- Por que essa revolta toda?
- Não é revolta, eu preciso mesmo alinhar as coisas na minha cabeça. - disse ele carinhosamente.
Não sei se eu ficava feliz ou triste com aquele comentário. Se por um lado ele não queria o Vinícius, por outro ele também não queria mais ninguém. Sabe quando você sente que a pessoa que você gosta só te vê como amigo e que, dificilmente ela te verá como amante? É uma sensação horrível de impotência e de fraqueza. Você não pode fazer muita coisa. Era horrível!
- Eu preciso de tempo para mim. Sabe do que eu preciso? De roupas novas.
- Para que roupas novas?
- Para ficar mais bonito!
- Você já é lindo! - disse sem pensar.
Ele me olhou espantado, ficou vermelho e sorriu.
- Ah, para, Marlon, de tentar me agradar! - disse ele rindo.
Foi quando eu percebi que eu o tinha feito corar.
“Se ele não quer ninguém agora, eu vou fazer ele querer!”, eu pensei.
Eu não queria me iludir, investir em algo que não tivesse futuro, ou ainda pior, achar que ele me daria uma chance, quando na verdade ele só estaria sendo gentil comigo.
Isso me atormentava, mas não mais que a ideia de não tê-lo. Passar o tempo e não poder senti-lo.
Doíam os ossos quando eu pensava nisso. Sentia as minhas articulações congelarem, as juntas dos dedos, mãos, pés, cotovelos, joelhos, maxilar.
Tudo doía quando eu pensava nisso. Eu me encolhia na cama de noite, me enrolava com o cobertor até o pescoço e ficava gemendo e tremendo durante o sono.
Eu sonhava com ele. Sonhava com beijos, sonhava com abandonos e choros.
Um dia eu sentia esperança. No dia seguinte eu previa o medoA nossa farra ficou programada para o próximo final de semana. Mas antes, algo, sem querer aconteceu. Estávamos no intervalo de mais um dia de aula. Falando, para variar, sobre sexo.
- Ai, faz tempo que eu não transo.
- Luciano está em falta, Tom? - perguntou o Caio.
- Está muito em falta, baby.
- Eu também estou em falta. - disse a Claudinha.
- Ai, eu também. - disse o Caio.
Eu fiquei o tempo todo calado.
- E você, Marlon? - perguntou o Tom.
- Eu o quê?
- Também está em falta?
- Não, estou em greve mesmo.
- Essa situação está precária, gente. Precisamos fazer alguma coisa!
- Verdade. - confirmou o Caio.
- Verdade, verdade.
- Ai, que puta, gente. A Cláudia é muito dada.
- Eu não sou nada de dada, eu sou libertária, mas com o meu amoreco.
- Você não é libertária, é libertina.
Conversa vai, conversa vem, até que propõem uma solução:
- Eu proponho uma suruba! - disse a Claudinha, animada.
- Suruba? A gente? Não vai dar certo. - disse o Tom.
- Por quê? - perguntou a Claudinha decepcionada.
- Primeiro porque você é mulher, já não gostei; segundo porque eu e o Caio só podemos dar; e por último, o Marlon iria sair muito cansado dessa orgia toda. Caio e eu temos minhocas, só o Marlon é bem dotado.
Quando o Tom se calou, o silêncio reinou. Claudinha ficou nervosa, o Tom pôs a mão na boca, o Caio se fez de surdo e eu fiquei sem entender nada.
- Como assim eu sou bem dotado?
- Ah, deve ser não é? - respondeu o Tom meio nervoso.
- Desde quando você sabe que eu sou bem dotado?
- Esquece, Marlon, esse doido não sabe o que diz.
Os três ficaram nervosos depois que o Tom disse aquilo. O Caio ficou calado, quieto e de cabeça baixa.
- Caio?
- Eu.
- O que você sabe sobre isso?
- Eu não sei de nada. Pergunte ao Tom.
Enfim, dali não saiu. Ninguém abriu a boca mais. Fiquei com duzentas pulgas atrás de cada orelha. Fui para casa pensando no por que do Tom ter dito que eu era bem dotado com tanta propriedade.
No MSN eu o questionei:
- Você pode me dizer o quê você quis dizer hoje?
- Hoje quando?
- Deixa de inventar...por que você disse aquilo de bem dotado?
- Eu supus.
- Mentiroso...fala logo!
- Me prometa que você não vai contar nada?
.
- Prometo.
- Foi no dia em que você dormiu na casa do Caio, lembra?
- O dia que vocês foram também, né?
- É... A gente brincou da brincadeira da garrafa... Aí eu estava fazendo perguntas pesadas. kkkkkkk
- kkkkkkk.
- Aí o Caio e a Cláudia ficaram com medo de mim e só pediam consequência.
- kkkkkkk... Essas perguntas eram pesadas mesmo, heim?
- Eram... Aí eu fui perguntar para o Caio e ele pediu consequência.
- E a prenda era olhar meu pinto?
- Era.
- Oh!
- kkkkkkkkkkkkkkkkkk.
- Medo de vocês... Caralho.
- Está com raiva?
- Não... Mas vocês são putinhos, heim?
Não vou negar que fiquei super excitado quando o Tom me contou isso, mas também fiquei feliz. Mais feliz que excitado.
- Sorry, gato!
- Está desculpado... Então quer dizer que eu sou bem dotado?
- Não sei, eu não vi.
- Não?
- Não. Só o Caio viu. Aí ele abriu sua calça, botou para fora e viu, depois ele voltou e mostrou o tamanho com as mãos.
- kkkkkkkkkkkkkkk.
- Aí eu e a Claudinha: “é enorme assim?”
- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
- Uahuahuahuahauhauahuahau
- E o quê ele disse?
- Ah, ficou se fazendo de surpreso, de puro, de casto... Você sabe como é o Caio.
- Sei.
- :X
Então o Caio me achava bem dotado?
Bom saber!
(...)
Na noite da festa, eu decidi provocar mais o Caio.
- Eu passo aí já já, está pronto?
- Estou, pode vir me buscar.
Cheguei, estacionei na rua e dei um toque para o celular dele. Ele desce, abre a porta do carro e eu:
- Nossa! Você está cheiroso...
- Gostou?
- Gostei. Deixa eu sentir de perto. - me aproximei tirando o cinto e esfregando o meu nariz no pescoço dele. - Hum, é bom!
Ele não disse mais nada.
Quando chegamos na tal festa, que era rave, ficamos na periferia da pista. Olhávamos todos e ficávamos bebendo.
- Lembrem-se que vocês têm que ficar pianinhos. Vocês são pessoas comprometidas! - eu disse ao Tom e à Cláudia.
- MAS DANÇAR PODE! - gritou o Tom.
- As únicas pessoas que podem tudo hoje somos Caio e eu. Não é Caio? - disse olhando fixamente para ele.
- É - disse ele desviando o olhar e procurando o canudo do refrigerante com a boca.
- Vou me esbaldar naquela pista, aquela, aquela - apontava a Claudinha.
Mas ela não foi. Ficamos dançando ali mesmo. Não rolou nada demais. Só o final da balada reservava surpresas.
- Eu vou ao banheiro.
- Me espera, Caio, eu vou com você.
Ele foi para o mictório e eu fique esperando por ele encostado na pia. Quando ele voltou, me perguntou:
- Não vai urinar?
- Não.
Ele me olhou com estranheza e seguiu para a pia lavar as mãos. Eu o fui cheirar de novo.
- Seu perfume ainda não saiu - esfreguei meu nariz no pescoço dele de novo.
- Não, Marlon, você está bêbado - disse ele afastando o pescoço.
- Não estou.
- Está sim.
- E se estivesse? Quando a gente está bêbado, fazemos o que queremos realmente fazer.
Ele permaneceu calado.
- E se bem me lembro, eu estava bêbado, mas isso não te impediu de olhar o meu pau.
- O quê? - me perguntou com surpresa.
- E não foi?
- Quem te disse isso? Foi o Tom?
- Quem disse que eu não me lembro.
- Eu... eu não fiz nada demais.
- Também acho.
- Foi tudo brincadeira. Foi ideia do Tom. Eu não queria pegar em você, nem te beijar.
- Beijar?
- Hein? ...Ai. Sabia que você não se lembrava porra nenhuma. Foi o Tom quem te disse, não foi?
- Foi, mas ele não falou de beijo. Você me beijou? - perguntei carinhosamente.
Um cara entrou no banheiro e, imediatamente, mudamos nossas posturas.
- Eu vou sair.
- Eu vou também.
E fomos nos encontrar com o Tom e a Claudinha.
A festa foi acabando sem muita surpresa. O Caio ficou retraído, não dançou mais como antes, contudo, começou a beber mais. Eu fiquei de olho nele, para que nada o acontecesse. Mas as surpresas realmente acabaram no banheiro.
- Marlon, por que você não me deixa antes que todo mundo? Eu quero chegar logo em casa. - insinuou o Caio.
- Mas não vai demorar quase nada eu deixar a Claudinha e o Tom. Eu posso te deixar por último sem problemas .- insisti.
- Não, prefiro ser o primeiro, pode ser?
Não teve jeito. Pelo jeito, naquela noite, eu não teria mais algum tempo a sós com ele. Pelo menos por enquanto.
Depois que deixei todos em casa, voltei para a minha, tomei banho, vesti uma cueca limpa e fui me deitar.
Mas eu não conseguia deixar o Caio em casa quieto, ele sempre ocupava também a minha cabeça. Eram duas coisas acontecendo ao mesmo tempo: uma paixão avassaladora e um sentimento ainda estranho.
Por mais familiarizado que eu estivesse com o Caio, esse sentimento (gostar de outro homem) era ainda novo. Não posso dizer que não tive medo do que eu sentia todo esse tempo.
Eu decidi ligar para ele:
- Oi, Marlon.
- Você fugindo de mim... Por quê?
- Não estava fugindo.
- Não?
- Marlon, o fato de você estar...enfim, não te dá o direito. Eu nunca te dei esperanças. Eu fui justo com você.
- Só a vida não foi justa. - lamentei.
- Marlon, para com isso. Para de forçar!
- Tá bom, vou parar. - desliguei.
A vontade era lançar o celular o mais longe e mais forte possível. Contive-me. Apertei o celular na palma dão mão enquanto as lágrimas rolavam no rosto. Que ódio!
Dia seguinte, não teve jeito. Fui à casa dele. Quando subi, a mãe do Caio estava descendo.
- Ah, oi Marlon, o Caio está no computador - disse descendo as escadas.
- Ah, certo.
Eu fui entrando, sem fazer barulho. A porta do quarto estava aberta e eu entrei. Ele estava escutando música. Eu me aproximo, ponho as minhas mãos nos ombros dele. Ele estica a cabeça para trás e me vê de cima para baixo.
- Oi.
- Oi - disse ele tirando os fones do ouvido.
Ele girou a cadeira para me olhar melhor, enquanto eu sentava na cama dele.
A gente ficou se olhando. Parecia que nada seria dito, até que eu respiro fundo e solto.
- Não dá. Ou é do jeito que eu quero, que eu preciso, ou a nossa amizade não continuará.
- Não precisa ser desse jeito.
- Você não entende: não consigo ser seu amigo. Só amigo não.
- Marlon, eu...
- Você o quê?
- Não posso. Não consigo.
Eu o olhei nos olhos. Ele estava com um rosto aflito, como se quisesse me satisfazer, mas não conseguia. Como se ele quisesse gostar de mim como eu gostava dele, mas não conseguia. Era amizade e ponto. Meu coração bateu forte. Levantei-me.
- Já vou.
- Assim?
- Melhor eu ir logo, antes que eu faça besteira.
- Marlon, eu gosto tanto de você... - disse ele se levantando e indo ao meu encontro - Mas eu não...
Não consegui me controlar. Agarrei-o e forcei um beijo. Pela primeira vez eu senti a língua do Caio, mas ela não se mexia. Até porque eu nem dava a oportunidade. Fui bruto. Caímos na cama, eu em cima dele. O prendi com o meu corpo e ele não se mexia. Eu forçava o beijo e ele não conseguia fugir.
Não demorou muito e ele começou a tentar me afastar. Ele começou a empurrar o meu peito e a tentar tirar a boca. Eu não deixei. Estava excitado demais.
Mas quando eu tirei a minha boca da boca dele, para poder lhe chupar o pescoço, ele susurrou um “Não” com voz chorosa.
Eu parei imediatamente. Quando eu me afastei um pouco, deu para visualizar o rosto dele inteiro. Ele estava com uma cara de assustado e com os olhos cheios de lágrimas.
Foi quando eu percebi o que tinha feito. Eu forcei demais, parecia um estupro. E de fato era um estupro, só que eu não consegui chegar ao ponto culminante.
Percebi a burrada. Senti-me imundo e indecente. A expressão no rosto do Caio era de medo. Eu fiquei com medo de mim também.
Eu me levantei imediatamente e saí correndo para as escadas. Entrei no carro e acelerei o mais rápido que pude, mas não dirigi muito tempo. Eu logo parei a duas quadras depois e comecei a chorar de pânico.
Depois do choro, veio a fúria, que me fez desferir vários murros no volante do carro, mas ele reagia com buzinadas. Voltei a chorar e a ficar desolado.
Por fim, voltei para casaNa segunda-feira, eu não sabia se iria para a aula. Ainda pensei muito se ia ou não, mas acabei indo.
Achei melhor reencontrar logo o Caio e tentar lhe explicar o que eu tinha feito. Uma hora, duas, três horas e nada dele na aula.
Eu ficava mal a cada minuto. Desesperei-me.
O Caio deveria ainda estar sob os efeitos do meu ato. Então eu fui lá. Aproveitei que os pais dele nunca estavam em casa à tarde, dia de semana.
Quando eu estacionei na calçada, pensei comigo “Ele não vai me receber. Não vai me deixar subir”, mas surpreendentemente, o porteiro me deixou entrar. Eu subi as escadas com cautela e bati na porta.
O Caio demorou a abrir. Ele estava sério, com a cara amarrada. Parecia com raiva.
- Eu te devo desculpas...
- Entra! - ordenou grosseiramente.
Eu entrei, dei uns dois passos para frente. Quando o Caio fechou a porta, eu me virei.
- Caio, eu...
Antes mesmo que eu pudesse ver, o Caio me agarrou e me beijou.
Eu não esperava, o meu corpo não esperava, os meus sentidos não esperavam, mas lá estava o Caio me beijando intensamente.
Ele apertou os meus braços na altura dos cotovelos, me puxou e beijou meus lábios. A língua entrou imediatamente depois. Eu ainda estava de olhos abertos, surpreso. O beijo foi ficando bom. Muito bom. Muito gostoso. Muito excitante.
Os meus olhos foram fechando lentamente e as minhas mãos começaram a abraçar o Caio.
Eu não sentia mais nada além daquele beijo. Ele foi me puxando pelo braço sem tirar os lábios dos meus, depois ele foi se deitando no sofá e me puxando para cima dele. Nossas pernas se entrelaçaram; foi quando meu pau ficou duro. Mas muito duro mesmo.. Na verdade eu nunca o tinha sentido tão rijo.
O Caio beijava com amor e leveza e me fazia muito carinho enquanto estávamos deitados.
Até então a gente ainda não tinha parado de se beijar. Nem um segundo sequer. Eu estava me sentindo levado por ele, guiado pelos seus movimentos. Eu nunca havia sido conduzido numa situação como essa.
Eu sempre, como hétero, tinha sido o condutor. A diferença é que eu não estava consciente do que estava acontecendo. Eu só queria sentir tudo e saber aonde isso iria me levar.
Fazíamos barulhos com os lábios. A língua do Caio é quente e precisa. Ele solta pequenos gemidos enquanto beija.
Nossas pernas começaram a se esfregar mais umas nas outras e, por conseguinte, os nossos cacetes se pressionavam mutuamente, provocando uma situação de excitação ainda maior.
Minhas mãos foram parar no cós do short do Caio. Foi quando ele parou.
- O que foi? - perguntei ofegante.
- Você quer isso mesmo?
- Por que, você não quer?
- Acho que sim.
- Acha?
- Tenho medo de perder você!
-Medo? Então você está fazendo isso para não perder a minha amizade?
- Não. Eu quero isso também, mas tenho medo de não estar apaixonado, ou de depois a gente perceber que não quer mais nada um com o outro.
- Eu tenho certeza que isso não vai acontecer. Pelo menos comigo.
- E comigo?
- Você não sabe se me quer?
- Não.
- Então por que você me beijou?
- Por que estava excitado. Quando você me beijou ontem, eu queria, mas tive medo de prosseguir.
- Mas e hoje, o que você sente por mim?
- Não sei ao certo. Desde que eu te beijei e vi o seu pinto eu fiquei balançado.
Eu não resisti e ri um pouco. Ainda estávamos deitados no sofá. Eu em cima dele.
- Não ri, Marlon, é sério!
- Desculpa. - disse eu me contendo.
- Eu fiquei balançado porque foi a primeira vez que te vi como homem, pois até então você era só amigo. Eu nunca te olhei com outros olhos. Quando o Tom me pediu para eu ver o seu pinto, eu pensei “Caramba, o Marlon vai ficar puto se souber”, mas quando eu vi, eu vi um pênis mesmo.
- Você esperava ver outra coisa?
- Não, Marlon, você não entende? Não foi o tamanho, ou a zona depilada, ou sua virilha, ou o fato de você estar dormindo... enfim, eu não fiquei mexido por causa do pênis em si, mas eu percebi que, com aquele ato, eu estava notando que você era um homem mesmo, um homem que sente tesão e que transa.
- Acho que estou entendendo.
- Mas eu não sei se é só tesão, se é carência, ou se estou apaixonado.
O que você quer que eu diga?
- Você quer que eu pare?
- Claro que não.
- Mas, Marlon, depois eu posso dizer que não quero mais. Amanhã mesmo eu posso fazer isso.
- Tudo bem.
- Prefere arriscar?
- Prefiro.
- Mas eu não. Tenho medo de perder você.
- Você já perdeu. Se for desse jeito, não quero ficar próximo de você. Dói demais.
Ele me olhou com tristeza. Percebi que o clima tinha mudado. Não dava mais para transar. Eu me decepcionei. Fiquei ali deitado em cima dele, mas não fazíamos nada. Ele não iria mais conseguir voltar a me beijar daquele jeito. Eu estava tão perto... Decidi não parar. Eu voltei a beijá-lo, mas ele não me beijava como antes.
Não desisti. Ergui-me um pouco e tirei a blusa. O olhei nos olhos e voltei a beijá-lo. Depois eu fui pressionando a virilha dele com a palma da minha mão, mas logo depois eu estava passando a mão em suas nádegas. Ele abriu mais as pernas para que eu pudesse pôr a mão atrás dele.
Pronto! Voltamos a nos beijar como antes.
Eu comecei a tirar a sua blusa. Ele levantou os braços para mim e eu puxei a camisa do corpo dele. Eu comecei a beijar o seu pescoço e ele se contorcia como se sentisse cócegas, mas era prazer. Ele soltava pequenos gemidos fraquinhos. Ele respirava fundo. Acariciava o meu couro cabeludo e me dava mais gás para continuar a chupar o seu pescoço. Desci para o peito. Ele era magro, mas era carnudo. Seu peito tinha pequenas elevações. Eu mordia de leve. Eu gemia um pouco mais alto. Eu sentia o seu pau duraço tocando o meu abdômem. Eu fui descendo mais com a boca até o umbigo.
Foi quando ele começou a se contorcer mais ainda. Parecia que ele sentia choque. Eu olhei o seu rosto e ele estava de olhos fechados, jogando a cabeça para trás e gemendo com a minha língua. Isso me deixou mais excitado para continuar beijando o seu corpo. A essa altura o seu pau se esfregava no meu peito, na altura do pescoço. Tudo me levava a fazer sexo oral, mas era estranha para mim a ideia de ter um pinto na minha boca. Não que não me fosse atraente, mas ainda era inviável, eu ainda estava nervoso.
Eu fui subindo de volta ao rosto do Caio para beijá-lo. Depois do beijo, bem mais intenso agora com a minha viagem pelo seu corpo, ele me olhou e sorriu.
- Você voltou porquê?
- Voltei?
- Sim, não gosta de oral?
- Ah. Não, não é isso. É que eu ainda... eu não sei.
Me senti um principiante, alguém que estava sendo iniciado.
- Tudo bem, - disse ele carinhosamente - eu entendo.
E voltou a me beijar. Fiquei muito sem graça. Eu queria impressionar na nossa primeira vez
.
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Collin Nathan
Sáb 05 Set 2015, 16:26
por Collin Nathan
140
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O Caio tomou a liderança de vez e me pôs por baixo. Ele foi para o cinto da minha calça, abriu o botão, depois o zíper, mas não tirou a calça. Depois ele veio diretamente no meu mamilo. Ele mordiscava e chupava ao mesmo tempo. Era muito delicioso. Por ter uma voz empostada, eu comecei a gemer um pouco alto demais. O Caio parou e disse:
- É melhor irmos para o meu quarto, você faz muito barulho, mocinho.
Como alguém, que já tinha tanta experiência em sexo, pode ficar tão sem graça e corado como eu? Eu fiquei todo por fora e sorri. Ele se levantou, pegou a minha e a sua camisa e, segurando a minha mão, me puxou para o seu quarto.
Parecia uma viagem longa: da sala para quarto. Fiquei muito tenso. Mas ao mesmo tempo era muito carinho o Caio segurar a minha mão e me arrastar pela casa. A cabeça dele fica na altura do meu ombro mais ou menos, e ele é bem mais “estreito” que eu. Aos dezenove anos, me davam vinte e dois, então imaginem!
O Caio tinha dezoito e o davam quinze.
Ele parecia um menino.
Ele pôs as nossas camisas na cadeira do computador, enquanto eu fiquei em pé, e ainda de calças, próximo da cama.
Ele voltou, me abraçou, me beijou e me sentou na beirada da cama. Mas ele continuou em pé e se inclinava para me beijar. Depois ele foi abaixando até ficar de joelhos. Ele mordeu o meu abdômem, me fazendo soltar gemidos. Foi puxando a minha calça e eu o ajudei a tirar. Depois ele me olhou nos olhos. Ele parecia muito afim, mas aparentava meiguice.
- Quer que eu faça isso?
Como ele poderia me perguntar isso? Mas a pergunta me tocou fundo, assim como os olhos dele. Eu respondi com muito esforço:
- Eu? Eu... quero. Tem problema?
- Problema? Problema nenhum. - respondeu carinhosamente.
Ele foi apertando o meu pau através da cueca com uma mão e acariciava a minha coxa com a outra. Eu nunca fiquei tão excitado em toda a minha vida. A minha cueca era preta. Depois ele começou a morder de leve através do tecido da cueca. Com a mão, que antes apertava o meu pau, agora ele acariciava o meu peito. A minha mão foi parar nos cabelos macios dele. Eu fazia carinho em sua nuca. Com as duas mãos ele pôs o meu pau fora da cueca e, depois de me olhar mais uma vez nos olhos, passou a língua na glande.
Eu não resisti e soltei mais outro gemido, ainda mais alto. Mas ele nada tinha feito ainda de fato, só a língua de leve. Ele me lambia como um pirulito. Depois ele começou a chupar de verdade. Ele me masturbava ao mesmo tempo em que me chupava.
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denny14a
Sáb 05 Set 2015, 16:30
por denny14a
hoje é sabado então você pode postar o triplo porque não sou obrigado. tenho certeza que o ewerton comeu o vinicius
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Collin Nathan
Sáb 05 Set 2015, 16:46
por Collin Nathan
Mas DennyNem vem com essa de ser sábado que o estoque de posts já corrigidos está muito baixo.
Mas a gente ia parar agora pra fazer raiva no Matheus.
rsrsrsrsrsrsrs
Mas mais tarde a gente consegue postar mais uns 10 posts.
Estamos corrigindo aqui.
Beijos pra você que é lindo e fofo
Fellipe (e Collin também)
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Collin Nathan
Sáb 05 Set 2015, 16:53
por Collin Nathan
Ei Dennyyyyyyyyyyyyyyyyyyy
O bocudo aqui pegou o notebook e escreveu.
A gente está mesmo corrigindo mais uns 10 posts pra hoje.
Acontece que chegou nessa parte do conto e o Lipe inventou de testar aqui como que é as sensações que vão acontecer.
Ele é meio pra frente.
Mas a gente volta já-já.
Beijos pra você que é fofo e lindo também.
Collin (e Fellipe também).
PS: Só eu que posso chamar ele de LIPE.
Se outro aqui chama ele assim, ele não responde e nem dá atenção. É só meu esse menino lindo demais.
Que nem eu que sou só dele, né?
lalalá
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Última edição por Collin Nathan em Sáb 19 Set 2015, 20:02, editado 1 vez(es)
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Matheus
Sáb 05 Set 2015, 18:34
por Matheus
olha a a hora que ele para, vou te matar collin, aliás,voce e o felipe
matar vocês dois G___G
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Collin Nathan
Sáb 05 Set 2015, 18:41
por Collin Nathan
OBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Fizemos raiva neleeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
lalalá
Esse era o objetivo.
A gente estava aqui esperando só ele endoidar pra gente começar a postar de novo...
Deu certo
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Collin Nathan
Sáb 05 Set 2015, 18:43
por Collin Nathan
141
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Ele às vezes me olhava nos olhos, mas logo depois ele os fechava e continuava no oral. Eu espremia os meus dedos dos pés, mexia os meus quadris e, acho até que, eu erguia um pouco o meu pau em direção à sua boca.
Ele também beijava e mordia as minhas coxas e o meu abdômen, mas logo voltava a me chupar. Os meus gemidos ficaram mais altos e fortes. Eu acariciava a cabeça do Caio com mais intensidade, mas o fato era que eu estava empurrando de leve a cabeça dele em direção ao meu pau.
Minutos depois ele parou, se levantou e veio em minha direção. Me beijou, me abraçou e sentou no meu colo. Ele ainda estava de short. Percebi isso quando, de olhos fechados eu o beijei e fui acariciar o seu pau, retribuindo o seu carinho.
Minha sensação foi de absurdo. Ele não poderia ainda estar de short. Não depois de ter me feito sexo oral. Então eu o tirei do meu colo e, ainda sentado, arranquei o short dele com um só movimento e o joguei longe.
Vendo agora o pênis do Caio, que era bem grossinho e rosadinho, sem pelos, eu não me contive. Eu segurei as suas duas mãos com as minhas e o fui puxando de leve para próximo de mim. Mas quando eu ia colocar a boca, hesitei:
- Não precisa fazer isso, Marlon. Eu sou passivo mesmo!
- Eu quero!
- Não parece...
- Tenho medo de te machucar.
- Tente fazer como eu fiz e não me morda.
- Hahahahaha.
Eu o olhei nos olhos de novo e finalmente pus o pau dele na minha boca. Senti como se uma língua quente e grossa estivesse me beijando. Eu o chupava de leve. O gosto era estranho, mas não era ruim. Ele estava muito cheiroso, o mesmo cheiro de sabonete que ele usava sempre. Um cheiro que já me era familiar. Parece que ele caprichava nas partes íntimas no banho. Eu o chupava e o cheirava ao mesmo tempo. Ele não tinha pelos na virilha e nem nas coxas. Era todo liso e o rego também. Eu não demorei muito ali porque ele se afastou de mim. Isso me preocupou.
- Não gostou?
- Gostei, mas não gosto muito.
- Hã?
- É que eu sinto muito prazer com oral e tals, mas eu prefiro mais fazer que receber. Deve ser porque eu sou passivo.
- Mas eu fui bem?
- Bobo! - ele riu de mim enquanto sentava de novo no meu colo - Você foi perfeito! - e me beijou.
Ficamos nos beijando ali por um bom tempo. Depois ele se levantou e foi ao guarda-roupas, abriu uma das portas, foi até a última gaveta e trouxe um tubinho de lubrificante.
Sentou-se ao meu lado na cama, me olhou nos olhos e disse:
- Seja gentil!
Achei aquilo muito íntimo. Claro que tudo o que estávamos fazendo era íntimo. Até demais. Mas ele me pedindo para ser gentil... eu não sei explicar, para tal eu teria que conseguir explicar exatamente qual o tom de voz ele usou para me pedir isso.
Eu sorri amorosamente para ele e disse:
- Serei.
Peguei o creme e fui passando em todo o meu pau. Enquanto isso, o Caio foi se deitando na cama, mas com o tronco encostado na cabeceira.
Eu fui em sua direção, caminhando por sobre a cama de quatro e o beijei. Ele foi se deitando mais ainda. Eu iria lhe perguntar como ele queria que eu fizesse, mas parecia óbvio. Elevei as suas pernas até a altura da minha cintura, segurando-o pelos calcanhares e fui invadindo o seu corpo de leve.
Meu pau escorregava devagarinho para dentro daquele cu rosado.
Depois que eu me introduzi por completo, o Caio soltou um gemido doce e sussurrou no meu ouvido:
- Seja bonzinho e faça amor como você nunca fez na vida!
Quando eu senti os lábios do Caio encostando-se ao meu ouvido e quando eu ouvi aquelas palavras, eu me arrepiei. Parei. O olhei nos olhos, ele estava de olhos fechados. Mas como eu havia parado, ele abriu para saber o que tinha acontecido:
- O que foi?
- Nada!
- Fiz alguma coisa errada?
- Não!
Ele ficou me olhando, tentando saber o que se passava em minha cabeça. Eu ainda estava todo dentro dele.
- É que eu me arrepiei. Você me pedindo para te amar desse jeito...
Ele sorriu gentilmente e perguntou:
- E o que você está esperando para fazer isso?
Beijou-me. Me fez encostar todo o meu corpo no dele, já que eu estava um pouco elevado. Eu ainda estava dentro dele e ficamos nos beijando por um bom tempo, mas não fizemos sexo de fato, até então.
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Ele acariciava a minha nuca e as minhas costas. Eu o agarrava pela cintura e sugava a sua boca intensamente, sem parar.
Ficamos tão grudados que começamos a produzir suor entre nossos tórax e pernas. Eu ainda estava totalmente dentro dele. Eu fui beijar o seu pescoço, deixando a boca dele livre. Foi quando ele começou a gemer um pouco mais alto. Eu quis saber o que estava acontecendo. Eu não me mexia, quer dizer, eu não me movimentava a fim de transar, mas eu não havia percebido que o Caio, mesmo por baixo e preso pelo meu corpo, se movimentava por nós dois.
Então, sim, nós estávamos fazendo amor e não apenas nos beijando como eu pensava.
Foi quando eu percebi que eu estava sentindo muito prazer e que não era somente o beijo que me provocava isso. Continuei beijando o seu pescoço e não me desgrudei dele, nem mesmo para fazer movimentos mais intensos. Tudo que eu queria era ficar grudado nele.
O Caio foi tão intenso, que eu sentia o meu corpo se deslocando na cama, mas eu não me movia para isso. Ele se movia por nós dois. Não demorou muito e eu senti um fluido quente escorrendo pelo meu abdômem. O Caio mordeu meu lábio de leve, soltou e gemeu desesperadamente.
Eu me ergui um pouco do corpo dele e percebi que ele tinha gozado em mim.
Eu me levantava um pouco e o pau do Caio continuava grudado na minha barriga. Não por causa do sêmen, mas por causa da ereção mesmo. Afinal de contas, o meu abdômem estava pressionando o pau dele entre mim e ele próprio.
Talvez tenha sido isso que tenha o feito chegar ao orgasmo. Estávamos nos esfregando tanto... Eu ficava olhando a minha barriga e o pênis dele grudado. Acho que fiquei mais excitado com aquela cena, do que se eu tivesse chegado ao orgasmo.
Eu podia ouvir o Caio respirando fundo, recobrando os sentidos. Suspirando.
Então eu peguei o pau dele com a palma da minha mão e fiquei esfregando no meu abdômem, espalhando ainda mais o sêmen que se encontrava ali.
Depois eu voltei para dentro dele, com ainda mais carinho. Fui diretamente para a sua boca e o beijei. Ele parou de me beijar e me pediu:
- Quero ficar por cima agora.
- Mas você quer... - ele me interrompe.
- Não. Eu sou passivo, lembra?
Então eu saí de cima dele, me deitei de costas e ele sentou em mim. Mas ele sentou de costas para mim. Eu pensei que ele se sentaria de frente. Eu fiquei observando as suas costas. Eram totalmente lisinhas e rosadas.
Mas ele me surpreende de novo quando se deita sobre o meu peito e diz:
- Agora é com você!
Eu comecei a elevar os nossos quadris. Agora sim eu estava sendo ativo naquela situação. Pela primeira vez tomei as rédeas. A impressão que eu tinha era que o Caio espremia o cu, como dizem “apertadinho”.
Eu só lembro que senti o meu pau muito duro, mas muito imóvel. Então era engano meu mais uma vez. Não era eu quem se movimentava ali, apesar de estar nos erguendo, mas era o Caio quem me proporcionava o prazer.
Não demorou muito e eu gozei.
Assim que eu literalmente desabei na cama, o Caio saiu de cima de mim e se deitou de bruços e ficou observando o meu rosto. Eu fiquei olhando o teto e tentando recuperar o fôlego. Depois eu virei a cabeça e olhei para ele.
Ele estava com o rosto suado. Ele estava sério. Me assustei um pouco:
- Tudo bem? - eu perguntei.
- Perfeito! - me respondeu seriamente.
- Então porque essa cara?
- Eu quero saber se você está bem.
- Estou.
Então ele sorriu, mas eu ainda não tinha entendido a seriedade de antes:
- Mas por que você ficou tão sério?
- Fiquei preocupado.
- Com o quê?
- Marlon, não é estranho que você tenha se descoberto há tão pouco tempo?
- Às vezes eu estranho também. Mas por que a pergunta?
- Se você já soubesse que era gay antes, com certeza eu já teria me apaixonado por você.
- Então você está apaixonado por mim?
- Não. Ainda não.
- É o Vinícius não é? - perguntei meio bravo.
- (Ele me sorriu) Quem é Vinícius?
- (Eu retribui o sorriso) Então o que é?
- Vai demorar um pouco até que eu perceba que preciso de você da forma como você precisa de mim.
- Eu espero. O quanto for preciso, eu espero.
- Eu sei, mas eu estou curioso: o que te fez ser gay? Quer dizer, o que te despertou?
- Achei que já tivesse te contado no carro, aquele dia.
- Não.
- Foi você.
- Como?
- Sendo você mesmo. Ah Caio, você sabe que conquista todo mundo!
- Eu sei, eu sei.
- Hahahahahahaha, besta!
- Besta é você. - disse me fazendo carinho no meu nariz com o dedo indicador.
- Mas vai ser fácil se apaixonar por mim, não vai? - perguntei.
- Vai sim. Você é maravilhoso.
- Eu serei perfeito para você. - falei.
- Você já é. Olha só esse corpo gostoso!
- Para, eu fico vermelho.
- Hahahahahaha, fica mesmo. Mas é sério, você é muito bonito. - ele falou.
- Você também.
- Sou nada. Eu só não sou feio, mas não sou bonito. Sou comum. - ele disse
- Você é um gatinho, Caio! Tem uma bundinha linda, é todo lisinho e um pinto bem grossinho.
- Ai, que coisa!
- Agora é a sua vez de ficar vermelhinho. Menino lindo!
Ficamos olhando uma para o outro, depois ele deitou a cabeça no meu peito e eu fiquei fazendo carinho no cabelo dele.
- A gente está namorando, não é? - perguntei.
- Namorando?
- É, Caio, eu quero namorar com você.
- Mas... Você não é assumido.
- E daí?
- Você está preparado para encontrar problemas?
- Sim. Todos os problemas.
- E então?
- Vai valer a pena. - falei.
- Será?
- Não confia no seu taco?
- Marlon, seus pais, seu irmão, sua família inteira, seus amigos, o mundo, o vizinho da frente e do lado esquerdo... Entende o que eu quero dizer?
- Entendo.
- E não tem medo?
- Se você não me abandonar, não!
Nada me importaria, desde que o Caio estivesse ao meu lado.
Se eu pudesse ter beijos, carinhos, abraços, conversas, sexo, como o daquele dia para o resto da vida, eu diria “sim” para tudo. Diria sim, sem pensar.
Mas era natural do Caio, pensar. Pensar muito a todo o momento e sobre tudo:
- Querido, não adianta viver sonhando que o mundo lá fora, seja ele como for, não vai te afetar, pois ele afeta. Eu sei por experiência própria.
- Mas com você ao meu lado tudo seria mais fácil.
- Talvez fosse até mais difícil.
- Como isso é possível?
- Porque se você não pode ter algo que você quer muito, pelo simples fato de não ter acesso a essa coisa, você se conforma com mais facilidade. Mas imagina não poder ter algo só porque outras pessoas não querem.
- Você está de brincadeira comigo, não é? Eu quero mais é que o mundo se exploda.
- Viu? Não é bem assim. O mundo sempre vai interferir, quer você queira ou não.
Não me parecia lógica, a explicação do Caio. Como o fato de as pessoas simplesmente não gostarem de homossexuais iria me impedir de ser feliz com o cara que eu amava, se por acaso ele também me quisesse?
Seria muita idiotice deixar que o mundo se intrometesse de maneira tão incisiva.
.
- Não consigo enxergar essa dificuldade.
- Eu sinto a dificuldade todos os dias.
- Veja o Tom e o Luciano. Eles são felizes.
- Realmente, mas ambos são conscientes do que são e do que sofrem.
- E você quis dizer o que com isso?
- Que você ainda não amadureceu a ideia de ser gay. Aposto.
- Pode ser. Mas a ideia de querer você a qualquer custo já está na minha cabeça há muito tempo. Eu amo você há muito tempo.
- É muito bonito tudo isso. Mas será que você aguenta a prática?
- Parece-me que você não quer nem mesmo que eu tente. Você teve que passar por essa dificuldade, todo gay que se assume passa por isso. Por que eu não posso tentar também?
- Assumir? Não pensei que estivéssemos falando disso.
- Como assim? Do que você acha que eu estou falando?
- De namorar, mas escondido.
- Podemos fazer isso, se você quiser, mas eu não abro mão de você. A questão é que, se ficar difícil, eu assumo, sem problemas.
- Problemas será a única coisa que você vai ter quando assumir.
- Mentira! Se você ficar do meu lado, também terei você, que já me basta.
- Só se esqueceu de uma coisa: eu ainda não disse que queria namorar.
Murchei. Meu peito estava inflado de ar, como um super-heroi fazendo pose e tomando coragem para enfrentar o inimigo.
A decepção logo me atacou em cheio. As palavras do Caio eram a minha Kryptonita:
- É, realmente o mundo será monstruoso. Você parece não querer melhorar esse cenário. - me lamentei.
- Só quero te mostrar como tudo pode ser difícil.
- Já está difícil - eu disse meio bravo.
- Marlon, eu te disse que ainda faltava um pouco de tempo para que eu me apaixonasse.
- Eu sei.
- Mas eu quero sim ficar com você. A gente pode se encontrar aqui sempre que você quiser.
Ele se esticou um pouco e me selou nos lábios. Eu não mexi um músculo. Ele percebeu minha frieza.
- O que foi?
- Por que você sempre me magoa?
- Eu sou sempre sincero com você. Não quer que eu te diga sempre a verdade?
- Quero que me ame antes de tudo.
- Antes de tudo, há o tempo. Eu só preciso desse tempo para que eu comece a te amar. Você não pode esperar?
- JÁ DISSE QUE POSSO. - gritei.
- Não seja grosseiro, Marlon.
- Desculpe, é que tudo isso me tira do sério.
Estávamos nus na cama, sentados no meio dela. Eu abaixei a cabeça e cocei um pouco o couro cabeludo. Eu estava estressado. Como isso poderia ser possível depois de ser amado com tanta intensidade?
O Caio se aproximou, ficou ajoelhado em cima da cama, ficou mais alto que eu. Ergueu minha cabeça através do queixo e me olhou nos olhos.
Sorriu.
- Você quer ficar comigo até morrer?
- É claro que sim!
- O que são dias diante de uma vida inteira?
- Tá, eu sei.
Ele beijou minha testa, se levantou da cama e estendeu a mão para mim.
- Vem!
- Para onde assim?
- Vem! - disse ele sorrindo.
- Caio?
- Vem, Marlon! - insistiu.
- Está bom.
Ele foi me arrastando pelo braço. Saímos do quarto dele, atravessamos o corredor e demos no banheiro. Ele trancou a porta, me empurrou para a pia e me beijou. Ele grudou em mim, me agarrou pelos ombros e não largou.
Eu o segurei pela cintura e retribui com a minha língua. Os nossos membros ganhavam vida simultaneamente. Um sentia o pau do outro endurecer, encostados nos nossos abdômens.
Depois ele parou de me beijar e me arrastou para o chuveiro. A água estava fria, o que fez o Caio pular. Ele regulou a temperatura e voltamos a nos beijar.
Eu fui tocar a bundinha dele, mas ele bateu na minha mão.
- Não! Vamos só tomar banho.
- Ué, mas não posso te tocar?
- Com essa finalidade não.
- Mas... Por quê?
- Porque sim - me disse sorrindo de um jeito sapeca.
Ele pegou um sabonete e me deu. Depois ele me virou de costas e encostou-se a mim. Eu sentia o meu pau dividindo as nádegas do Caio em duas. A água escorria morna pelos nossos corpos. Eu não sabia o que fazer. Eu sentia as veias do meu pau pulsando e encostado ao Caio.
- Me banhe!
Eu comecei a passar o sabonete em seu peito e braços. Depois lavei seu pinto endurecido entre os meus dedos e a espuma. Eu o acariciava, era inevitável, mas eu não poderia demorar muito em uma única parte do corpo dele, pois ele logo tirava a minha mão. E ficamos nesse joguinho de apenas tomar banho e nada mais.