MARAÍSA E GENI – Ajuda ou traição? (Parte 8)

Categoria: Heterossexual
Contém 3991 palavras
Data: 18/12/2023 23:07:30

Parte 8.

Ouvi a Suzy me acalmando, gostando de sentir sua mão segurando no meu pau duro. Ela repetiu:

— Pode relaxar. Tenha calma corninho, eu serei toda tua a noite inteira, e tu vai ser meu. Inteiro. Quero ensinar muita safadeza.

Eu não me opunha e beijava a gostosa apalpando os seios dela. Eu estava sentindo um tesão absurdo, chegava a ter tremores de tão tarado, sabendo que ia fazer sexo com aquela profissional, que também se mostrava cheia de desejo. Ela disse:

— Sabe de uma coisa? Vou fazer tu gozar umas três vezes até a hora de ir embora.

Nos abraçamos e começamos a ficar mais íntimos. Sempre continuando aquele jogo de carícias sobre a cama, com as mãos e com as bocas. O cheiro gostoso dela, transpirando desejo me inspirava sexo safado, depravado, e sem vergonha. Ela falava provocações nos meus ouvidos, me chamava de tesudo, corninho gostoso.

E foi mesmo uma noite inesquecível. Quando despiu a minha cueca e me deixou nu, a safada me arranhava com suas unhas deixando minha pele muito mais sensível. Ela falava safadeza, me chamava de corno tesudo, e beijava com uma habilidade que eu nunca havia provado antes. Ela também mordiscava meus mamilos, apertava, e falava que eu era muito gostoso. Eu já sentia que ia entrar em orgasmo só nas preliminares, mas ela controlava bem, e me proporcionou um boquete divino, como eu nunca pensei que existisse. Não gozei porque ela não deixava, prolongava as sensações, cortava a onda quando eu estava perdendo o controle, e foi me ensinando. Naquela noite, eu tive a consciência do tesão que é receber uma mamada no pau, nas bolas, e a seguir um beijo grego que quase me deixou alucinado. A safada era mesmo uma gueixa, mestre na arte do sexo, e brincamos por horas seguidas. No final, fizemos um 69 muito louco, e ela depois me deixou comê-la de quatro sobre a cama, me fazendo encher a camisinha. Primeiro, comi o cuzinho dela, já que a safada adorava dar aquela bunda. Eu me acabei, fodendo como há muito não fazia.

Não sei dizer em que ponto ou quando foi que eu apaguei. Acho que a tensão do último dia, as poucas horas de descanso, o sexo prolongado, e duas gozadas, foram a descarga máxima e eu acabei apagando e dormindo exausto. E não vi mais nada.

Acordei algumas horas depois, ao amanhecer, meio zonzo, e vi que ela não estava mais no quarto. Levei um susto, mas depois vi que a minha carteira estava no bolso da calça e não faltava nada. Quer dizer, ela havia pegado exatamente a metade que faltava do pagamento do programa. E todos os meus cartões estavam lá. Depois notei que ela escreveu um número de telefone dela no verso de um dos meus cartões de visita. Olhei no relógio e já eram quase 6h30. Eu tinha que ser rápido para tomar banho e ir até ao escritório pegar umas coisas. Estava de férias mas decidi pegar uns livros e documentos pessoais e colocar em uma pasta. Tratei de me banhar, me vestir e fui, com roupa esportiva mesmo. Jeans e camisa polo. Quando eu estava já dentro da empresa, pegando minhas coisas na gaveta da minha mesa, vi que meu chefe chegou e veio falar comigo. Só estávamos nós dois. A primeira coisa que ele fez foi pegar uma chave e me estender. Fiquei admirado olhando e ele falou:

— Toma, esta é a chave da minha casa de praia. Fica perto, aqui no litoral. É simples, mas bem montada. Vai para lá e fica os dias que desejar. Sei o que você está passando.

Olhei para ele sem entender direito o que ele queria me dizer. Ele foi direto:

— Sua esposa ligou ontem no final do dia. Procurava por você. Parecia muito abalada. Depois quis falar comigo. Estava triste e preocupada com você. Percebi que havia uma crise entre vocês e disse a ela para esperar, deixar a poeira baixar. Com os ânimos exaltados ninguém tem lucidez. Ela me entendeu. Então eu resolvi. Vai descansar. Quando voltar vocês conversam.

Eu estava muito sem-graça. Sem jeito de falar com meu chefe sobre aquilo, meio chateado da Maraísa ter falado com ele. Eu me desculpei:

— Desculpe, chefe. Não era para chegar em você. Nem sei o que dizer. Agradeço sua amizade e colaboração.

Ele me deu um tapa no ombro e disse conciliador:

— Já passei por isso, conheço muitos que também passaram. A gente advoga para outros muito bem, e não sabemos que, quando estamos no meio do furacão, não temos lucidez para pensar e nem agir. Confia em mim. Vai para a praia, fique lá alguns dias, bota a cabeça no lugar. Se precisar de algo, me ligue.

Ele entregou um mapa simplificado impresso numa folha de papel indicando como chegar na casa e o endereço. Saiu fazendo um sinal de positivo.

Agradeci, peguei as coisas que eu desejava na minha mesa, e saí. Ao entrar na Strada, fui primeiro ao hotel para pagar a conta e pegar minhas coisas. No trajeto, não pude deixar de pensar na noite que havia passado com a Suzy. Ela havia me surpreendido de todas as maneiras. E não me saía do pensamento.

Eu nunca tinha sentido tanto tesão numa foda, e fiquei admirado como ela havia me deixado excitado naquele grau, e me envolvido de tal forma que eu estava ainda tarado por ela. Talvez, por aquele motivo, não estivesse tão disposto a perdoar e voltar para casa. Queria que a Maraísa sentisse o problema na pele, e que sofresse o que eu havia sofrido nos dois últimos dias. De certa forma, mesmo sabendo que eu era o maior culpado por tudo que havia acontecido, eu ainda tinha uma mágoa, ou um sentimento de revolta por ter sido tratado daquela maneira pela minha esposa e meu primo. Hoje eu sei que estava apenas me justificando, mas naquele dia não tinha ainda as coisas tão claras.

No hotel, eu refiz a minha mala, peguei todas as minhas coisas, e fechei a conta. Quando ia sair me lembrei da Suzy e me deu uma ideia maluca. Entrei na Strada, peguei o telefone e liguei para o número que ela havia deixado num cartão. Tocou um monte de vezes, e eu já ia desistir quando ela atendeu. Ouvi a voz meio rouca e ensonada:

— Alô... quem? A essa hora?

Tratei de falar rápido:

— Suzy, sou eu. O Lúcio, de ontem à noite. Desculpe acordar você, mas tenho uma proposta para fazer.

Durante uns quinze segundos não houve nenhuma resposta. Insisti:

— Suzy, está ouvindo?

Finalmente ela pigarreou, e falou com voz ainda bem grave, de sono:

— Que caralho! Oi gato! Que urgência é essa que não espera nem a gente dormir um pouco? Ficou tarado de novo foi?

Fui direto:

— Tirei férias na empresa. Meu chefe me emprestou a casa dele na praia. Pensei se você quer ir passar um tempo na praia comigo. Poucos dias.

Novo silêncio demorado. Eu voltei a cobrar:

— Então? Aceita?

— Gato, eu acho tua proposta uma delícia, mas eu trabalho, não tenho patrão, nem posso tirar férias. Como pago a minhas contas?

Na hora eu estava “tacando um foda-se”, queria novamente estar com aquela delícia, e sabia que com ela na praia eu não sofreria nenhum tipo de tristeza ou depressão. Precisava compensar a sacanagem que minha esposa havia feito. E eu nunca tivera uma performance no sexo, como me lembrava da noite passada. Arrisquei:

— Fazemos assim, eu pago dois dias, duas diárias, e você vai comigo. Depois eu trago você de volta. Quanto que pode ser?

Ela pensou um pouco, e depois disse o valor. Eu sabia que poderia pagar, pois havia retirado dinheiro adiantado para aquelas férias. Respondi logo para ela não se arrepender:

— Tudo bem. Eu topo. Me passa o seu endereço ou localização, que eu vou buscar você.

Suzy era profissional mesmo:

— Vou passar primeiro o número da minha conta bancária. Tu coloca metade da grana lá, e quando tiver depositado eu mando a localização. Aí, depois vem me buscar. Vou ter que tomar um banho e me arrumar. Me dá uma hora?

Concordei. Estava entusiasmado de poder levar aquela gata deliciosa para a praia. Meu chifre nem estava me doendo mais, e eu pensava que ia ser fácil esquecer da traição que a Maraísa e o Geni me fizeram.

Tratei de ir a uma agência bancária e fiz a transferência com meu cartão. Mandei o comprovante para ela e logo recebi a localização de onde a Suzy morava. Era em um prédio antigo do centro da cidade. Faltava ainda uns quarenta minutos para a hora que ela marcou, então fui a um supermercado e comprei um pouco de comidas prontas para aquecer no forno, comprei pão, manteiga, café, geleia, requeijão, frutas, macarrão, linguiça, lombo de porco, uma picanha pequena, molho de tomate, cebola, pimentão, azeite, arroz, batatas, alface, tomates, cereais matinais, leite em caixinha, e mais alguns biscoitos e batata palha em saquinhos. Comprei também uns dois garrafões de água, duas caixas de cerveja em latinhas, duas garrafas de vinho, e acomodei tudo em caixas de papelão na parte traseira da picape. Depois, fui buscar a Suzy. Eram dez e pouco da manhã quando ela desceu e saiu na portaria com uma mochila nas costas, vestida em um shortinho de Lycra bem justinho, cor de mostarda, e uma camiseta larga de malha fina, verde musgo, cortada em estilo cropped, que deixava seu umbiguinho de fora, onde eu podia ver um piercing e um pedaço de uma tatuagem que ficava meio coberta pelo short. Nos pés ela calçava tamanquinhos vermelhos de couro com solado de acrílico. Tinha as unhas pintadas e na luz do dia confirmei suas curvas sedutoras. O cabelo preso em um rabo de cavalo e quase sem maquiagem. Estava linda. Uma delícia.

Ela chegou, me deu um beijo nos lábios e perguntou:

— Nossa, gato, que surpresa! Quer dizer que tu gostou mesmo da piranha?

Olhei para ela com sinceridade e respondi:

— Você é demais. Nunca tive uma noite como essa que passamos. Só não me lembro quando foi que eu apaguei. Mas estava muito bom.

Suzy sorriu, e respondeu:

— Depois, com calma eu te conto. Foi mesmo muito gostoso.

E partimos para a tal casa da praia.

No caminho, senti meu telefone vibrar no bolso, por duas vezes, mas eu havia retirado o som, pois não queria ser incomodado. Sabia que deveria ser a Maraísa. Deixei vibrar. Estava começando a me recuperar da fase depressiva e a Suzy havia me feito muito bem. E fomos escutando uma boa música. No rádio do carro, tocava a Maria Gadu, com sua canção “Quase sem querer”. E nós dois seguimos cantando a letra junto com ela:

“Tenho andado distraído”

“Impaciente e indeciso”

“E ainda estou confuso”

“Só que agora é diferente”

“Sou tão tranquilo e tão contente”

“Quantas chances desperdicei”

“Quando o que eu mais queria”

“Era provar pra todo o mundo”

“Que eu não precisava provar nada pra ninguém”

“Me fiz em mil pedaços”

“Pra você juntar”

“E queria sempre achar explicação pro que eu sentia”

“Como um anjo caído”

“Fiz questão de esquecer”

“Que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”

“Mas não sou mais 'Tão criança oh oh

“A ponto de saber tudo”

“Já não me preocupo se eu não sei por que”

“Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê”

“E eu sei que você sabe, quase sem querer”

“Que eu vejo o mesmo que você”

“Tão correto e tão bonito”

“O infinito é realmente”

“Um dos deuses mais lindos”

“Sei que, às vezes, uso Palavras repetidas”

“Mas quais são as palavras”

“Que nunca são ditas?”

“Me disseram que você”

“Estava chorando”

“E foi então que eu percebi”

“Como lhe quero tanto”

“Já não me preocupo se eu não sei por que”

“Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê”

“E eu sei que você sabe, quase sem querer”

“Que eu quero o mesmo que você”

Naquele momento, me veio a sensação de que aquela canção tinha muito a me dizer, e me encheu de um sentimento bom, de encantamento. De repente, eu lembrava da Maraísa, e sentia saudade dela, do nosso carinho e parceria, sentia emoção por imaginar que ela estava triste, sofrendo com a separação, e ao mesmo tempo me dava uma boa sensação de estar dando a volta por cima na ideia da traição. Eram sentimentos aparentemente contraditórios, mas eu via como complementares. A Suzy havia me ajudado a me sentir interessante, desejado, tivemos um sexo incrível, e houve carinho entre nós também, e mesmo pagando o serviço de acompanhante eu sabia que ela havia gostado de ter ficado comigo, pois era impossível agir sem vontade num envolvimento como ela teve comigo. Naquele momento, eu me vi muito satisfeito de ter feito sexo com ela. Ela era segura de si, sabia como dar prazer para um macho, e ainda tinha se entregado ao prazer de desfrutar toda aquela intimidade e safadeza. Suzy cantava sorridente, e parecia também estar feliz. Então, eu imaginei que a Maraísa também tivera muito prazer e satisfação em fazer sexo com o Geni, e aquilo não era um bicho de sete cabeças. Naquele instante eu tinha certeza de que ela me amava mesmo de verdade, e eu também a amava. Nada do que havia acontecido poderia mudar essa verdade.

Quando a música acabou, a Suzy me olhou por alguns instantes, e perguntou:

— Tu estava em baixa. Hoje está feliz? Superou a crise?

Eu sorri, não respondi de imediato. Fiquei observando as reações dela. Suzy disse:

— Acostumou com o chifre né? Tu gosta muito dela, não adianta fugir.

Em vez de responder aquilo, eu falei:

— Você é uma pessoa incrível. Estou feliz de conhecer você. Nunca tive uma noite de sexo tão gostosa e intensa. Aprendi muito. Me sinto muito melhor, mais seguro.

Suzy sorriu satisfeita. Ela parecia contente também:

— Tu é um gostoso, e safado, só não sabe como fazer. Mas, eu vou ensinar. Relaxa, eu aposto que tu ainda vai surpreender a safada.

Ela deu uma pausa, sorriu, e depois falou:

— Pior é que eu ensino o corno, para outra levar.

Achei graça. Na mesma hora eu já sentia meu pau se endurecer só com aquelas falas dela. Olhei e reparei que os bicos dos peitinhos durinhos estavam marcando a malha fina da camiseta. Ela também sentia tesão. Resolvi ser sincero e comentar:

— Pois eu agora entendi que é possível ter tesão em mais de uma pessoa, ter prazer, fazer sexo, e não deixar de gostar de quem se ama. Você me fez entender isso. A minha mulher não estava errada de ter tesão no meu primo, e nem ele nela. É natural. E o pior é que eu, no fundo, estava tarado de perceber tudo. Mas, inseguro, com medo, não aceitava, achava que eu estava sendo enganado, e ela ia deixar de gostar de mim.

Fiz também uma pausa, mas ela ficou calada. Então concluí:

— Só que quem estava se enganando era eu. Hoje, sei que tanto o meu primo como a minha mulher foram verdadeiros, brincaram, me provocaram, mostraram que estavam loucos de desejo, me deram todas as pistas, sabiam que eu estava aceitando, e eu fingi que não sabia, e que não aceitava. Só por insegurança e falta de coragem de assumir. Mas eu sei e eles também souberam, que eu deixei rolar. Então, estou errado em querer descontar neles.

Suzy concordava comigo, acenando a cabeça e respondeu:

— Não tem problema nenhum em ser corno, pelo contrário, é uma forma de ser, assumida, muito mais corajosa, verdadeira e liberada. A tua mulher aprendeu, e ainda vai aprender mais ainda, com o teu primo, a foder muito melhor. Ele, um comedor experiente, e mesmo assim ela não deixou de gostar de ti. É tu que ela adora e quer ficar junto.

Eu não respondi de imediato. Fiquei pensativo, sentindo um tesão crescente. A Suzy sabia que aquela conversa me excitava, eu sentia o pau duro sob a calça e a cueca. Olhei para ela que sorria, com expressão sacana e me falou:

— Tu é um corno muito tesudo, adora safadeza, e vai aprender mais também. Aos poucos relaxa, e assume sem sentir mágoa. Os dois ainda vão fazer muita safadeza, mas aposto que você sente muito tesão em saber que a sua mulher adorou dar para o seu primo. E ela vai querer dar novamente.

Eu tentei manter uma posição defensiva:

— Porra Suzy, assim você me fode, eu ainda não me adaptei à ideia de aceitar, fiz um puta dum drama, briguei, saí de casa, rompi com o primo, chamei de tudo que é nome, e não posso mudar assim do nada. Ainda me incomoda um pouco...

— Deixa de ser bobo Lúcio. Para mim tu não precisa mentir. Relaxa, já disse. Deixa de bancar o ciumento. Isso não ajuda. Eu sei que tu morre de saudade dela.

Naquele momento eu já estava sentindo que ela tinha razão, e no fundo eu não ia mesmo sustentar por muito tempo aquela postura. Mas as coisas são sempre muito mágicas na vida e foi quando fiquei em silêncio, pensando no que ela tinha dito.

Na mesma hora, para mostrar que nada acontece por acaso na vida da gente, começou uma música no rádio, cantada pelo Emílio Santiago:

Trago comigo um desejo

Contra a vontade...

De sumir, de fugir por aí, sem direção

Ah, teu abraço, teu beijo,

Quanta saudade

E agora tentar convencer,

Meu coração, reciclar...

Ah meu amor, eu também

Vou seguir me caminho

Mas eu não sei muito ao certo

Que rumo tomar, não sei

Se saio, se fico, se espero, te sigo

Como eu queria poder te encontrar

Ah, meu amor, sinto demais tua falta

Fico pensando em voz alta

Que é pra você me escutar

Se saio, se fico, se espero, te sigo

Como eu queria poder te encontrar

Ah, meu amor, sinto demais tua falta

Fico pensando em voz alta

Que é pra você me escutar

Que é pra você me escutar.

Suzy viu que eu estava totalmente emocionado ouvindo a canção, e prestou atenção na letra. Por quase três minutos nada falamos, apenas ouvindo e pensando nos versos da canção. Quando a música acabou eu exclamei:

— Putaquipariu, essa foi foda. Parece que estava cantando para mim.

Suzy sorriu satisfeita, e comentou:

— Para tu ver que as coisas estão traçadas, e você só tem que seguir as pistas que a vida te dá. Vai nessa, corno, deixa ela voltar e refaz essa união.

Eu estava convencido de que ia primeiro dar um tempo, e deixar a Maraísa e o primo no gelo, sem falar e sem saber de mim. Eu precisava daquilo, para me sentir mais coerente e não perder a moral. Eu disse:

— Primeiro, quero me libertar dessa onda de tristeza e de culpa. Vou com você para a praia, e quero aproveitar ao máximo a sua companhia. Vou deixar aqueles dois no escuro. Não quero saber. É apenas o que me interessa.

Suzy sorriu meio sem-graça, e falou:

— Mas eu não sou igual reserva do time que fica sentada no banco. Se tu vai estar comigo, vai estar comigo. É isso que eu peço.

— Claro, é isso! Eu chamei você porque adorei estar consigo, e quero mais.

Naquele momento o aplicativo para indicar o trajeto onde eu havia colocado o endereço da casa de praia, sinalizou que estávamos chegando. E de fato, em mais três minutos estávamos diante da entrada do condomínio, da casa do meu chefe. Era um condomínio de chalés separados por muros de cerca-viva, numa faixa de terreno plana, de cinquenta metros de largura, entre a encosta de um pequeno morro coberto por floresta da mata atlântica e a praia. O condomínio tinha uma única entrada e saída, por aquela estradinha que ladeava um muro de pedras junto da encosta do morro, numa distância de uns mil metros de comprimento. Cada terreno tinha uns cinquenta metros de largura, por cinquenta de comprimento, e no centro de cada um, ficava o chalé. Eram ao todo, vinte chalés, e todos eram exatamente iguais. O do chefe era o último lá no final e seguimos até encostar a picape. Por não ser uma época de veraneio, o condomínio tinha muito pouca ocupação. Descemos e descarregamos nossas coisas. Era um chalé muito gracioso, uma edificação de alvenaria em arquitetura simples, em formato de L, com janelas grandes e largas de vidro temperado. A entrada na base do L, dava para uma sala e no mesmo ambiente, ao fundo, uma cozinha americana, separada da sala por uma bancada de uns dois metros por noventa centímetros. Na perna mais longa do L, um corredor que dava para duas suítes. As duas tinham janelas com vista para o mar. Tudo muito bem arrumado e aconchegante. Demoramos uns vinte minutos para guardar as compras que eu havia levado, e logo nos vimos sozinhos e relaxados naquela condição mágica. Levamos nossas bagagens para uma das suítes, nos abraçamos e nos beijamos intensamente.

Suzy beijava de uma forma deliciosa e eu já estava novamente cheio de desejo. Lá fora, dava para ver pela janela de vidro temperado, que fazia um belo dia de sol e avistávamos as ondas quebrando suaves na areia da praia. Suzy falou:

— Vamos, dá para a gente pegar uma boa praia, pegar um bronze, desfrutar desse dia lindo, e depois a gente vem para este cafofo. Hoje tu vai ser meu de novo, e eu quero te deixar muito tesudo, como na noite passada.

Nos desabraçamos e fomos cada um buscar seus trajes de banho. Suzy pegou seu biquíni e pedindo licença, foi ao banheiro da suíte. Eu me despi no quarto mesmo, e coloquei uma sunga de banho. Uns dois minutos depois a Suzy saiu do banheiro e estava linda num biquíni muito sensual, pequeno, verde néon, de amarrar dos lados e sutiã de cortininha. Tratei de ir ao armário da suíte pegar duas toalhas de banho e ela foi na cozinha onde pegou uma garrada de água e dois copos plásticos e colocou numa sacola. Depois ela pegou um tubo de protetor solar. A seguir nós saímos para a praia. Era apenas uns trinta metros de jardim e logo já chegávamos na faixa de areia. Do jardim para a areia, um desnível de um metro e meio, um muro de pedra com uma escadinha também de pedra. Imaginei que era uma segurança para o caso de a maré subir muito e cobrir toda a praia, impedindo do mar, invadir os terrenos. Em poucos passos estávamos ali, sozinhos naquele paraíso. Eu observava o corpo escultural da Suzy, suas formas sensuais, pés delicados, de unhas pintadas, e mãos também muito bonitas. Ela mantinha o cabelo preso num rabo de cavalo. Eu fui estender as toalhas enquanto a Suzy abria a garrafa de água e servia nos copos. Ela esperou eu acabar de ajeitar as duas toalhas sobre a areia e me deu a água. Tomei tudo e um gole só. Estava mesmo com sede. Ela também bebeu e nos sentamos ao sol. Eu ainda não acreditava que há menos de vinte e quatro horas eu vivia um inferno de tensão, dor, raiva, revolta, frustração e ciúme, e naquele momento estava no paraíso, na companhia de uma mulher belíssima, e que gostava de sexo tanto como eu mesmo, ou mais. Beijei Suzy com vontade e disse:

— Eu tenho é que agradecer a minha estrela da sorte.

Ela sorriu e concordou:

— Estava pensando a mesma coisa. Ontem à noite eu estava dura, sozinha, na rua, torcendo para aparecer um cliente. E o universo me mandou um anjo, delicioso e cheio de carinho e atenção.

Continuamos a nos beijar como dois namorados.... Meu pau já dava sinais de vida dentro da sunga.

Continua ....

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Comentários

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Como sempre, foi muito top! Parabéns Leon

Dei uma olhada nos comentários e sei como se sente. Andei "sumida" também, fiquei mais de um mês sem publicar a sequência do meu conto, mas meu motivo foi mais trivial. Um novo emprego, muito melhor que o antigo, mas que está me consumindo. Às vezes da uma desanimada certos comentários ou pior, a falta de comentários, mas como você, gosto de escrever e escrevo por auto satisfação aqui no site. Tente não desanimar. Adoro seus contos!

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Obrigado pela visita e leitura, mais ainda pelo comentário. Admiro seus contos. Escreve muito bem. E conta melhor ainda. É uma honra receber seu elogio. Namastê.

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Cara somi não brou, saudades dos seus contos nota mil parabéns 👦

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Este conto é um clichê só. Não tem surpresas, a começar pelo nome do conto. A traição que ajuda. Mais do mesmo. Corno sofre, muda e se torna liberal. Quando é que os autores aqui vão nos prestigiar com sua criatividade? Tá difícil...

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Incrível como a história tem se desenrolado e como o Lucio tem ido para uma outra direção, e ao que tudo indica, a sequencia será quente entre eles!! E essa casa na praia que vc descreveu? fiquei aqui imaginando e pensando que luxo que seria ter uma casa dessas a disposição sempre que necessário rsrsrsrs (aguardo ansioso a sequencia)

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Boa parcela da minoria que vive com uma renda média mensal acima de 30 salários mínimos, tem acesso a tais luxos e comodidades. Não é para todos. Mas, como convidado, eu já estive em alguns desses condomínios exclusivos na beira de praias quase que particulares. Realmente existem, pois descrevi o que eu já visitei. Essa história tem um lado de aprendizado da inteligência emocional e da capacidade das pessoas aprenderem com as outras, que eu fiz questão de trazer aqui, pois nem só de safadeza e de vilanias e traições, são feitas as histórias de corno. Obrigado.

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Grande Leon! Sequencia maravilhosa, vc com certeza está entre os melhores do site... aguardamos ansiosos a sequencia desta e quem sabe de outras histórias

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Ferraz-MT agradeço seu elogio. Mas, acredite, não faço pensando em ser ou estar entre os melhores do site. Até porque não existe esse olimpo erótico literário. Existe um purgatório de egos, mas esse não me atrai. Não é isso que me move. A cada história, surgem desafios, criamos, aprendemos, aprimoramos, superamos limitações, e trazemos para o leitor, momentos de provocação, prazer, emoções e até revoltas. Quando fazemos por prazer apenas, fica muito gostoso. E muitos gostam, o que nos gratifica. Isso basta.

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Como sempre, maravilhoso! Parabéns Leon!

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Esse conto é ótimo mas acho que você não vai terminar como já aconteceu muito aqui é chato demais começar aer e não ter uma conclusão, vc demorou muito pra postar você é um dos melhores aqui mas não confio sr vai terminar o conto

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Eu tenho muitas histórias, livros, contos, romances, e filmes para fazer. Aqui nos contos é apenas por prazer. Sempre escrevo quando tenho tempo, e estou com tesão de continuar. Muitas vezes perco o tesão de prosseguir. Acho legítima a sua reclamação, mas nada posso fazer. Se depois de um mês, quando eu recomeço a escrever, seu primeiro comentário é uma reclamação, eu confesso que não me sinto na obrigação de atender à sua necessidade. Qual o vínculo que posso ter com você? Por favor, demonstre mais empatia, quem sabe me dá mais desejo de prosseguir?

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Poxa moço pra que isso eu sou fã magoou 😞

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Apenas fui sincero ao explicar. E mostrar que eu também tenho minha sensibilidade. Agradeço que seja fã. Se quiser conversar, pode escrever para meu e-mail. podemos ser amigos.

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Sempre ouvi falar que as prostitutas são as melhores terapeutas.

Espero que a Maraísa nao fique muito puta da vida, compreenda a carência do Lúcio e aceite numa boa.

Mas ia ser legal se a Suzy entrasse na vida desses dois, ou três, será que o Geni ficaria com a Suzy e formariam um "quadrisal"

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Sua mente é muito fértil. Em matéria de fantasiar sacanagem, você é um campeão. Eu não chego nesse "level".

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Ué, só dois casais convivendo, desfrutando e compartilhando

😁

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Depois de um mês distante dos contos, terminando um trabalho encomendado, estou retornando aos contos, e pretendo ir atualizando as histórias. Agradeço quem soube esperar. Espero que gostem das retomadas.

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Moço você vai terminar mesmo os contos ? Os seus contos são ótimos mas fico pensando, começo a ler depôs ele não termina é frustrante, você entende isso?

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Eu entendi sim, e digo que o maior frustrado em não conseguir continuar meus contos sou eu mesmo. Eu levo dias lutando para ter um tempinho para escrever contos. Vivo dez horas por dia escrevendo para viver, sou um escritor pago. Tenho contratos e prazos a cumprir. Então, mesmo que eu queira, muitas vezes, quando termina a semana eu não tenho mais tempo para fazer contos, pois tenho que dar atenção à família, mulher, filhos, amigos, e clientes. E ainda sou muitas vezes "desanimado" quando aparecem leitores que em vez de botar o autor para cima, e estimulá-lo, muitos agridem, atacam os personagens, etc... Aí fico desanimado, e vou deixando de lado. Para um dia retomar. Espero ter explicado.

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Que bom que está bem. A gente fica preocupado quando os autores somem: será que tiveram alguma doença? Um acidente? Claro que essa preocupação é, em certa medida, egoísta, pois nasce da carência por mais contos. Mas é, também pelo desejo real de que o autor esteja bem. Poucos (ou nenhum) de nós realmente nos conhecemos. E essa relação autor/leitor é decepcionantemente superficial. Mas não deixa de ser uma relação. Portanto fico feliz que esteja bem. Espero que tenha vontade de continuar esse conto. Se não tiver, tudo bem. Sei que os outros também serão ótimos. Mas torço pra que tenha 😁

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Vinix, em todos os meus contos, coloco meu e-mail. Estou sempre disponível e atento. Sempre respondo a quem me procura. Não se conhecem aqueles que se escondem, eu não me escondo, estou sempre visível e interagindo. Já fiz boas e sérias amizades através deste site e dos contos. Eu, como quase todos, tenho fases boas e outras ruins, difíceis. Mas sou dos mais antigos por aqui. E espero permanecer. Quando posso, volto e continuo.

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Top Leon!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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