorando pela misericórdia daquele pagão do caralho.

- Só pode ser brincadeira. – resmunguei.

- Né não, sou eu de verdade. Em carne e osso na tua frente, batendo no teu portão e pedindo pra entrar. Abre pra mim, vai? – o jeito de pedir e de juntar as mãos em súplica me deixou... Mole.

Fui até à varanda tal qual uma cadela doutrinada e adestrada, os cinco anos que nos separavam se comprimiram em cinco rápidos segundos jogado na cama, e, de repente, me vi abrindo o portão pro meu macho retornar de portas abertas pra minha vida, que por sinal estava em ordem até então. Tem que ter paciência pra lidar com esse filho da puta, mas eu gosto é do estrago, cê sabe.

- Você tem dois minutos pra falar o que veio fazer aqui. – banquei o difícil.

- Que isso, não vai nem deixar eu entrar? O André de antigamente deixaria.

- É, mas não tamo no passado. Hoje em dia eu namoro e daqui a pouco o Victor vai chegar pra tomar uma comigo. Se adianta, cara, fala logo.

- Ah, entendi... Victor é teu “namorado”. – ele fez questão de usar os dedos pra gesticular as aspas.

- Como assim “namorado”?

- Deixa eu entrar e lá dentro te explico. Tô morrendo de sede, vai me negar até um copo d’água?

Olhei o desgraçado dos pés à cabeça, visualizei o tamanhão dos tênis de corrida e foi mais forte que eu. Abri o portão, ele passou pro lado de dentro, só que dessa vez eu não o levei pra intimidade do meu quarto, nós fomos pra cozinha. Enchi um copo pra ele, pensei numa piada pra fazer, mas nem arrisquei, pois não quis ceder uma brechinha sequer pro cafajeste que o Júlio César se tornou.

- Agora explica o que você quis dizer. Victor é meu namorado, sim, e daí? – até cruzei os braços na hora de falar.

- Tehe. – como esse risinho petulante me deixou borbulhando de ódio.

- Ah, você acha graça?

- Pra caralho. – ele virou o copo inteiro, bateu na mesa e me fuzilou com o olhar fulminante. – Vocês são patéticos. Ele pode ser teu namorado e os caralho que for, mas só tem eu e tu aqui nessa cozinha agora e nós dois sabemos quem é teu macho de verdade.

- Júlio César... Você não tem o direito. – apontei na cara dele.

- Eu tenho todo direito. Eu te avisei que essa porra ia dar merda, não avisei? Anos atrás, avisei sim.

- E daí? O tempo passou, meu filho, para de bancar o emocionado. Você me deixou pra trás e foi ter uma filha com a Pauline, porra, desencana! Virou museu, por acaso? Tá colecionando história?

- Moleque... Moleque... – ele apontou o dedo na minha fuça e falou em tom de ameaça. – Moleque do caralho...

- Não sou mais um moleque, Júlio. Deixa a ficha cair, tenta entender. Você tá falando com um homem. Melhor cê ir embora, chega dessa ousadia, nem combina contigo.

- Eu te mijei, André. Marquei meu território, lembra disso? Teu corpo tem mijo da minha pica, tem meu cheiro. Duvido que aquele cuzão dá o que tu gosta, para de se enganar.

Cada palavra foi como um tiro no meu peito. A chuva desabou violenta no subúrbio nessa hora, fiquei ainda mais irritado por achar que o JC não ia embora tão cedo e a tensão me deixou com raiva e vontade de brigar, prato cheio pra não acabar nada bem entre nós.

- Olha só... Tanto faz o que você pensa, tá certo? A única coisa que eu quero que cê faça agora é sair da minha casa. Não te quero aqui, simples.

- Ah, é? Vai me expulsar?

- Vou. – tentei pegar o babaca pelo braço, sem querer toquei seu peitoral suado, aí o contato físico quente me travou. – Hoje em dia eu sou... Eu tô...

Demorei pra elaborar a frase, o pilantra removeu os tênis na minha frente e deixou o cheiro nostálgico e forte da chulezada penetrar nas minhas narinas que nem antigamente. Respirei fundo, isso piorou minha situação e cheguei a fechar os olhos pra tentar não demonstrar o quão fraco fiquei diante de seus feromônios de militar.

- Então tá. Me expulsa, quero ver. – ele cruzou os braços na altura do peitoral, me encarou e gostou de observar o efeito que seu cheiro ainda tem em mim nos dias atuais, cinco anos depois de tudo e também do nada que vivemos.

- Jogo baixo, JC.

- Jogo baixo por causa de quê, paizão? Tu não é outra pessoa? Como é o papo? – aí pegou os tênis, saiu andando pra sala e se jogou no sofá na maior intimidade. – Qual vai ser, tem uma cervejinha gelada pro teu parceiro aí não?

- Júlio...

- Teu macho tá morrendo de sede depois do treino. Peguei pesado hoje, só exercício de alta intensidade. Tu vai perceber quando ajoelhar na minha frente e sentir meu cheiro, podes crer. Hehehehe! – o sem vergonha coçou o jilozão pra me intimidar, depois cheirou a própria mão e seguiu me massacrando sem piedade.

- Júlio César... – tentei me concentrar em pedir pra ele sair, mas não deu.

- Vou acender um baseado enquanto tu pega minha cerva. Nossa. Vai beber comigo, né? Tô carentão, preciso de tu. – sua próxima ação foi cruzar os pés na mesa de centro e ostentar a imagem largada de macho solto que tanto me enjaulou anos atrás, depois tirou um beck do bolso e pôs atrás da orelha.

- Júlio César? – a porta da sala abriu e Victor Magrão, meu namorado, entrou ensopado da chuva.

- Eita, deixa eu pegar uma toalha. – saí meio sem graça, fui no banheiro e voltei rápido pra sala, a tempo de ver os dois se cumprimentarem com um aperto de mão.

- De boa, cara? Desculpa o susto, André não avisou que tu tava aqui.

- É, mozão, pois é. É que-

- Eu vim de surpresa, não avisei. – JC se explicou e parou de rir. – Mas tô de partida já, só brotei pra rever o senhorito aí.

- Saquei. Maneiro, maneiro.

Ajudei meu namorado a se secar, ele me beijou a boca e foi direto na cozinha pegar um copo pra encher de cerveja, retornando à sala com três canecas cheias pra nós. Eu queria que Júlio fosse embora o mais rápido possível, mas a chuva pesada caindo do lado de fora e a chegada do Victor transformaram o ambiente de forma inesperada, e meu namorado de repente insistiu pro judoca ficar e beber com a gente. Jamais imaginei.

- Também acho melhor você ir antes que a chuva piore, JC. – falei.

- Nah, que nada. Fica aí e toma uma, vai? – meu moreno riu. – Sextou.

- Pô... Pior que minha mulher tá esperando eu voltar.

- Ah, tu tem esposa?

- Tenho, tenho. Sou casado, tenho uma filha pequena.

- Entendi. Então faz o seguinte... – meu boy virou outro copo, enxugou a boca, levantou da mesa e se preparou pra ir no banheiro. – Vou tirar essa roupa molhada, tomar um banho, e vocês aproveitem pra resolver o que tiverem que resolver entre vocês, beleza? Quando eu voltar-

- Victor, eu-

- Deixa eu terminar. Quando eu voltar do banho, a gente bebe e acende esse negócio que tá na sua orelha, valeu?

- Que negócio? – Júlio se lembrou do baseado, ficou sem graça e eu gelei na hora. – Ah, isso aqui? Porra, isso aqui é... Eu trouxe pro...

A gente se olhou e a coisa complicou, porque o judoca gesticulou como se tivesse levado o cigarro de maconha pra mim, a meu pedido.

- Sério que isso é do André? – Victor arregalou os olhos e me encarou, incrédulo. – Que engraçado. Esse puto nunca me contou que fuma maconha.

- Eu? Bom, é que-

- Fumava. De vez em quando. Uma vez ou outra no passado, muitos anos atrás. Coisa de época, tá ligado?

- Sei, sei... Bom saber. – e nada do moreno parar de me fuzilar com o olhar. – Bom, vou tomar um banho e na volta nós queima esse aí.

- Fumar maconha, você? Tá maluco?

- Se tu pode, por que eu não posso? Bora fumar nós três juntos, tô a fim. – ele insistiu. – Eu também curto baseado. Tem coisas sobre mim que tu também não tá ligado, hehehehe.

- Não, que ideia torta da porra. Tem anos que não fumo isso. – eu resisti.

- Ah, bora só unzinho, mozão. Ainda mais depois de um dia de trabalho cheio igual hoje. Quero beber, quero relaxar. – ele me beijou na hora de fazer o pedido.

- É, mozão. – JC debochou, mas acho que só eu entendi o sarcasmo. – Só unzinho, cuzão. Se tu não fumar com a gente, vou acender e fumar com meu parceiro Magrão aqui mesmo.

- Boa, Júlio. Nós fuma e deixa esse puto careta, bahahahah!

- Podes crer, mano. É nós. Tehehehe! – meu amigo guindou Victor pelo pescoço, aí meu namorado passou a mão por trás da cintura do JC e eu...

Nem sei. Que bagunça, que caos, que confusão. A sala em paz, sem barulho, tudo organizado, mas meu campo de visão em guerra com a cena dos dois meio que abraçados de lado, tocando ombros e em pleno contato físico. Minha mente de macho endiabrado ardeu em chamas nessa hora. Você sabe bem o que se passou pela minha cabeça, não sabe? É, também tá passando pela sua agora. Vamo?

- “Isso não tá acontecendo. Só pode ser minha imaginação.” – pensei.

Em um ano e seis meses de namoro, nunca percebi que o Victor tem esse lado jogador, comportamento de macho que gosta de jogar. Até reconheço que ele sempre foi perspicaz e bastante observador, mas não ao ponto de jogar comigo em plena sala de casa e na frente do Júlio. Meu namorado trabalha como entregador do Ifood durante o dia, estuda História, produz música e toca funk em alguns eventos durante a noite. Vitão mora no Acari, onde a gente se conheceu num baile, tem 29, é alto e magro (por isso o apelido Magrão), da pele bem escura, o cabelo disfarçado na régua, bigodinho fino e o nariz largo. Ombros espaçados, a ponta da sobrancelha riscada, 1,90m, a cara fechada e os pezões 46 que eu amo sentir na cara quando a gente mete gostoso, esse é meu homem.

- Já volto, vou só jogar uma água. – Magrão avisou e se retirou da sala.

O atual esvaziou o copo, me deu um beijo e foi pro banheiro tomar banho, enquanto o ex botou as mãos pro alto logo assim que ficamos sozinhos, fez cara de putão e se jogou pra trás no sofá, sentando todo à vontade e finalmente se sentindo em casa, bem recepcionado do jeito que queria. Ele tirou o baseado de trás da orelha e riu pra mim.

- Que cara de cu é essa, paizão? Parece até que não tá feliz com a minha presença.

- Eu pareço feliz? Você é invasivo, egocêntrico, se acha o tal. A gente não tem nada, cara, se toca. – acho que falei mais pra tentar me convencer do que pra afetá-lo.

- Tu pode até não gostar de mim, moleque. Mas teu “namorado” gosta. Tehehehe... Já pensou? Eu botando ele pra mamar na tua frente? Peida não, irmão. Se segura. BAHAHAHAHA!

Calafrios.

- É mais fácil o Vitão te comer na porrada do que você encostar um dedo nele. Sério, cê não conhece meu homem.

- Teu homem sou eu, viado. Eu que mijei em tu, lembra disso? Aliás, por falar em mijo... – o cretino ficou de pé, arriou o calção, botou a pirocona molenga pra fora e simplesmente começou a encher o copo do meu boy de urina.

- O que cê pensa que tá fazendo!? Tá maluco? Guarda essa porra!

- Aprecie com seus próprios olhos e beba com moderação. Behehehe...

Quando terminou, ele ergueu o copo como se fizesse um brinde, pôs em cima da mesa e riu. Eu não entendi de primeira, até que Victor saiu do banheiro vestindo apenas um short sem cueca por baixo, se juntou a nós no sofá e pegou o copo de mijo pra beber, com direito a espuma e colarinho branco. A cara do JC foi a mais diabólica de todas, ele ficou encaralhado com o que fez.

- A minha já esquentou tão rápido? Pegaram cerveja quente pra mim, foi? – Magrão reclamou.

- NÃO! CALMA! – tomei o copo dele, bebi tudo de uma vez e o coitado não entendeu nada, só ficou me olhando com cara de curiosidade, enquanto Júlio caiu na risada e eu submergi no efeito nostálgico da mijada do meu antigo macho.

- Que porra é essa, mozão?

- Agh, é que... Sabe que cerveja quente é comigo, né? Vou te poupar disso.

- Como sempre, tu me salvando. Esse é meu viado.

- É... Teu viado... – JC suspirou e pegou o baseado. – E aí, vamo fumar esse malvado, meu parceiro?

- Só se for agora. – Magrão se animou, abriu as pernas e eu pude ver o volume da mangueira balançar no short dele.

- Mereço... – reclamei alto demais.

- É o quê? – eles ouviram.

- Não, nada. É que... Não tô animado, mas podem ficar à vontade. – sentei no outro sofá, preferi ficar apenas na cerveja e a bebida foi mais que suficiente pra me fazer perceber o que tava acontecendo na sala da minha casa.

De propósito ou não, Júlio e Victor se deram bem, entraram num papo sem fim sobre filmes da Marvel e logo estavam falando sobre produção musical, baile funk em morro, vida no Exército e artes marciais. Achei um porre, preciso admitir, e cheguei a sentir sono, talvez por efeito do tédio misturado com a bebida na corrente sanguínea.

- “Que saco esses dois juntos...” – minha mente não perdoou. – “Mas também...”

Dois homão na minha frente. O mais interessante foi observar a diferença de um pro outro e analisar as consequências do passado e do presente na minha vida. Meu homem esticado no sofá, com a mão repousada sobre o monumento da pica torta no short sem cueca, me observando e meio que pescando as tensões do momento, porque de bobo ele não tem nada. Ao lado dele, meu outro macho achando graça de tudo, me tendo nas mãos e brincando comigo como se eu fosse um boneco. Inflável, talvez.

Enfim, fiquei mais ou menos uma hora bebendo com eles, a chuva piorou e foi me dando sono, sono, até que resolvi tirar um cochilo no quarto e deixei a mais nova dupla do pedaço sozinha na sala. Deitei, fiquei pensando em mil e uma coisas e acabei pegando no sono rápido.

Só fui acordar horas depois, já bem de noite, e me deparei com barulho da água ainda despencando do céu do subúrbio, porém o maior silêncio em casa. Meu coração saltou no peito, pensei que algo não estava certo, levantei da cama e andei na ponta dos pés até à sala, foi quando ouvi um ruído suspeito, bisbilhotei e não acreditei no que vi.

- JC? – chamei, mas ele não me olhou.

Júlio tava dormindo largadão no sofá, várias latas no chão e nenhum sinal do Vitão.

- Ué, cadê Magrão?

Procurei pela casa, não o encontrei, aí voltei no quarto e tomei um susto quando vi meu namorado dormindo tranquilamente na cama. Levantei tão ansioso e pensativo que nem me dei conta que ele estava ali desde o começo, igualmente bêbado e roncando bastante. Eu me senti sóbrio, andei pra sala, analisei a cena do meu amigo lutador dormindo na poltrona e foi difícil não reparar nos pelos das coxas grossas, nas axilas peludonas de fora e também no saco esparramado e obeso vazando pela saída lateral do short. A nostalgia me arrebatou e a boca encheu de água, então a melhor coisa a fazer foi sair dali imediatamente.

- Pera... – o filho da puta abriu os olhos, me segurou pelo braço, sentou no sofá e me olhou com cara de arrependimento. – Foi mal. Por tudo. Eu sou cuzão mesmo, desculpa. A chuva já abaixou, tô indo embora.

A gente se olhou no meio do silêncio, eu olhando pra baixo e ele pra cima pra fazer os olhares se cruzarem na mesma reta. Se um dia compartilhamos do mesmo mundo quando queimávamos erva à luz do dia e ficávamos com nossos olhinhos vermelhos, agora existem milhões de mundos entre nós, nos separando.

- Ô, ô, relaxa aí. Tá tarde já, pode ficar. Tá tudo certo. – falei com coragem.

- Tem certeza? – ele passou o antebraço na testa e enxugou o suor.

- Absoluta. Essa sala é abafada, por que você não deita no colchão que tem lá no chão do quarto? Tem ar condicionado, tá geladinho. – acho que meu lado amigável resolveu falar mais alto e não mais remoer o passado.

Ajeitei o colchonete no chão, o trintão deitou, virou pro lado e ficou me olhando. Saí, tomei uma água, depois dei uma passada no banheiro pra mijar, só então voltei pro quarto, deitei na cama e me peguei mais uma vez pensativo, pois do lado esquerdo, no chão, estava Júlio César, e à direita, ao meu lado na cama de casal, Victor Magrão roncando alto. O som do ar condicionado ligado me impediu de dormir, sobretudo quando mudei de posição e dei de frente com JC, ele já de pé, virado pra mim e segurando a piroca grossa no escuro do quarto.

- Que porra é essa, Júlio? Tá maluco? – tentei manter a voz baixa pra não acordar meu boy.

- Tô, tô doidão. Maluco de vontade de você, tô até meio ruim da cabeça.

- Deixa de onda, cara. Se Vitão acordar, eu tô fodido. Já não basta todo esse fuzuê que cê causou hoje à noite? Sério, dá um tempo. Deita aí e dorme.

- Só vou dormir se for de conchinha contigo, senão nem estaria aqui. – ele deu com a lapa de pica na palma da mão e fez o estalo ecoar, preenchendo meus ouvidos com um som que eu conhecia muito bem.

- Voltar atrás? Ah, Júlio César, vai se foder! Tomar no cu, mermão. Você não é mais importante pra mim, bota isso na tua cabeça. Já foi um dia, hoje não mais. Aliás, quem tu pensa que é pra voltar quando bem entende? Sou tipo teu plano B, é? Num fode, rapaz. – fiquei puto de verdade, as veias da testa até saltaram no meio da discussão.

O sargento deu um passo à frente, laçou a mão grossa na minha nuca, chocou a testa na minha e falou cara a cara, nervos nos nervos.

- Tu ainda não entendeu quem eu sou? Eu sou teu macho, André Martins. EU SOU O TEU MACHO. SOU EU. – o desgraçado bateu no peito de mão fechada. – Eu te mijei cinco anos atrás, agora tu é meu. Não importa onde eu tô ou quando, teu marido sou eu. Esse merda aí que tu arranjou, ele não sabe de porra nenhuma. Ele não dá o que eu te dou. Quantas histórias tu já escreveu pra ele?!

Ele me destruiu. E só com verdades, não havia mentira ali. Eu rachei.

- Até hoje você nunca quis nem foder, sempre fugiu. Fugir é o que você sempre faz, Júlio César.

- Até hoje...

Num segundo a gente tava separado, no segundo seguinte o macho possessivo engoliu minha boca, gladiou a língua na minha, mordeu meu beiço, arrancou meu sangue, chupou minha carne e começou a tirar minha roupa com extrema violência.

- Para com isso, macho.

- Olha na minha cara e diz que quer que eu pare.

- Eu quero que você sossegue o facho. Sssss!

- Fala olhando nos meus olhos.

Interrompi o amasso, segurei seu rosto, olhei na cara dele e falei com total certeza.

- Que saudade da porra, cuzão. Você não me merece, seu merda.

- Eu sei que não. É por isso que eu volto. – e tornou a me beijar com a língua selvagem de alfa carentão.

Sua aliança no dedo, o matrimônio e a existência de uma filha não impediram nosso contato de acontecer. Não importava mais se Victor ia acordar e ver a cena, o tempo teve que explodir catastroficamente entre nós, do contrário não seria jus à distância dos últimos cinco anos.

- Eu vim pra continuar o que eu comecei. Vim finalizar o que a gente não terminou, mano.

- Você quer é me usar e meter o pé, como sempre.

- Então vamo aproveitar enquanto eu tô aqui. Tu me odeia hoje em dia, me acha um porre, mas eu só faço isso tudo, porque... Tá ligado, né? Avisei que ia dar merda.

- Cala a boca, macho. – a gente se atracou na cama onde meu namorado dormia, não teve empecilho ou impedimento certo pra nos separar.

Eu fechei os olhos e pude sentir JC rastejar sob meu couro, devorar minha carne, chupando meu pescoço, obrigando meu cuzinho a latir e me dando total certeza de que ele é meu e sempre foi, mesmo na distância, na insegurança e até mesmo na incerteza. Quando dei por mim, meu lombo estava no extremo do arrebitado, já de quatro, com a bunda muito lá no alto, o short arriado e minhas nádegas arreganhadas, Júlio roçando a piroca na portinha do meu cu e gemendo abaixado no meu cangote.

- Ffffff! Lembra da vez que eu brinquei de pincelar a cabeça da pica na tua bundinha, moleque? Bons tempos, ein? Aquela época era só lazer, mó paz. Sssss!

- E agora cê tá brincando comigo de novo, safado. Puto. Mmmm!

- E vou fazer na frente do teu namoradinho, viado, pra ele ver quem tu é de verdade, a quem tu pertence. Grrrrr! – os grunhidos de macho morto de fome me arrepiaram todo.

- Aaahnn. Quer fazer ele de corno, é?

- Corno nada, corno fui eu quando tu começou a namorar com ele. Eu que cheguei primeiro, cheguei antes desse maluco. Pra esse comédia ser corno, ele tinha que te conhecer antes de mim, porque eu que sou teu macho. Não sou? – fez a pergunta e lascou a glande nas minhas pregas.

Essa foi a dança mais perigosa que já vi um quadril fazer, porque ele tava posicionado sobre meu traseiro e o cabeçote da peça esfregando os elásticos do meu cu. Quanto mais eu pisquei, mais o militar deslizou pra dentro, se hospedando na largura promovida pelo caralho do Vitão e ocupando o espaço que nos últimos meses pertenceu exclusivamente ao meu boy.

- Macho egocêntrico dos infernos! Você voltou só pra isso, né? – cheguei a bater na cama, de ódio.

- Voltei mesmo. Tô ligado que é desse ego que tu gosta, irmão. Vou te enfiar a pica que é pra tu entender quem é teu marido de uma vez por todas.

- Aff, Júli-

Ele passou a mão na minha boca, montou no meu traseiro e foi enterrando centímetro por centímetro da jeba grossa e pentelhuda até me penetrar por completo. Quando isso aconteceu, Júlio César jogou o corpo montado pra cima do meu, se posicionou como se montasse numa Ferrari, fechou os olhos e abriu o sorriso mais feliz que eu já vi ele dar até hoje. O riso de alguém que finalmente entendeu o que eu sempre quis que ele entendesse.

- UUURFFF! – ainda bem que ele me impediu de gemer alto, senão Vitão com certeza teria acordado com meus urros.

- Caralho, que cu quente! Parece buceta mesmo, só que mais apertado e quentão. AAARFFF! Isso que é comer cu, é, mano? Porra, que delícia uma bunda! Hmmm!

- Você é um maldito, Júlio César! Filho da puta, cretino! Morto de fome! – virei pra trás, dei socos no peitoral peludo dele, mas o desgraçado ignorou, caiu na risada debochada e me socou pau até o talo.

- OOORSS! Será que tá gostoso assim porque esse cu sabe que é meu? OOORGH! Esse corninho manso não sabe quem tu é, ele não te dá o que eu dou!

- Cê é um diabo em corpo de macho. OOIHNSS!

- Vai falar que não tá gostosinho? Tô sentindo teu anel jantando meu caralho, ó. Mmmm! – puto, ele tirou de dentro, empurrou de novo e prendeu as mãos nos meus ombros pra se certificar de que não sobrou 1cm sequer de pau fora do meu rabo. – UUURGH! Que isso, bom demais! Tinha que ter te tacado pica cinco anos atrás, isso sim! Mas não tem caô, não, tô aqui pra te fazer meu viado. Tá me sentindo por dentro, tá?

- Tá gostoso demais, caralho! Não para de meter, é tudo que eu te... – tive que afundar a cabeça no travesseiro pra não berrar e acordar Magrão, que por sinal tava roncando alto do nosso lado.

A fome do meu macho foi tanta que não rolou nem boquete pra lubrificar e matar a saudade antes, a penetração aconteceu no pelo mesmo. 18, quase 19cm de piroca grossa, farta, largona, tortona e toda escondida dentro de mim, entrando e saindo pra fazer o “ploct, ploct, ploct” do saco do Júlio espancar minha bunda.

- Finalmente tu aprendeu que teu macho sou eu, viado!? Responde, puta! SSSS!

- Aprendi, caralho! Sou tua fêmea, pode socar! Hmmm! Tesão de pica grossa, porra!

- Então empina o cu, caralho! Empina esse cu que eu quero acordar o corninho, foda-se!

Dava pra sentir a clava da cabeça abrindo caminho no meu couro e em seguida desentupindo conforme saía e voltava pra dentro mais uma vez. Um tira e bota infinito, a socação comendo solta e nossos estalos demolindo meus ouvidos de um jeito pecaminoso, cínico e muito gostoso de escutar.

- Então é aqui que o corno manso toma café, almoça e janta todo dia, é? AAARFFF! Gostei, vou pegar emprestado um pouquinho. Tehehehe! Dá nem vontade de parar, puta que pariu! – e toma-lhe paulada grossa no meu rego até o cu acostumar com a largura e fazer bico na vara.

Acho que nem preciso dizer que o JC alargou minha carne em diâmetros que o Victor nunca chegou nem perto de alargar. Também, não é todo dia que se tromba com um militar casado, judoca e com fome de cu, né verdade? E o que dizer da tromba mais grossa que já vi na vida? Isso sim é caralhão de verdade, uma lapa de madeira que me deixou arregaçado e botou meu cu pra mastigar pau até minha próstata derreter e o buraco arder em fogo.

- AAAAHNSSS! FODE, PORRA! – passei do limite no volume de voz e joguei sujo com a luxúria de dar a bunda pra macho casado. – É assim que você faz filho com a esposa, é? Oooihnff!

- Não, com Pauline eu pego leve. Contigo é do jeito que eu tô ligado que tu gosta, ó.

Alucinado, solto e no auge da empolgação, Júlio jogou os pés pra cima da cama, subiu com tudo e passou a me comer montado nas minhas costas, dando marretadas de trás pra frente e de cima pra baixo no meu traseiro. Nossos movimentos, a pressão e também o peso fizeram com que as molas do colchão e o estrado de madeira começassem a ranger, deu uma adrenalina pavorosa por medo do meu namorado acordar, mas todas as circunstâncias serviram de combustível pra incendiar o que já era escaldante por si só.

- AAAARGH! TESÃO DE CU QUENTE, VOU DEIXAR LARGUINHO! – ele também extrapolou no barulho e daí pra frente não teve mais volta.

- ME ARROMBA, FILHO DA PUTA DO CARALHO! SEU MERDA! SOCA!

A adrenalina por sermos pegos a qualquer momento, meu namorado roncando do lado, meu cu amassando a jeba grossa do meu ex-melhor amigo militar, ele ensopado no meu lombo, socando sem parar e com as veias saltadas no corpão sarado... Meu pau duraço, minha ereção apertando ainda mais o anel em torno do ferrão do Júlio César e ele incapaz de me dizer se estava sentindo muito prazer ou muita dor, a julgar pelas caras e bocas que fez enquanto esteve penetrado e montado em cima de mim.

- Na moral... Que porra é essa, vocês dois?! – Vitão acordou de repente, olhou pra gente assustado e eu tentei sair do JC, mas ele me travou pela cintura e não deixou, continuou grudado em mimHistória completa no meu Privacy. Twitter @andmarvin_

[A versão completa mostra o envolvimento do André com o Júlio César cinco anos atrás e também a putaria que rola entre os três no quarto. Tá de foder! Envolve cuckold, fetiche em ser corno, etc...]

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Comentários

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Que do caralhoooo!! Esses marrentos seu, Andre, são uma perdição mesmo

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