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Daynna:
Quando voltei com as cervejas e as doses de vodca para a mesa, eu sabia que Karen iria pegar no meu pé, mas, por incrível que pareça, ela estava pensativa e não rindo da minha cara. Me sentei e ela já foi perguntando:
Karen— Por que você foi buscar as bebidas se ganhou a aposta?
Nessa hora, me toquei que era ela quem devia buscar as bebidas, mas eu estava tão sem rumo que nem lembrei.
Day— Ah, sei lá, queria tomar um ar. Na próxima, você busca.
Karen— Tudo bem. Quer conversar sobre o que houve?
Day— Não, está tudo bem. Foi só um beijo para ganhar de você.
Karen— Só um beijo!?! Você é a morena! Ficaram quase 3 minutos se beijando. Eu achei que uma ia engolir a outra!!!
Day— Não exagera, não demorou tanto assim.
Karen— Tudo bem, não vou insistir, mas não foi exagero, não. Olha, quando você resolver conversar, me avisa. Vou respeitar seu tempo, ok?
Day— Não tem o que conversar, foi um beijo e pronto. Vamos mudar de assunto!?!
Karen— Tudo bem, não precisa ficar nervosa comigo.
Day— Desculpe, Karen, não foi minha intenção. Agora vamos beber, quero afogar minhas mágoas.
Depois disso, bebemos mais três rodadas e Karen buscou todas. Conversamos bastante e ela não tocou mais no assunto do beijo. Achei realmente estranho, já que ela adora fazer piadas com a minha cara. Quando percebi que estava no meu limite, resolvi parar de beber. Karen também parou e, logo depois, decidimos ir embora. Dormimos as duas no meu apartamento, que era mais perto que a casa dela. No domingo, acordei com um pouco de ressaca. Karen ficou comigo até depois do jantar e depois foi para casa.
Sozinha, fui pensar melhor no que tinha acontecido. Tentei disfarçar perto de Karen, mas aquele beijo não foi só um beijo; ele realmente mexeu muito comigo. Lembrei daqueles lábios macios nos meus várias vezes durante o dia. Eu realmente não estava me entendendo. Como uma garota estava mexendo tanto comigo assim? Não cheguei a nenhuma conclusão e resolvi tentar esquecer aquilo.
Minha semana correu normalmente: trabalho, faculdade e casa. Porém, essa semana foi muito diferente. Raramente lembrei de Pedro e, nas vezes que lembrei, foi porque alguém tocou no nome dele ou eu vi algo que não tinha como não lembrar, como alguns presentes que ele me deu e ainda estão no meu apartamento. Mas aquele maldito beijo vinha na minha mente do nada. Eu não parava de lembrar das sensações com a boca daquela morena na minha. O mais estranho é que Karen não tocou mais no assunto. Achei até melhor, porque eu estava muito confusa. Eu não saberia explicar o que estava acontecendo comigo nem se quisesse.
No sábado, Karen apareceu no meu apartamento à noite e me chamou para sair, mas eu não quis. Disse que estava cansada. Até tentei fazer ela ficar comigo para a gente ver um filme ou umas séries, mas ela disse que não podia, que realmente precisava ir a uma boate encontrar uma pessoa. Então, não insisti. Não iria atrapalhar os esquemas da minha amiga por causa dos meus problemas.
Assim que ela saiu, fui deitar. Liguei a TV, mas só fiquei pulando de um canal para outro. Acabei desistindo de achar algo bom e fui tentar dormir, mas o sono sumiu e logo a imagem do rosto daquela garota estava na minha mente.
Não vou negar que ela é muito bonita, com aquela cara de má, aquela boca gostosa. E que boca! Os lábios dela são muito macios. Nunca beijei ninguém com os lábios iguais aos dela. Nossa, e como ela sabe usar eles bem! Ela beija demais. O gosto daquela boca, então, que delícia! Parece que eu ainda sentia o gosto do beijo dela na minha boca. Fico imaginando aquela boca nos meus mamilos, na minha menina. Deve ser muito bom.
Eu nem notei, mas quando dei por mim, já estava com a mão dentro da minha calcinha, massageando meu clitóris. Nossa, eu estava com muito tesão! Logo, já estava gemendo e me contorcendo em cima da cama. Mas eu queria mais. Tirei minha calcinha, deixei minhas pernas bem abertas e penetrei dois dedos na minha menina, e fodi ela com força. Só parei quando tive um orgasmo muito intenso. Fiquei ali deitada, procurando me recuperar.
Logo que me recuperei, fui tomar um banho rápido, mas o tesão não tinha passado e acabei gozando mais uma vez debaixo do chuveiro. Aquela garota estava me deixando louca! E não parou por aí. No domingo, acabei me masturbando mais duas vezes pensando nela e naquela boca gostosa.
A semana começou e eu não parava de pensar naquela garota. Minha cabeça estava a mil. Os dias foram passando, as lembranças do beijo me atormentando cada vez mais. Na quinta-feira, na hora do intervalo das aulas, não aguentei. Eu precisava desabafar com alguém. Chamei Karen para um local mais afastado e falei que estava com um problema.
Day— Eu não sei bem o que está acontecendo, mas não paro de pensar naquele beijo com a morena lá na boate.
Karen— Eu já esperava por isso. Até achei que você ia me falar sobre isso antes, mas até que você demorou.
Day— Sério que você já esperava por isso?
Karen— Claro, Day! Eu vi o beijo. Não exagerei. Vocês ficaram uns 3 minutos se beijando. Depois, você fugiu da garota, voltou toda nervosa e em estado de negação. Eu não insisti porque fiquei assim também quando beijei uma garota pela primeira vez e percebi que tinha gostado.
Day— Eu não vou dizer que não gostei, mas também não é assim. Acho que só não paro de pensar porque nunca tinha beijado uma mulher.
Karen— Olha, se você quiser continuar negando que gostou e muito, eu não vou falar nada, mas vou te dar um conselho: enquanto você não encarar isso de frente, nada vai se resolver.
Day— Mas como vou encarar isso de frente? Estou confusa, não sei o que estou sentindo ou o que está acontecendo comigo.
Karen— Acho que você sabe, só está com medo de admitir. Você gostou e quer repetir.
Day— Você está doida!?! Não quero repetir nada, não! Quero esquecer isso. E mesmo se quisesse repetir, não teria como. Eu nem o nome daquela garota eu sei.
Karen— Ela se chama Jucélia, tem 22 anos, é filha única, solteira, morou no bairro do seu apartamento a vida toda, mas se mudou para o outro lado da cidade há um ano. Trabalha como office-boy, faz faculdade e, apesar da cara de brava, é um amor de pessoa.
Day— Você a conhece? 😳
Karen— Na verdade, conheço de vista há bastante tempo. Eu sempre a via na boate, mas fazia tempo que ela tinha sumido. Eu sabia pouco sobre ela, mas sábado passado a gente conversou bastante e ela me contou muito sobre ela. Até números nós trocamos. Você quer o número dela?
Day— Você conversou com ela onde? E por que não me contou que já a conhecia?
Karen— Conversei com ela na boate e não contei porque você não quis falar sobre o assunto. E o número, vai querer ou não?
Day— Não quero o número, não. Obrigada. Karen, o que você falou de mim para ela?
Karen— Tudo bem, se não quer, eu não passo. Não falei nada, nem no seu nome eu toquei.
Day— Menos mal. Prefiro que não fale, ok?
Karen— Ok, mas acho que você deveria falar com ela.
Day— Não tenho nada para falar com ela. Deixa isso para lá. Vamos voltar para a aula.
Karen— Tudo bem, mas mais uma vez você está ignorando um conselho meu, e de novo vou respeitar.
Preferi não responder porque, na verdade, eu não tinha nem resposta para o que ela falou. Ela estava certa: eu estava mesmo ignorando de novo um conselho dela, mas dessa vez eu não iria me arrepender. Eu não tinha nada para falar com a tal Jucélia. Vou tirar ela da cabeça.
Depois que as aulas acabaram, fui em casa almoçar e depois fui para o trabalho. Os pensamentos quase o tempo todo naquela garota e no que Karen me falou. Era umas nove horas e resolvi mandar uma mensagem para Karen, que não tinha me mandado nada o dia todo. Achei que talvez estivesse chateada comigo.
Mandei mensagem perguntando se ela estava chateada comigo. Ela respondeu que não, que não tinha nenhum motivo para isso. Eu disse que pensei isso porque ela não me mandou nada o dia todo e passou pela minha cabeça que talvez ela tivesse achado ruim porque não segui os conselhos dela. Ela disse que sumiu o dia todo porque achou que eu queria ficar no meu canto. Disse também que nunca se chateou por eu não seguir seus conselhos, que ela sempre dava algum porque é a obrigação dela por eu ser sua melhor amiga, mas que as escolhas eram minhas e, mesmo que ela não concordasse com essas escolhas, ela iria apoiar, já que essa era a obrigação de uma melhor amiga também.
Agradeci a ela e disse que iria pensar com carinho no que ela tinha falado e depois a gente conversaria. Ela disse que sobre isso não tinha mais nada a dizer, que já disse tudo que pensava, mas que estaria disposta a me ouvir sempre. Depois, me mandou um contato e disse que era o número da Jucélia, que agora a escolha era minha, que não iria insistir para eu falar com ela, mas se eu resolvesse, era só mandar mensagem.
Dei boa noite para ela e disse que, caso eu resolvesse falar com a garota, eu contaria para ela. Passei a sexta toda pensando sobre o assunto. À noite, lembrei de algo que Karen me falou: que, enquanto eu não enfrentasse o problema de frente, não iria resolver. Então decidi que iria enfrentar meu problema. Eu iria conversar com a garota, iria esclarecer as coisas com ela e, com certeza, isso iria ajudar a tirar ela da minha cabeça.
Salvei o número dela e vi que ela tinha WhatsApp. Mandei mensagem. Não demorou e ela respondeu perguntando quem era. Eu disse meu nome e ela achou que eu tinha mandado mensagem para o número errado. Quase desisti, mas depois de um tempo babando na foto de perfil dela, resolvi explicar quem eu era. Ela demorou um pouco a responder, mas respondeu com uma pergunta, perguntando onde eu tinha conseguido o número dela. Eu disse que Karen tinha me passado e que eu resolvi mandar mensagem porque queria falar com ela pessoalmente.
Ela disse que não fazia ideia de que Karen era minha amiga e que tinha o final de semana livre, que eu podia marcar em algum lugar que ela iria, porque também queria falar comigo. Pensei um pouco e sugeri que a gente podia se encontrar em frente ao meu apartamento e escolher um lugar para a gente ir. Ela disse que por ela tudo bem, perguntou o dia, o horário e pediu o endereço do prédio. Eu falei que podia ser lá pelas treze horas no sábado mesmo. Ela disse que por ela tudo bem. Eu mandei o endereço e falei que a gente ia trocando mensagens e dei boa noite. Ela mandou um boa noite. Bom, agora é só eu me preparar psicologicamente e resolver o problema.
A manhã de sábado demorou a passar. Não sei por que, mas eu estava ansiosa para encontrar ela logo. Quando deu onze horas, falei para minha mãe que não voltaria depois do almoço, mas já tinha deixado tudo organizado com as meninas que trabalhavam comigo. Me despedi dela e fui para meu apartamento.
Mandei uma mensagem para Jucélia perguntando se estava de pé o combinado. Ela logo respondeu dizendo que sim e que às treze horas estaria na porta do meu prédio. Perguntei se ela queria que eu mandasse a localização para facilitar, mas ela disse que não precisava porque sabia onde era. Falei que às treze horas eu desceria então para encontrá-la.
Tomei um banho, almocei e fui me arrumar. Como eu não sabia onde a gente iria, coloquei uma blusinha leve, saia, uma rasteirinha e uma maquiagem bem básica. Qualquer coisa, eu subia e vestia outra roupa. Quando deu 12:55, eu resolvi descer. Quando cheguei na frente do prédio, não demorou nada e chegou uma moto. Quando a pessoa tirou o capacete, eu vi que era ela.
Nossa, ela estava linda! Calça jeans colada no corpo, tênis, top com aquela barriga chapada para fora. Mas o cabelo dela estava diferente, não tinha mais as tranças, estava solto e era lindo. Sorri para ela e ela desceu da moto e veio até mim. Nossa, eu estava tremendo por dentro, achei que minhas pernas não iriam me obedecer.
Ela estendeu a mão e sorriu. Eu peguei a mão dela e fui dar três beijinhos. Grande erro! Quando senti o perfume dela e seus lábios tocarem na minha face, eu já sabia que estava ferrada.
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper
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