Beto:
Aos poucos, Laine e eu começamos a nos entender. Por precaução, me mantive afastado de Fernanda e por sorte, ela se manteve ocupada demais para que pudéssemos nos encontrar, evitando assim, uma recusa direta da minha parte. Claro que contei a Laine sobre nosso encontro na feira e não escondi o fato de termos tido um rolo no passado.
Como Laine não tocava mais no assunto, achei que ela estava indecisa sobre o seu desejo de sair com outro homem e que, com o fortalecimento de nossa união, nossa volta ao normal, ela começava a entender que isso era uma péssima ideia e que o risco não valeria a pena.
Infelizmente, sua proximidade com Patrícia só aumentava, principalmente na troca de mensagens, mas como ela não demonstrava nenhuma mudança radical ou sinais que me fizessem pensar o contrário, acabei relaxando. Carina e Alex também estavam mais distantes de nós e nos falamos pouco. Foi praticamente um mês e meio de calmaria, até que um convite de Júlio e Silvana chegou para nos jogar novamente no olho do furacão.
Nesse um mês e meio, a nova empresa estava pronta para começar a operar, com toda a minha equipe formada. Paulo parecia estranhamente feliz durante esse tempo, aproveitando, geralmente quando estávamos sozinhos, qualquer chance para discorrer sobre os benefícios e prazeres de um casamento aberto. O mais estranho, para mim, era a contradição sobre seu casamento. Pelo que eu me lembrava, Patrícia não era muito a favor de estar com outros homens e ao ler nas entrelinhas de suas declarações, ele parecia oferecê-la a mim, tentando insinuar uma troca de benefício mútuo, onde estar com a esposa dele justificaria a troca pela Laine. Ele era esperto, nunca falando abertamente, apenas insinuando e deixando no ar.
No dia do coquetel de Júlio e Silvana, Laine estava incrivelmente linda, numa produção caprichada e que destacava ainda mais sua beleza. Seu vestido branco pérola era elegante e sofisticado, longo, fluido, com um decote em V comportado e detalhes em pedrarias. O corte mais ajustado, realçava a sua silhueta. Complementando, sapatos de salto alto, com brincos longos e fechando com um colar Statement, o ponto focal de sua produção, de ouro branco, com uma esmeralda reluzente. O colar foi meu primeiro presente caro para ela, na nossa lua de mel. Para finalizar, uma bolsa Clutch verde clara, combinando com o colar, discreta e sofisticada. O penteado em coque e a maquiagem também discreta, contribuíam para o visual elegante e requintado. Eu estava sem palavras diante de tamanha beleza.
– O que foi? Tá me olhando assim por quê? Não estou bonita?
Demorei um pouco para voltar ao normal:
– Nossa! Bonita você sempre foi, mas hoje, você se superou. Você está linda, amor.
Laine me deu um beijo carinhoso, retocando o batom logo em seguida:
– Vamos?
Antes de sairmos, ele ajeitou o colarinho do meu terno – sempre preto, elegante e em um corte tradicional – e eu pude sentir o doce perfume, irresistível que ela exalava. Se eu soubesse que aquela seria a noite em que tudo mudaria, talvez eu tivesse reagido de outra forma. Naquele momento, eu só pensava no quanto era abençoado e sortudo por ter uma mulher tão incrível ao meu lado.
Não demoramos a chegar ao local e só então tomei conhecimento de que era a casa de Júlio e Silvana. Uma mansão gigantesca, com um jardim frontal quase do tamanho do quarteirão em que ficava minha casa. Na porta da frente, os anfitriões nos aguardavam. Silvana foi a primeira nos cumprimentar:
– Mulher! Que produção é essa? Você está simplesmente espetacular.
Ela também me elogiou:
– E você não fica atrás. Que casal lindo vocês formam.
Assim que adentramos, viramos o centro das atenções. Carina e a loira bombada logo vieram nos cumprimentar e arrastaram a Laine para sua panelinha. Parecia ser um evento bem exclusivo e eu pude contar que havia por volta de vinte casais. Júlio se aproximou:
– Paulo deve chegar a qualquer momento, ele é sempre o último. Patrícia gosta de causar com seus looks, mas hoje acho que ela não vai ficar muito feliz.
Eu não entendi muito bem e ele percebeu:
– Hoje Laine veio para arrasar. Veja, estão todos olhando para ela.
Realmente, Laine era o destaque do lugar. Todas as mulheres eram bonitas, mas nenhuma delas, naquele momento, parecia ter o necessário para competir. Carina estava muito bonita, também com um vestido longo e um penteado de trança lateral que destacava seu belo rosto. Todas as mulheres daquele primeiro churrasco estavam ali e todas muito bem arrumadas, até as que eu não conhecia eram belas mulheres, mas Laine era, sem dúvida alguma, a mais linda do salão.
Senti um leve toque no meu ombro e ao me virar, Silvana queria me apresentar alguém:
– Beto, essa é a Fernanda, uma grande amiga que está de volta à cidade. Inclusive, ela é do mesmo ramo que você, o Júlio e o Paulo.
Quando nós nos olhamos, surpresos, não conseguimos segurar o riso. Silvana nos encarava:
– Que isso, gente? Não estou entendendo …
Fernanda, tentando segurar o riso, explicou:
– Desculpa, amiga! Eu e o Beto estudamos juntos. Somos amigos de longa data.
Fernanda me abraçou e de longe, pude ver a Laine me encarando sem piscar. Fiz sinal para que se aproximasse e ela veio andando rápido, chegando até nós num instante. A abracei, demonstrando minha intenção e a apresentei:
– Amor, essa é a Fernanda, aquela que eu te falei. – Fiz o mesmo com a Fernanda. – Essa é minha esposa, a Laine.
As duas se cumprimentaram cordialmente, se entrosando rapidamente e logo eu virei o centro da conversa. Laine parecia se divertir enquanto ouvia sobre os meus tempos de faculdade. Lógico que as piores histórias, minhas mancadas e confusões.
Animados pela conversa, nem notamos a chegada de Paulo e Patrícia, e como fui o primeiro a notar, pude ver que, assim como Júlio tinha alertado, Patrícia e Paulo gostavam de entradas teatrais, chamativas, falando alto e cumprimentando a todos como se fossem os donos da casa, os maiorais.
Aproveitei o entrosamento entre Laine, Fernanda e, claro, Patrícia, que rapidamente se enfiou entre elas, para dar uma volta e cumprimentar a todos. Aproveitei também para dar um pouco de atenção ao Alex, me olhando ansioso desde que cheguei.
Paulo me alcançou primeiro e por quase vinte minutos, monopolizou minha atenção, novamente se vangloriando sobre sua linda e deliciosa esposa. Naquele momento, minha ficha começou a cair e eu comecei a entender as intenções do Paulo. Com Laine e Patrícia tão próximas ultimamente, com a condição que ela impôs para me perdoar, será que era com Paulo e Patrícia que ela pensava em estrear naquele mundo liberal?
Como pude ser tão ingênuo? A própria Laine disse que iria se preparar. Suas palavras exatas foram: “Me deixe entender melhor tudo isso e escolher o momento. Quando chegar a hora, você decide e então tomamos a decisão final”. Escolher o momento, esse era o cerne da questão. Laine estava empolgada e produzida demais para aquela festa. Por mais que nosso casamento tenha voltado a uma certa normalidade, sempre que trocava mensagens com Patrícia ela parecia, aos poucos, mais animada.
Não! Não ia ser do jeito deles. Por mais que Laine tivesse dado a si própria o direito de escolher o momento, ela também disse que nós, ênfase no nós, tomaríamos juntos a decisão final. Paulo agora era meu patrão e eu jamais misturaria as coisas. Onde se ganha o pão não se come a carne e ainda por cima, Patrícia era o tipo de mulher que me dava aversão, por mais bonita ou gostosa que fosse, eu jamais me envolveria com alguém como ela, mesmo que por diversão.
Eu precisava respirar ar fresco, longe de tudo aquilo. Peguei uma dose de whisky e saí por uma porta lateral, me sentando sozinho no jardim dos fundos e pensando no que fazer. Talvez eu estivesse apenas viajando, influenciado pelos meus próprios erros e projetando minha culpa e o meu medo na Laine, no Paulo e na Patrícia. A verdade é que eu não tinha motivos para desconfiar de nenhum deles, mesmo com a intuição parecendo querer me acordar para a realidade que me cercava.
– Você está aí. Sua esposa estava perguntando por você.
Carina e Alex me encontraram e se sentaram ao meu lado. Se eu não tinha motivos para desconfiar, Carina me fez enxergar o óbvio:
– Então você finalmente concordou? Como eu prometi, vou cuidar da Laine e tentar mostrar a ela que nem tudo são flores nesse mundo.
Eu ouvi muito bem, mas não entendi:
– Concordei com o que?
Carina parecia surpresa:
– Laine acabou de me contar que vocês resolveram entrar para o nosso mundo. Que ela te perdoou e você concordou com os termos. Eu disse, né? Era meio óbvio.
Eu finalmente acordava para a realidade:
– Você realmente disse. E o que eu poderia fazer? Se é isso que ela quer, por quanto tempo eu conseguiria segurá-la?
Alex parecia confuso:
– Mas você concordou por vontade própria? Não parece.
Eu fui honesto:
– Fui eu que a traí, como poderia não ceder? Ela deixou claro que não era apenas uma condição para me perdoar, mas também, um desejo que ela tinha.
Laine me chamou de longe, não acho que ela tenha ouvido nossa conversa:
– Amor? Tá fazendo o que aí?
Ela falou com o casal amigo também:
– Vocês disseram que só iam buscá-lo. Por que estão demorando?
Naquele momento, tomei uma decisão que poderia custar o meu casamento, mas resolvi me impor, partir para o tudo ou nada. Que Laine já se considerava estar com outro, era um fato, Carina deixou bem claro, mas eu iria testá-la do meu jeito, tentando diminuir a área de destruição daquela bomba que estava prestes a explodir. Falando baixo, já que Laine ainda estava um pouco afastada, pedi aos amigos:
– Vão na frente, preciso falar com a Laine. Nos juntamos a vocês depois.
Enquanto Alex e Carina saíam, Laine se apressava, chegando finalmente perto de mim. Fui direto e até meio ríspido:
– Pelo jeito todos sabem da sua decisão, menos eu. Você não disse que iríamos decidir juntos?
Ela me olhou confusa:
– Que decisão?
Não amenizei, nem deixei de dar nome aos bois:
– Desde que você me perdoou e começou a falar diariamente com Patrícia, Paulo não fala sobre outra coisa, só os prazeres e aventuras da vida liberal, sempre tentando me jogar pra cima da esposa dele. É alguma combinação prévia que eu não tenho conhecimento?
Não a deixei me interromper, continuando a falar:
– Agora, nesse exato momento, Carina veio, como eu posso dizer, me parabenizar pela nossa entrada no mundo liberal. Quem são os próximos? Júlio, Silvana …
Laine, diferente do que eu imaginava, não correu ou se omitiu:
– Nós já conversamos sobre isso. Eu disse a você que no momento certo, avisaria. Acho que acabei me precipitando, já que falei apenas com as duas. Não imaginei que elas fossem tomar a minha frente e falar diretamente com você.
Laine estava calma, mas não deixou de me alfinetar:
– Desde a sua traição, na noite em que conversamos, eu fui bastante honesta, disse a verdade. Mesmo que você me deva isso, não estou fazendo para lhe punir, apenas como uma espécie de ressarcimento, eu também tenho a curiosidade, e talvez, nem seja para mim, talvez eu prove e me arrependa. Como a gente pode saber sem viver, sem experimentar?
Sua honestidade me deixou sem palavras. Mas eu precisava reagir:
– Ok! Mas eu tenho uma condição e não abro mão dela.
Laine me olhou curiosa:
– As condições são várias: sem mentiras, sem traição, sem enganação, sem fazer pelas costas …
Eu a interrompi:
– Lógico, eu concordo, mas eu tenho mais uma condição inegociável. Ou você aceita ou eu paro por aqui e seguimos caminhos separados.
Senti que minhas palavras alcançaram o efeito desejado e a curiosidade de Laine se transformou em medo. Buscando contato físico, aproximação, ela pegou nas minhas mãos e colou seu corpo ao meu. Eu não neguei e abaixei um pouco o tom. Ela me encarava, submissa, esperando que eu continuasse:
– O Paulo e a Patrícia, não! Em nenhuma hipótese ou circunstância. Ele agora é meu patrão e eu jamais iria misturar as coisas.
Laine, pareceu aliviada, perguntou:
– É só isso ou tem mais alguma coisa que você queira? Eu sempre deixei bem claro que o meu desejo e curiosidade estão sempre ligados a você, para que nós façamos isso juntos. Quando você me traiu, mesmo naquele momento, independentemente da raiva, eu, em momento nenhum, pensei em me separar de você.
Laine respirou fundo, tentando encontrar as palavras certas para continuar:
– E deixei bem claro que não quero vingança ou acerto de contas. Eu prometo ser sempre a sua Laine, mas eu preciso tirar essa curiosidade de mim. Eu disse e repito, talvez a gente experimente e nem seja para nós. Por favor, faça isso comigo, eu não consigo se você não estiver ao meu lado.
Eu poderia encontrar um milhão de razões para justificar as atitudes da Laine, pois tudo isso começou antes da traição, antes dela encontrar uma forma de me pressionar. Eu concordei em tentar entender e abrir essa porta, não seria justo dar para trás agora. Por mais que a curiosidade inicial tenha partido dela, eu também tomei parte nisso. Me excitei com a possibilidade de transar com Carina e até já tinha meio que acostumado com a possibilidade de o Alex estar com minha esposa. Seria injusto agora, por medo ou receio, fechar essa porta sem explicações ou de forma unilateral.
Recuperei o bom senso e fiz minha última exigência:
– Você quer experimentar, é um direito seu, como já disse, não sou seu dono, mas eu me reservo o direito de interromper ou parar a qualquer momento.
Respirei fundo também, criando a coragem necessária e fiz a minha jogada, aproveitando para sondar:
– Vamos ser honestos, você já se decidiu e eu vou respeitar. Quem você escolheu? Quem é o homem?
Primeiro ela me surpreendeu:
– Não é assim, “quem é o homem?”, pois a minha escolha é para nós dois, um casal, para que a gente entre nessa juntos e saiamos juntos no final. Eu escolhi a Carina e o Alex. Eu quero estar com vocês três.
Sei que ela percebeu meu alívio, pois ela logo voltou a falar:
– E seja honesto também, pois eu sei que você gostou muito da Carina, não adianta tentar esconder ou me fazer de boba.
Inteligente, vendo que era sua chance, Laine me deu um beijo carinhoso e um abraço apertado:
– Se você soubesse o quanto eu o amo, o quão louca eu sou por você, saberia que ninguém tem o poder de me separar de ti.
Pensando alto, acabei entregando o meu maior medo:
– Ninguém, realmente … só você mesma tem esse poder.
Lembrando do assunto principal, Laine disse:
– E sobre o Paulo, fique tranquilo, eu jamais cogitaria ter qualquer envolvimento com aquele idiota. Me desculpe, sei que são amigos, e que agora ele é seu patrão, mas ele é nojento e arrogante, ele é tudo o que eu mais abomino no mundo. Patrícia merecia alguém melhor.
Laine me encarou sorrindo e nos beijamos apaixonadamente. Aquele trem sairia da estação muito antes do que eu imaginava. A noite estava apenas começando.
Voltamos para o salão e por algum tempo, as coisas permaneceram calmas. Fernanda se entrosou rapidamente no nosso grupo de amigos e Laine até a convidou para conhecer nossa casa e passar um tempo com a gente. Num momento de descontração, Laine brincou comigo:
– Preciso ser honesta, amor, como essa Fernanda é bonita. Ela é mais velha do que você, mas parece ser mais nova do que eu. Ainda bem que vocês nunca tiveram nada sério, pois se ela quisesse você de volta, não sei se eu conseguiria competir.
Sei que ela estava apenas me provocando, mas para deixar claro minha preferência, respondi:
– Para mim, você é incomparável. Fernanda é apenas uma amiga, sempre foi. Como eu disse, ninguém tem o poder para me afastar de você … – Aproveitei a deixa novamente. – A não ser você mesma.
Tudo tem sua razão e seu jeito de acontecer. Não sei se a própria Laine cortou as asinhas de Paulo e da Patrícia, mas eles pareciam um pouco irritados com a gente, principalmente com a Laine. Enquanto pegava uma bebida no bar, Alex se aproximou de mim:
– Podemos conversar?
Pedi que ele me esperasse e entreguei a bebida da Laine, dizendo que não demoraria a voltar. Pelo jeito que ela e Carina me olhavam, eu já deveria entender o que estava prestes a acontecer, mas preferi manter a expressão neutra, sem encorajar ou desanimar as duas. Voltei até Alex e ele me pediu para acompanhá-lo. Saímos pela mesma porta lateral de antes, nos afastando de alguns convidados que conversavam do lado de fora. Quando estávamos a sós, tendo a privacidade necessária, ele foi direto:
– Você está certo de que quer seguir em frente? Laine conversou com a Carina, explicou as condições que você colocou, mas eu quero ouvir de você, por respeito. Eu lhe devo isso, pois sempre foi honesto e confiou na gente.
Eu preferi manter a conversa leve, me esforçando para tentar não surtar:
– É isso mesmo, meu amigo. Eu jamais imaginei que esse momento chegaria, mas ele chegou. Dizer que estou feliz, que me sinto preparado, seria uma mentira. Por outro lado, quais são minhas opções? Terminar o meu casamento e passar a vida arrependido? Chutar o pau da barraca e fingir que não amo a minha esposa, que ela me manipulou e me enganou? Isso seria outra mentira.
Alex me encarava assustado pelo meu desabafo. Eu ainda não tinha terminado:
– Entramos nisso juntos e o meu erro, a minha traição, acabou dando a ela direito de apressar as coisas. É o que é, lidarei com as consequências depois.
Alex foi direto:
– Então, vocês preferem ir lá pra casa quando a gente sair daqui? Laine e Carina já estão decididas.
Eu até já sabia que iria acontecer, mas não esperava que fosse tão de repente:
– Você diz, hoje? Depois dessa festa?
Alex não estava entendendo nada:
– Ué? Vocês não conversaram? Foi isso que a Laine disse.
Tentei me recuperar rapidamente, voltando ao jogo, não deixando minhas fraquezas serem expostas. Se Laine queria jogar daquela forma, me pegando tão desprevenido, que assim seja. Eu tentava me forçar a encontrar alguma coisa boa naquele meio, pensando rápido: “Carina é um tesão, linda, gostosa, além de meiga e amiga. Falar que não a desejo, seria mentir. E ainda por cima, ela sempre deixou claro que me quer também. Que homem acharia ruim uma noite com ela? Se Laine quer apressar as coisas, eu vou jogar pelas regras dela. Seja o que Deus quiser”. Minha decisão estava tomada:
– Pode ser na sua casa, acho que me sinto mais confortável assim, com vocês, os experientes, sendo os anfitriões.
Não consegui pensar em mais nada durante aquela festa, mas mantive um sorriso falso no rosto e uma atitude cortês com todos ao meu redor. Os dados foram lançados, o que a sorte reservava para a minha vida? Eu iria descobrir muito em breve, mas a resposta, não era aquela que eu esperava.
Continua ...