Assim que escutou seu filho lhe dar boas vindas, Tércio não demorou para respondê-lo, e a resposta deixou Ricardo completamente intrigado.
— Cheguei sim, Filho. E precisamos conversar.
Claro que Ricardo assim que ouviu seu pai falar, em um primeiro momento ficou curioso mas ao mesmo tempo temeroso com o conteúdo do assunto que seu pai gostaria de falar com ele, visto de tudo o que aconteceu durante sua ausência. Mas não tinha como Tércio ficar sabendo disso, a não ser que a própria Olga teria contado pra ele, coisa que ela não falou em nenhum momento para Ricardo que tinha feito. Olga desceu as escadas alguns segundos depois, já recomposta depois do breve momento junto de Ricardo e assim se dirigiu até Tércio, onde saltou até o homem e começou a encher seu rosto de beijos e afagos, enquanto Tércio a abraçou e deslizou as suas mãos até a bunda de Olga, dando uma bela apertada na mesma e olhando para ela de forma fixa.
— Que saudades que eu estou da minha gostosa, puta merda... Olha, hoje a gente vai matar as saudades daquele jeito. Mas antes, me conte, como foram as coisas sem mim?
— Pai, o que você quer conversar comigo? — Perguntou Ricardo , um tanto preocupado com o teor do assunto. E Tércio, dando uma gargalhada, o respondeu.
— Eu quero te falar de onde eu fui, Singapura. Porra ali tem umas gostosas, quando você estiver solteiro novamente vamos os três pra lá de novo, tem muita coisa boa!
— Como assim, gostosas? Não gostar desse tom. — Olga cruzou os braços, olhando para o marido em seguida.
— Hahaha, modo de falar, minha russa. Gostosa só você mesmo. Mas sei que gosta de putarias selvagens! hahahaha! — Tércio falava coisas com tanta naturalidade, que Ricardo estranhava completamente tudo o que estava acontecendo. A mesma Olga que parecia sofrer pelo marido agora estava radiante com a chegada dele ainda fazendo piada, como se não tivesse acontecido nada entre os dois ali. Porém, o mais engraçado de tudo era Tércio.
Tércio realmente parecia saber o que tinha acontecido ali, pelo menos era a impressão que estava dando. Mas ao mesmo tempo parecia o velho Tércio de sempre, Ricardo no fim chegou a conclusão que seu pai não sabe de absolutamente nada do que rolou, pois considera que seu pai jamais perdoaria um tipo de traição daquela, e na verdade nem mesmo Ricardo conseguia se perdoar, enquanto seu pai não estava era fácil. Mas agora, o remorso começou a tomar conta de seu corpo, de sua mente e de seu coração. Como ele poderia encarar seu pai agora sabendo que havia traçado a sua madrasta?
Tércio e a mãe russa subiram para cima enquanto Ricardo ficou sentado no sofá, ouvindo o que pareciam ser discussões calorosas e ao mesmo tempo risadas completamente gostosas de se ouvir. Depois de um tempo, Olga desceu super produzida, estava sexy demais com aquele vestido cinza cheio de brilhos enquanto Tércio estava vestido com uma roupa de gala. Este acabou olhando para Ricardo, enquanto estava indo para a porta já ensaiando que iria sair com Olga.
— Filho, eu e Olga vamos para a farra. Vamos a uma casa de swing, ela que me pediu isso de natal. Então não espere, ok? Voltamos amanhã cedo na véspera, para nos prepararmos para um Natal em família. Será maravilhoso! Hahahahaha!
— Tchau Ric, hoje é dia de mim acabar na pista! — Olga então piscou para Ricardo, enquanto estava sendo guiada por Tércio, que estava por detrás dela, aproveitando para passar a mão na bunda de sua esposa e dando um belo tapa ali, antes de cruzarem a porta e assim fechá-la.
O casal era completamente difícil de se entender, pelo menos para Ricardo, que não entendeu absolutamente nada ao ver a própria obra depois da crise de ciúmes que teve, pedir para que seu pai a levasse até uma casa de swing.
Ricardo então acabou se levantando e foi até a cozinha, pegando uma garrafa de cerveja e assim abrindo ela. Sentou-se no sofá, e começou a beber ela aos poucos até que recebeu uma ligação vindo de Aline. Deixou o telefone tocar de primeira, mas aí depois de 3 minutos ela voltou a ligar novamente. Pelo horário, poderia muito bem dizer a noiva que estava já dormindo então resolveu não atender, e apenas recebeu uma mensagem dizendo que ela estava com saudades e que voltaria amanhã ou talvez no Natal, e que estava louca para ver ele e matar a saudades. Ricardo então não tinha muito mais o que fazer e foi fazer exatamente isso, foi para seu quarto e assim fechou a porta, mexeu em seu smartphone por algum tempo antes de finalmente pegar no sono e assim dormir.
Passou algumas horas, e o calor e a insônia não fizeram Ricardo dormir nenhum pouco. Virou-se de um lado ao outro enquanto tentava buscar o sono, até que pegou seu fone de ouvido e começou a ouvir algumas músicas até que acabou pegando no sono e finalmente dormindo. Dormiu tanto que não ouviu as risadas e passos de Olga e Tércio que chegaram praticamente 4 horas da manhã da farra, Olga com seu vestido totalmente bagunçado assim como seu cabelo, e Tércio com sua roupa totalmente bagunçada, como se os 2 realmente tivessem aproveitado muito aonde estavam. Foram então direto para a cama e assim dormiram até o dia seguinte.
No dia seguinte Ricardo tomou seu café normalmente, na verdade ele foi o primeiro a acordar. Conforme foi instruído, pediu para Lucinha e Valéria terem seu expediente até 1 hora da tarde, depois elas estariam dispensadas para passar a véspera e o Natal com suas famílias. Claro que elas acabaram fazendo toda a ceia da família e deixando praticamente tudo pronto já que já tinham se adiantado no dia anterior com a ajuda de Olga. Quando ela já estava se despedindo para ir embora, Tércio finalmente desceu e chamou as duas para o seu encontro. Acabou então estendendo as mãos e assim as chamou ali, abraçando as duas e desejando felicitações antecipadas, já que não as veria depois disso.
— Feliz Natal meus amores, que Jesus ilumine vossas vidas e que as dê fartura e alegrias em suas ceias. Se precisarem, contem sempre comigo!
— Obrigado, doutor Tércio. O senhor é maravilhoso para nós. — Disse ali Lucinha.
— Para mim,vocês duas são da família. Não abro mão jamais.
As duas então se despediram e foram para suas respectivas residências, enquanto Tércio se virou e foi até a mesa de café da manhã e assim sentou-se ao lado de seu filho. Ali eles começaram a falar sobre trabalho e também sobre a viagem de Tércio, além do homem pedir informações a respeito do que aconteceu na casa em sua ausência. Meras formalidades e conveniências. Até que Tércio olhou diretamente para seu filho e assim o convidou para ir diretamente até a sala da biblioteca, onde faria pessoalmente alguns comunicados ao seu filho referente à empresa. Quando o Ricardo chegou lá, a primeira coisa que Tércio fez foi mandar ele sentar. Depois disso começou a falar sobre negócios, principalmente sobre a empresa.
— Bom meu filho, um ano novo se inicia e estou com alguns planos de expansão da loja, além de expansão do nosso Marketing, e gostaria que você lidasse pessoalmente com isso. A partir do ano que vem, quero que fique responsável pela parte de publicidade de nossas lojas, você tem instrução e sei que consegue. poderá montar a equipe que quiser.
— Por que eu, pai?
— Porque você é meu filho e futuramente o dono de tudo isso. Ninguém melhor que o meu filho para fazer nosso negócio crescer, você tem me dado um orgulho muito grande nos últimos tempos, e sei que pode lidar com esse desafio.
— Está bem, irei dar uma olhada em tudo isso depois. Obrigado pela confiança, pai. Quer discutir mais alguma coisa?
— Sim meu filho. Mais uma coisa.
— O que? — Perguntou ali Ricardo, e em seguida, olhou para a tela de 50 polegadas que tinha disponível na biblioteca, e assim começou a assistir algo que ele não podia acreditar que poderia ver.
Naquele telão estava sendo exibido o sexo entre Ricardo e Olga no sofá, alguns dias atrás. Mesmo com a imagem em preto e branco, era bem perceptível saber que eram os dois ali, que eram os dois ali fodendo no sofá de Tércio, na casa de Tércio. Ricardo ficou alguns segundos sem falar absolutamente nada, apenas vendo aquela cena. Como foi ingênuo demais, deveria ter pensado na existência de câmeras na casa, mas é óbvio que o pai no fim das contas iria colocar câmeras na casa pela própria segurança dos dois por mais que a casa nunca tivesse sido invadida de fato. Ricardo foi muito amador no fim das contas, deixou o desejo tomar conta da racionalidade e a primeira coisa que fez foi olhar para seu pai e antes de falar qualquer coisa foi interrompido.
— Acalme-se, filho. Tem mais.
Tercio então mudou o vídeo para outro, mostrando exatamente a cena onde estava Ricardo e Olga transando na sala, enquanto Ricardo estava ali observando os dois. Assim como também mostrou para Ricardo a cena onde Ricardo viu Olga tomar banho pela fresta da porta. Tércio mostrou outras gravações ali, e enquanto elas passavam na tela, Ricardo não falava nada, porém, Tércio falou.
— Eu esperava esse tipo de atitude de qualquer moleque, mas não de você, que eu pensei que não era capaz de fazer esse tipo de coisa. O meu próprio filho, sangue do meu sangue, comendo a minha mulher na minha casa. Se aproveitando de um estado onde ela estava transtornada por conta da traição que descobriu sobre mim.
— Pai, sobre isso eu posso, sei lá. — Mal conseguindo falar alguma coisa, Tércio interrompeu.
— Explicar o que, caralho? Que você comeu minha mulher? Você acha que tem uma explicação pra isso?
Ricardo então abaixa a cabeça e nada mais fala. Ele sabia que estava errado, sabia que principalmente tinha agido de forma egoísta com relação ao seu pai e principalmente com Olga. Mas também com Aline, que mesmo que fosse alguém que ele já não confiava mais tanto assim, ainda era sua noiva. Quando o Ricardo foi falar alguma coisa para seu pai, o velho Tércio começou uma gargalhada gostosa, ao mesmo tempo em que pegou um charuto e começou a prepará-lo para fumar, enquanto o seu tom de voz mudava para o filho.
— HAHAHA, ESSE É O MEU GAROTO! — Disse Tércio, enquanto deu um trago em seu charuto, ainda conversando com seu filho. — Porra filho, caralho... Não filho, você acha mesmo que seu velho pai vai ficar puto por uma coisa dessas?
— Hein? — Disse Ricardo, já totalmente confuso e sem saber o que estava acontecendo. Tércio, porém, continuou.
— Você acha mesmo que seu velho pai vai ficar bravo por que seu filho esvaziou o saco comendo a esposinha safada russa enquanto o pai vive na orgia? Não fode porra. Hahahaha
— Pai, do que você está falando? — Confuso, Ricardo pede explicações do seu pai.
— Eu entendo o que aconteceu, meu filho. Como eu disse, eu fui infiel a ela, conheci Olga na putaria e pensei que ela não iria ligar para as traições, mas naquele dia em que nós falamos por telefone eu realmente vi que ela se incomoda não nas traições em si, mas que eu não participasse junto com ela como um casal. Eu não sabia desse lado mais liberal de Olga, então ontem na casa de swing aproveitamos muito. Mas isso não vem ao caso meu filho, o que vem ao caso é que você e minha mulher treparam, e eu entendo. Ela é muito gostosa, eu também não resisti a ela quando vi pela primeira vez, eu entendo o seu tesão e fico feliz que você tenha aliviado meu filho. Mostrou que, no fim das contas, você é sangue do meu sangue e adora uma bela buceta.
— É pai, eu realmente me deixei levar, ela é gostosa e fode muito bem. Só que mesmo assim... Foi errado, perdão.
— Eu sei, foi errado. Mas você gozou, ela gozou. Agora eu espero que vocês parem com isso, Olga já está ciente de que o beijinho que vocês deram antes de eu chegar foi a última coisa o que vocês fizeram, eu não quero relacionamento incestuoso aqui.
— Bom, mas não tem nada de incesto né? hahaha — Disse Ricardo ali.
—Mas ela é sua mãe, e assim continuará sendo. Agora quanto a você, claro, tem uma outra coisa que vai precisar lidar, meu filho.
Tércio então pegou de sua gaveta um pendrive misterioso e assim estendeu sua mão para dar o pendrive para seu filho. Entregou o pendrive pessoalmente para ele, enquanto fez um pedido ao rapaz.
— Acesse todo o conteúdo desse pendrive amanhã, depois da nossa comemoração de Natal. Sua esposa não virá, então quero que assista antes dela chegar. O destino de tudo e todos, neste momento estará em suas mãos meu filho. Seu pai apenas buscou informação e conhecimento. Quem vai saber o que fazer com tal conhecimento, é você.
— O que é isso? — Perguntou Ricardo.
— É seu presente de Natal, meu filho. Bom, não temos nada o que falar, não é mesmo? Então dê um abraço ao seu pai.
Ricardo então deu um abraço em seu pai bem apertado, e assim saiu da biblioteca. Estava super curioso sobre o conteúdo daquele pendrive, mas conforme havia prometido ao seu pai não iria mexer naquilo até depois das festividades.
O Natal seguiu calmamente na mesa da família dos Montovani. Os três, Tércio,Olga e Ricardo estavam se divertindo muito, e como era tradicionalmente durante todos os anos, Lucinha e Valéria trouxeram seus familiares para passar o Natal junto com o Tércio a pedido dele mesmo. Todos ali comemoraram o Natal e se divertiram até o meio da madrugada, quando todos foram embora para seus lares, sobrando apenas Tércio, seu filho e a esposa. Conforme foi prometido, Ricardo esperou o dia seguinte para ir até a sala da biblioteca com o seu pendrive em mão, e quando conectou ele no televisor, começou a assistir uma série de informações que com certeza iriam mudar a sua vida radicalmente.
