Pedro estava ali, descansando depois de correr mais do que o corpo aguentou, para esquecer as mágoas, problemas e decepções. Quando conseguiu um banco na praça para descansar, ele sentiu ali uma mão tocar seus dedos, e ele olhou para o lado e ali estava ela, Júlia. A última pessoa que Pedro esperava ver naquele momento. Depois de um suspiro longo, ele olhou para ela e questionou.
— Você veio aqui pra se certificar, junto daquele seu namorado, de que minha vida foi destruída e rir da minha cara, é isso?
Júlia esperava essa reação de Pedro. Parecia estar bem na cara que isso foi combinado dos três, ela se sentia tão culpada quanto qualquer outro, mas o objetivo dela naquele momento não era aquele, e nunca foi. Ainda com as mãos sobre as dele, Júlia tentou dar conforto para ele com as palavras e assim dizia.
— Não sei porque pensa desse jeito, mas o meu objetivo nunca foi esse, Pedro. E nem estou aqui para isso agora, eu estou aqui por que eu queria verdadeiramente falar com você, te trazer carinho, conforto. Na verdade estou me sentindo culpada, por que vi no fim das contas que aquela ideia da troca de casais, no fim era algo que você não concordou, e nem sabia, Fui tão enganada quanto você. Eu fui perceber que não sabia quando eu abordei você, e vi sua surpresa...
— Não, eu não sabia. Pra mim era só um maldito jantar. Um jantar que eu nem queria ir! Eu conheço o Rafael desde o colegial, ele sempre foi mulherengo e nunca dispensou uma mulher, a não ser as que ele não tinha interesse. Eu não consigo entender até agora por que a Clara fez isso comigo, mas uma coisa eu entendo.
Júlia franziu a sobrancelha, e questionou Pedro. — O que?
— Eu entendo que não reconheço mais a Clara que me casei, por que a Clara que me envolvi e casei era completamente diferente do que a que eu conheci naquela casa. Eu sabia que ela gostava daquele Rafael nos tempos do colégio, mas eu não imaginava que isso se estendia para os dias atuais assim! Eu estou me sentindo como se eu fosse alguma espécie de prêmio de consolação, por ela não ter conseguido o cara que era afim! Até naquela maldita formatura, quando eu pedi ela em namoro, ela chegou a transar com ele, ele tirou a virgindade dela! Até naquela maldita casa, eles... — Pedro não conseguiu terminar de falar, e se colocou a chorar, levando sua mão ao seu rosto. Júlia, de coração partido, levou uma das mãos a seu ombro, acariciando, dando conforto.
Escutar aquilo fez Júlia finalmente entender as motivações de Clara, aquilo nada mais era do que uma garota que não tinha esquecido seu primeiro amor, Júlia passou por isso em Maringá, sabia como era complicado esquecer um primeiro amor, mas mesmo assim isso não justificava as ações de Clara, Júlia nunca precisou trair ninguém com relação a seu primeiro amor. Para ela, fidelidade é caráter e traição é uma escolha.
— Eu não sabia disso. Vi que ele perguntou pra ela, em casa, por que ela fugiu dele depois de um lance na formatura mas ela se negou a responder. Acho que ela ficou com vergonha e remorso do que tinha acabado de fazer, ou sei lá, eu não sei da história direito. Em casa eu também percebi que eles tinham transado, pois quando nós chegamos, eu subi no meu quarto, eu senti um cheiro de sexo e sêmen, além da cama bagunçada. Eu não falei nada pra você porque ela disse que iria contar. E pelo visto, contou.
— Então... Você sabia, Haha! — Disse Pedro, mudando um pouco o tom da conversa. — meu Deus do céu , até você soube , cara eu sou muito mané mesmo. É aquele ditado, o corno é sempre o último a saber na mesmo?
—Não fale assim, Pedro! Não tem como adivinhar essas coisas. Você foi só uma vítima no fim das contas, acredito que a pessoa que mais está sofrendo com tudo isso é você. — Disse Júlia, ainda com sua mão no ombro de Pedro, que logo a encarou ali mesmo, e mandou a real para ela.
—Você quer saber do que mais? Se você não tivesse aparecido na minha vida, não ficasse me provocando! Sabe, pra mim, você é culpada também! Você e seu namorado ficaram cismando comigo e com a minha namorada, ficaram nessa palhaçada de fazer pedido justamente pra mim e se insinuando, pra que? Se não fosse aquele maldito pedido, não tinha rolado conversa, não tinha rolado troca nenhuma e eu não teria ido para aquela casa, não teria rolado nada naquele dia em que nós... Transamos. Não pense que eu fiz aquilo por tesão ou coisa parecida, eu só estava com raiva. Embora... Você seja muito gosto- Porra, o que eu ia falar agora?
Apesar da última coisa que Pedro falou, todo o resto pegou fundo em Júlia que abaixou a cabeça e realmente começou a se sentir culpada de toda aquela situação. Ela fechou os punhos enquanto olhava para o chão, e ficou se perguntando: "E se eu não tivesse feito estes joguinhos de acabar unindo todo mundo em meio de pedidos de pizza aonde fiquei somente me insinuando para Pedro? Talvez até hoje ele estaria casado com Clara normalmente, e se ela não viu o Rafael nesses últimos 7 anos, muito provavelmente não veria nos próximos, mas e se ela visse? Talvez no fim das contas seria inevitável Pedro passar por isso, mas agora não adianta lamentar, o importante é que eu estou aqui."
Júlia achou melhor revelar a verdade, e abrir seu coração ao rapaz, dizendo de uma vez por todas seus reais sentimentos a ele, e o quanto estava naquele momento, apaixonada por ele. Agora que estava livre, e sem Rafael, pelo visto havia chegado a hora de faze-lo.
— Pedro, a primeira vez que te vi, foi quando eu estava voltando do meu trabalho. Naquele dia, você estava ajudando um cachorrinho que estava ferido na rua e levou até a sua pizzaria. Vi de longe, você dando cuidados ao cãozinho, e conseguindo uma adoção pra ele. Eu digo isso, porque eu faço parte de uma ong que cuida de animais de rua. Senti vontade de olhar mais você, logo eu vi que você era casado, Um homem romântico. Você dava flores todos os dias que você conseguia para a sua esposa, observei que vocês todo dia treinavam de manhã. Quando você entrou na mesma ONG que eu sou voluntária, admito que eu não era da sua equipe mas eu observei vezes e outra como você era tão cuidadoso. Eu admito que da primeira vez que eu te chamei foi mesmo pra brincar com você. Mas quando eu te chamei aonde você me pegou transando com meu ex, naquele dia eu torci pra você me rejeitar. Quando você me rejeitou foi o melhor dia da minha vida, por que eu pude finalmente ver que você era um homem digno que eu estava já completamente apaixonada. — Revelou ali mesmo Júlia para Pedro, abrindo completamente seu coração ao rapaz, segurando sua mão com seus dedos, enquanto encarou ele. A reação, claro, não foi das melhores.
— Isso que você está falando é um completo absurdo. — Disse Pedro a Júlia, e continuou. — Você não me conhece, não pode se apaixonar por mim só porque você me observou fazendo simplesmente o que todo marido tem que fazer. Igual a mim você encontra vários por aí!
—Você está enganado. O Rafael mesmo, só pensa em sexo. Eu nunca fui liberal, eu sempre fui uma garota bem fechada com relação a sexo. Conheci Rafael em uma casa de swing aqui em Curitiba, foi ali que eu e ele nos conhecemos e nos aproximamos, iniciamos um relacionamento por causa da insistência dele, no começo ele agia igual a você mas de repente começou a me incluir na festinha dele, eu fazia tudo por amor, para deixar ele feliz. — Continuou. — Mas com o tempo, eu comecei a sentir falta de ser amada de verdade, de ver um homem ciumento que não admitisse que outro me tocasse, isso Rafael nunca deu para mim. E você está enganado Pedro, não existe outro homem como você. Eu já não estou nem mais com Rafael, eu não vim aqui pra falar que quero ficar com você agora ou qualquer coisa parecida, mas eu queria que você soubesse que eu estou apaixonada por você. E que se um dia você quiser me dar uma chance, eu adoraria fazer você feliz.
— Então você colaborou, pelo fim do meu relacionamento, por que sentiu inveja do que eu e a Clara tínhamos? Por que o seu namorado era incapaz de dar isso pra você? Pelo amor de Deus...
— Inveja? Para de falar merda, garoto! Eu nunca fiz nada pra separar vocês dois, eu só te chamei pra entregar uma merda de pizza, claro que eu errei com você quando eu praticamente estava te recebendo de lingerie. Mas eu já pedi desculpa para você sobre isso várias vezes e acredito que eu não preciso pedir novamente. Agora me fala, isso iria acabar com o seu relacionamento porque? E outra, você mesma me disse que a sua esposa já havia traído você no começo do relacionamento de vocês, tudo começou foi somente depois que ela encontrou Rafael , essa história de troca de casais eu não tive absolutamente nada a ver , eu fui comunicada depois que ambos combinaram , tanto eu quanto o Rafael fomos advertidos por sua esposa de que você estava ciente e afim. Eu perguntei sobre como estava se sentindo na praia sobre aquela noite, esperando que você dissesse algo, e você disse que estava bem, eu pensei que realmente soubesse o que ia rolar! Não jogue isso pra cima de mim!
Pedro acabou se levantando, e logo olhou para Júlia com desprezo, e mandou ela nunca mais procurar ele. Quando ele estava para ir embora, sentiu uma certa tontura devido ao cansaço, e Júlia foi imediatamente ao seu socorro. Júlia então colocou Pedro sentado no banco novamente, pedindo para que ele ficasse quietinho ali enquanto ela foi buscar água para ele se hidratar. Imaginou que ele praticamente não havia comido absolutamente nada e foi se colocar para correr, além disso o emocional dele estava péssimo, então Júlia achou que que era de sua responsabilidade tentar cuidar um pouco de Pedro. Achou uma barraca de venda de bebidas próxima ao parque e comprou uma garrafa de água e um sanduba natural com o tiozinho para dar pra ele se alimentar e hidratar, porém, quando voltou, ele tinha desaparecido, não estando mais lá.
Júlia tentou procurar Pedro pelo parque totalmente preocupada, acabou não encontrando Pedro mais lá, imaginou que pelas pegadas que viu na grama um pouco mais a frente , que ele tivesse ido pra casa , então pelo menos naquele momento ela resolveu não procurar ele tão cedo.
Em paralelo aquilo, Clara ainda estava refletindo sobre tudo que aconteceu, e começando a perceber o quanto seus erros prejudicaram o único homem que realmente sempre se importou pra ela. Andando pelo quarto, ela acabou achando o contrato que Pedro tinha fechado para a viagem com tudo pago para os dois, e ali ela voltou a chorar. Teria sido pra ela muito mais fácil se ela nunca tivesse conhecido Rafael, ou se deixado levar lá atrás pelas palavras dele. Mas de repente, seu celular começou a tocar, e ali estava do outro lado da linha uma pessoa que ela jamais imaginaria.
— Clara! Você foi embora com a Júlia, sabe onde ela está? — Do outro lado, um Rafael, desesperado por notícias dela.
— Deixei ela naquele apartamento onde ela disse que vocês viviam e segui pra minha casa. Não sei mais sobre ela desde então. — Respondeu Clara.
— Ah, tá. Beleza então. Eu verei com outra pessoa sobre notícias dela.
— Não, espera! — Disse Clara. — Agora que você ligou, eu quero saber uma coisa de você. — Disse Clara.
— Saber o que, Clara? — Perguntou ali Pedro.
— Eu quero saber por que você é sempre tão canalha comigo Rafael. Por que você disse pra mim naquele dia antes da formatura que me daria uma resposta para um namoro nosso, e quando eu fui sabia dessa resposta você simplesmente me agarrou e começou a me beijar, por que você fez isso se no final você simplesmente iria tirar minha virgindade e me dispensar? Por que você brinca comigo dessa maneira?
— Você realmente pensou isso? — Questionou Rafael, que continuou. — Olha Clara, eu achei que tinha deixado claro naquela época que eu só queria transar, pode ser que eu tenha usado palavras erradas, mas me perdoe se você entendeu errado. Pra mim você foi ingênua, por que eu iria querer namorar com você se eu mal te conhecia? Você acha que você era apaixonada por mim? Eu nunca fiz nada pra você ser apaixonada por mim, você confunde tesão com paixão!
— Você segue sendo um babaca mesmo, Rafael! Quer dizer então que nas escadas lá do seu prédio, quando a gente se reencontrou, que você ficou lá me flertando, falando do passado, falando que eu estava mais linda que antes, que o Pedro era sortudo, e ficou até me incentivando nessa troca idiota, era só pra me comer?
— Quem ficou toda curiosa sobre minha vida libertina e jogando charme pra mim naquela sala foi você. O Pedro mesmo nunca gostou de mim, e eu não gosto dele, então foda-se. Pra mim você só tava querendo curtir, deu a entender que ele toparia, eu só disse, por que não? Quem errou mesmo foi você, não fui eu. Clara, pra mim você sempre será apenas alguém pra comer, eu jamais teria um relacionamento com você. Você é puta. Putas a gente mete dentro, Júlia não. Júlia é uma mulher maravilhosa, ela sim sabe ser uma verdadeira companheira.
Clara naquele momento ficou em silêncio, por que a verdade, por mais que fosse doer, era essa. Rafael seguia falando.
— Pra mim o mais foda é que essa situação acabou me fazendo separar da Júlia. Ela sim era especial, companheira, nunca mentiu pra mim. Eu tratei mal aquela garota, não fui o homem que ela merecia. Provavelmente ela e Pedro agora vão ficar juntos, por que eu duvido que ele continue com uma pessoa que ficou com outro bem no dia que ele pediu ela em namoro não é?
Clara então desligou o telefone na cara de Rafael, e bloqueou seu número. Estava com raiva, mas no fundo sabia que era verdade suas palavras, ela foi uma péssima pessoa no fim. Se tivesse sido mais honesta, tudo aquilo não teria acontecido.
— Ah meu Deus, como eu pude esse tempo todo gostar de um sujeito desse? Eu tinha tudo com o Pedro e joguei fora... Mas, agora ta na hora de começar a fazer a coisa certa, Clara!
Pedro, mais tarde, foi visto chegando em sua casa, caminhando devagar, pois ainda se sentia meio tonto, talvez fosse a pressão e o nervosismo. A primeira coisa que fez, foi se sentar no sofá e relaxar, ficou ali alguns minutos parado até passar a tontura. Ele então se levantou, e foi procurar Clara, tinha mais uma coisa para ver com ela, mas ela havia sumido. Deixou ali um bilhete para ele, no meio da cama, com todas as coisas dela ali já sido recolhidas do armário.
" Pedro.
Me desculpe, mas quem vai embora dessa casa, sou eu. Essa casa é sua, afinal de contas. Vou, com as boas lembranças que tivemos e com o arrependimento de não ter sido melhor pra você. Pois sei que merece mais.
Como eu já disse antes, eu decidi ir embora da sua vida, pois sei que nada justifica o que eu fiz. Traição é escolha, infelizmente eu escolhi errado, eu me deixei levar por uma paixãozinha barata pelo Rafael, enquanto na real, eu tive o verdadeiro amor ao seu lado. Porém, eu me deixei levar por coisas inacabadas do passado, e agora estou aqui.
Pedro, sei que pode ser tarde demais pra isso, mas eu espero do fundo do coração que você me perdoe. Eu fui só uma pessoa tola e curiosa , mas na verdade não foi esse o principal problema. Eu poderia dizer pra você que as minhas motivações eram que eu sempre fui apaixonada por ele desde que eu era mais nova, que eu não resistir, talvez na formatura seja isso mesmo , mas dessa vez foi por pura e simples culpa minha. A verdade é que nada que eu te diga vai justificar o que eu fiz, por que como você sempre diz traição é injustificável.
Eu vou sumir por uns tempos. No futuro, se a sua ferida fechar, e quiser me perdoar você sabe aonde me encontrar. Você pode não ter sido meu primeiro amor, mas é aquele que eu verdadeiramente amei e continuo amando, todos os dias.
Independente se você um dia me procurar, ou se você ficar com a Júlia, que muito provavelmente você vai ficar, eu espero que um dia você posso me perdoar e seja feliz independente da sua escolha.
Clara. "
Pedro terminou de ler aquela carta e assim pegou aquele pedaço de papel e começou a rasgar, a verdade é que ele tinha muitos planos para os dois, e no final todos esses planos acabaram. Pedro ligou para a agência e cancelou a viagem para Veneza, afinal de contas não fazia mais sentido nenhum tipo de viagem para lá.
De noite, como sempre, Pedro estava dormindo, quando, dessa vez, começou a sonhar com Clara, junto de Júlia ali. E foi um sonho completamente doido e ao mesmo tempo excitante. Sonhou que estava em um sofá de uma sala escura, enquanto ambos estavam fazendo um strip-tease para ele. Ele estava vestindo apenas uma sunga, enquanto as duas estavam tirando peça por peça de suas roupas, logo estavam completamente sem sutiã e ambas levaram seus seios para a cara dele, é claro que o rapaz estava se deliciando com cada um daqueles seios em sua cara. Júlia era mais peituda, Clara era menos mas igualmente deliciosa. Logo, Pedro estava com a sua boca completamente encaixada no seio da Clara, com a sua língua rodeando aquele mamilo bem empinado enquanto Júlia estava fazendo uma gostosa espanhola , massageando seus seios e encaixando bem gostoso no pau dele. Quando estava perto de gozar , Pedro acordou , imediatamente foi tomar um banho para se acalmar mas estava difícil vendo o tamanho do volume entre as pernas dele.
Do dia seguinte em diante, Pedro começou a arrumar sua vida, e para começar ele colocou a casa para alugar, deixando para sua mãe o trabalho de achar alguém para alugar a casa. Pedro acabou sendo convidado para integrar a equipe de atletismo do estado do Paraná, que tinha seu alojamento no tiro de guerra na cidade de Curitiba. Rafael também acabou voltando para Curitiba, e acabou não encontrando Júlia e nem mesmo qualquer vestígio dela na cidade. Clara parece ter sumido também, muito provavelmente voltou para o interior do Paraná, para a cidade onde seus pais estavam morando. A partir daquele momento, passou-se 4 meses, e acabamos chegando finalmente no dia em que Pedro iria se apresentar nas olimpíadas nacionais.
Quanto a Rafael, estava seguindo sua vida, ou ao menos tentando. Já fazia quatro meses, e nesse meio tempo ele não teve mais ninguém, não conseguia sequer ter algum tipo de relacionamento com alguma mulher, parecia travado. Um belo dia em seu consultório, foi requisitado pela recepcionista, que um cãozinho que tinha recém chegado ali, precisando de cuidados e como estava livre, ele precisava se conectar com algo, então aceitou o serviço. Porém, quando ele foi até a recepção, junto com o cãozinho, encontrou alguém que a muito tempo não via.
— Oi, Rafael! Sou eu, e que bom que você está aqui.— Era Alice, a pessoa que, depois de Júlia, mais conseguiu alguma conexão com Rafael. O olhar triste dele, mudou completamente, parecia completamente renovado novamente. De pronto, ele disse.
— Vem, vamos cuidar desse pequeno seu ?
Os dois então entraram no consultório dele, e passaram um tempo ali, não só cuidando do cãozinho mas também cuidando um do outro. A partir daquele encontro, se daria início a uma nova história, e oportunidade de futuro para ambos.
