Olá queridas leitoras e queridos leitores, essa é uma estória que resolvi escrever que faz parte das minhas fantasias, e da minha mente doentia kkk. Fiquei bastante tempo sem escrever e estou retomando agora. Essa estória já está escrita em 29 capítulos, com PRINCÍPIO MEIO E FIM, logo não corre o risco de ficar pela metade. Irei postar um capítulo a cada 2 dias, quem procura só sexo por sexo recomendo não ler, mas as meninas (cdzinhas e trans principalmente) que gostam do universo feminino com muito glamour e feminilidade acho que vão gostar. Escrevi para mim e para a todas aquelas que gostam desse ecossistema e espero que gostem.
Nesses últimos dois anos me encontrei e hoje tenho mais sapatos femininos que masculinos e mais calcinhas que cuecas. Me libertei de uma certa forma e tenho saído vestida de forma feminina em alguns locais que me sinto segura. As meninas de Brasília que quiserem em entrar em contato comigo e me conhecer deixo meu Instagram @melissadiniz40. Espero que sintam o mesmo prazer em ler que eu tive em escrever. Beijos.
Capítulo I
- Vó, eu queria ir fazer minhas unhas porque as cutículas estão muito grandes. Você sabe onde posso ir?
Vovó me olhou com um jeito diferente, sem entender o que eu queria. Ela tinha percebido algumas mudanças no meu comportamento durante o último mês. Ela conhecia bem o meu comportamento pois fui criado por ela desde a morte dos meus pais em um acidente de carro. Ela ficou me observando uns dias e viu que a minha sobrancelha estava diferente, mais feminina e claramente ela foi pinçada de uma forma mais arqueada e afinada. Outra coisa mais sutil que ela percebia era que eu estava com um comportamento mais delicado, cruzando as pernas quando assentava, movimentos mais delicados pra arrumar os cabelos e principalmente estava mais carinhoso e atencioso com ela.
- Hugo, eu estou percebendo que você está um pouco mudado no último mês. Não quero invadir sua privacidade, mas me importo com você. E se tiver algo que eu possa te ajudar, qualquer coisa mesmo, deixe eu saber se aconteceu algo.
Fiquei meio desconfortável inicialmente, mas pensei um pouco e resolvi me abrir com a avó, que era a pessoa que sempre cuidou de mim com muito carinho e amor.
- Bem vó, tudo começou a seis semanas atrás. Eu sai com o Alberto e o Olavo, bebemos bastante e saímos de carro e numa das zoadas que resolvemos fazer foi pegar o extintor de incêndio e jogar em uma garota trans que estava andando na avenida a beira mar.
- Mas Hugo, você não devia ter feito isso!!!
- Eu sei vó, e eu depois me senti muito culpado. Eu lembro da menina me encarando direto nos meus olhos, e senti um olhar de tristeza que mexeu comigo.
- Tudo bem, mas o que isso tem a ver com a mudança de comportamento.
- Então como te disse isso aconteceu a 6 semanas e exatamente 2 semanas depois desse evento, numa sexta feira, eu fui almoçar no shopping perto do escritório e vi a menina atacada por nós sozinha almoçando na praça de alimentação. Meu estomago deu um nó. Meus olhos lacrimejaram. Então tomei coragem fui até a mesa dela e perguntei se eu podia me assentar. Ela disse que sim. Aí eu perguntei se ela sabia o porquê de pedi para assentar e ela me olhou com um olhar de tristeza e raiva ao mesmo tempo. Eu disse que me arrependo o que fiz e que eu sentia muito e gostaria de pedir perdão. Ela começou a chorar e disse que aquele dia já tinha sido muito difícil pra ela pois tinha terminado com o namorado e quando ela resolveu ir dar uma caminhada para espairecer ela toma uma chuva de pó químico de extintor de incêndio. Eu mais uma vez perdi perdão com os olhos marejados e ela ainda chorando disse que a vida era muito difícil para uma mulher trans e eu não fazia ideia como era viver sendo trans. Ela terminou de falar aquela frase quando seu olhar se iluminou como se ela tivesse tido uma ideia e logo em seguida me fez a seguinte proposta. "A gente vai lá pra casa agora, e você vai viver de agora até o final do dia de domingo como uma garota para sentir as dores e as delicias de ser uma trans, se você aceitar vai ter o meu perdão e quem sabe a minha amizade."
- E você concordou né? Foi naquele fim de semana que você disse que ia dormir na casa do Alberto né? Estava até achando que foi o Alberto que te seduziu e você tinha virado a namoradinha dele.
- Bem eu demorei um tempo pra aceitar, mas a vontade de viver essa experiencia foi maior. Não sei se você sabe, mas dos meus 12 anos de idade até os 15 eu vestia escondido as roupas da Suzana e os saltos dela também.
- Eu desconfiava que tinha algo, mas achava que era um namorinho entre primos sem muita importância, mas não sabia que usava as roupas da sua prima. Ela sabia?
- No início não, mas um dia ela me pegou usando uma calcinha dela e uma roupa de ballet, aí ela no início tentou me chantagear, mas depois ela começou me tratar no feminino e viramos cumplices e sempre que dava uma oportunidade eu me vestia com ela até que ela passou na UFPR e foi embora. Eram momentos especiais que vivi com ela. Ai quando ela foi embora eu simplesmente bloquei essa parte da minha vida por esses 10 últimos anos e só foi aflorar de novo de uma forma bem mais intensa no mês passado.
- Então você concordou com a proposta dela e depois disso o que aconteceu?
- Bem a gente foi para o apartamento dela, que devia ser umas três quadras do shopping. Durante o percurso fiquei sabendo que ela se chama Bruna e era profissional da área da beleza, principalmente maquiadora e limpeza de pele, mas ela sabia fazer de tudo um pouco. E trabalhava num salão a pouco mais de dois quilômetros da casa dela. Engraçado que a cada passo em direção ao apartamento dela mais solto e talvez até mais feminino eu ficava e um pouco mais tenso. Eu sabia que estava indo para o abatedouro.
Minha vó começou a rir meio sem jeito, mas com um ar meio safado, a velha já foi novinha e bem bonita e deve ter lembrado dos velhos tempos.
- Chegando no apartamento ela pediu pra eu ficar à vontade, ela entrou no banheiro e quando voltou pediu para eu tirar as roupas e entrar na banheira, a única advertência que ela me deu foi pra não molhar os cabelos. Antes de entrar na banheira ela deu uma olhada de cima para baixo e disse que eu tinha pernas e pés muito delicados e femininos e tinha uma bunda de respeito também. Dei uma risada mais relaxada e agradeci. No banho tinha umas ervas que segundo ela meu corpo ficaria lisinho e a pele mais macia. Como já me depilava por questões de higiene e estética não dei muita atenção, mas tomei cuidado com os cabelos. Sai do Banho e realmente senti meu corpo mais liso e a pele macia... inclusive meu cuzinho ficou mais sensível, mas ´só pensei sem dizer isso para a vovó.
- Quando sai do banho tinha uma meia 7/8 com cinta liga, uma calcinha, um body, um arquinho com orelhas de gatinha e um salto scarpin, tudo da cor branca exceto as orelhas que tinham tons de rosa também. Do lado das roupas tinha também uma calcinha preta sem costura, um short jeans e uma camisa da mulher maravilha. Ela pediu para eu vestir o segundo conjunto primeiro pois eu tinha que fazer minhas unhas antes. Ficamos conversando enquanto ela fazia as minhas unhas das mãos e dos pés como se fossemos duas grandes amigas. Tanto as unhas dos pés e das mãos ela fez uma francesinha, mas o corpo das unhas eram rosa claro, ficaram belíssimas. Foi bastante divertido. Quando secaram as unhas fui autorizado a tirar a roupa mais casual e colocar a roupa branca. A única consideração que Bruna fez foi pra eu colocar a calcinha em ordem inversa ou seja primeiro as meias e a cinta-liga e a calcinha por cima. Depois de vestida de gatinha, Bruna fez uma maquiagem em mim mais leve, com um batom rosa clarinho, mas os olhos bem pretos e esfumaçados contrastando a metade superior do rosto com a metade inferior, uma brincadeira de yin-yang segundo ela. Mais uma brincadeira da minha maquiagem foi que tive direito a bigodinho e focinho de gatinha.
O que aconteceu depois me deixou com muita vergonha de contar, mas Dona Miriam, minha vó, deu uma bronca em mim falando que essas coisas que estava me deixando com vergonha era bobagem pois não existia nada que a surpreendesse depois de 78 anos de vida. Depois do sermão, mesmo ainda estando um pouco constrangido continuei.
- Então depois de ser vestido, ficamos assentadas na cama, mas com as pernas cruzadas com o salto de forma bem delicada. Ela perguntou se eu já tinha escolhido um nome para essa outra persona que estava nascendo. Dei uma risadinha e disse que a persona que está acordando já tinha há mais de 13 anos que ela existia e que ela foi apenas induzida a um sono por cerca de 10 anos e agora ela estava acordando. Aí eu estiquei o braço e a cumprimentando com três beijinhos na face falei "Muito prazer, querida. Me chamo Fernanda!!!"