Antes da continuação, estou adorando partilhar e trocar com quem leu o conto. Fiz algumas boas amizades, e uma delas, após ver fotos de Melissa, assim a descreveu:
“Sua esposa é uma morena muito sensual, ela tem um olhar muito penetrante com um sorriso lindo e meigo, um rosto bem simpático e angelical. O corpo dela é simplesmente fantástico, os pares de peito redondinhos transformam qualquer decote em um paraíso, seguindo de uma cinturinha fina e malhada que não perdeu as características femininas, mas se for pra falar de algo que vem na mente à primeira vista, com toda certeza iria falar das coxas grossas que possui, pois essa mulher não para só os carros quando passa, pararia aviões.
Me lembra muito a Simaria (da dupla Simone e Simaria), que mulher espetacular. Seu rosto não aparenta nenhum pouco a idade que tem, eu lhe daria 25/26 anos fácil, ela é a típica Milf Gostosa que tantos novinhos como eu desejam”.
Assim, retomando, logo após selar com ela meu destino de corno com o tal Comandante, ficou combinado que ela daria bola para ele, facilitaria, e veríamos o que aconteceria. Embora, ela sempre dissesse que era só brincadeira e um jeito de curtimos algo, que ela gostava dos xavecos, mas não teria coragem de fazer nada.
Os dias passaram normais, de uma vez que eles não se encontravam sempre. Ela tinha os voos dela e ele os dele. Pensei ter esfriado, quando uma bela noite, ela aparece com uma lingerie preta, combinando com os seus cabelos e olhos, e simplesmente monta em mim.
- Ele está me mandando mensagem feito um louco, desesperado – e me beijava – ele me quer muito, muito, meu amor – e olhando nos meus olhos como quem diz a verdade dura, terrível e maravilhosa – vai acontecer... é questão de tempo.
Fiz amor com ela, como pude, mas ao final, ela senta na minha cara dizendo, de forma vulgar como eu nunca tinha visto dela: Eu vou dar para ele, amor, eu vou meter, trepar, foder. Eu vou ser fodida igual uma cavala é fodida pelo cavalo. Prepara sua cabeça porque você vai ser muito, muito corno - e gozava.
Ao que pela manhã, ela me mostra a escada dela com os próximos voos, e com isso fico sabendo a razão daquele tesão todo.
Comissária de Bordo – Melissa; Piloto – Vinicius. Voo São Paulo-Fortaleza. Sábado. Ela veio me mostrar faceira, sorridente, como uma menininha. Ansiosa até, com dedinho na boca inclusive.
Eu fico feliz com a felicidade dela, mas claro que preocupado. Quando tudo ainda fica mais intenso.
- Mas querido, não é só. Nós vamos dormir lá, no hotel, e voltamos só no domingo, de carona.
Fico um tempo em silêncio, com ela sondando meu olhar tentando descobrir meu estado interno.
- Melissa, você precisa disso, entende? Eu fico feliz com sua felicidade. A única coisa que muito me preocupa, é você me deixar. Eu te amo, amo a Sarah. Mas eu aceito que tudo seja feito com discrição e em nome da sua felicidade.
Juro que ela chorou emocionada. Nunca ninguém tinha sido generoso com ela, muito pelo contrário. Ela tinha convivido com egoísmo e machismo. Me abraçou e disse que nunca me deixaria.
- Amor, só se eu fosse louca de te deixar. Você é o melhor homem do mundo, e está comprovando isso a cada dia, a cada ato de bondade e generosidade. Você é sim pai da Sarah. Ela te chama de pai, eu te chamo de marido, de amor. Não sei o que vai acontecer. Eu estou sim subindo pelas paredes, querido, e não te falta nada. É comigo entende?
Continuamos abraçados, e aguardamos o sábado.
Na sexta, sua folga, ela se prepara mais, muito mais. Ou talvez tenha sido só impressão minha. Depilação, cabelão negro e liso, macia. À noite, mal consigo dormir, com ela não saindo do celular. Evidentemente que estava conversando com ele. Ela lia, ria, mordia os lábios, e me olhava preocupada.
- Tá realmente tudo bem?
- Sim, meu amor, está realmente tudo bem. Você está linda e feliz.
Ela me manda um beijinho.
Haveria outros voos antes da fatídica viagem com o Comandante acompanhada de uma noite no hotel.
Antes do voo ela não pode mexer no celular, mas eu consigo acompanhar o voo por um aplicativo. Avião decola, avião pousa. Melissa me manda mensagem “chegamos, está tudo bem”. Eu pergunto como está com o Vinicius, o que ela me responde “normal”.
O que é esse normal? Normal de como um homem deve tratar uma mulher casada, ou normal como um comedor deve agir? Normal padrão eu, ou normal padrão Comandante?
“cheguei no Hotel, boa noite meu amor. Estou morta de cansaço. Fica mais do que tranquilo, ok? Eu te amo muito”.
Isso deveria ser meia noite, ela à mercê de um comedor. Tentei ver minha testa para ver se estava crescendo algo, na verdade, estava sondando meu coração para ver se sentia algo de diferente. Ansiedade, medo, tesão, muito tesão. Eu queria a felicidade dela, mas não tem como negar o medo. Eu posso comprar com um ente querido fazendo uma cirurgia complicada: você sabe que ela precisa fazer aquilo, que é o melhor para ela, mas ainda assim teme o pior.
Assim, consultando sempre o celular, e para piorar ela não tem o famoso “visto por último”. Só podia imaginar. Ligar? Atrapalhar? Depois de algumas punhetas, vendo as fotos dela, eu simplesmente apago.
Pela manhã, mensagem dela “bom dia lindo amor, está tudo bem. Você não é corno ainda”.
Como pode decepção e alívio no meu coração ao mesmíssimo tempo. O que seria esse "ainda". Eu respondo “não rolou nada”? Ela responde com áudio:
“estamos indo para o aeroporto, e temos em embarcar logo para SP, estamos de carona. Dormimos em quartos com outras pessoas, meninas de um lado, meninas de outro. Impossível acontecer algo. Estávamos tão cansados que não fomos comer no restaurante”.
Que banho de água fria. Que alívio. A minha Melissa era só minha e tudo não passou de uma aventura, uma brincadeira para apimentar a nossa própria relação.
Ela me disse que deveria chegar em São Paulo por volta das 11h. Me mandou o número do voo, que acompanho pelo App.
Avião decola, avião pousa. Nada de Melissa. Nada de mensagem dizendo que chegou bem. Passa mais um tempo. Nada de notificação de Uber. Eu mando mensagem, uma e outra, e nada de Melissa. Ligo, e só chama. Mais uma hora passa. Eu não estou preocupado com o pior, mas com o melhor. Sim, eu tenho certeza que nada aconteceu com ela, do contrário eu saberia. Se eu não sei, é porque aconteceu o melhor, e não o pior.
Passa mais uma hora, nada de Melissa. Já são 15h e finalmente um taxi encosta. E não é um taxi do aeroporto. Estou na sala brincando com Sarah. Ela abre a porta com os cabelos molhados e me olha preocupada. A filha corre para a abraçar e ela disfarça, sorri e brinca com a filha como só uma mãe sabe disfarçar com os filhos para não passar nenhum sentimento para a criança.
Ela despede da menina, e fica com o olhar grave novamente. Olhos nos meus, sem sorriso. Cabelos levemente molhados. Roupa desalinhada. Ela me abraça, e neste abraço tudo foi dito.
Eu a recebo bem, e beijo sua mão. Ela me olha e diz uma palavra que vale por mil – aconteceu.
- Eu sei, Melissa, eu sei. E você está bem?
Ela sorri, finalmente a coisa mais linda do mundo. Seu sorriso. Ela só balança a cabeça como que lembrando. Mas há uma criança na sala. Eu teria que esperar até a noite para saber, como o Comandante pilotou o avião que é minha esposa.
Quem quiser fotos da Melissa, eu ficarei feliz em mostrar – todas normais, claro. Quem quiser conversar, esse é meu endereço de e-mail corno.da.melissa@outlook.com.br
Evidente que não vou ficar mostrando minha esposa para qualquer babaca; se souber conversar poderá ser meu amigo, e amiga da Melissa também.