#Terça-feira
Não foi fácil colocar os pensamentos em ordem após o retorno do bordel da Marta. O que imaginava originalmente ser um bom plano para conhecer melhor minha rival acabou se transformando numa reviravolta que me pegou completamente de surpresa. Passei, assim, boa parte do final da tarde e da noite de segunda-feira me questionando sobre o que fazer ante a subentendida proposta dela para o encontro de hoje com Geraldo. Seria uma loucura? Sim, não havia dúvidas sobre isso. Mas, por outro lado, meu instinto feminino, que até vinha funcionando bem nas últimas semanas, gritava que a conjunção de todos os fatores seria perfeita para minhas intenções. Uma virada de mesa no relacionamento, meu tão esperado renascimento como mulher, e tudo mais que vivia pendente de uma definição teria finalmente sua chance de ser resolvido hoje. E além das questões com Geraldo, eu também não podia negar que aquela mulher me deixara fascinada, instigando um lado de minha sexualidade com o qual eu apenas rasamente flertara em devaneios e em alguns pensamentos fortuitos ao longo de minha vida.
A oportunidade se mostrava perfeita, e foi com isso em mente que eu acordei com uma disposição incomum naquela terça-feira. Despertei do meu sono leve assim que os primeiros raios de luz passaram a iluminar meu quarto, ficando por um bom tempo olhando para o homem que dormia ao meu lado, vislumbrando tudo que eu projetava acontecer e tentando imaginar sua reação quando confrontado numa situação que, creio eu, todos os homens adorariam poder viver alguma vez na vida. Segurei um pequeno sorriso mordendo meu lábio, dando-lhe um suave beijo na face e um carinho nos cabelos em desalinho antes de me levantar para iniciarmos a rotina daquele longo dia.
Atuando como uma boa jogadora, escondi obviamente qualquer sinal ou intenção quanto ao que estaria por vir, providenciando com a ajuda de Cidinha, o tradicional café da manhã de sempre. As conversas se sucederam dentro do esperado, com Juninho preocupado com o exame que tinha no dia, e Soninha avisando que não voltaria para casa após o almoço, esticando com amigos e o namorado Bruno numa lanchonete. Porém, senti um certo tremor quando Geraldo se despediu de mim e nos comunicou que talvez chegasse mais tarde para o jantar, dado que tinha alguns compromissos a cumprir depois dos atendimentos na clínica. Uma aguda insegurança tomou conta de mim, questionando-me se meu metódico marido se manteria fiel à sua "agenda infiel" ou se, justamente naquele dia, ele faltaria e adiaria tudo frustrando minha expectativa e a motivação que eu cultivara para então. Mais do que o adiamento, meu medo inconsciente era de que se não fosse naquela oportunidade, eu perderia a coragem de o fazer em outro momento, e assim tudo iria por água abaixo.
De qualquer forma, naquela hora ainda não era o momento de desistir, e com Cidinha no fundo da casa lavando a roupa do dia, eu recorri à minha amiga e "mentora espiritual" para dividir aquela emoção toda que borbulhava dentro de mim. E, eventualmente, escutar dela algo mais sensato que me alertasse sobre possíveis perigos para o que estava por vir. Antes, contudo, eu precisava averiguar um detalhe, e que me deixara algo incomodada quando conversara com Marta. E fui direto ao ponto com Laura, logo depois que nos saudamos ao telefone:
- Laura, preciso te perguntar uma coisa, e quero que você seja muito sincera, ok?
- E alguma vez eu não fui, Helena? Pode perguntar. O que está te preocupando?
- Não estranhe, ok? Mas o que queria saber é... alguma vez você falou de mim para a Marta ou sobre algo que te contei dela com o Geraldo?
- Rsrsrs... Está maluca, Helena? Que pergunta mais besta é essa... Lógico que não! Mas porque você está me perguntando isso?
Senti um tom desconfiado na voz de Laura, o sexto sentido dela dizendo-lhe que eu havia aprontado alguma.
- É que ontem... Bom... ontem eu visitei a casa dela, Laura. Eu fui falar com a Marta e...
- O que??? Helena, sua maluca! O que você queria com isso? Ai, meu Deus! Não posso te deixar sozinha que você pira, não é amiga?
- Espera, Laura. Deixa eu te contar... Sei que foi meio doido, mas eu precisa falar com ela! Sei lá, saber mais sobre ela olhando nos olhos, e descobrir o que ele viu nela e não vê em mim...
- E ela te recebeu e você conseguiu falar com ela? Você descobriu algo, pelo menos? - ela me perguntou preocupada, ao que respondi afirmativamente.
Passei, então, a contar para ela toda a minha "aventura" naquele lugar, desde a recepção e o assédio que sofri, até boa parte da conversa com Marta. E expliquei a ela sobre as vezes em que Marta fez que havia se enganado, mas me chamou taxativamente pelo meu nome verdadeiro, e não por "Renata", que foi como me identifiquei por lá.
- Olha, Helena. Pode ser apenas coincidência... Mas, por outro lado...
- O que que tem?
- Ah, Helena. Você não é nenhuma desconhecida, né? Volta e meia aparecem notícias aqui e ali e já saíram várias fotos suas em revistas ao lado do Geraldo em muitos eventos. E eu já te expliquei como a Marta é bem relacionada, e naturalmente ela acompanha todos os mexericos da sociedade.
- Poxa, como fui burra... Só pode ser isso! E eu lá pensando que escondendo minha aliança, e lhe dando outro nome, que ela não saberia quem eu era...
- Pois é, amiga. É muito provável que ela te reconheceu assim que te viu sentada lá na mesa. Ainda mais pois deve ter feito a lição de casa e pesquisado sobre você ao longo... bom, você sabe... do relacionamento com o Geraldo.
- É... Bom, não tem o que fazer agora. Mas também estou querendo muito conversar com você sobre o que aconteceu no final, Laura.
- E o que foi?
- Quando ela se despediu de mim, ela terminou, basicamente, me convidando para a encontrar hoje... e com o Geraldo junto. Só pode ser isso, Laura, pois hoje é o dia em que ele costuma frequentar a casa dela. E ela se referiu a ele como um "médico gostoso" de quem eu iria gostar muito. Acho que para bom entendedor, meia palavra basta, né?
- Helena do céu! Sério? Nossa, agora fiquei passada..., Mas e aí?
- Laura, eu pensei muito. Fiquei pensando nisso desde a hora em que sai de lá, passando a noite toda refletindo sobre essa loucura toda.
- E o que você pretende fazer?
- Eu já estou decidida! Mas queria antes compartilhar com você, até mesmo para você me dar umas dicas de como me portar, sabe? Bom, você já me falou da sua experiência... ah, desculpa, Laura!
- Rsrsrs... sua boba! Pode falar sem nenhuma vergonha, Helena. Vamos conversar abertamente, não temos o que esconder uma da outra. O que você quer saber?
Nossa conversa foi longa, em muitos pontos eu parecendo quase uma adolescente, enchendo minha amiga de perguntas, muitas delas até mesmo tolas e que fizeram Laura gargalhar com minha ingenuidade em várias questões.
- Acho que é isso então, Laura. Anotei tudo aqui, como uma boa estudante! Rsrsrs... Mais algum conselho, minha amiga?
- Só uma coisa, Helena. Você vai estar jogando num campo e com regras com as quais você não está acostumada. Mas isso não quer dizer que você não tenha que ser você mesma. Lembre-se sempre que Geraldo escolheu você pelo que você é. Assim, se valorize, e antes de mais nada, procure o seu prazer. O resto virá naturalmente.
- Pode deixar, estou ciente disso. Eu deixei para trás a fase de autoquestionamentos, e estou com minha autoestima em ordem agora.
- De tudo que falamos, o que eu mais queria agora era ser uma mosquinha para ver tudo escondida hoje de tarde. Vou cruzar os dedos para dar tudo certo. E para esse xeque-mate no Geraldo mudar a vida de vocês para melhor, Helena!
- Tomara, Laura! É tudo o que mais quero!
- Ah, mas depois vou querer saber tudinho, viu? Cada detalhe, que você sabe que adoro uma safadeza! Rsrsrs
- Pode deixar, Laura. Não vou poupar você de nada, por mais sórdido que seja!
Assim que desliguei o telefone, tratei de seguir para o salão de beleza, procurando lá dar uma retocada no meu cabelo e inovar um pouco no penteado. Arriscando um pouco, pedi um corte que levemente flertasse com um estilo "pin-up" mais glamourizado, e que tinha como referência uma linda foto de Rita Hayworth, que levava propositadamente comigo. Depois de também cuidar e fazer as unhas de minhas mãos e pés, saí do salão completamente revigorada e segura de minha aparência para aquela tarde especial, sabendo estar em condições de rivalizar com a beleza e sensualidade de Marta.
Chegando em casa, recebi elogios calorosos de Cidinha, que não se cansou de ficar me olhando admirada pela renovada que eu dera na minha aparência. Mas o tempo corria rápido, e eu ainda precisava ter mais certezas quanto a estar tudo caminhando conforme esperado. E assim fiz minha segunda ligação importante do dia, indo averiguar com Matilde sobre a agenda de Geraldo.
- Consultório do Doutor Matozzano! Em que posso ajudar? - escutei a notória e repetida saudação de Matilde ao atender o telefone.
- Matilde, sou eu, a Helena! Tudo bem com você?
- Oh, dona Helena! Estou bem sim. E a senhora?
- Tudo certo, Matilde. Escute, eu sei que o Geraldo está ocupado, mas queria confirmar com você uma coisa. Ele falou comigo que hoje teria um compromisso à tarde. Mas eu estava tão avoada, cuidando aqui das coisas do Juninho, e acabei não prestando atenção. Você poderia, por favor, olhar na agenda dele e me dizer se é isso mesmo?
- Ah sim, dona Helena. Mas é isso mesmo que a senhora disse. Hoje ele tem os atendimentos externos na Santa Casa, como eu já lhe contei da outra vez.
- É mesmo, agora estou lembrada. Que cabeça a minha, Matilde. E está mesmo confirmado?
- Sim, confirmadíssimo. Inclusive ele até me dispensou para sair na hora do almoço, de maneira que terei mais tempo para visitar meu filho que há tempos não vejo.
- Nossa, que bom, Matilde! Espero que você aproveite bem a tarde. Olha, muito obrigada, viu? Não precisa comentar com o Geraldo que liguei não, senão depois ele rala comigo que não presto atenção no que ele diz... Rsrsrs
- Ah, esses homens! Rsrsrs... Pode deixar, não vou comentar nada não.
- Obrigada, então. E até logo, Matilde!
- De nada, dona Helena!
Tudo entendido e confirmado do lado de Geraldo, minha ansiedade se moveu, então, para a necessidade de combinar os detalhes com Marta. Eu trabalhava com a ideia de que tudo o que acontecera ontem ainda estivesse de pé, e que a proposta dela para mim fosse algo concreto mesmo. Tomando o cuidado de verificar que Cidinha não estava por perto, disquei com as mãos tremendo para o número do cartão dela. O telefone tocou várias vezes, e quando eu já me desesperava que não fosse ser atendida, ouvi sua voz aveludada do outro lado da linha:
- Alô?
- Ah, eu gostaria de falar com a Marta...
- É ela... Quem fala?
- Marta, aqui é a... Renata! A que esteve ontem com vocêtanto ressabiada, eu achei melhor manter a coerência do meu inútil disfarce ao menos ainda naquele segundo contato. O que parecia ser totalmente desnecessário, ante a reação dela:
- Renata... Hahaha. Ok, então! Vamos manter esse joguinho que está divertido! Bom, e em que eu posso te ajudar, meu amor?
- Bom, ontem quando nos despedimos você deu a entender que... você sabe... poderia haver um encontro interessante hoje... quem sabe algo... juntos? Com o tal do médico que você mencionou...
- Hummm... e aposto que você ficou muito interessada, não é... Renata?
- Muito, Marta. Você nem imagina o quanto... e como isso ficou martelando na minha cabeça desde ontem.
- Que bom! Eu tinha certeza de que isso poderia acontecer, quando vi o quanto especial você é. Eu gostei muito de você, sabe?
- Tenho que admitir que você também conseguiu mexer comigo, Marta...
- Então faça o seguinte, Helen... ops... Renata! Pensei em você vir mais cedo hoje, e assim podemos ir nos conhecendo primeiro, ficando mais à vontade uma com a outra, sabe? Fazemos isso enquanto aguardamos... o nosso convidado especial, para fazer uma surpresa deliciosa para ele... - a voz dela vinha com algo quase hipnótico, antecipando e sugestionando tudo aquilo de uma forma que me fez umedecer entre as pernas. Minha resposta saiu afetada, mas eu ainda consegui lhe retornar falando baixinho:
- Vai ser maravilhoso, Marta. Tenho certeza disso... Mas como faço, então?
- Olha, vou deixar tudo arrumado por aqui. Você consegue chegar entre 14h00 e 14h30? Nosso doutor é muito metódico, você pode imaginar, não é? Rsrsrs
- Eu sei... E consigo sim. Posso estar ai nesse horário sem nenhum problema.
- Ótimo! Mas quando chegar você não entra pelo salão não, ok? Ao invés disso, você faz o seguinte...
E Marta me orientou para que eu procurasse uma entrada lateral do estabelecimento, a mesma que os poderosos e famosos utilizavam para entrar e sair de lá sem serem incomodados ou reconhecidos. Nesse local haveria apenas um segurança, que ficaria avisado sobre a minha ida e liberaria minha passagem. Eu deveria seguir direto para o andar superior, procurando pela suíte principal, que tinha uma plaquinha com o número 5 e ficava no final do corredor. Aquele era o aposento dela, onde ela já estaria me aguardando. Terminamos por desligar o telefone em meio a algumas palavras mais carinhosas, comigo sentindo meu coração querendo sair pela boca; os batimentos acelerados e eu queimando de ansiedade por dentro.
Respirei fundo e procurei me acalmar, tratando de colocar a razão na frente da emoção ao menos para conseguir me levantar e poder seguir em frente. Com todas as confirmações feitas, a primeira coisa que fiz foi ir ao meu quarto e, com a porta trancada, rever todo o meu novo enxoval e escolher, dentre todas as peças que tinha, aquelas que eram as mais sensuais e provocantes. Espalhando-as sobre a cama, fui dispondo-as em diferentes combinações até chegar na melhor de todas, a perfeita que eu tinha certeza que me deixaria divina para aquela missão. Cheguei ainda a conferir sobre o meu corpo em frente ao espelho, antes de guardar tudo de volta em meu guarda-roupa, deixando as escolhidas junto com o mesmo sobretudo de ontem, e que me serviria novamente de proteção na rua.
A partir dali tudo transcorreu em modo automático, com meu filho chegando da escola e todos tendo um almoço mais corrido, o que justifiquei a Cidinha em função de um compromisso de última hora. Naquele momento eu quase me traí, pois a garota chegou a lançar um olhar estranho para mim, tentando juntar pistas de um possível motivo comum pelo penteado novo, a pressa pelo compromisso emergencial, e meu comportamento meio errático naquela manhã. Com algum tato, dei voltas nela sem claras respostas aos seus questionamentos, e evitei maiores detalhes que pudessem me deixar cair em contradição.
Olhando preocupada para o relógio, subi novamente até meus aposentos para, finalmente, poder me preparar para a importante tarde que se iniciava. Focada nisso, primeiro tive um banho caprichado onde não economizei em cremes e amaciantes de pele, além de outros cuidados íntimos que incluíram, por orientação de Laura, uma atenção maior no aparo de meus pelos púbicos. Resultado aprovado perante o espelho, tratei, então, de me vestir com todas as peças escolhidas, terminando por me cobrir com o fatídico sobretudo, e agradecendo aos céus pelas temperaturas mais amenas daquela estação do ano em São Paulo.
Conferi o relógio novamente quando escutei o táxi de Pereira parando à frente de minha casa, ele inclusive tendo vindo bem mais cedo do que eu lhe solicitara no dia anterior. Os últimos detalhes eu terminei sentada defronte à minha penteadeira, ajeitando os cabelos com o corte e penteado preservados pela touca de banho, e me maquiando levemente e apenas o suficiente para realçar o que eu via como sendo uma mulher extremamente sensual na imagem refletida do espelho. Guardei o mesmo batom e uma caixinha providencial de retoques na bolsa que preparara para a tarde, e que considerava ter o suficiente para eventuais imprevistos que pudesse enfrentar em minha aventura.
Desci as escadas da maneira mais discreta possível, apenas acenando para Cidinha, de forma natural e indiferente, que estava saindo naquele momento, e recomendando que ficasse de olho em Juninho. Fechada a porta de casa, vi Pereira se posicionando para me receber em seu veículo, seguindo o mesmo protocolo cavalheiro de me ajudar a entrar e me sentar no banco traseiro.
- Bom, aqui estamos novamente, dona Helena. Mas tenho que perguntar: a senhora tem certeza do que está fazendo?
- Mais do que nunca, Pereira. Se ontem eu ainda estava insegura, hoje isso tudo mudou. Pode seguir, por favor.
- Ok, a senhora é quem manda!
O que já estava virando uma rotina foi se repetindo naquela tarde. Uma rotina que, de alguma forma, foi contribuindo para me deixar mais tranquila, no fato de mais uma vez poder contar com os serviços e cuidados de Pereira, por mais que fosse uma parte menor de tudo que estava acontecendo. Era como se o rosto agora familiar daquele senhor servisse de endosso para meus planos, não deixando assim o caminho tão desconhecido e ameaçador. Íamos novamente conversando, trivialidades em meio a assuntos mais sérios enquanto o táxi vencia o trânsito em direção ao coração da cidade. Habilidoso na lábia, meu motorista rodeava o assunto principal, mas muito curioso em poder pescar algo do que acontecia em meio àquela novela da qual vinha sendo testemunha.
Entendendo que ele até merecia alguma satisfação mínima, achei por bem pontuar algumas coisas, entre elas algo que preservasse melhor a imagem que ele tinha de mim:
- Sabe, Pereira. Penso que você deve estar me considerando uma maluca ou mesmo algo pior. Mas eu só lhe peço que não me julgue de forma tão crítica por me ver indo e voltando daquele bordel. Queria que o senhor soubesse que, de coração, estou fazendo de tudo para preservar meu casamento e recuperar meu marido - e disse isso segura de que meu discurso e argumento dissolvesse dúvidas dele, sendo surpreendida por sua resposta simples e direta:
- Mas ele merece isso, dona Helena?
A pergunta dele ficou verbalmente sem resposta, mas me tocou fundo no coração. E, enquanto via as ruas se sucedendo cada vez mais próxima do meu destino, eu apenas pensava e torcia para que a resposta fosse "sim". Que Geraldo e eu merecíamos encontrar uma saída para o beco em que nos encontrávamos; sendo que o mais forte motivo era que ele continuava sendo o homem que eu amava e escolhera para viver até o fim dos nossos dias, pelos votos que juramos cumprir. Mesmo que alguns deles tenham sido quebrados no curso de nossa história. Eu me recusava a desistir, não enquanto tivesse cartas e fichas para apostar. E eu tinha certeza de que não poderia ter errado tanto assim na minha escolha, e por ainda acreditar em o poder recuperar para mim.
Pereira estacionou o veículo, e se virou atencioso para mim, enquanto eu acertava o valor da corrida. Como sempre preocupado, ele perguntou uma vez mais se não deveria permanecer ali à minha espera, ao que, diferente das outras vezes, minha resposta veio com um sorriso:
- Não, Pereira. Você pode voltar. Pois hoje eu sairei daqui de braços dados com meu marido, tenho certeza disso.
- Dona Helena... eu desejo, de coração mesmo, que tudo dê certo! - ele se despediu, saindo do carro para me abrir a porta.
Ganhei a calçada e tratei de caminhar por ela até o ponto de atravessar a rua, notando quando o táxi de Pereira partiu e passou por trás de mim. Agora sozinha, eu firmei o passo e ergui meu rosto, encontrando uma convicção que antes vinha me faltando, certa de que eu nada fazia de errado, e que não devia nada e nem satisfações a ninguém. Sem dificuldades para reconhecer a portaria, passei pelo segurança e logo vi a escadaria que levava para o andar superior. O horário estava perfeito, conferido por mim em meu pequeno relógio de pulso assim que comecei a subir calmamente os degraus da escada.
Já no andar superior, olhei a porta no final do corredor e a conferi para ter certeza de que estava no lugar certo, e assim não correr o risco de entrar onde não deveria. Parei por alguns segundos respirando fundo algumas vezes, até me decidir finalmente por virar a maçaneta, o fazendo cuidadosa e timidamente. Entrei, então, na antessala pequena e confortável, olhando para o interior do cômodo enquanto fechava a porta às minhas costas, e deixava minha bolsa sobre um pequeno e confortável sofá de dois lugares. Logo reparei na luz que saia por baixo de outra porta, vinda do único local para o qual eu poderia seguir se não quisesse desistir daquilo tudo. Mas nem cogitei por um segundo, e, resoluta, bati com os nós dos dedos na porta de madeira, escutando a autorização que veio de dentro:
- Pode entrar, está aberta!
Fui abrindo a porta lentamente, e vendo a feição de Geraldo se transformando à medida em que via minha imagem se formando perante ele. Seu olhar foi se alternando entre assustado e surpreso, chegando mesmo a esbugalhar os olhos antes que conseguisse pronunciar suas primeiras palavras, comigo já tendo passado pelo vão da porta:
- Helena, meu amor! Mas... mas... o que você está fazendo aqui???
- Ah, Geraldo, resolvi te fazer uma surpresa. Não podia?
Ainda espantado, ele me olhava por detrás de sua mesa no consultório, tendo ao fundo as janelas trancadas e com as cortinas parcialmente fechadas a cobrir a visão da barulhenta rua do centro de São Paulo lá fora. Meu grande momento se iniciava ali, e, com algum custo, encarnei um personagem diferente da Helena passiva de sempre, caminhando em passos curtos enquanto admirava calmamente a sala de trabalho do meu marido. Desviava minha atenção entre as estantes com os muitos livros de medicina, o biombo combinando com a decoração, e a maca preparada para os exames. Isso até chegar à sua mesa propriamente, passeando os dedos sobre ela enquanto lhe falava de modo sugestivo:
- Engraçado... Pensando bem, eu poucas vezes estive aqui no seu consultório, aqui nessa sala. Quase não me lembrava como era bonita e acolhedora.
- É verdade. Mas... ainda bem, não é? Sinal de saúde, Helena.
Eu podia sentir o tom nervoso e constrangido na voz dele, pego de surpresa pelo motivo que eu bem entendia. Mas eu não estava ali para confrontá-lo. Ao menos não naquele momento, a depender de como meu verdadeiro plano transcorresse. De forma que eu relevei, e segui me movendo insinuante ao seu redor, aproveitando a deixa dada por ele:
- Sabe, doutor Matozzano? Na verdade, eu estou aqui pois precisava mesmo de uma consulta... - e disse isso enquanto ele fechava um caderno de anotações, provavelmente engatando sua rotina para finalizar o trabalho do dia.
- Mas o que você está sentindo, meu amor? - Geraldo me perguntou, disfarçando o interesse enquanto afastava sua cadeira para se inclinar levemente e guardar o caderno e anotações dentro de uma gaveta ao lado de sua mesa.
- Você não consegue imaginar o que seja, doutor? - E minha resposta veio comigo em pé no centro da sala, abrindo meu sobretudo e o deixando cair de uma vez aos meus pés, bem diante de meu marido.
Fixei, então, meus olhos nele, assistindo sua reação nos poucos instantes entre ele fechar as gavetas e voltar a me olhar novamente, já completamente atônito com o que via:
- Helena??? Mas... - ele paralisado, a boca se abrindo sem saber ou ter o que falar; algo até meio cômico, mas também sendo um claro sinal de que eu conseguira o impactar, como e onde eu desejava.
Geraldo, quase em câmera lenta, foi varrendo meu corpo de baixo para cima, iniciando pelos sapatos vermelhos de fino saltos e subindo pelas finas meias arrastão brancas que chegavam até o meio das minhas coxas. Assim como no dia anterior, eu usava presilhas para prendê-las à cinta liga que emoldurava a pequena e insinuante calcinha de renda também branca, através da qual meus pelinhos negros podiam ser também vistos, porém mais contidos e aparados no contorno do meu sexo. O espartilho de bojo plissado, com acabamentos em renda e moldando minha cintura marcada, encarava também a difícil missão de conter meus enormes seios, deixando antever pelo fino tecido da parte superior as marcas de meus mamilos eriçados. O toque final de sedução veio com os detalhes de brincos e pulseiras que usava, combinando com um lindo colar de pérolas brancas que adornava o meu pescoço.
Desorientado entre encarar meus olhos brilhantes de desejo ou admirar as formas expostas de meu corpo, Geraldo ainda me assistiu fazer num leve desfile, quando eu me virei por um momento e fingindo casualidade, bem à frente de sua mesa. Nesse movimento em silêncio, fiz questão de lhe propiciar uma visão privilegiada do meu traseiro, e de como minha pequena calcinha era mordida por minhas nádegas, o tecido enterrado e mostrando muito mais do que devia de minha bunda.
- E então, Geraldo? Você não acha que precisa me examinar melhor? - voltei-me a ele, novamente o olhando frente a frente.
- Helena! Pare com isso, por favor! Alguém pode entrar... a... a Matilde...
- Seu bobinho, eu sei que ela não vai estar aqui a tarde toda, e não tem mais ninguém na sua agenda para você atender. Além do mais, eu tranquei a porta por dentro quando entrei... Ninguém pode nos incomodar aqui, doutor Matozzano!
- Mesmo assim... quer dizer... isso não está certo, não é? - essa foi a hora em que eu gelei por dentro, ao ouvi-lo resgatando o comportamento moralista de sempre e que tanto ajudara a desgraçar nossa vida a dois.
Agindo de pronto, meu último movimento seria decisivo, sendo a minha última carta na manga para a virada de jogo. Assim, eu me aproximei dele indo pelo lado da mesa, apoiando-me parcialmente sentada em seu canto; enquanto afastava o bloco de receituário para apoiar uma de minhas pernas sobre ela, e colocava, de brincadeira, o estetoscópio em torno do meu pescoço. Então, inclinando-me em direção a Geraldo, que permanecia sentado e encurralado em sua cadeira, eu me aproximei apontando-lhe meus peitos bem na altura do seu rosto, e falando baixinho com o tom mais sedutor que consegui impor em minha voz:
- Quer que eu vá embora? - e dando um tempo, enquanto passava meu indicador pelos lábios entreabertos dele, para completar a seguir - Mas pense bem na resposta, Geraldo. Pois pode ser que nunca mais você tenha outra chance de viver isso comigo...
Os eternos segundos seguintes foram de um diálogo onde tudo foi dito por nossos olhos, fixos um nos do outro, nada podendo ser mais escondido. Era o momento em que ele se decidiria entre eu e Marta, que nos inutilmente nos aguardaria em seu quarto lá no bordel. Mas eu mantive firme minha posição, esperando a reação de Geraldo, torcendo mais do que nunca para que meu marido finalmente acordasse... e fizesse o que ele, de fato, fez! Puxando-me com gosto e vontade para cima dele, quase nos derrubando da cadeira; procurando minha boca e pressionando seus lábios em busca de um beijo ardente, molhado e profundo. Uma labareda que atiçou o fogo que havíamos ocultado um do outro por todo nosso matrimônio.
Em instantes eu me via sentada sobre o colo dele, numa sucessão de beijos e carinhos sem limites entre um casal que parecia ali estar finalmente se conhecendo. Eu o acariciava com meus dedos enterrados em seus cabelos, enquanto o puxava para meu pescoço e para o colo do meu peito, a boca faminta se aventurando pelo vale de meus peitos, mordiscando o muito da pele e carnes de meus seios que escapavam para fora do meu espartilho. As mãos dele, com a desculpa de me segurar, agarravam e apalpavam com volúpia as carnes de minha bunda, os dedos sentindo minhas polpas volumosas e entrando por baixo do tecido da calcinha em direção a meu rego.
- Imagino que isso significa que devo ficar, não é mesmo doutor? - eu consegui dizer em meio a alguns gemidos que eu quase não conseguia conter como resposta à excitação que passava a me dominar.
- Sim, nem pense em sair daqui, Helena! Eu te quero, meu amor!
Então, por mais difícil que fosse, eu abrandei um pouco nossos amassos, e contendo o ímpeto de Geraldo, olhei novamente séria para ele, e disse de maneira a não lhe restar nenhuma dúvida que nossa vida mudaria dali para frente:
- Então eu tenho duas condições, Geraldo. Duas coisinhas, mas que são tudo de mais importante que preciso de você...
- Fala, Helena... O que você quer?
- Primeiro, eu quero que você me ame como sempre o fez. Que seja o MEU homem por quem eu me apaixonei, e com quem construí uma família linda e para quem eu dedico minha vida. - disse-lhe com uma enorme ênfase no "meu", deixando claro para o entendimento dele.
- Sim, Helena. Isso é o mais fácil de se fazer. Você é a mulher mais maravilhosa que conheci nessa vida, e com você que vou ficar pelo resto de minha vida... Eu prometo amor... eu... eu... Eu nunca mais vou...
- Shhh... Isso não importa mais, meu amor - e eu o calei antes que fizesse qualquer menção a suas traições, nessa hora vendo no rosto de meu marido um arrependimento genuíno e verdadeiro; e que quase me levou às lágrimas se nossos corpos não estivessem cobrando algo a mais naquele momento.
- Mas, e o que é a outra coisa? - Geraldo voltou para me perguntar, depois de trocarmos mais um beijo suave, numa quase reconciliação.
- A outra coisa? - e eu me ajeitei sobre ele, com um olhar e sorriso maroto no rosto - Você quer mesmo saber, Geraldo?
- Lógico, Helena! Me diz logo, que estou curioso...
Eu, então, aproximei mais meu rosto ao lado do dele, com minha boca escorregando pela face dele até estar colada na orelha dele. Fazendo ainda algum suspense, eu molhei os lábios e finalmente lhe revelei meu segundo pedido:
- Eu quero, Geraldo... Eu quero que você me coma com todo o desejo de um verdadeiro macho. Que faça de mim tudo o que você quiser, e que me foda esquecendo eu sou a mãe de seus filhos. Que me foda como sua puta! Não pedindo, mas tomando! Isso hoje... e sempre, a partir de agora, meu amor!
E voltando para olhar nos seus olhos, eu vi o fogo e o desejo do meu homem se acendendo em seus olhos. E ele se transformando, a atitude que eu sempre ansiei passando a ser realidade; com ele descobrindo e libertando a fêmea com quem se casara, e da qual nunca se aproveitara como deveria ter feito. Em instantes meu espartilho escorregava para o entorno de minha cintura, e no seu colo eu o sentia pela primeira vez abocanhando meus peitos e se fartando em os beijar, morder e mamar, me causando risos e gritinhos de excitação naquela brincadeira sem mais bloqueios ou limites, derrubando definitivamente o muro entre nós.
Não mais passiva, e encarnando o papel em que eu sempre me imaginara, eu segurei Geraldo mais uma vez, usando meus carinhos contra sua força para sair do colo dele. E, mantendo-o contra a cadeira, sensualmente e com um sorriso no meu rosto, tomei a iniciativa.
- Eu sempre quis fazer isso, meu amor... fica paradinho aí, e deixa sua esposinha cuidar de você! - disse isso abrindo os botões da camisa dele, e seguindo com meus dedos percorrendo e massageando seu peito forte e peludo, completando com beijos que deixavam marcas do meu batom sobre sua pele.
Geraldo me olhava atônito, mas feliz, um sorriso bobo no rosto, desfrutando dos momentos inéditos que eu estava lhe proporcionando. E foi ficando mais e mais animado, o que eu sentia à medida em que minhas mãos se aproximavam mais e mais do volume formado em sua calça; e que se ampliou ainda mais quando ali eu o senti com os dedos, enquanto soltava o fecho do cinto e abria os botões e a braguilha de sua calça.
- Ah, Helena! Hummm.... - arranquei suspiros dele quando libertei o pau do meu marido, o pau que era meu por direito, ele saltando duro e imponente, ao comando dos meus dedos e perante meu rosto.
Olhando Geraldo nos olhos, algo instintivo e também para monitorar se eu estava no caminho certo, eu o segurei com minha mão, os dedos não conseguindo envolver todo aquele tronco de carne dura e pulsante. Movi minha mão para revelar sua cabeça roxa e brilhante, puxando a pele toda para baixo, enquanto aproximava minha boca dele, dando-lhe primeiro um singelo beijo, quando seu sabor e perfume de homem invadiram minhas narinas. Aquilo me incentivou a ir além, e a o abocanhar como imaginava que seria o jeito correto, passando minha língua no entorno dele, sorvendo tudo que pudesse, desde as pequenas gotas que já brotavam da ponta da glande, até o entorno da pele encolhida. O gosto e o cheiro dele tiraram meu autocontrole, e assim eu passei a o chupar por inteiro, sentindo que, ao mesmo tempo, eu vertia uma umidade extrema entre minhas pernas, manchando e alagando minha calcinha.
Aos poucos, e com muita paciência, Geraldo foi me orientando, primeiro no cuidado com meus dentes, algo que nem passara pela minha cabeça. Mas, boa aluna, eu logo peguei o jeito vendo como ele reagia, bem como nos pulos que sentia seu membro dar a cada toque certeiro na posição e pressão correta. Aquele, certamente, não foi o melhor boquete que ele já havia recebido na vida, mas foi o que teve, com certeza, mais amor e entrega. Minha mão não parava, inconscientemente o manipulando em complemento a minha boca o abocanhando, os dedos não parando de o punhetar, subindo e descendo em ritmo e sincronia com meus lábios. Arriscando, descobri também seu saco peludo, tantas vezes sentido por mim nas estocadas quando ele se chocava contra minha bunda, os pelos roçando lá embaixo. Agora eu o tocava, com os dedos e com a boca encontrando as bolas, beijando e sugando. Tentei, o quanto e como pude, fazer seu pau entrar na minha boca adentro, lembrando das lições teóricas de minha amiga, e me forçando ao limite da ânsia quando sua glande tocou minha garganta. Eu me sufocava na luta e excitação por me portar como uma puta naquele ato, estando ajoelhada e seminua aos seus pés, com os seios de fora e as pernas semiabertas com a boceta escorrendo. Meu homem gemendo grosso, soltando alguns urros nunca escutados por mim.
A delícia daquela preliminar nos uniu e quebrou o pouco do gelo que ainda poderia ter resistido entre nós. E assim eu fui me levantando novamente, o pau dele na mão, em busca de sua boca. Levando o gosto do seu pau para provar para meu dono o que eu fizera, que o aceitava tê-lo em meus lábios, que o engoliria e faria tudo pelo amor e desejo dele. Mas também para exigir o que me seria de direito, em meio a esses beijos, sussurrando para ele:
- Sua vez agora, amor... me chupa... quero saber como é!
E o Geraldo, doutor comportado e educado, deu lugar ao macho que eu procurara, jogando para o chão as poucas coisas que havia sobre sua mesa, me fazendo primeiro sentar e depois me deitar sobre o tampo duro dela, num desconforto que mais me estimulava do que incomodava. Inclinado sobre mim, eu via nos olhos dele o desejo masculino em sua pura expressão, numa forma que me assustaria se não estivesse vindo do homem que eu amava. Fazendo o mesmo percurso que eu, foi então a vez de ele descer por meu corpo, parando obrigatoriamente em minhas tetas, mordendo e beliscando até se colocar com a cabeça entre minhas coxas; comigo com as pernas encolhidas e totalmente abertas, apenas protegida pela renda da pequena calcinha, mais transparente ainda pela umidade que vazava pelo tecido dela.
Meu marido, então, afastou minha calcinha para o lado, e sorriu ao ver o cuidado que eu tivera com os pelinhos, desbastando boa parte dela para que minha boca de baixo ficasse exposta e acessível a ele. Mas antes disso, ele fez questão de me torturar um pouco, ao ficar um bom tempo beijando e acariciando a pele mais fina e sensível da parte interna de minhas coxas, na porção não coberta pelas compridas meias que eu vestia. Sua pele mais áspera e o bigode de pelos duros arranhavam aquela parte, enquanto primeiro um e depois outro dedo, se encarregavam de penetrar minha fendinha, entrando e saindo lisos pelo tanto de melada que eu já me encontrava. A continuidade daquilo, combinada com a expectativa do que viria depois, foi me deixando louca de desejo para o ter logo em mim, tendo eu que implorar para descobrir como era ter a boceta lambida e chupada.
- Geraldo... aiii... por favor, amor... não estou aguentando mais...
Rindo da minha reação, ele foi então gentil, e finalmente voltou-se com sua boca e língua para minha entradinha, primeiro num beijo e depois passando a se movimentar no entorno dos lábios, abrindo-me para beber do meu tesão, com os dedos agora subindo e descobrindo a capinha do meu pontinho sensível, onde ficaram em rodeios e toques que disparavam choques e sensações maravilhosas dentro de mim. Foi sem querer, mas eu não conseguia conter um rebolado que projetava meus quadris e minha boceta contra o rosto dele, o que se intensificou ainda mais quando Geraldo combinou sua boca e seus dedos dentro de mim. Vindo não sei de onde, uma onda de calor, com espasmos e contrações se apoderou de mim... E eu gozei! E como gozei gostoso, puxando os cabelos dele a ponto de quase o machucar, querendo loucamente que aquela boca, língua e dedos entrassem de uma vez dentro de mim.
- Aiii... Estou gozandoooo, Geraldo... não para... aiii... ahhh.... - e sem me importar com qualquer coisa eu literalmente gritei. Gritei e urrei muito, num gozo pleno e absoluto de libertação. Eu gozada mais do que com o corpo apenas. Eu estava gozando com minha alma, em rompimento definitivo com um passado que tanto me tolhera. Gozando forte e de forma lasciva com meu homem, com meu macho, com meu gostoso marido que tanto eu amava.
Geraldo respeitou aqueles momentos, assistindo realizado o resultado de sua habilidade maravilhosa com a boca e os dedos. Mas isso não duraria muito, pois assim como meu gozo veio, minha excitação por mais logo tomou novamente controle de mim. O mesmo aconteceu com ele, que se levantou do chão disposto a cumprir sua promessa a meu segundo desejo. Ele me ajudou a me sentar na mesa, buscando minha boca para agora devolver o gosto do meu gozo, que havia impregnado sua boca. Eu o envolvia com as pernas, sentindo sua ereção batendo contra minha barriga e suas mãos segurando minha cintura, os olhos apaixonados de dois amantes adorando tudo aquilo.
- Você quer que te coma como a puta que você é, não é, Helena? - e seu tom de voz me causou um calafrio na barriga.
- Sim! Me fode... como uma puta, Geraldo! Do jeito que você quiser!
- Então vai ser, para você aprender a não me provocar, sua putinha ordinária!
De forma bruta, ele me trouxe para o chão, me virando contra sua mesa. Tive meu dorso empurrado contra a mesa, meus peitos pressionados na madeira fria, e ficando inclinada com a bunda para trás. Geraldo agarrou minhas carnes, e num movimento rápido, abaixou minha calcinha até a altura dos joelhos; onde ela permaneceu enrolada e esticadas ao máximo, enquanto ele afastava minhas pernas e esfregava a mão na minha abertura, espalhando meu mel. Fazia isso sem se incomodar comigo, sem pensar nos meus sentimentos, sem carinho ou respeito. E eu estava adorando, amando ser tratada como uma vagabunda qualquer.
E foi na Helena vagabunda que ele enfiou seu pau grosso e inchado. Uma metida apenas, indo de uma vez e até o fundo, socando com a vontade de macho que o dominava, apenas afastando uma das bandas de minhas nádegas para lhe facilitar o trabalho. Eu esticava os braços e me agarrava ao tampo da mesa, sentindo como ele me penetrou forte, o solavanco me jogando para frente. Isso para sair e meter mais uma vez... e outra... e outra... até estar satisfeito com minha receptividade, o pau dele mostrando para minha boceta quem é que mandava ali. E, a partir dali meu marido me fodeu com toda a vontade, ora apertando minha bunda carnuda e gostosa, ora me puxando pela cintura, ora com as mãos nos meus ombros para entrar mais fundo ainda. E eu colaborava, me empinando toda, aberta e receptiva, sendo finalmente comida com ganas por ele.
- Ah, Helena! Gostosa... Adoro sua bunda, sua boceta apertada... Toma... está gostando, putinha?
- Aiii... estooouuu... me fode amor... ai que tesão! Fode... mais forte... me fode vai!
Esse incentivo a mais teve o efeito de tornar Geraldo incontrolável, fazendo-o aumentar o ritmo e suarmos em bicas numa busca desesperada por chegarmos lá e gozarmos juntos. Sentia suas bombadas firmes, socando e arremetendo seu corpo com vontade contra sua esposa; enquanto eu me contorcia com o tronco semi-erguido, não me decidindo entre apalpar meus peitos que se chocavam um contra o outro a cada penetração que eu levava, ou em buscar meu grelinho ávido por sentir o toque e caricias de meus dedos. No limite de nossas forças, o gozo veio quase ao mesmo tempo, primeiro para mim, em ondas mais fortes ainda do que as anteriores trazidas pela boca de Geraldo. E depois para ele, que resfolegou e urrou agarrado com as mãos fortes cravadas em minha bunda, metendo o mais fundo possível, socando a boca do meu útero com a cabeça do pau, lá depositando vários jorros de esporra que me rechearam por inteira.
Geraldo desabou sobre minhas costas por alguns instantes, respirando fundo, buscando o ar que lhe faltava, enquanto beijava minhas costas, meu pescoço e acariciava meus cabelos, num ato quase de agradecimento pelo prazer que eu dividira com ele. Eu sentia o pau dele ainda quente e pulsando dentro de mim, nossos ritmos cardíacos acelerados com as batidas dos nossos corações querendo se sincronizar entre si. Aos poucos fomos meio que escorregando, ele saindo de cima de mim, e eu largando o apoio da mesa, caindo ambos pelo chão acarpetado da sala, meu marido improvisando um travesseiro com o terno e jaleco dele. Não pude deixar de admirar o pau dele, ainda inchado mesmo já em processo de encolhimento, todo gozado com o esperma branco e viscoso misturado aos líquidos que saíram de dentre mim. Aquela imagem era motivo de orgulho para mim, do desaparecimento também da vergonha que tínhamos em dividir essas coisas como um casal, as partes sujas de um sexo lindo.
Depois de um bom tempo agarradinhos e abraçados no chão de nosso improvável ninho do amor, trocando juras, beijos e carinhos mais audaciosos, Geraldo se levantou e foi providenciar água para nós dois. O cheiro de sexo já era perceptível no ar, mais ainda realçado pelo suor de nossos corpos. Mas nada daquilo me importava. Ao contrário, eu sentia mais tesão e vontade ainda, e ao vê-lo caminhando nu em minha direção, o sorriso no rosto e aquele corpo de homem quase desconhecido para mim até então, eu percebi que a tarde ainda não havia terminado.
Após nos refrescarmos, ele se sentou ao meu lado, e voltamos a nos beijar e a namorar, e, pouco depois eu já sentia o membro dele acordando novamente. Meus cabelos estavam já despenteados, mas minha imagem permanecia sedutora, com os detalhes do espartilho e das meias contrastando com restante de meu corpo exposto.
- Helena... meu amor. Onde você esteve escondida todo esse tempo? - Ele me perguntou carinhosamente, puxando-me dominante para cima dele.
- Bem ao seu lado, Geraldo. Você que não percebeu o mulherão que tinha em sua cama... - foi minha resposta, ajeitando-me ao envolvê-lo com minhas pernas, e me sentar sobre e de frente para ele; buscando mais de seus beijos enquanto ele me abraçava e ia com as mãos novamente agarrar minha bunda.
Não demorou nada e o pau dele já estava rígido novamente, cutucando-me pronto para me possuir mais uma vez. Meu marido sorriu para mim, e sem precisar pedir, ele firmou o membro com a mão, enquanto eu me apoiava sobre seus ombros e descia aberta para o receber novamente com minha boceta. E assim o fiz, o engolindo com prazer e sendo devidamente preenchida, com meus lábios abertos e abraçando o tronco de seu pau mais uma vez, ele intumescido pelo desejo por mim.
Naquela posição, eu tratei de me soltar e rebolar muito sobre ele, sendo eu agora quem conduzia toda a foda. Enquanto ele se fartava com meus peitos em sua boca, eu jogava meu quadril contra ele, sentindo os pelos densos do ventre dele atritando a pontinha do meu grelinho. Isso, combinado com ângulo diferente em que nos uníamos, fazia com que ele me tocasse de uma forma e em pontos diferentes dentro de mim, me proporcionando sensações únicas e deliciosas. Geraldo também sentia isso, e animado ia me acariciando mais e mais. Até que chegou uma hora em que senti suas mãos buscando acesso ao meu buraquinho traseiro, a ponta de um dedo tocando e me experimentando. E ele me olhando com um jeito malicioso, testando minha reação e talvez até onde meus limites haviam se estendido. Eu não poderia nunca recuar, não naquele dia. De forma que fui novamente a puta que se esperava que eu fosse, sorrindo e o desafiando:
- Se você gosta tanto assim desse buraquinho, por que não experimenta ele, hein?
- Você... tem absoluta certeza de que quer isso, Helena?
- Tenho sim... Se você me quer por trás, eu dou! Vem, come meu bumbum... Come!
Ver a reação de um homem maduro ante uma oferta dessas é das coisas mais engraçadas que devem existir. Geraldo parecia uma criança, desesperado por não perder a chance de ouro de ter um brinquedo novo. E que, naquele caso, seria comer o cuzinho virgem da esposinha querida. Não sei de onde, mas em segundos ele estava com uma bisnaga na mão, e, abrindo o tubo, me disse que ia ser bem mais gostoso assim, com meu rabinho melado deixando tudo mais fácil. Ri da explicação que ele deu, tudo sendo uma tremenda novidade para mim.
Orientada por ele e sua experiência, primeiro eu me ajoelhei a sua frente e fui me colocando de quatro com meus cotovelos no chão, empinando e abrindo minha bunda para ele me preparar. Mas enquanto esperava sentir seus dedos me lambuzando, fui surpreendida com ele indo me beijar e lamber a entradinha do meu cuzinho, com sua língua passeando por toda a entradinha e rodeando minhas preguinhas. Tomei um susto e soltei um gritinho, para alegria dele que continuou se divertindo e se excitando com meu buraquinho mais apertado. Tendo sorvido um bom tempo, enquanto se punhetava, Geraldo então recorreu ao tubo, passando a lancear a entrada usando seus dedos e aquela pomada gelada, causando outra sensação diferente de tudo que eu já experimentara.
- Deita aqui de ladinho, Helena. Prometo que vou ser bem carinhoso, e assim você não vai sentir dor, tá bom?
Eu bem sabia, por tudo que escutara nessa vida, que não tinha como dar por trás e não sentir dor nas primeiras vezes. Que só mesmo com muito tempo e desejo isso poderia se tornar em algum momento prazeroso para a mulher. Mas esse nem era o caso ali, pois eu queria mesmo era ser enrabada com gosto. Fosse com ou sem dor, meu desejo era, naquela tarde, me formar como puta do meu marido, e laureada com honras no diploma. E pensando assim, eu me deitei como ele solicitou, esticando uma de minhas pernas e dobrando a outra, vendo-o se ajoelhando atrás de mm, com aquele pau duro e ameaçador totalmente em riste, e sendo apontado para meu pobre cuzinho de madame. Mesmo tendo lubrificado bem, a luta não foi fácil, com ele tentando e recuando algumas vezes, enquanto eu me desdobrava para relaxar e o deixar entrar dentro de mim. Mas aos poucos, e entre toques na minha boceta e peitos, os carinhos dele foram abrindo caminho, até finalmente a cabeça vencer meu rígido anel e me penetrar por ali.
A dor foi grande, mas ele me respeitou, aguardando enquanto eu, de alguma forma, me acostumava com a cabeça daquele invasor; e que já me dava a sensação de ser uma barra incandescente de ferro abrindo-me por dentro.
- Tudo bem? Posso colocar mais um pouco?
- Sim... aiii... mas vai devagar, amor...
E assim, pouco a pouco, o pau dele foi entrando e me alargando, quebrando minhas resistências e forçando minhas destruídas preguinhas a se abrirem o quanto pudessem para abocanhar o pau grosso e duro de meu homem. Eu respirava com dificuldade, me inspirando num certo ódio por Marta, pensando que se ela conseguia, eu também havia de conseguir. Mais do que sofrimento, eu tinha um orgulho ferido que não me faria desistir. E foi ele que me motivou, finalmente fazendo com que eu começasse a sentir melhor Geraldo fodendo meu cuzinho, aos poucos já entrando e saindo, e me causando alguma excitação e realização estar dando a bunda para ele.
- Vai amor... me fode, vai... Come meu cuzinho!!!
Geraldo havia sido carinhoso o suficiente até o limite em quem um homem suporta se conter naquele prazer. Mas depois disso que ele ouviu de mim, seu lado macho reacendeu, e ele passou a me foder como sua fêmea, sem compaixão pela mistura de dor e prazer que eu sentia. Eu me contorcia no chão buscando uma posição melhor, ao mesmo tempo em que meu ânus de mulher recatada era deflorado e eu empalada por ele. Rosto voltado para o lado, eu cerrava os dentes e entendia o sentido de mulheres vadias serem xingadas de cadelas. Pois foi apenas arfando como uma que encontrei uma maneira de conseguir respirar naquela hora. Felizmente, o tesão e a sensação propiciada pelo meu cuzinho apertado logo catalisaram o gozo dele, que alguns minutos depois explodia e ejaculava dentro do meu reto; o calor de seu gozo agora também sendo sentido por mim lá trás, completando minha tão desejada experiência.
Ele caiu pela segunda vez naquela prolongada tarde no seu consultório, largando-se ao chão depois de retirar com cuidado o pênis de dentro de mim. Eu estava deitada de lado ainda, algumas lágrimas marcando meu rosto pelo esforço, mas me sentindo realizada e feliz, numa reação prazerosa e diferente pela sensação de ser completa, de ter pecado sem medo ou preconceitos que me deixassem de consciência pesada. O tesão por aquele "sexo alternativo" viria depois com o tempo, ensinada e compartilhando essa prática com o amor da minha vida.
Naquele momento, contudo, eu vivia um momento de catarse, expiando todas as travas morais de um passado de erros e bloqueios. Mas nem tive muito tempo de pensar nisso, pois logo Geraldo veio cuidadoso, atestar se estava tudo bem comigo, entre beijinhos e elogios por minha valentia. Eu sorria para ele, brincando com a situação e principalmente com o tamanho do pau dele, e com as possíveis consequências que eu sofreria no dia seguinte. Vantagens de se estar casada com um médico, ele então recorreu aos remédios que tinha ali no consultório, me fazendo deitar de bruços e indo cuidar do meu cuzinho machucado. Fazendo uso de outra pomada mágica, ele tratou de mim com muito carinho, abrindo minha bunda e cuidando das preguinhas expostas e feridas.
Perdidos no tempo, percebemos, então, que a tarde se aproximava do fim, já com os raios de sol de um final de dia refletidos e entrando pelas janelas. Por mais que uma preguiça gostosa nos puxasse para mais abraços e carinhos ali dentro, a vida real nos cobrava alguma ação. E assim decidimos ser melhor arrumar a bagunça que fizemos no sagrado local de trabalho de Geraldo, iniciando por abrir um pouco as janelas e arejar o ar para sair aquele cheiro inconfundível de sexo. Brincando por estarmos ainda pelados, tomamos cuidado nos cobrindo com as cortinas para que nenhum bisbilhoteiro na rua tivesse alguma alegria maior em nos flagrar assim.
Enquanto Geraldo arrumava sua mesa, eu, então, recorri ao pequeno lavabo, fazendo uma higiene básica antes de pegar a bolsa onde trouxera um vestido mais decente para dali sairmos. Troquei a calcinha, tirando o espartilho e colocando um sutiã novo, arrumando meu cabelo e refazendo um básico da maquiagem. Ao sair do lavabo, foi engraçado ainda o pegar pelado no meio da sala, olhando para mim de forma apaixonada ao me ver novamente. E veio dele uma ideia que fugia do que imaginava como fim para aquele dia:
- Amor, estou morrendo de fome. Que tal se a gente fosse jantar juntos? Só nós dois?
- Nossa... ah... sim! Lógico! Só preciso ligar para a Cidinha e avisar disso.
- Ok, ligue para ela enquanto eu me ajeito e me visto. Sei de um lugar perfeito para esse jantar! - E saiu animado em direção ao lavabo, depois de me dar uma "bitoquinha" carinhosa.
Tratei, então, de ligar para Cidinha, e assim lhe dizer para cuidar do jantar deles em casa, pois chegaríamos os dois mais tarde. E, como resposta, ouvi a risada e uma zombaria dela do outro lado da linha:
- Eu sabia, dona Helena! A senhora toda ajeitada daquele jeito, só poderia estar mesmo armando alguma coisa. E era para ir namorar escondida com o doutor Geraldo! Hahaha
- Você não tem jeito, menina... Mas me pegou direitinho! - mal podia imaginar ela tudo o que já havia acontecido naquela tarde.
- Podem ir namorar tranquilos que eu cuido de tudo por aqui, viu! Divirtam-se!
- Certo, Cidinha. Mas antes preciso saber mais uma coisa de você...
E, falando baixo para que Geraldo não escutasse, conversei rapidamente com ela anotando mentalmente e repetindo para não esquecer as orientações que ela me passava. Assim que desliguei, tive Geraldo se juntando a mim novamente:
- Vamos? Acho que já está tudo certo por aqui - ele me disse, os dois indo fechar as janelas e dar uma última verificada na sala, antes de sairmos de braços dados e aos beijos enquanto trancávamos o consultório. Seguimos, então, descendo as escadas e ganhando a rua até onde estava nosso carro, com o qual Geraldo viera trabalhar naquele dia.
Meu marido escolheu uma aconchegante cantina italiana, não muito longe do seu consultório, e que nos permitiu passar mais momentos românticos e revigorantes naquela noite. Nosso encantamento um com outro parecia não apenas ter se renovado, mas também ganhado uma energia extra depois de toda aquela intimidade trocada, com os antigos bloqueios, repressões e tabus existentes entre nós tendo como que desaparecido por magia. Bebemos um gostoso vinho, acompanhando uma deliciosa vitela que estava simplesmente maravilhosa, enquanto conversávamos apaixonados, fazendo mais planos, comentando e dividindo assuntos de toda natureza, em meio a risadas e muita descontração.
Saímos do restaurante pouco antes de nove horas da noite, pegando nosso carro com Geraldo intencionando seguir para casa. Porém, sentada junto a ele e com o veículo já em movimento, eu sugeri que poderíamos ainda irmos a um outro lugar para terminarmos a noite, ao que ele me olhou com desconfiança:
- Em que você está pensando agora, Helena? Vai me acostumar mal com tantas surpresas assim...
- Ah, Geraldo... Quero que esse dia fique para sempre marcado em nossas lembranças. Faz só mais essa vontade minha, amor?
- Está certo, vamos lá! Para onde eu sigo, então?
Lembrando das instruções que Cidinha me passara, eu fui orientando Geraldo a seguir pelo caminho por ela detalhado. Não era difícil, e nem muito longe do bairro onde morávamos, sendo, contudo, um lugar ao qual nunca havíamos ido. Um chamado "mirante", e que era, na verdade, uma grande praça ao final de uma rua residencial onde era fácil de se estacionar os carros, e dali se ter uma boa visão de uma pequena parte da cidade. Lugar que há muito passara a ser um ponto tradicional de encontro e namoro dos jovens, e sobre o qual Cidinha algumas vezes já comentara comigo em confidências sobre seus passeios com seus namoradinhos.
Estacionamos o carro, e, empolgados, ligamos o rádio baixinho procurando sintonizar em uma estação com músicas mais tranquilas, olhando a linda vista de uma noite estrelada, entre muitos beijos e afagos. Não se conseguia observar direito os outros casais nos poucos veículos parados ali como o nosso, mas não teria dúvidas em dizer que seriam muito mais jovens que nós dois. Independente disso, nosso fogo ainda era grande naquela noite, comigo querendo viver momentos de uma adolescência e juventude que me fora negada até então.
Ignorando qualquer bom senso, em questão de minutos eu me inclinava sobre seu colo, ficando fora das vistas de intrometidos enquanto tirava o pau de Geraldo para fora. Passei, então, a lhe aplicar um novo boquete, sentindo-o crescendo em minha boca e o chupando de maneira mais experiente que antes, o que se completava para me excitar também pelo risco de sermos ali flagrados.
- Isso, meu amor... assim... que gostoso! - Escutava seus murmúrios, com suas mãos segurando meus cabelos e gentilmente me acariciando enquanto mexia minha cabeça em movimentos ritmados, ajudada pela minha mão o punhetando.
O pau dele apontava duro para cima quando, não mais me aguentando de desejo, eu parei de o sugar e fui retirar minha calcinha. Erguendo meu vestido, me posicionei sobre Geraldo e, ajudada por ele, fui me sentando lentamente em seu colo, mais uma vez naquele dia sendo por ele comida como sempre mereci. Passei a cavalgá-lo, movendo meus quadris para frente e para trás, nós dois nos beijando muito com ele agarrando e me puxando pelo traseiro, enquanto esfregava o rosto em meus peitos pelo decote entreaberto de meu vestido. Nosso carro sacudia ritmado pela nossa foda, e, sem me importar, reparei de canto de olho que um outro casal observava e nos aprovava animado a partir de seu carro ali perto do nosso lado. Eu sorri para eles instigando meu lado exibicionista e não me furtando em seguir em busca do meu prazer com meu homem, agora com zero sentimento de culpa.
Nosso gozo veio junto, um estimulando o outro a conseguir chegar lá mais uma vez. Geraldo terminando dentro de mim, expelindo o resto do seu leite em alguns jatos derradeiros que vieram temperados pelo meu gozo farto, ao mesmo tempo em que eu tremia e buscava sua boca para um beijo repleto de tesão e simbologia. O mundo poderia acabar naquele momento, eu me agarrando e tendo dentro de mim o homem da minha vida; chorando com a certeza de que meu amor por ele e por mim mesma nunca fora maior do que o daquele instante.