Pessoal esse foi um dos contos mais difíceis que fiz. Elaborar um texto como esse, principalmente o final dele me fez pensar sobre o que podemos levar dessa vida. O final me arrancou lágrimas, espero que gostem e apreciem, fiz com muito carinho a todos vocês! By Joana!
Continuando...
Nessa mesma época tenho que recordar que trai o Pedro algumas vezes. Não por amor, nem por tesão, e sim por dinheiro. O jefe continuou me arrumando “trabalhos” e tudo ficou mais fácil depois que o Pedro comprou um carro.
Da mesma forma que fiquei feliz de ver ele se esforçando em me dar o carro, fiquei triste pelo carro que ele me deu. Era um momento que eu sonhava com um carro que eu não esperava. Eu gostei, fingi felicidade, mas naquela ocasião eu vi que somente um choque de realidade faria o Pedro ter mais iniciativa.
Eu não queria um carro novo, eu queria um marido novo. Eu queria alguém que tivesse a visão empreendedora que o Pedro não tinha. Ele sabia trabalhar, contudo faltava aquela iniciativa de transformar trabalho em riqueza.
Isso iria acontecer com o Pedro, mas infelizmente com duras consequências a minha pessoa...
Conforme comentei, já havia traído o Pedro algumas vezes desde que começamos a namorar e fomos morar juntos. Não trai por amor, trai por dinheiro.
Sexo na vida de algumas pessoas é a coisa mais importante. Como também existem aqueles que valorizam o grande amor.
Na minha vida, o sexo foi importante para que eu chegasse onde cheguei, contudo eu não considerava isso algo tão importante, se fosse com certeza teria ficado com o Pedro. Ele tinha tudo o que uma pessoa que espera amor, carinho, companheirismo e sexo poderia oferecer. Mas a falta de ambição dele me matava por dentro.
Nossos objetivos eram diferentes, eu queria crescer, ele queria brincar de casinha. Eu ficava triste, porque ele tinha muito talento e aptidão aos negócios, faltava iniciativa para transformar esse talento em dinheiro.
Uma atitude minha, uma escolha como muitos dizem, iria trazer a ele a iniciativa que lhe faltava. A duras custas, mas isso aconteceria.
Por falar no Jefe, ele odiava o Pedro. O meu amor não era homofóbico, contudo ele era conservador. Ele respeitava uma pessoa gay, contudo ele não queria ter amizades com eles. No fundo, o Jefe tinha uma paixão pelo Pedro, um tesão, algo assim. Entretanto, ele tinha do Pedro um bom dia, boa tarde e respostas monossilábicas quando se encontravam.
Isso fez com que o ódio de Jefe por Pedro crescesse, a ponto de ver nele um ser que ele queria destruir. O ódio dele pelo Pedro é mortal e muitas vezes eu tive que proteger o meu amor, até mesmo muito depois do meu desaparecimento.
Eu não gostaria de encontrar o Pedro novamente, eu acho que a nossa história acabou, mas tudo que vem acontecendo com a nossa filha e com o declínio financeiro do Jefe e a ida dele a Floripa, tenho certeza que o meu amor vai ser um alvo do meu agora ex amigo. Eu preciso conversar com o Pedro para alertar ele do Jefe e explicar o que aconteceu com a nossa filha.
Pouco antes do meu desaparecimento, me desloquei a outra cidade para fazer um servicinho que o Jefe me arrumou. Um famoso produtor musical estaria na cidade, para negociar a venda de shows em uma expo desse município.
Uma vez fiz um programa com um cantor do qual era aspirante desse produtor. Na ocasião não tivemos tempo de marcar nada, então ficou aquela sensação para ele de vontade. Ele conhecia o Jefe e marcamos um programa.
Estamos falando de mais de 15 anos atrás. O valor do meu programa era de R$ 1.500,00. Esse valor dava tranquilamente para comprar uma passagem aérea para qualquer lugar do mundo.
Ao chegar na cidade, fui diretamente ao motel que havia sido escolhido pelo cliente. Me dirigi a suíte 04 desse motel, que era a melhor dele. Chegando lá encontrei o produtor, que era muito envolvente.
Ele já era quarentão, mas tinha um corpo bem definido, treinava bastante. O principal que me chamou a atenção, tinha um papo bacana. Sempre fiz programa indo direto ao ponto, com ele foi diferente. Nós fomos conversando e ele foi me envolvendo naquela que para o Pedro seria apenas mais uma sessão de fotos.
Estava usando um vestidinho solto, sem sutiã, com uma calcinha fio dental verde de renda na parte da frente. Após um papo que durou cerca de 20 minutos, acompanhado de um espumante importado, ele finalmente me puxou e me deu um beijão daqueles cinematográfico. Me lembrou muito a pegada do Pedro no nosso primeiro beijo.
Não sei explicar, mas aquele beijo me envolveu legal. Faziam dias que eu notava um distanciamento do Pedro. A história da Mayara com seu namorado, informações de que viviam felizes no país das maravilhas, fizeram com que ele desanimasse e desconecta-se de mim.
O produtor com aquele jeito descolado e bom papo me levou legal na conversa. Não sei se não teria dado até de graça para ele aquele dia, receber foi digamos que o bônus do negócio.
Ele na hora do beijo já jogou as duas mãos na minha bunda e começou a levantar o meu vestido buscando a minha calcinha. Quando ele viu que vim preparada fez um elogio e imediatamente desceu as alças do vestido que caiu ao chão.
Me pediu para dar a calcinha para ele, coisa que não neguei, prometi que ao final ele levaria esse prêmio como recordação. Talvez esse foi o programa que eu mais me entreguei e gozei. Foi diferente em todos os sentidos.
Ele passou a me dar chupões no pescoço, tapas no bumbum, que no inicio fiquei com receio do Pedro reparar, contudo, estava mesmo envolvida e deixei rolar.
Numa puxada na minha cabeça ele me beijou novamente com paixão e me vendo entregue disse:
- Quero ver se essa putinha chupa tão bem como beija!
Dei uma risadinha para ele e disse:
- Essa vai ser a putinha que melhor vai valer seu investimento!
Imediatamente me abaixei, arriei as calças dele e baixei sua cueca. Na hora um monstro saltou de dentro dela. Não sei explicar, mas deveria ter mais de 25 cm, além de ser grosso.
Homens com pau avantajado no geral gozam logo, dessa forma eu tinha que ser mais sensual que efetiva no boquete, senão ele gozaria na minha boca e talvez demorasse a levantar.
Fui passando minha língua por suas pernas, virilha, abocanhava a cabeça, dava beijinho, passava a minha língua de forma suave!
Até que num ato de fúria ele pegou minha cabeça e fez com que eu abrisse minha boca agasalhando aquela tora gigantesca dentro dela. Não deu para engolir tudo, aliás foi nem metade. Mas foi o suficiente para que ele iniciasse um movimento de entra e sai da minha boca.
Fui chupando, usando a língua, caprichando, horas ele enfurecia e transformava minha boca em uma buceta. De repente, temendo que ele gozasse logo tirei minha cabeça e disse a ele:
- Quero ver se você é tão bom quanto diz!
Ele me ergueu, puxou minha cabeça, deu outro beijaço e na sequência disse:
- Gosto de comer minhas putinhas de quatro!
Nem precisou mandar, na hora obedeci. Ele era o legítimo dominador, daqueles que não mandavam, a mulher obedecia.
Fiquei de quatro e esperei ele colocar uma camisinha naquele pau delicioso. De repente senti ele entrando, entrava rasgando a minha buceta. Parecia que eu ia partir no meio!
Senti aquela tora lá no fundo, batendo na parede do meu útero, sem nem entrar toda ela.
Ele com certo receio que estivesse com dor me pediu:
- Carinho ou dor?
Respondi a ele na sequência:
- Tesão! Mostra o que você sabe de melhor!
Imediatamente ele deu aquela enfiada forte, tirando metade, colocando de volta e iniciou o movimento de vai e vem.
Sentia a minha buceta alargar, sem dúvidas eu estaria deflorada depois dessa transa. Ele bombava muito forte, a ponto de sentir minha buceta assar.
Em pouco tempo, até pelo tesão que ele tinha, senti que ele acelerou os movimentos e urrou, gozando dentro. Eu já havia gozado duas vezes.
Após isso fomos para a banheira e ficamos conversando, mas realmente a ereção dele foi para o espaço.
Conforme me relatou, fazia uso de ciclos de anabolizantes e embora ele tivesse vontade de me foder a tarde toda, não ia conseguir.
Sem duvidas foi o melhor programa que fiz. Mas não digo pelo sexo em si, que para mim nunca foi algo tão necessário. Digo isso pelo contato.
Na banheira, acompanhada do espumante ele me questionou:
- Gata você faria sucesso no mundo business! Por que tá nessa?
Eu na hora respondi:
- Sou casada. Meu marido é conservador, jamais imagina que eu esteja fazendo isso.
Ele nada falou e apenas prestou atenção em minhas palavras, continuei:
- Meu relacionamento é o que toda mulher sonha. Tem sexo sobrando, tem carinho, tem amor, um marido dedicado capaz de mover o mundo para me dar.
Ele respirou fundo e disse:
- Todas gostariam disso menos você certo?
Eu na hora disse:
- Certo e errado! Eu queria muito isso tudo que ele me dava, eu amo ele. Mas fato que o amor dele não me basta. Eu não nasci para isso. Eu não nasci para ver os outros brilhar, eu preciso brilhar!
Ele riu e disse:
- Eu posso fazer com que você brilhe muito viu gata!
Imediatamente questionei:
- Como?
Ele respirou fundo e disse:
- Você é um sucesso. Não falo apenas do teu corpo e do teu sexo. Você fala bem, você se posiciona bem, você tem atitude...
Impressionada continuei ouvindo ele que prosseguiu:
- Você tem um bom talento para interpretar. Tem que corrigir algumas coisas, mas tu tem garra e força de vontade.
Eu ri e falei:
- Olha garra nunca me faltou, talvez coragem!
Ele emendou na sequência:
- Coragem eu lhe dou! Encorajar o artista é o meu trabalho.
Respirei fundo e falei a ele:
- O problema é o meu marido. Amo ele, embora oficialmente não somos casados, é um namorido. Largar ele para isso não dá e trazer ele junto sem chance, ele jamais aceitaria.
O produtor arregalou os olhos e disse:
- Agora está na hora de você fazer uma escolha. Ou continua com a vida de esposa, ou você pensa em explorar o que tem de melhor.
Ele tinha toda a razão. Eu precisava tomar um rumo para a minha vida. Após isso peguei seu telefone e conversamos ao longo dos dias seguintes.
Até que um dia o Pedro me chama para ir jantar. Ele estava tão romântico que sinceramente pensei que precisava abandonar tudo e não deixar esse homem assim.
Entretanto, um golpe do destino nos reservava aquela noite. Chegando ao restaurante, eis que surge lá a ex dele com seu agora noivo! Sim, iriam se casar.
O que era para ser uma noite bacana, de redenção e quem sabe até mesmo para mim de escolha, se tornou um pesadelo.
Ali eu vi que o Pedro não me amava. Ele sentia tesão, carinho, mas era isso. Eu sabia que teria ele sempre comigo, mas sabia que teria ele e o sexo que me ofertava, jamais teria o que ele dava para a Mayara.
Após as cenas comuns de ciúme entre casais, brigas e ida para casa mais cedo, me tranquei no banheiro para tirar a maquiagem e pensei bem no que fazer. Era chegada a hora de parar de brincar de casinha. Decidi que no dia seguinte eu daria início a busca dos meus sonhos.
Claro que eu não queria magoar o Pedro. Tentei fazer as pazes com ele, trepamos pra caramba, um sexo gostoso que ele já relatou aqui.
No dia seguinte, disse a ele que iria fazer um novo trabalho de fotos e simplesmente dei no pé.
Na cidade foi aquele alvoroço. Onde está Carla, para onde foi Carla!
Fiquei na capital catarinense por vários dias, o produtor me amparou e me tratou com muito respeito, não transamos naqueles dias. Jefe ficou ao meu lado, ele sabia que eu teria sucesso. Fiquei trancada em um quarto de hotel até a poeira baixar...
Quando o Pedro foi preso meu mundo caiu. Eu tinha duas opções, ou voltava para lá e acabava com o sumiço, aí diria a ele a verdade e o abandonaria, ou pensava em algo diferente. Primeira coisa que me veio na cabeça foi ligar para um advogado conhecido, que fazia parte do meu centro espírita.
Expliquei a ele tudo o que havia acontecido, armamos uma forma de tirar o Pedro de lá sem que respingasse na imagem dele. Não queria que ele saísse suspeito daquela delegacia.
Esse advogado conduziu tudo de forma perfeita e tenho certeza que até hoje, mesmo com a amizade dele com Pedro, ele guardou o segredo que tanto pedi a ele.
Meu agora produtor até sugeriu pagar os honorários dele, que foi imediatamente negado por ele. Ainda existiam pessoas boas!
Após isso, pude começar a sair pelas ruas, mas sem dar muita bandeira. Certo dia fui caminha na avenida beira mar norte e comecei a sentir enjoos.
Pronto, sabia que minha menstruação estava atrasada e não tardou para descobrir que estava grávida, esperando um filho do Pedro.
Mais um dilema para minha vida. Se eu voltasse e contasse tudo Pedro me odiaria, seria ainda mais mal falada.
Fiz o que poucos teriam coragem, procurei uma pessoa conhecida, um político do estado e prometi dar minha filha e ele. Esse político era amigo de meu pai e foi meu cliente. Vivia uma relação de amor e ódio com a esposa, porque como ele não podia ter filhos, a esposa lhe castigava lhe jogando na cara.
Quando aconteceu isso foi maravilhoso. A esposa fingiu de grávida, embora muitas pessoas soubessem que o casal não poderia ter filhos. Ele bancou os custos e fui para a Europa, onde tive essa filha em Portugal.
Foi triste e ao mesmo tempo devastador demais aquele momento para mim do qual não quero relatar aqui.
Durante o processo de gravidez, fiz vários cursos de atuação, conheci várias pessoas, fiz trabalhos fotográficos. Logo depois do parto, passado o período de recuperação, comecei a treinar forte, fiz algumas cirurgias plásticas que foram bancadas pelo meu produtor e logo estava novamente linda.
Nessa mesma época o meu produtor era como se fosse meu parceiro. Não era marido, mas transavamos de forma regular e as vezes até dormíamos juntos. Uma relação aberta, sem cobranças.
Meu primeiro teste foi na Índia, em Bollywood onde minha carreira explodiu em poucos meses. Me tornei referência naquele país que estava crescendo muito no ramo do entretenimento.
Com relação ao Pedro, sabia que ele vinha progredindo. A empresa dele cresceu muito e não demorou para que várias empresas com ligação a Bollywood começasse a comprar produtos da empresa dele para cenários.
Foi o talento de Pedro que fez ele crescer, mas posso garantir a vocês que com os meus contatos eu ajudei muito ele a alavancar a empresa que se tornou uma verdadeira potência do ramo.
Eu vivia bem, meu produtor sempre ao meu lado, ele basicamente só atuava para mim. Até que certo dia, ao fazer um auto exame de mama descobri um carcinoma.
Eu sempre forte, não deixei a peteca cair como dizem! Tinha convicção que sairia dessa, fiz a cirurgia, quimioterapia, meses depois a reconstituição da mama e a vida seguiu.
Até que certo dia, em uma festa, fui tomar um espumante premiado e senti que ele não desceu como deveria. Para quem já teve câncer sabe que um sinal como esse não pode ser ignorado.
Fui ao médico, mais uma bateria de exames, aquela aflição de quem já passou por isso sabe até o diagnóstico. Novo carcinoma no estômago já em metástase.
Naquele momento toda a minha força acabou. Como espírita eu senti que minha passagem estava muito próxima. E o pior, faria isso sem atingir meu maior objetivo, voltar para conquistar o Pedro.
Fui para os Estados Unidos, iniciei um tratamento bem forte, novos módulos foram surgindo e em meio a cirurgias e quimioterapia um acidente de carro praticamente pôs fim a qualquer expectativa de melhora.
Agora sim era a hora de eu ver o Pedro, falar com ele, tentar explicar tudo e quem sabe pelo menos ter o perdão dele, já que ele de volta não seria possível, pelo menos não nessa vida...
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