Helena Matozzano - Parte 3

Da série Helena Matozzano
Um conto erótico de Al-Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 4267 palavras
Data: 01/12/2023 17:37:25
Última revisão: 10/01/2024 18:03:30

#Segunda-feira

Após o baile de sábado, passamos Geraldo e eu por um domingo com uma leve ressaca, nos recuperando de toda a agitação do dia anterior e da noite mal dormida. Catinha me ligou na noite de domingo, confirmando um café na segunda-feira apenas com as mulheres, conforme havíamos combinado ainda lá no clube. E foi para a casa dela que me encaminhei naquela tarde, já prevendo o quanto de fofocas e conversas indiscretas não terminariam acontecendo, algo que quase que nos obrigava a estarmos sempre presentes nesse tipo de reunião, sob risco de as ausentes serem alvo das línguas um tanto maldosas das demais.

Mesmo sendo muito discreta, naquele dia eu estava ainda mais quieta, por conta da tristeza e depressão que vinham me acometendo ao refletir sobre meu relacionamento com meu marido. Meus sentimentos pareciam uma gangorra, confrontando momentos de expectativa e excitação seguidos de frustração e decepção. Apesar de estar de "corpo presente", eu mal escutava as brincadeiras e gargalhadas das minhas colegas, comentando sobre roupas e comportamentos das outras mulheres presentes no baile e fazendo outras tantas provocações entre elas.

Laura, talvez minha melhor amiga e confidente, percebeu meu estado e veio se sentar perto de mim, ficando ambas um tanto distantes das demais para podermos conversar a sós.

- Helena, o que você tem hoje? Parece meio triste, com um olhar meio perdido... O que aconteceu, minha amiga?

- Ah, Laura... Não consegui disfarçar, né?

- Bom, essas outras malucas não perceberam pois não te conhecem como eu. Mas, me diz... o que está te incomodando?

Dissimulando e falando mais baixo para que a conversa ficasse apenas entre nós, eu acabei me abrindo com ela. Falei sobre os meus problemas na cama, minha angústia em não saber como romper aquela coisa toda, em estar perdida e me sentindo uma tonta. Uma mulher feita e mãe de dois filhos como eu, mas não sabendo como lidar com um desejo novo que vinha crescendo cada vez mais dentro de mim, algo que eu mantivera reprimido e que não sabia mais como lidar.

- Quer saber? Eu acho que sou frígida, Laura. Como aquelas mulheres frias, que não conseguem ter ou dar prazer... Que não nasceram para desfrutar do sexo, sabe?

- Helena, vou te dizer uma coisa. Por tudo que você já me falou, e mais isso agora, você pode ter certeza que não tem nada de frígida, não. Pelo contrário, eu acho é que tem um vulcãozinho ai dentro que está começando a querer entrar em erupção, mesmo depois de tanto tempo adormecido. Rsrsrs - e ela ria segurando minha mão, e me dando apoio e incentivo.

- Mas, então, o que eu faço, Laura? Onde estou errando que não consigo lidar com isso? - e, naquele momento, eu esperava que ela, uma mulher muito mais vivida e moderna, confiante e sempre cheia de histórias, pudesse me dar uma luz para eu sair daquele buraco.

- Olha, amiga. Eu acho é que você, primeiro, tem que romper seus bloqueios pessoais. Está na cara que você carrega uma carga muito pesada da sua formação e educação. Você não deve nada a ninguém, Helena. É uma boa mulher, super carinhosa e amorosa com os filhos e o marido, e tenho certeza que Geraldo te ama. Mas você também precisa se amar, e mais intensamente ainda do que ele te ama. Se descobrir como mulher, explorar sensações, se sentir viva mesmo independente dele.

Eu a escutava atenta, dizendo coisas tão óbvias, mas que pareciam para mim virem de um outro mundo, muito diferente do que eu vivera até então. Ainda falando com cuidado para as outras não nos ouvirem, ela me questionou de forma franca e direta:

- Me diz... quando foi a última vez que você se tocou sozinha? Que deu prazer a si mesma, imaginando o que quer que pudesse estar te excitando naquela hora? Pode dizer a verdade, Helena...

- Hã... Me tocar? Você quer dizer... assim... entre as pernas?

- Sim, lá também. Mas pode ser pelo corpo todo, pois cada uma sabe de seus pontos mais sensíveis.

- Ah, bom... sinto uns arrepios no banho às vezes... nos seios, sabe... e... bom... é gostoso, né?

- Helena?! Desculpa, mas... você nunca se tocou de verdade??? Nunca brincou sozinha com seus dedinhos?

Cabisbaixa e com vergonha de minha amiga, eu confidenciei para ela que nunca havia feito isso. E, enquanto escutava dela alguns conselhos, me incentivando e explicando como fazer, eu fui resgatando em minha memória a origem desse trauma todo. Nova ainda, tinha há pouco me tornado mocinha, e tudo era uma grande novidade para mim. Sentia um calor gostoso e interesse crescente pelos meninos na escola. E, numa tarde sozinha em casa perdida em devaneios, terminei por colocar um travesseiro entre as pernas e, sem querer, fui me esfregando com ele e sentindo um prazer delicioso. O tecido da calcinha se enroscando na minha bocetinha, e aquilo tudo me levou a tremer e, talvez mesmo, chegar ao que parecia ser um primeiro e pequeno orgasmo. Um tanto assustada com o ocorrido, não comentei com ninguém, mas ainda repeti aquilo me divertindo por mais algumas vezes nos dias seguintes, principalmente durante a noite quando estava sozinha e protegida pela escuridão do meu quarto.

Chegado o final de semana, como era costume da família, fomos à missa dominical. E, ao me confessar com o padre, ele me questionou sobre meu interesse em meninos e me perguntou se eu havia sido tentada por algo. Temendo por meu ato libidinoso, e não me permitindo mentir ou esconder dele o ocorrido, eu acabei contando-lhe de ter me tocado e sentido aquele pequeno prazer sozinha em casa. O rigoroso padre me repreendeu com muita ênfase, dizendo que nunca mais deveria fazer aquilo, que era pecado e que apenas meu futuro marido, como um verdadeiro "príncipe encantado", é quem poderia ali me tocar e me dar aquele prazer. Completou dizendo que eu não seria nunca verdadeiramente amada ou respeitada se caísse nessa tentação, e me passou uma penitência de algumas semanas rezando muitas "Ave Marias". Durante quase todas as confissões que se seguiram em minha adolescência, aquele padre, o mesmo que terminou por celebrar meu casamento com Geraldo, vigiou minhas ações e fez seu papel de me manter "na linha" segundo aqueles preceitos.

Aquela tarde, conversando e me abrindo com Laura, eu tive como que uma revelação que me levou a entender o quanto eu havia inconscientemente me privado daqueles momentos solitários. Essa privação toda foi algo que me tornou uma mulher ingênua e limitada, sem saber lidar nem com a própria intimidade, que dirá com um marido moralista e todo certinho. A conta veio agora, com esse sentimento tardio de incompletude, e que atormentava cada vez mais meu corpo e minha cabeça, numa ansiedade quase insuportável em poder quebrar essas barreiras.

Laura me segredou coisas que fazia sozinha e também acompanhada de Sérgio, seu marido. Eu sabia, mais ou menos, que tudo aquilo existia em relações entre homens e mulheres, mas via ainda como algo inapropriado para um casal que verdadeiramente se amasse. As duas falando baixinho, em meio às conversas das demais, fiquei sabendo melhor sobre como me tocar, sobre sexo oral, e diversas posições e práticas para experimentar. Ela me contou tudo com tanta naturalidade que a conversa acabou me motivando, convencendo-me a ter uma outra perspectiva sobre tudo aquilo. Podia parecer algo bobo, mas foi um simples momento que serviu como o último pequeno impulso que faltava para eu começar a me libertar da letargia em que vivera desde adolescente. E, assim, saí daquele nosso encontro decidida a perder essa vergonha e romper com meus próprios preconceitos. E, com isso, trazer meu Geraldo mais para mim, despertando também esse desejo renovado nele.

#Terça-feira

A manhã do dia seguinte ao de minha conversa reveladora com Laura transcorreu dentro de uma aparente normalidade. Contudo, dentro de mim, como ela me disse, um vulcão estava iniciando suas atividades, e eu não via a hora de poder ter alguns momentos apenas meus, em minha mais completa intimidade. E, para minha sorte, foi exatamente no dia seguinte que as coisas se encaixaram de forma a me dar aquela primeira oportunidade que eu tanto ansiava.

O primeiro sinal veio de meus filhos. Primeiro com Soninha programando passar a tarde com as amigas para terminarem um trabalho para o colégio, ficando lá até o início da noite segundo o que estimavam ser necessário. E depois com Juninho, também pedindo igual liberação para poder ir à casa do Zeca. Isso com a desculpa de estudarem para uma prova, mas eu bem sabendo que pretendiam mesmo era ficarem de “papo pro ar”. Geraldo estaria, como sempre, trabalhando no consultório, e, quando se despediu de mim, confirmou que estava com a agenda lotada, e que retornaria bem em cima da hora do jantar.

Após a saída de todos, ficamos, assim, eu e Cidinha arrumando a cozinha. E, por uma perfeita coincidência, ela me solicitou se poderia folgar naquela tarde, pois tanto precisava resolver umas questões na escola como também queria passar por algumas lojas para comprar uns vestidos e blusinhas novas que havia visto e ficara encantada. Eu normalmente já concordaria, mas naquele dia acabei o fazendo até de forma exagerada, incentivando-a a pegar o tempo que fosse preciso, e ainda perguntando interessada como eram os modelitos que ela iria comprar.

Depois do almoço, vi meus filhos e Cidinha partindo para seus compromissos da tarde, me encontrando, em instantes, sozinha em casa conforme eu tanto desejava. Enquanto observava a casa apenas para mim, pensei particularmente em Cidinha, refletindo sobre quando terminaríamos por revelar a ela que Geraldo era o seu pai desconhecido; e como lidaríamos com isso com toda a família. Ainda suspirei pensando nesse assunto que vivia como um fantasma que apenas existia para mim e Geraldo, mas acabei relevando por não ser aquele o dia em que aquilo seria finalmente resolvido.

Excitada como uma adolescente, resolvi me servir de um cálice de vinho tinto, tanto para relaxar como para me inspirar para o que ainda não sabia ao certo que faria a seguir. Um tanto hesitante, decidi ligar para Geraldo, enquanto sorvia os primeiros goles do meu vinho, quase que apenas para ouvir sua voz, desejando-lhe uma boa tarde e no aguardo dele para a noite que intuía que poderia ser diferente naquele dia.

O telefone de seu consultório tocou diversas e diversas vezes, eu estranhando a demora em ser atendido. Quando estava quase para desistir e tentar novamente, escuto a voz de Matilde, sua secretária, do outro lado da linha:

- Alô? Consultório do doutor Matozzano. Em que posso ajudar? - escutei sua voz meio sem fôlego, respirando pesado e cansada.

- Matilde, tudo bem? É a Helena...

- Ah, dona Helena. Nossa, me desculpe. Estava já saindo com a porta do consultório trancada quando escutei o telefone e voltei correndo para atender. Desculpa, viu?

- Tudo bem, Matilde. Mas, e o Geraldo? Não está ai? Posso falar com ele?

- Hã... não, Dona Helena. O Doutor Geraldo já saiu. Foi para os atendimentos externos das terças-feiras, aqueles de assistência na Santa Casa.

- Ah... é mesmo... eu havia me esquecido. Eu falo com ele mais tarde, então. Bom, de qualquer forma, muito obrigada, Matilde. E bom descanso!

- Obrigada, Dona Helena!

Desligamos o telefone, e eu me senti num misto de decepção e orgulho ao tomar conhecimento desse trabalho de caridade que Geraldo executava. Estranhei por ele nunca ter me falado a respeito, mas entendendo ser seu jeito, sempre mantendo a discrição quanto aos assuntos de suas atividades como médico.

Já refeita e focada nos meus planos para a tarde, eu subi lentamente a escada em direção ao meu quarto, levando comigo a taça de vinho já completa e reposta dos primeiros goles tomados da sala. Sentia-me lânguida e relaxada, uma onda de prazer começando a se manifestar dentro de mim, com minha pele se arrepiando e um sorriso bobo no rosto.

Pousei meu copo na mesinha de cabeceira da cama, e me postei em pé defronte ao espelho de corpo inteiro do armário. Usava um vestido normal, leve e pouco decotado, e comecei a admirar as formas do meu corpo, de uma forma muito distinta de quando simplesmente me arrumava para sair. Segurando meus cabelos no topo da cabeça, virava o rosto e expunha minha nuca nua, imaginando seduzir um amante invisível e dele receber beijos e carinhos ali no pescoço. Puxava o tecido do vestido contra meu corpo, realçando minhas curvas e formas, os seios grandes, a cintura marcada, os quadris cheios e arredondados. Fazia poses e me provocava, olhando meu reflexo no espelho e começando a me enamorar por aquela morena madura, mas ainda muito atraente e cheia de atributos.

Não tinha nada o que me impedisse de algo naquele momento, minha liberdade era total. E fui assim entrando no clima, ensaiando um “strip-tease” particular e sensual. Iniciado pelas alças do vestido se soltando, fazendo-o escorrer e cair pelo meu corpo, deixando-me apenas de calcinha e sutiã. Mais um gole de vinho, e eu me vi fazendo movimentos e poses provocantes, sentindo minhas próprias mãos como se não fossem mais minhas. Num intercurso preliminar no aguardo paciente de eu mesma me levar para a cama.

Logo terminei soltando meu sutiã e libertando meus seios, vendo-os orgulhosa como eram pesados e ainda bem rígidos, os bicos grandes e levemente rosados. Minhas mãos se apoderaram deles por um momento, não conseguindo cobrir todo o volume de cada um, mas se concentrando em provocar os bicos, beliscando-os com carinho e os fazendo endurecer numa reação imediata. Molhava meus dedos na boca, e, numa primeira leve devassidão, passava a saliva por eles, sentindo o frio e a corrente de ar do quarto me arrepiando, deixando meus seios ainda mais sensíveis.

Minha brincadeira mal havia começado, e eu já olhava meu reflexo com um desejo incontrolável por tirar minha calcinha. Imaginando estar à frente de meu homem, fui, então, calmamente descendo aquela pequena e última peça de minha roupa, vendo pouco a pouco meus pelos negros surgindo no triângulo acima do meio de minhas pernas, escondendo a principal fonte das sensações que ali cultivava. Completamente nua, eu me vi, a seguir, com as mãos na cintura, pernas levemente afastadas, e olhando para aquele corpo cheio de vida e saúde, sorrindo e falando para mim mesma:

- Helena, como você é gostosa! Quero você todinha para mim! - e rindo, o álcool fazendo seu papel, eu me observava e analisava como nunca antes houvera tido a ousadia de fazer. A pele muito branca e macia, minhas curvas acentuadas, pernas longas e coxas grossas, o traseiro grande redondo e gostoso, os peitos tetudos, e o negrume dos pelos da boceta já brilhando pela minha lubrificação natural que começava a brotar naquela altura da brincadeira.

Aproximei-me mais ainda do espelho, e meus dedos desceram entre minhas pernas, procurando aquela fina linha de minha fendinha, sendo descoberta ao afastar os densos pelos que cobriam meu sexo. Naquele instante eu me dei conta do quanto eu tinha sido travada em minha vida, pois nunca me dera uma mera chance de ao menos descobrir minhas intimidades. Poucas vezes fora curiosa na infância, e na adolescência logo fui tolhida e repreendida por minha audácia. Chegara a hora de saber mais sobre mim mesma, e nada me impediria disso naquele momento.

Procurei e trouxe, então, o espelho de mesa de minha cômoda para junto da cama, colocando-o apoiado numa cadeira ao pé dela. A seguir, eu me sentei de frente para ele, e abri minhas pernas lentamente, sem tirar os olhos de meu reflexo. Eu queria saber como eu era, e como Geraldo me via ao me possuir. E aquela visão foi encantadora. Vi minha fenda se abrindo, os lábios se projetando por entre os pelos, a abertura toda rosada e úmida, algo que só de olhar e tocar me deixava ainda mais molhada. Projetando meu ventre para frente, eu me abri até o limite de minhas coxas, e minha boceta então se mostrou toda exposta para mim. Enquanto isso, eu fazia a ponta de meus dedos percorrerem a pele sensível e brilhante, trazendo sucos e o cheiro de minhas excitações, o perfume marinho de mulher que me embriagava completamente.

Abrindo os dois pequenos lábios dela, busquei meu discreto botão conforme as instruções de Laura, encontrando-o logo no topo de minha abertura, durinho e pronunciado. Comecei a alisá-lo com suavidade, mas não resistindo muito tempo antes de intensificar mais e mais; mexendo para cima e para baixo com a pressão que meu corpo pedia, os dedos nervosos, com as duas mãos se ajudando a me disparar um prazer inédito, forte e caudaloso. E que foi se amplificando quando introduzi também meus dedos dentro da minha bocetinha, eles desbravando caminhos que eu mesmo desconhecia, encontrando a rugosidade e protuberância certeira de um ponto especial, e que foi me provocando uma sensação de tensão e torpor, o corpo tremendo em resposta a todos aqueles meus próprios toques.

De algum lugar de dentro de mim, um líquido salgado e espesso começou, então, a brotar em abundância, ao mesmo tempo em que meu corpo vibrava e se arrepiava, ondas de calor tomando conta de mim. Eu estava gozando, e gozando muito gostoso, uma primeira vez consciente e solitária, eu me dando aquele presente divino. Fui ao limite, as pernas e o corpo descontrolados, esquecida da imagem no espelho, olhos fechados e apenas sentindo, até essa sensação explodir e me tirar um gemido gutural do fundo da minha alma.

Respirando com dificuldade, eu deitei meio de lado, lânguida e relaxada, rindo sem controle, ao mesmo tempo em que lágrimas escorriam dos meus olhos. Eu descobrira o caminho para meu orgasmo, para me dar esse prazer mesmo que solitária. E já imaginava onde isso tudo poderia me levar e o quanto mais aquilo não seria melhor na companhia de meu marido.

Instantes se passaram, escutando os pequenos barulhos ao longe na rua, quando novamente olhei de esgueio minha imagem no espelho, vendo minha bunda, as coxas fechadas mal escondendo os pelos e a entrada de minha boceta. Curiosa, me contorci um tanto até poder confortavelmente me olhar de outro ângulo, um mais próximo daquele que Geraldo tinha quando me possuía por trás.

Via meu traseiro empinado, eu deitada de lado e arcando a coluna para o expor totalmente. Vendo também as marquinhas gêmeas na base da coluna, pouco acima do rego grande e profundo. Então eu ergui levemente a perna e assim assisti novamente minha fendinha se mostrando exibida, agora ancorada entre as carnes macias e redondas de minha bunda. E passei novamente a me tocar, mas sob um outro ponto de vista, e não apenas tocando, mas também introduzindo primeiro um e depois dois dedinhos dentro dela; explorando e sentindo as paredes abraçando meus dedos, a umidade extrema voltando a estar presente, acompanhada dos sons melados de minha excitação.

Eu queria muito e queria tudo naquele momento, romper todas as barreiras que me oprimiram por tanto tempo. E assim pensando, voltei-me outra vez para o espelho, e procurei o melhor ângulo para afastar minhas nádegas, para finalmente poder conhecer meu buraquinho proibido, o mais íntimo e apertado. E ele se mostrou todo, um anelzinho levemente rosado, cercado de preguinhas e alguns pelinhos em sua proteção. Lindo e charmoso, foi o que pensei ao me admirar naquela posição.

Molhando os dedos na boca, procurei, então, também por aquela entradinha, colocando e esfregando a ponta do indicador para me induzir sem medo a abrir meu anelzinho. Uma sensação deliciosa me arrepiou a coluna ao ver as falanges do meu dedo penetrando meu cuzinho, sentindo a pele macia e lisa da entradinha daquele canal; e lembrando das poucas vezes que mais recentemente Geraldo assim me acariciara, suprema ousadia que passara a existir entre nós dois. Sem querer, mas pensando nisso, meu cuzinho passou a mastigar e morder meu dedinho, em alternância puxando e tentando expulsar o invasor para fora.

As sensações não apenas se somavam, mas sim se multiplicavam, eu sincronizando os movimentos dos dedos na frente e atrás. Imagens luxuriosas surgiam em minha mente, e fui sendo tomada de um desejo de ser possuída por ambos os lados, dominada e usada por dois homens ao mesmo tempo. Meu segundo orgasmo naquela tarde veio nessa situação, excitada e sentindo convulsões e espasmos fortes em meu ventre, até tudo vir abaixo num gozo mais longo e que explodiu acompanhado de incontroláveis gemidos meus. E a última coisa que vi, antes de desfalecer, foi a dos meus dedos saindo esbranquiçados de minha boceta, com minha bunda brilhando suada, assim como todo meu corpo havia ficado.

Acordei cerca de meia hora depois, toda mole e relaxada, numa sensação que nunca houvera tido antes. Lá fora, o céu se fechara nesse meio tempo, e uma chuva forte começava a cair. Ainda teria muito tempo sozinha em casa, mas aquela primeira experiência, das muitas que certamente ainda viriam, já havia me satisfeito por ora. Recolhi minhas roupas, e segui para o banheiro, tomando um gostoso banho para depois vir a me arrumar, e respeitavelmente esperar minha família retornar para casa no final da tarde.

A primeira a chegar foi Cidinha, que veio encharcada pela chuva que a pegou justamente no meio da caminhada até nossa casa. Correu logo para tomar um banho, enquanto eu lhe preparava um leite quente com bolinhos de chuva, em volume suficiente para também alimentar os outros filhotes que não demorariam muito mais a retornar, logo depois que a chuva parou. Geraldo foi o último a chegar em casa, próximo da hora do jantar, e depois do trabalho estendido no hospital.

Jantamos todos como era o normal em nossa família, e logo depois Geraldo foi se recolher, tomando um bom banho e anunciando o cansaço do dia longo. Não o tive naquela noite, respeitando seu merecido descanso. Contudo, diferentemente das últimas semanas, naquela noite eu estava leve e tranquila, aquela sessão de amor próprio da tarde tendo me servido como uma completa renovação de minha autoestima. Eu me redescobrira como mulher, reaprendendo a encontrar meu tesão e sabendo agora como também era bom se amar.

#Quarta-feira

Se a terça-feira foi um dia especial de descobertas, a quarta-feira não ficaria atrás. Porém, diferente da véspera, aquele seria um dia terrível para mim.

A manhã se iniciou com a ausência de Cidinha no café da manhã. Estranhando isso, fui até seu quarto, a encontrando toda recolhida na cama e ardendo em febre. Provavelmente ela se resfriara como resultado da chuvarada do dia anterior, o que Geraldo atestou ministrando um antitérmico e pedindo para que eu a acompanhasse ao longo do dia. Felizmente não viria a ser nada grave, ficando ela de molho por apenas aquele dia, melhorando significativamente na manhã seguinte.

Depois de todos terem tomado o café da manhã e seguido para seus destinos, eu me vi encarregada de tocar todas as atividades da casa, já que não podia contar com a ajuda de Cidinha. Não era nada difícil, sendo apenas um pouco mais cansativo por estar sozinha naquelas tarefas. E assim eu o fiz, começando pela cozinha e arrumando o andar de baixo da casa, antes de seguir para os quartos e recolher a roupa para lavar. Chegando na lavanderia, fui separando as peças de roupa, e encarando com certo desgosto o tanque que haveria de enfrentar pelas próximas horas. Fazia isso mecanicamente, separando, lavando e pendurando para secar no varal.

Quando cheguei nas roupas de Geraldo, eu sorri reconhecendo as peças que ele usara ontem. E, sozinha que estava, eu as trouxe para junto de mim, buscando sentir o perfume e cheiro do homem que eu tanto amava. Primeiro peguei sua camisa, e ao fazê-lo tive uma primeira estranheza. Aquele não era com certeza o seu perfume de sempre, o que eu conhecia muito bem. Havia algo diferente, uma flagrância almiscarada e bem estranha aos meus sentidos. Resolvi, então, pegar suas outras roupas para verificar se também tinham esse perfume.

Junto com aquela camisa havia também uma blusa que ele usara nos últimos dias, dado que as temperaturas daquela época do ano estavam caindo na cidade. Geraldo havia comentado, inclusive, que tinha pegado um pouco de chuva e assim a colocara para lavar. E examinando aquela peça, o que era antes apenas uma estranheza passou a tomar a forma de uma prova do que eu nunca poderia imaginar. Sua blusa não apenas trazia o mesmo perfume estranho, mas também vinha acompanhada de alguns poucos fios de cabelo longos e cacheados, muito diferentes de todos os das mulheres de nossa casa. Soninha era a única que poderia ter um cabelo tão longo como aqueles, porém os dela eram bem lisos e não encaracolados.

Eu segurava aquela blusa já ficando nervosa, sentindo minhas mãos tremendo. Queria fugir daquela situação, como que acordando de um pesadelo. Mas não podia, era tudo real e estava ali na minha frente. Um misto de sofrimento e raiva passou a tomar conta de mim, quando joguei aquela roupa com desgosto no tanque e me deparei com a cueca que Geraldo deixara embolada no cesto de roupas sujas. Titubeando em fazer aquilo, peguei sua roupa mais íntima e trouxe para junto de meu rosto, buscando, com alguma esperança, um álibi para meu marido.

Todavia, nada disso aconteceu, muito pelo contrário. Eu podia ser uma mulher tradicional, ingênua e reprimida, mas não era burra. A profusão daquele perfume, junto com outros tantos aromas e manchas incontestáveis, se intensificou ainda mais naquele tecido, formando um quadro na minha frente com o qual eu nunca imaginava que pudesse me deparar: eu estava sendo traída por Geraldo, meu todo amado e querido marido!

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Comentários

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Ho mestre!! Uma narrativa impecável!

E uma história excelente, além de muito exitante.

Votado e estrelado! ⭐⭐⭐💯

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Que safadao esse Geraldo...

Agora Helena não vai dar... vai distribuir kkk, sem culpa e sem medo...

E ao Geraldo cabe chupar pau por tabela por merecimento...

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Putzz, ele esta traindo ela com a secretária provavelmente.

o bicho vai pegar heinn... como diz uma grande amiga agora vai pegar fogo no parquinho.

excelente história

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Não é a secretária, não kkkkkk

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Verdade, Ana. A outra de Geraldo é velha conhecida nossa, apenas a Helena não sabe quem é!

😉

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vixx vou ter que ler os outros novamente, não me lembro de quem possa ser.

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Neto, a origem de tudo está no conto “Os Matozzano”, que escrevi para o desafio 3, dos anos 60. Aquela foi a semente da história dessa série!

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J67
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