A aposta #1

Da série A aposta
Um conto erótico de Jucélia
Categoria: Homossexual
Contém 2089 palavras
Data: 02/12/2023 12:17:56
Última revisão: 29/12/2024 00:27:38

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Meu nome é Jucélia, mas a maioria das pessoas me chama de Jú. Tenho 22 anos, olhos castanhos, 1,72 m de altura e um rosto considerado normal. O que se destaca é minha boca, que já recebeu vários elogios por ter os lábios bem desenhados. Sou morena escura, com cabelos pretos e lisos que vão até o meio das costas. Atualmente, estou usando várias tranças finas no cabelo, que também está raspado na parte de baixo, com mais ou menos três dedos ao redor de toda a cabeça. Estou usando esse estilo porque ando muito de moto e porque gostei do visual; ele me deixou com uma aparência mais séria. 🤭

Tenho um corpo bem legal: seios médios, cintura fina, barriga chapada, bumbum médio, redondinho e durinho, além de pernas grossas e torneadas. Essa forma é graças à genética da minha mãe, que é uma mulata bem bonita. Apesar de já ter passado dos 40, minha mãe ainda tem um corpão incrível. Outra coisa que ajudou foi um hobby que adquiri com meu avô, por parte de mãe. Ele foi pugilista e depois treinador de boxe, e desde pequena me incentivava a treinar. Como eu gostava, acabei me tornando a aluna preferida dele. Infelizmente, ele faleceu há 8 anos, mas eu continuei treinando. Nunca lutei, mas treinava para manter a forma, e socar um saco de areia era como uma terapia para mim.

Morei minha vida toda no mesmo bairro de uma cidade de médio porte no centro-oeste de Minas. Porém, faz um ano que minha família se mudou para outro bairro, que fica do outro lado da cidade. O motivo da mudança foi que meu pai, que era pastor de uma igreja evangélica, recebeu a missão de ser o pastor responsável por uma filial da sua igreja. Minha mãe aceitou a mudança sem reclamar, porque era o que meu pai queria e ela não tinha um grande motivo para discordar. Como meu pai sempre foi um ótimo marido e ela o ama muito, resolveu apoiá-lo.

No início, eu não gostei muito da ideia, mas como ficaria mais perto do meu emprego e da universidade onde estudo, resolvi não ir contra. O que mais me influenciou a aceitar bem essa mudança foi que eu precisava de um novo começo. Meu ex-namorado tinha acabado de ser morto por traficantes; na época, já fazia 6 meses que tínhamos terminado por causa do vício dele em drogas. Eu tentei de tudo para ajudá-lo a sair disso, mas infelizmente ele não se esforçava, e eu, por fim, não aguentei mais e o deixei.

Três meses após terminarmos, descobri que minha prima estava usando drogas com ele. Ela não era apenas uma prima, era minha melhor amiga; crescemos juntas e vivíamos grudadas. Foi um baque para mim descobrir isso, já que eu odiava drogas e ela sabia disso. Viu o que passei com meu ex, e agora estava usando, e ainda por cima com ele.

Quando fui falar com ela sobre o assunto, ela chorou muito, pediu perdão e disse que aprendeu a usar drogas com ele. Contou que, quando terminamos, ele chorava muito em seu ombro no início, depois começou a dar em cima dela. Ela disse que, no começo, resistiu, mas acabou ficando com ele porque o amava. Sempre o amou, mas como ele era meu namorado, ficou sofrendo sozinha esse tempo todo, já que jamais trairia nossa amizade.

Aquilo foi um choque para mim. Eu nunca tinha notado que ela tinha esse tipo de sentimento por ele. Ela me pediu perdão por estar com ele, e eu, sinceramente, não fiquei com raiva dela, porque ela o amava e eu não estava mais com ele. Na verdade, eu não o amava mais; os últimos meses da nossa relação destruíram esse amor dentro de mim.

Da minha parte, os dois podiam ser felizes juntos; eu daria o maior apoio. Porém, tinha o problema das drogas. Mais uma vez, tentei de tudo para salvar alguém que eu amava desse vício, mas novamente não consegui. Minha prima se afundou mais nas drogas, álcool e na tristeza de perder seu amor.

O resultado disso foi uma overdose que quase lhe tirou a vida. Ela ficou entre a vida e a morte, passou 3 meses em um hospital e, quando saiu, meus tios a internaram em uma clínica da qual ela fugiu duas vezes. Na última vez, a internaram em outra clínica na capital, e ela está lá há alguns meses. Desde então, nunca mais a vi.

Nunca dei trabalho para meus pais; sempre fui tranquila. Nunca usei drogas, bebo raramente e geralmente só cerveja. Saía nos finais de semana, mas sempre informava onde iria e que horas voltaria. Nunca deixei de responder uma mensagem ou atender uma ligação da minha mãe quando estava na rua. Trabalho há 4 anos como office-boy em um escritório de advocacia e sempre me dei bem nos estudos. A única coisa que fiz que não agradou meus pais foi quando decidi que não iria mais à igreja que eles frequentavam. Mesmo achando ruim, eles não me obrigaram a ir. Meu pai disse que não adianta tentar forçar alguém a seguir a fé evangélica, que a pessoa tem que decidir fazer isso de coração.

Por ser criada em uma família evangélica, demorei a dar meu primeiro beijo. Perder minha virgindade também demorou, se comparado à idade em que minhas amigas fizeram isso. Isso aconteceu com esse meu ex-namorado; foi com ele meu primeiro beijo. Depois de um ano, me entreguei a ele. O sexo, no início, não era muito bom, mas depois passei a gostar. Fui me soltando e nossas relações eram bem quentes. Tanto eu quanto ele gostávamos de uma pegada mais forte e um pouco de safadeza na cama. Não vou dizer que eu gozava horrores, mas quase sempre chegava ao orgasmo e era bem gostoso.

Meu ex, no início, era perfeito: carinhoso e me tratava muito bem. Tínhamos planos de nos casar, mas, infelizmente, por influência de alguns amigos, resolveu experimentar fumar um baseado e depois passou para coisas mais fortes. Eu só descobri isso depois de 2 anos juntos. A partir daí, o namoro foi acabando aos poucos. Mas mesmo no final, ele nunca levantou a mão para mim ou me ofendeu. Mesmo nas piores brigas, ele nunca passou do limite comigo. Quando soube da sua morte, me doeu muito, porque eu nunca desejei mal a ele. Eu, mesmo afastada, torcia muito para que ele saísse daquela vida.

Depois que me mudei, parei de sair à noite e foquei no meu trabalho, nos meus estudos e na minha família. Minha mãe andava reclamando de dores na coluna, então passei a ajudá-la mais em casa. Passar mais tempo com meus pais também era muito bom; tenho sorte porque eles sempre foram muito amorosos comigo. Mesmo meu pai sendo pastor, ele nunca pegou no meu pé; em vez disso, sempre me aconselhou muito sobre as coisas ruins da vida. Quando comecei a namorar, contei a eles, e aceitaram o relacionamento, sempre tratando meu ex muito bem. Eu tinha ótimos pais.

No último sábado à noite, resolvi sair. Precisava tomar um ar. Arrumei-me e avisei minha mãe. Saí na minha moto e resolvi ir a uma pequena boate perto do meu antigo bairro. Além de ser um lugar que eu gostava bastante, estava na esperança de encontrar alguns amigos. Demorei um pouco a chegar porque era longe, e sempre pilotei com cuidado, ainda mais em um sábado com o trânsito bem movimentado.

Assim que cheguei, deixei minha moto estacionada perto de uma lanchonete, onde tinha amizade com o dono. Ele veio me dar um abraço quando me viu, conversamos um pouco, pedi para ele guardar meu capacete e dar uma olhada na minha moto. Saí dali e fui para a boate. Estava de tênis, calça jeans, um top, uma jaqueta de couro preta e boné, um vício que adquiri por causa do meu trabalho.

Assim que entrei, vi que a boate estava com uma decoração diferente. Tinha mudado algumas coisas, mas também eu estava há mais de um ano sem ir lá. Comprei uma cerveja sem álcool e fui dar uma volta. Não estava lotada ainda, mas já tinha bastante gente. Vi alguns conhecidos, falei rapidamente com alguns, mas não vi ninguém dos meus amigos. Passei em frente à área das mesas e, do nada, uma loira um pouco mais baixa que eu parou na minha frente, me impedindo de prosseguir. Vi que ela tinha olhos azuis bem bonitos, era um pouco menor que eu e tinha um rosto bonito. Ela estava me olhando, mas não falava nada, então perguntei:

Jú— Posso te ajudar em algo?

Ela respirou fundo e disse:

Loira— Me desculpe.

Ela falou isso e me beijou. Eu me assustei e fiquei meio sem reação. Ela colocou a mão na minha nuca e outra na minha cintura, e eu senti sua língua pedir passagem entre meus lábios. Eu devia empurrá-la ou simplesmente virar meu rosto, mas não sei por que aqueles lábios nos meus me prenderam ali. O beijo dela era bom, a pegada dela com força na minha nuca e na minha cintura foi gostosa. Eu simplesmente correspondi àquele beijo; sua língua já estava brincando com a minha, nossos lábios se moviam rápido e com intensidade. Eu levei minhas mãos nas suas costas e prendi seu corpo no meu.

Aquele beijo durou bastante; não sei exatamente quanto tempo, mas foi longo e quente. Quando nos soltamos para respirar, ela estava com o rosto todo vermelho. Seu perfume era muito bom, e aqueles olhos azuis me encarando pareciam penetrar dentro da minha alma. Mas, do nada, ela pareceu sair do transe em que estava, se afastou meio bruscamente de mim e só ouvi ela me pedir desculpas novamente, se virar, sair andando e sumir entre algumas pessoas.

Fiquei ali tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Demorou um pouco para eu voltar ao meu estado normal. Eu tinha acabado de ser beijada por uma mulher, e o pior: correspondi e gostei. Não só eu, mas meu corpo também. Eu sentia meu corpo todo quente, como se do nada estivesse com febre. Quando me movi, percebi que minha intimidade estava molhada. Aquele calor todo que eu estava sentindo era desejo. Meio sem saber o que pensar, saí dali e fui para a área que geralmente o pessoal usa para fumar. Eu não fumo, mas precisava tomar um ar, e o lugar é aberto; é tipo uma sacada, mas cercada de grades para evitar que algum bêbado caia dali, afinal estávamos no segundo andar.

Fiquei ali tentando colocar as ideias no lugar. Nunca tinha beijado uma mulher, nem sequer sentido atração por nenhuma, e do nada uma louca me beija e eu ainda correspondo. Eu só podia estar ficando doida ou era carência, já que, depois do meu ex, nunca tinha beijado outra pessoa.

Esfriei um pouco a cabeça e cheguei à conclusão de que estava dando muita importância ao que tinha acontecido. Foi só uma louca que me beijou e eu, por carência, correspondi. Isso não vai mais acontecer!

Dei mais algumas voltas na boate e não vi ninguém conhecido. Acho que meus amigos não frequentavam mais o lugar. Resolvi ir embora depois de tomar mais uma cerveja sem álcool. Estava desanimada e o risco de encontrar a doida de novo era grande.

Peguei minha moto e voltei para casa. Resolvi tomar um banho. Quando tirei minha calcinha, vi que ela ainda estava um pouco molhada. Realmente, eu tinha me excitado com aquele beijo. Entrei debaixo do chuveiro e fui deixando a água cair, passando as mãos pelo meu corpo. Fechei os olhos e a lembrança do beijo veio instantaneamente à minha mente. Lembrei do gosto do beijo, dos lábios dela nos meus, do calor do corpo dela. Quando percebi, meus dedos já estavam sobre meu clitóris, esfregando devagar.

Esqueci do mundo e me entreguei àquele desejo que consumia meu corpo. Me masturbei com vontade ali; se tivesse alguém acordado, com certeza teria escutado meus gemidos, porque eu me descontrolei com o orgasmo que tive. Só não caí porque escorreguei na parede. Quando voltei a mim, a única coisa que pensei foi por que eu tinha acabado de ter um orgasmo incrível imaginando aquela boca me chupando.

Eu só podia estar ficando louca mesmo. Tomei meu banho e voltei para a cama. Eu precisava dormir e tirar aquilo da minha cabeça, mas era fato que aquela doida tinha mexido comigo de alguma forma.

Continua…

Criação: Forrest_gump

Revisão: Whisper

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Foto de perfil de Forrest_gumpForrest_gumpContos: 391Seguidores: 87Seguindo: 62Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

Comentários

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Belo começo. Ali na descrição da série tem um pequeno erro de digitação, está nesce em vez de nasce.

Quanto a história parece bem legal!

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Obrigado, vou editar 🤝🏻

Espero que goste dessa história também!

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O beijo foi bão, em? 🔥

Chegamos na última 🥲

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Ela é legal, acho que você vai gostar bastante kkkkkk

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Do nada uma doida chega te beijando e só resta confusão na sua cabeça, sei lá, me identifiquei 🗣️😂😂😂😂😂

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Engraçadinha 😂

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Kkkkkkk

Não leia só até o 8 se ver que não dá para chegar no 12 hoje, conselho de amiga 🫶🏼

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Misericórdia, espero que o sono dela venha antes do 8 então 😂😂😂😂😂😂😂😂

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Humm! Depois der ler os comentários da Whisper, resolvi passar aqui e ler, gostei muito do começo, me parece que será um belo romance...

Que legal, a história se passa numa cidade de porte médio do centro-oeste mineiro, eu também moro numa, então lerei uma história sobre conterrâneos.

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Deve ser a Jú, eu ainda não tive tempo de ler o conto dela, mau estou com tempo de entrar no site ultimamente.

Espero que goste da história.

Bem vindo

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Foi eu sim, falei sobre seus contos em um comentário!

Vou terminar minha história e você não vai ter lido nenhum conto.

Saudades de você!!!

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Pelo nome da história, é a forma como a loira pediu desculpas, ela fez aposta com algumas amigas, só pode ser isso, agora bora esperar o próximo capítulo.

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Vc narrando e eu imaginando, voce e os fatos, confesso que gostei muito da sinceridade, parabéns, vc me parece uma menina inteligente, sensata e do bem. Seguirei esperando a continuação. Nota 10.

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Valeu, mas é uma história fictícia e não sou uma menina, mas espero que continuei acompanhado

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