Matheus e Jason FINAL E EPÍLOGO

Um conto erótico de Fuckme
Categoria: Homossexual
Contém 9292 palavras
Data: 19/12/2023 13:15:43

No final, assistimos de fato ao documentário de história antiga de Matheus.

Verdade seja dita, gostei muito mais do que pensei que gostaria. Pode ter ajudado o fato de que, durante grande parte do resto da noite, nós mesmos... hum, jogamos um joguinhos de “Guerreiro Espartano”. Eu não percebi o quão criativo Matheus era, mas ele estava em seu elemento. Adicione algumas linhas de diálogo cafona e um pouco de sexo quente e... bem, tivemos uma noite tórrida.

Talvez você simplesmente tivesse que estar lá….

Dito isto, me mostrou um outro lado dele. Quero dizer, aqui está esse príncipe do homem rugindo pela vida, bom trabalho, aventuras malucas, a porra de um leão na cama... e ainda no fundo um idiota. Um garotø maluco que estava pirando com essa coisa super nerd. Era como se estivéssemos em nosso clube. Fácil. Sem esforço. Um amigo.

E ainda assim, apesar de todas as aventuras que tive com eles, nenhum dos meus amigos jamais me fez sentir como Matheus. Ele não apenas me fez sentir o melhor cara do mundo, como se eu fosse alguém, mas ele me fez sentir especial. Merda, essa não é a palavra certa. Quero dizer, ele não me fez sentir como um cara de foco suave e retocado na capa de um romance, ele me fez sentir como... como... sexy

Como... caramba, eu gostaria de ter a palavra certa. Não quero dizer como um “predador” nem nada, porque isso me faz parecer que ando por aí estuprando pessoas. Mas como um predador no sentido de um gato selvagem almiscarado agressivo ou um lobo-marinho ou um urso pardo que foi atrás de sexo com força. Algo que poderia aguentar qualquer coisa que você jogasse e devolver com ainda mais força. Deixando tudo sair.

Então, naquela noite, fui… pego de surpresa.

Estávamos bastante exaustos e, depois de algumas brincadeiras emocionantes, nós dois adormecemos. Ele estava aconchegado contra mim, de conchinha, seu pauzão bem usado aninhado na minha bundona, com um de seus brações peludos em volta de mim. Eu ainda estava me acostumando a dormir em contato próximo com outra pessoa, mas naquele momento eu estava adorando isso. Ele não estava sendo possessivo, não necessariamente protetor. Se eu tivesse que colocar uma palavra nisso, ele só queria se sentir... conectado.

Me querendo só porque queria estar comigo.

Foi uma sensação incomum. Eu nunca senti isso com um cara antes, mas não tenho certeza se já senti isso – realmente senti isso – com uma mulher antes também. Esse tipo de... conexão.

Acho que estava meio adormecido, meio à deriva. Mas eu podia sentir Matheus se mexendo contra mim. Seu piruzão ainda está aninhado na minha bunda. Suas mãos começaram a deslizar por mim. Levemente. Apenas sentindo. Eu o senti enterrar o rosto na curva do meu pescoço. Respirando. Respirando meu cheiro. Me acariciando levemente. Deus, aquele lugar... bem alí. Eu enviei um tremor involuntário. Sua mãozona deslizou pelo meu peitoral peludo. Em meu abdômen. Circulando. Ainda meio adormecido, me deitei nele. Amando o leve arranhão de sua barba na minha pele. Estendi a mão para trás, o alcançando. Eu podia sentir a mudança em seu pauzão.

Matheus iniciou um ataque duplo... um ataque furtivo. Ainda de lado, sua mão começou a fazer círculos suaves no meu abdômen, descendo a cada rodada. Enquanto isso, pude sentir sua barba fazendo círculos próprios. Meu pescoço. Nos meus ombros. Círculos. Mais amplo. Ele deslizou debaixo do meu braço e se aninhou para frente, para cima. Até que ele estava dançando na minha axila. Ainda respirando. Ainda acariciando. Deveria ter feito cócegas, mas não fez. Finalmente, sua língua deslizou para fora, deslizando pelo meu suvaco peludo. O movimento despertou algo dentro de mim. Meu pauzão grosso disparou. Totalmente acordado, como eu também estava agora. Sua mãozona deslizou para baixo e o abraçou. Segurando minhas enormes bolas peludas. Ele deslizou a mãozona até onde estava sua boca, lambeu os dedões e depois voltou a massagear minhas bolas com um pouco de umidade. Lentamente me levantando. Eu gemi.

Não tenho certeza de quem foi mais difícil naquele momento.

A questão é que o que aconteceu a seguir foi tão... selvagem, mas diferente de tudo que havíamos feito antes. Esfregado e com Deus sabe quanta porra dentro de mim, ele deslizou a cabeçona inchada do caralhão monstruoso contra meu buraco até que ele se abrisse, depois deslizou para dentro. Juro que pude sentir cada veia grossa do seu eixo pulsando freneticamente, enquanto ele se movia através de mim. Ele me acionou, me iluminando por dentro. Eu engasguei, quando aquela primeira sensação de penetração masculina ondulou por todo o meu corpo. Mas em vez de me bater, ele começou um movimento lento e constante. Totalmente rítmico. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora.

Toda a intensidade estava lá, mas nada de violência. Controlada. Deliberado.

Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora.

Ah, que merda.

Soltei um gemido baixo quando o fogo dentro de mim começou a rugir e ganhar vida. Como se todo o meu corpo estivesse fervendo. Eu mudei e rolei enquanto ele me preenchia, querendo sentir seu nervão latejante mais fundo. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora.

Deus, ele era tããããão grande. Tão difícil. Acertando pontos dentro de mim….

Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora.

Fácil. Mas implacável.

O fogo dentro de mim brilhava com uma luz dourada. E percebi que o calor dentro de mim correspondia ao calor do corpo dele contra o meu. A grossa mancha de seus pêlos no peitoral nas minhas costas. Sua barba no meu pescoço. Escapando. Coçando. A umidade de seus lábios carnudos e língua. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. As mãozonas dele. Procurando incessantemente. Varrendo infinitamente minha pele. Me despertando. Essa proximidade. Essa proximidade abrangente. Ah. Controlada. Seu movimento era como um mantra cantado e era como se eu estivesse em transe. Um transe de sentimento, despertar sexual e emoções profundas demais para serem nomeadas.

Sem nem perceber que estava perto, de repente entrei em erupção. Pulverizando esperma por toda parte, enquanto eu convulsionava contra ele. Meu corpo inteiro em chamas. Selvagem. Mas ele estava controlado. Ainda não feito. Seu movimento nunca parou. Fodidamente implacável. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Ele colheu um pouco do meu esperma, trazendo a mão à minha boca. Chupei seus dedões com força. Como se fosse seu pauzão delicioso. Provando minha própria semente. Mais forte agora, mesmo quando gozei. O sentimento. Ele. Matheus ao meu redor. Em mim. Em todos os lugares….

E pela primeira vez na minha vida, eu me entreguei a alguém. Eu me inclinei para trás, me inclinei para ele... e me entreguei a Matheus. De certa forma, eu nunca poderia me entregar a uma mulher. Me soltei. Deixei tudo de lado. E me deixei levar pela maior… felicidade… sexual que já experimentei. Sonhei como. Bêbado. Totalmente à mercê de Matheus. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Innnnnnnnnndo e fora. Mais perto do que eu estive de qualquer pessoa. Com Matheus.

Totalmente libertado.

Matheus envolveu sua mãozona encharcada de esperma e começou a me masturbar, acompanhando aquele ritmo inebriante. Com a pressão molhada de sua mãozona, era como se eu estivesse fodendo um traseiro, no mesmo ritmo de Matheus fodendo o meu cuzinho. Acho que meu corpo estava… cantando.

Ele acelerou, empurrando com mais força. Eu respondi, fui arrastado por ele, indo para onde quer que ele me levasse. Sua boca, suas mãos, sua pele me trazendo vida. Dentro e fora. Dentro e fora. Mais rápido. Dentro e fora. Luz me enchendo. Dentro e fora. Um oceano de luz. Nossos corpos em perfeita sincronia, crescendo juntos. Fervendo juntos. Sensações que eu nunca….

E quando finalmente chegamos juntos, me senti como o nascer do sol na capa de um livro inspirador de autoajuda. Fiquei grato pela escuridão do quarto, para que ele não pudesse ver as lágrimas de pura emoção escorrendo pelo meu rosto.

Depois, dormi. No meio da manhã. Envolvido nesses sentimentos e nos sentimentos de Matheus. E no meu estado de sonho, havia um calor alí. Um calor em minhas entranhas. Não... não no meu íntimo. No meu peito.

Merda... no meu... coração.

Meu coração?

Que raio foi aquilo? Eu estava apenas me iludindo? Quero dizer, o que foi essa besteira. Vamos lá, você não “sente” nada em seu coração; é apenas um grande e velho músculo que lança sangue pelo seu corpo. O que é isso?

Eu abri meus olhos. Já estava claro e percebemos que estávamos dormindo cara a cara. Eu podia sentir sua respiração suave em mim. Gentil. De todas as maneiras que Matheus normalmente não fazia. Eu o observei um pouco, maravilhado com aquele cara, esse Rei dos Caras que estava dormindo ao meu lado. Nu. Completamente confiante, aberto e vulnerável.

Caras nunca são vulneráveis ​​assim na minha vida. E como tudo nele, era tudo tão... fácil.

Eu nem percebi que tinha levado a mão ao rosto dele. Ele está sempre tão ativo, correndo como se seu cabelo estivesse pegando fogo. Mas com ele profundamente sonhando, eu estava livre para apenas... tocá-lo. Nenhuma resposta procurada ou esperada. Apenas... o tocando.

A barba dele.

Ele agora mantinha a barba bem curta – eu diria que é uma barba corporativa, meio parecida com o visual de Chris Evans. Não as coisas selvagens de terror que alguns dos caras exibiam no trabalho. Escuro e grosso. Parte do que o afastou de ser apenas atraente para ser masculino. Tão masculino.

Foi um pouco irreal. Eu nunca... você sabe, toquei na barba de um cara antes. O engraçado é que as mulheres estão sempre reclamando dos pelos faciais, a tal ponto que eu meio que esperava que parecesse que eu estava pegando uma lixadeira elétrica ou algo assim. Ou talvez a ponta errada de uma vassoura. Mas não foi. Mais macio do que eu pensava e mais fácil para as mãos do que minha barba por fazer, mas ainda forte e claro. Suavemente em corda. Mais parecido com o cabelo de seu arbusto masculino do que com o de sua cabeça.

Legal.

Ajuntando suavemente. Deixando meus dedos deslizarem levemente por ele. Sentindo o cabelo caindo enquanto eu me movia. O arrasto duro contra meus dedos. Aquela linha onde o pelo terminava sob sua mandíbula... agora um pouco borrada depois de alguns dias de crescimento descontrolado. Eu gostei. Gostei do toque.

Lembrei de como era a sensação na minha pele quando estávamos juntos.

Era… ele era… lindo. Merda. Essa não é a palavra certa. Como você poderia chamar ele ou sua barba dessa palavra, quando ele era mais poderosamente masculino do que eu jamais seria? Ele apenas….

Droga, ele só… fez alguma coisa comigo, sabe?

Matheus deve ter percebido meu movimento. Ele se mexeu e seus olhos se abriram. Ele me viu, sentiu meus dedos... e apenas sorriu. Um sorriso tranquilo. Sorri de volta, fechei os dedos e cocei seu queixo. Ele fechou os olhos novamente e se apoiou na minha mão. Meus dedos ainda vagam por sua bochecha peluda. Droga... mais masculino do que eu jamais seria.

Matheus se mexeu, inclinando-se para mim. Trazendo seu rosto para mim, mas mudando. Movendo-se contra meu pescoço. Aquela marca suave de sua barba contra meus dedos de repente mudou para aquele ponto mágico logo abaixo da minha orelha.

Caramba.

Ele balançou a mandíbula, seu cabelo despertando minha pele. Correndo em circulos. Não fazendo cócegas… mas ativando. Suspirei pesadamente. Ele apenas passou levemente a língua lá. O contraste entre o esfoliante e sua língua molhada causou um arrepio na minha espinha. Abaixo. Direto para o meu pauzão.

Matheus estava em movimento, me provocando. Círculos com o queixo. Aquele maldito toque elétrico daquele cabelo. Ele deslizou para baixo, sua nuca encontrando os pêlos do meu peitoral. Ele me rolou de costas e me examinou até o centro do peitoral. Abaixo. Na minha barriga. Meu corpo amando a aspereza. O toque de aço de seu rosto.

Eu tinha certeza de que ele estava indo para o meu pauzão, ficando duro e forte, mas para minha surpresa ele continuou. Continuei vasculhando. Áspero na minha pele. Na parte interna da minha coxa. Quase fez cócegas, mas a grosseria satisfez. Matheus agarrou minha perna e a flexionou... suavemente, mas com determinação. Ele puxou meu pé até seu rosto e apertou seu rosto contra ele.

Ah, que merda.

O cabelo varreu minha pele. Áspero-suavemente.

Poooooooorra.

Minha pele ganhou vida, reagindo ao seu toque. E então veio sua língua.

POOOOOOOORRA.

Meus olhos rolaram para trás enquanto as sensações tomavam conta de mim. Matheus se amamentando nos meus dedos dos pés, enquanto sua barba queimava a pele entre eles. Ele não está nem aí. Apenas deleitando-se com o toque. Deleitando-se com minha reação. Meu corpo se contorceu. Minha pele em chamas. Caramba, droga. Somente um homem poderia fazer isso. Um homem como a porra do deus diante de mim. Língua, cabelo e cuspe. Porra. Quase gozei.

Então, num piscar de olhos, ele se levantou novamente, chupando meu pauzão. Profundo e molhado. Minhas mãos instintivamente agarraram sua cabeça. Ele estava me engolindo, depois se afastando, rolando a língua em volta da cabeçona inchada e descendo novamente. Esmagando minhas enormes bolas peludas, enroscando a barba no meu arbusto. Me lambendo. E me engolindo tudo de novo. Me fodendo... Veloz e furioso. Me punhetando para alcançar as partes que sua boca não conseguia. Meu eixo extremamente grosso encharcado em sua saliva. Cada vez mais dificil.

Então eu gozei. Enchendo a boca. Tanto que minha porra grossa e cremosa explodiu dele, enquanto ele tentava engolir.

Deus, ele era bom.

Mais tarde, levantei para fritar alguns ovos e bacon no café da manhã, precisando desesperadamente de reabastecer. O cheiro tirou Matheus do quarto e ele entrou com um enorme sorriso no rosto. “Uau! Comida real! Não comi nada além de sua porra desde o jantar!"

“Sim, posso dizer… não estou reclamando, mas sua barba está começando a parecer uma rosquinha glaceada!”

Matheus pegou uma torrada da mesa e jogou em mim. "Você é muito desagradável, sabia disso?"

Atirei um enorme sorriso de merda para ele. "Claro que eu faço! Só não achei que você se importasse!"

Comemos com avidez, sem precisar falar muito. Não pude deixar de pensar que sentiria falta dele na próxima semana, quando ele estivesse treinando em outro estado.

Quando Matheus terminou, ele baixou o garfo, encostou e colocou as mãozonas atrás da cabeça. Como Matheus disse tão delicadamente, eu sou nojento pra caralho, e tremi ao ver suas axilas peludas brilhando diante de mim. Droga, Matheus parecia bem.

“Pergunta para você, Jason. Você está feliz?"

"Huh?" Eu perguntei, confuso.

“Exatamente o que eu disse. Você está... você sabe, feliz?"

“Feliz com o quê?

"Apenas feliz."

Olhei para ele sem expressão por um segundo. "Eu acho que sim? Quer dizer, estou feliz... você está aqui? Feliz por estarmos tomando café da manhã? Eu acho. A vida é muito boa."

Ele me deu uma olhada. “Ei, não estou tentando irritar você nem nada, apenas fazendo uma pergunta básica.”

“Você quer dizer, estou aproveitando a vida no momento? Claro que sim. Claro que sim."

"Não, entendi, e também acho... só estava pensando em algo... maior."

Matheus pode estar dizendo que estava fazendo uma pergunta básica, mas não pude deixar de sentir que havia algum tipo de tendência que estava faltando. Parecia que você entra em uma sala e ouve parte de uma discussão, mas não tem certeza do que está acontecendo. “Eu... bem, nunca pretendi ser o melhor pensador do mundo. Acho que não penso com frequência em... 'maior'. Crescendo em uma cidade semi-pequena de operários, era tudo 'faça seu trabalho, mantenha seu nariz limpo e fique longe de problemas e você ficará bem .' Acho que pensei em 'felicidade' como algo que você sente... mais tarde. Como quando você é um velhote sentado em sua cadeira favorita, com as paredes cheias de fotos e lembranças de todas as suas aventuras, com um bando de netos subindo em você.”

O comportamento de Matheus… mudou. Tão ligeiramente. Não sei se consigo descrever bem.

"Ah sim. Os netos. Sim. Netos." Ele fez uma pausa. “Então, você não está sozinho em sua cadeira favorita. As pessoas fazem parte da equação.”

"Bem, sim. Quero dizer, obviamente eu gostaria de estar em um relacionamento algum dia. Não é?"

Houve uma pausa imperceptível. "Sim. Claro. ‘Algum dia.’ Eu entendo. Quero dizer, você quer saber que tem a pessoa certa. Certo?"

“Há... alguma coisa acontecendo, Matheus?”

“Não, apenas… não. Não é nada. Apenas meio... nada." Ele graciosamente mudou de assunto e continuamos enchendo a barriga. Não parecia que havia alguma coisa... errada, na verdade... mas eu meio que me perguntei o que estava acontecendo.

Quando Matheus finalmente saiu depois do café da manhã, voltei para a cama. Ok, para ser sincero, primeiro fui até a pia e bebi muita água, mas principalmente cambaleei de volta para a cama e bati nos lençóis como uma árvore derrubada na floresta. Fora. Dormi. Completamente em coma.

Sim, eu estava exausto.

O resto do dia foi extremamente discreto. O ponto alto foi eu sentado de cueca assistindo ao jogo, enquanto comia uma tigela de cereal. Normalmente, esse tipo de dia perdido era o momento perfeito para eu ir à academia, mas eu simplesmente não conseguia. Entediado, mais tarde naquela noite, liguei o documentário de história antiga que Matheus e eu havíamos assistido anteriormente e assisti novamente. Curioso para ter uma noção melhor do meu cara e o que o motivava.

Meu cara.

Meu.

E com isso, acho que estava começando a entender o que havia de estranho na nossa conversa no café da manhã. “Um relacionamento”, eu disse. Um relacionamento. Algum dia. Foi uma frase passageira, não dirigida a nada... e certamente não sobre Matheus e eu. Mas, mesmo assim, as palavras estavam lá.

Será que... nós... tivemos um relacionamento? “Algum dia” foi… agora?

Sim. Porra.

Então, o que foi isso… o que quer que estávamos fazendo? Quero dizer, nós tivemos um relacionamento? Estávamos indo nessa direção?

Algum de nós queria seguir nessa direção?

Foi difícil dizer o que pensava. Quero dizer... foi uma loucura. A idéia era uma loucura. Não era muito cedo para sequer pensar em estar em um relacionamento? Quero dizer... as balas deixaram as armas com menos velocidade do que a rapidez com que Matheus e eu nos unimos. Eu o conheci ao longo de alguns meses, claro. Conheci ele nos círculos sociais alguns meses antes disso. Mas no final, a realidade é que todos os fogos de artifício aconteceram em algumas semanas. Nós nem tínhamos tempo para reagir ao que estava acontecendo, muito menos para pensar sobre isso.

Eu estava apenas começando a entender o fato de que homens, poderiam fazer sexo juntos e ainda se considerarem homens. Um relacionamento? Com dois caras? Como seria isso?

Sempre achei que iria… você sabe, encontrar uma garota de quem gostasse. Fazer sexo com ela. Encontrar uma garota com quem viva fazendo sexo. E nós nos casaríamos e faríamos mais sexo, e então teríamos filhos e assim por diante. Ter os netos que mencionei. Quero dizer, esse era o padrão. O que todos na minha família fizeram e esperavam que eu fizesse. Mesmo que eles nunca tenham dito isso. Mesmo que eles nunca pensem isso especificamente. Como seria se eu trouxesse Matheus para casa? Cresci em um lugar que já foi uma pequena cidade fora de uma grande cidade. Com a expansão urbana, agora não era diferente de qualquer outro subúrbio, mas ainda tinha aquela história de cidade pequena. O que meus pais pensariam? Meu tio idiota, meus primos? Vizinhos?

É aí que as coisas começariam a ficar reais.

E, novamente, isso nem levou em consideração meus colegas de trabalho. Aquela matilha de lobos que chamo de meus amigos.

E aquela questão maior... o que, no final das contas, eu pensei?

Quero dizer, diversão é diversão, e o que Matheus e eu estávamos fazendo era muito divertido.

E o que significaria explodir o caminho que minha vida estava seguindo? Mudar de direção assim? Eu estava bem com isso?

Deus, minha cabeça estava doendo com toda essa merda. Mas apesar de todo o meu surto por causa das minhas próprias merdas, havia algumas perguntas se formando em minha mente que realmente me assustaram pra caramba.

O que Matheus queria?

Aqui está. Durante todo o tempo em que estivemos juntos, e mesmo durante o tempo em que estivemos fodendo loucamente, Matheus deixou claro que não está procurando ou pronto para um relacionamento. Sentindo que não está pronto. O que é completamente bizarro... Quer dizer, um cara legal, tão gostoso quanto ele, ganhando dinheiro, morando em uma propriedade badalada no centro da cidade? Jesus, ele deve ser o solteiro mais cobiçado da porra da cidade. Quero dizer, ele poderia entrar na prefeitura e pegar todas as garotas do lugar se quisesse. Mas não. Ele disse isso para mim, ele disse para meus amigos bem-intencionados que queriam armar para ele. Um grande e alto NÃO. Quando estávamos conversando em nosso último café da manhã, ele pareceu se acalmar quando mencionei que gostaria de um relacionamento, apenas em abstrato. O que me impediu de fazer a pergunta óbvia de acompanhamento. Eu trazendo a idéia de forma abstrata o assustou? Merda. Eu sei que ele está lidando com algumas coisas pesadas desde o tempo com Alicia, e especialmente com o rompimento, e eu nunca quis balançar o barco. Se eu apresentasse a idéia diretamente a ele, ele correria gritando para a porta?

Havia outra grande questão: e se Matheus e eu não demos certo?

Essa era outra coisa em que eu estava com muito medo de pensar. Ele era... caramba, em pouco tempo ele se tornou meu melhor amigo. Como o melhor amigo que eu poderia ter. Eu nem queria considerar que perderia aquele sexo que mudou a vida que tivemos... mas na verdade, seria muito pior perdê-lo... E um relacionamento poderia durar? Dois idiotas entrando em um relacionamento no qual não sabem como navegar e nem conseguem entender? Terminado o período de lua de mel, começaríamos a enlouquecer um ao outro, tentando fazer um relacionamento gay funcionar, com toda a pressão externa? Até que ponto eu iria fodê-lo? E então o que eu faria sem ele? Vê-lo retomar suas aventuras com uma gostosa no braço? Ou seria pior vê-lo com outro cara?

Deus. Droga. Isto.

O que realmente me surpreendeu é que sempre me vi como um homem de ação. Um cara do tipo “acabou”. Não estou realmente vivendo com meus sentimentos, feliz em superá-los para lidar com “mais tarde”. Essa... paralisia estava me deixando desanimado. E a única pessoa com quem eu poderia conversar sobre isso... era a pessoa com quem eu não poderia falar sobre isso. Cara, apenas trazer isso à tona para o cara provavelmente o faria se contorcer, já que ele provavelmente nunca iria querer ter um relacionamento comigo….

Aaaaaarrrgh.

Nos dias seguintes, comecei a cair no medo. O que foi estranho pra caralho... quero dizer, as coisas estavam indo muito bem de muitas maneiras. Mas não pude deixar de sentir que, embora as coisas com Matheus estivessem ótimas, eu estava cortejando o perigo. Que havia muitas minas no campo minado para navegar.

Mas no final das contas… fiquei surpreso ao perceber outra coisa: o quanto eu sentia falta dele. Quero dizer, Jesus... ele ficaria fora por, o que, 10 dias no total? Nada! Mas eu estava... sentindo isso. Querendo saber o que ele estava fazendo. Gostaria de poder compartilhar alguma história estúpida e engraçada sobre trabalho. O sorriso dele. Seu perfume. A barba dele….

A colisão de sentimentos estava me deixando para baixo. Eu estava me sentindo fora do jogo, distraído. Apenas deprimido. Na quinta-feira à noite, a situação estava ruim o suficiente para que eu tivesse que fazer alguma coisa para desabafar e decidi ir para a academia. Malhar sempre foi uma espécie de refúgio para mim, uma forma de queimar energia e limpar minha mente. E geralmente, fazer repetições funcionava como um mantra entoado que clareava minha mente. Mas depois das travessuras malucas com Matheus, eu estava um pouco nervoso por ficar nu perto de um bando de caras nus. Eles veriam através de mim? Como meu corpo responderia? E como eu poderia esconder isso se ele... começasse a responder?

Já era tarde da noite quando finalmente tive coragem de sair. Eu esperava que sair do horário de trabalho minimizasse quaisquer encontros. Eu realmente queria estar no meu próprio espaço.

Meu raciocínio para ir foi lógico... mas a realidade é que provavelmente não deveria ter ido. Eu não estava no melhor estado de espírito. As emoções tomaram conta de mim e eu não estava realmente malhando, mas atuando. Atacando. E simplesmente sendo estúpido. Fazendo superset após superset nas máquinas, selvagem e sem foco. Sem qualquer cuidado, apenas eu punindo meu corpo em uma tentativa estúpida de afastar a dor que sentia. Esmagar as emoções que estava sentindo. Quanto mais eu ficava nisso, mais eu dobrava. Atacar e atacar. Repetições intermináveis, ultrapassando meus limites. Estúpido. Indisciplinado. Foi um milagre eu não estar me machucando.

Finalmente, percorri um ciclo por muito tempo, tendo feito muito mais do que podia aguentar e sem segurança, e percebi que estava me soltando com um grito longo e rosnado. Eu soltei. Deixe tudo ir. Levantei e dei alguns passos, meus músculos gritando. Fiquei ali com as mãos na cintura, irradiando toxicidade.

"Ei, amigo, você está bem?" Uma voz baixa atrás de mim.

Não sei o que foi, mas aquela pergunta simples e inócua desencadeou algo dentro de mim. Toda a minha confusão, dúvidas, frustrações e dores físicas transbordaram de uma só vez. "Estou bem!" Eu me virei para o cara, em modo de ataque total. “FODA-SE!!”

Eu estava pronto para brigar... mas ao vê-lo eu me contive. Reconheci o cara, embora nunca tivéssemos nos falado antes. Já o vi por aí algumas vezes... geralmente lá pela manhã, se não me falha a memória. E vendo esse cara uma vez, você nunca o esqueceria. Com a possível exceção de Matheus, ele era o homem mais lindo que já vi na vida real. Quase no meio perfeito entre ser um deus grego e um lenhador. Uma mandíbula forte o suficiente para cinzelar granito e olhos quase hipnóticos. Irradiando masculinidade fácil, poder e confiança. Não há necessidade de provar nada a ninguém.

Em resposta ao meu comentário abertamente hostil, alguns caras podem ter se inchado e me enfrentado de frente. Esse cara simplesmente levantou as mãos de forma apaziguadora, virou-se e voltou ao seu trabalho.

Ótimo, Jason. Um verdadeiro idiota, com alguém que só estava tentando ajudar.

Ainda de mau humor, voltei para o vestiário. Tirando minhas roupas encharcadas de suor, decidi ir para a banheira de hidromassagem um pouco antes de ir para casa. Eu já sabia o quão dolorido estaria amanhã e pensei que talvez isso ajudasse. E talvez o calor e os jatos me ajudassem a relaxar, de uma forma que meu treino não fez. Além disso... bem, adorei a sensação das bolhas nas minhas bolas nuas.

Entrei e acho que estava ajudando. Me atrasando. Relaxante. Me trazendo de volta para mim mesmo. Eu me perdi no momento, enquanto minha mente lentamente começou a vagar.

Um som me trouxe de volta. Olhei para ver o cara que eu havia abordado virar a esquina, indo em direção à banheira de hidromassagem. Ele me viu e parou por um segundo….

Jesus.

Quero dizer, Jesus. Eu pensei que ele era um deus grego antes, vestido. Vê-lo nu como no dia em que nasceu foi como uma revelação. Uma lição na forma masculina. Muitos ratos de academia acabam com corpos perfeitamente esculpidos, mas, em última análise, artificiais. Hiper definição, geralmente apenas para exibição. Esse cara era a personificação de como o corpo de um homem deveria ser em sua forma ideal. Músculos, mas do jeito que deveriam ser, naturalmente. Músculos para uso, não para exibição. Ele tinha cabelos escuros e, como eu, tinha uma boa camada de pelos nos braços, corpo e virilha... Parecendo um maldito homemzão. Vê-lo em toda a sua glória nu, literalmente fez minha respiração parar por um segundo. Quero dizer, quem era esse cara...? Parecia que ele tinha acabado de ganhar uma dúzia de medalhas de ouro nas Olimpíadas. Agradeci silenciosamente a Deus por ele não ter interpretado minha explosão como um desafio... o homem poderia ter me esmagado como uma lata de cerveja vazia.

O atleta olímpico ficou ali por um segundo, claramente se perguntando se valia a pena entrar nu em uma banheira de hidromassagem, sozinho, com outro cara nu que possivelmente era um psicopata.

"E aí cara!" Eu gritei, envergonhado. “Olha, eu realmente sinto muito por ter sido rude mais cedo. Eu só estou... em uma situação difícil agora e te ataquei estupidamente. Isso foi completamente desnecessário e... bem, sinto muito.

“Ei, não se preocupe”, disse o atleta olímpico enquanto pendurava casualmente a toalha em um dos ganchos. “Todos nós já estivemos assim antes." Nenhum dano, nenhuma falta. Havia novamente uma confiança tão... casual e natural nele. Masculinidade fácil. Mas, surpreendentemente, um calor natural para ele também. “Importa-se se eu me juntar a você?”

“Não, fique à vontade. A propósito, meu nome é Jason.

“Ruan. Prazer em conhecê-lo." Ele entrou na minha frente, se acomodou e me olhou, gentilmente. “Eu não conheço você, mas você definitivamente parece estar indisposto. Alguma coisa em que um estranho possa ajudar?"

Parte de mim queria – finalmente! – descarregar. Nele, em qualquer um. Mas não havia como entrar em detalhes. Optei por algumas generalidades. “Oh, apenas o de sempre... você sabe, merda de relacionamento.”

“Ah,” ele assentiu. “Sim, realmente todos nós já estivemos. Eu mesmo já passei por algumas tempestades de merda. Acho que o pior foi quando segui uma garota até aqui para começar uma nova vida juntos, e ela me largou 24 horas depois. Já desabafei sobre muitos amigos antes e estou feliz em retribuir o favor, se você quiser.”

Olhei para ele, para aquele rosto simpático, aqueles olhos hipnóticos... e por incrível que pareça, quase confiei nele. Quase. Não exatamente. Não é suficiente para detalhes. Mas percebi naquele momento o quanto precisava me apoiar em alguém. Qualquer um.

“Ugh, nem sei por onde começar. Acho que é o caso clássico de encontrar uma ótima pessoa que pode ou não ser a pessoa certa. Muitas complicações. Mas o que mais me incomoda é... posso ter me apaixonado por... um amigo. E como existem todas as complicações, posso acabar destruindo uma amizade se as coisas derem errado. E essa amizade vale mais que ouro para mim. Não tenho o melhor histórico de relacionamentos e tenho medo de acabar estragando tudo e perdendo… tudo.”

“Ok… sim, amigo, estou ouvindo. É assustador estar nessa posição, quando sabemos exatamente o que perderemos se as coisas não derem certo. É paralisante. Se ajudar, acho que, embora a amizade possa tornar uma ação mais assustadora do que o normal, no final das contas os melhores relacionamentos são construídos a partir de amizades. É uma base muito mais forte. Você sabe no que está se metendo. Você provavelmente já os viu no seu pior e deixou que eles vissem você no seu pior. Você pode ser 100% você mesmo e ser visto por si mesmo. Existe um nível maior de confiança. Uma conexão mais profunda. Você pode estar lá para alguém muito mais.” Ele riu. “Mas é claro, eu diria que… também me apaixonei por um dos meus amigos. As complicações que eu estava enfrentando provavelmente eram muito diferentes daquelas que você está enfrentando... mas no final, tudo deu certo. Juntos há 7 anos e casados ​​há 5.”

“Nossa cara, parabéns, é ótimo ouvir isso!” Foi realmente ótimo ouvir. “Não quero me intrometer, mas posso perguntar como você conseguiu que ela saltasse com você? Qual era a sua arma secreta?"

Ele olhou para mim por uma breve pausa, mas continuou. "Bem, na verdade, é 'ele'. Eu disse que minhas complicações provavelmente eram diferentes das suas."

“Oh, Deus… desculpe, eu não sabia!” Eu respondi, envergonhado. E... deixe-me contar sobre todas as emoções complicadas que começaram a girar na minha cabeça.

Ruan sorriu calorosamente. “Não, não é um problema. Foi uma surpresa para mim também – eu nem sabia que poderia amar um cara antes. Mas passei a acreditar que você gosta de uma pessoa, não de um gênero. Todo o resto é besteira.”

Puta merda. SANTA MERDA. Minha mente estava correndo a mil por hora... tão rápido que quase esqueci que ele estava falando. Ele continuou. “Mas, para responder à sua pergunta, ele me cortejou com uma maratona de filmes de “O Senhor dos Anéis”. Depois disso, eu era todo dele!”

Eu ri alto, uma risada apreciativa. “Deve ter sido a edição estendida, certo?”

“De que outra forma chegar ao coração de um cara?” Ruan riu. “Não, mas ele realmente era meu melhor amigo, que acabou ali por acidente depois que minha ex-namorada me largou. Eu estava realmente em um lugar escuro, e ele... meio que salvou minha vida. Ficamos unidos, mais grudados que juntos. Ele é simplesmente... o melhor amigo que eu poderia ter pedido. O melhor cara que eu poderia ter pedido. Sempre me protegeu, nunca pedindo nada. Sólido." Ele me lançou um olhar avaliador. "E pelo olhar deprimido em seus olhos, acho que é o mesmo para você e ela também... certo?"

Eu queria dizer alguma coisa, realmente descarregar, mas fui muito covarde. No mínimo, parecia estranho confessar a um estranho, quando eu nem sequer tinha tido o início de uma conversa com Matheus. Então, eu apenas balancei a cabeça vagamente.

“Como eu disse, a ideia de perder aquela amizade foi, por um tempo, um obstáculo muito assustador para qualquer um de nós tomar uma atitude, mas essa amizade acabou nos tornando muito mais fortes. Eu sou o cara mais sortudo do mundo. Mas quem sabe”, disse ele, zombando de mim levemente, “talvez você mesmo reivindique esse título. Depois de fazer sua jogada... certo?”

Eu era uma tempestade violenta de emoções e mal sabia o que dizer. Houve um silêncio caloroso e gentil por alguns minutos enquanto ele me deixava meditar sobre suas palavras. Finalmente, levantei. "Sim, sim. Ei cara, você me ajudou mais do que posso dizer, mas preciso sair. Obrigado. Quero dizer. Obrigado. Você... me deu muito em que pensar."

“Fico feliz em ajudar, amigo… eu sei como é. Boa sorte!"

Eu estava orgulhoso de mim mesmo por ter voltado para o meu carro, antes de cair completamente em uma bagunça feia e chorosa.

Sexta à noite foi mais uma rodada de diversão com a galera da Prefeitura, e eu estava ansioso por isso. Eu estava ansioso para abafar as últimas dúvidas em algumas bebidas adultas muito necessárias e me soltar. Meus amigos sempre conseguiram levantar meu ânimo.

Foi uma noite bastante normal, com a tripulação em boa animação. Eu estava sentado com alguns amigos, conversando, quando um trio de garotas se aproximou da nossa mesa. Parecia Mariana, Jackeline e...

“AMANDA??!!?” eu deixei escapar, muito alto.

“Ei, Homem Abóbora!” Amanda disparou de volta, sorrindo.

Eu… posso ter corado. “Oh, Jesus, você lembra que…?” Todos os outros estavam olhando para nós, surpresos.

Amanda estava rindo e olhou ao redor da mesa para todos aqueles rostos perplexos. “Sim, eu conheci Jason quando ele estava tentando – e falhando espetacularmente – fazer essa pegadinha na faculdade. Ah... deu ruim. E estava realmente bagunçado. E fedia."

Todos se juntaram às risadas. Um dos caras na mesa imediatamente disse: “Oh merda… eu lembro! Achei que você ia ser suspenso! Não sei como você conseguiu escapar dessa!"

Tentei reprimir o riso às minhas custas. "Sim Sim Sim. Bem, como diabos você está?"

A questão é que Amanda e eu tínhamos uma história meio complicada. Não vou mentir, na faculdade eu tinha uma queda importante por ela. Ela era - é - muito gostosa, com um senso de humor hilariante e agudo. O tipo de personalidade agridoce que os caras adoram. A questão é que estávamos tipo “comprometidos”, no sentido de que continuamos tendo o pior momento: nunca estávamos solteiros ao mesmo tempo. Ocasionalmente, saíamos como parte de um grupo maior por um tempo, mas não regularmente. Ela era uma daquelas pessoas “e se” em suas vidas. Tenho certeza que houve alguma química, mas nunca tivemos a oportunidade de atuar. Eu a perdi completamente de vista após a formatura.

Ela entrou na conversa sem esforço, como se todos fôssemos melhores amigos. Seu senso de humor não havia perdido nada e em poucos minutos todos estavam rindo ruidosamente. Foi uma experiência estranha. Imediatamente senti toda aquela química antiga, me lembrando imediatamente por que costumava me masturbar pensando nela. Mas, apesar de tudo, foi quase como uma experiência fora do corpo. Como se eu estivesse observando as coisas acontecerem, em vez de vivê-las. Amanda sempre foi uma paqueradora total; e com certeza ela roçava meu braço repetidamente, enquanto contava esta ou aquela história. A certa altura, contando uma história mortificante, ela descansou a cabeça no meu ombro, rindo. Mas por mais que eu adorasse a atenção, meus sentimentos estavam apenas patinando na superfície. Eu não estava recebendo a mesma eletricidade que recebia…

“MATHEUS!” Ouvi alguém gritar seu nome e olhei para cima para ver o próprio homem parado bem na nossa frente. Em pessoa. Ele estava lá! Parecendo tão incrível como sempre! Acho que meu coração começou a brilhar….

Um dos meus amigos interveio: “Ei cara, que bom ver você! Achei que Jason disse que você estaria longe esta semana!"

“Sim, esse era o plano.” Não vou mentir, senti um frio na barriga ao vê-lo. Quente pra caralho. Mas enquanto ele falava, comecei a perceber que havia… algo em sua voz…. “Os planos mudaram e decidi voar de volta após o término do treinamento. Parece que cheguei bem na hora.” Havia uma anormalidade nivelada em suas palavras….

Merda. Percebi que Amanda ainda estava pendurada em meu ombro. Merda.

“Ei, Matheus!” falei rapidamente. Um baixo pânico aumentando, o que tenho certeza que não ajudou. “Esta é… Amanda. Ela é uma velha amiga. Quero dizer, ela não é... velha. Ela é apenas uma amiga. Nem um pouco velha. Só uma amiga." Merda. Eu estava balbuciando?

“É o que parece”, disse Matheus, com uma voz terrivelmente equilibrada.

Mariana falou, borbulhando. “Sim, eu sabia que eles se conheciam e tinham alguma história, e é por isso que seriam perfeitos juntos. Fiquei tão feliz quando Jason concordou em sair com ela de novo!”

Huh??!? Eu gaguejei fracamente: “... eu... concordei...? …Sair….?" Que porra é essa? Que merda é essa? O pânico, que tinha começado a surgir dentro de mim, agora rugia pela minha mente com força total.

Matheus tinha uma expressão absolutamente mortal no rosto, enquanto se virava suavemente para Mariana. "Nossa. Sério. Quando ele concordou em sair com ela?"

Mariana olhou para Amanda e para mim com um sorriso enorme. “Ah, foi há algumas semanas, mas foi a primeira vez que deu certo.”

Espere, algumas semanas atrás?? O que…? Como foi…? Meu cérebro trabalhou furiosamente, tentando entender o que estava acontecendo. Meus sentidos aumentaram com o medo puro. Siiiiiiiiim, eu lembro. Mariana e Jackeline conversaram comigo há algumas semanas. Eu estava tão focado em Matheus que mal me lembro…

Ah, merda. Eles estavam conversando sobre relacionamentos. Eu realmente não estava prestando atenção. Merda. Merda, merda. O que foi que eu disse? Com o que eu concordei?

Mariana continuou, cegamente inconsciente dos pregos que estava cravando em meu caixão. “Eu sabia que eles seriam perfeitos um para o outro e estou muito feliz que finalmente deu certo. Já faz muito tempo que Jason não teve alguém, e já era hora! E não se preocupe, Matheus… você também está na minha lista! Tem sido horrível ter vocês dois sentados sozinhos. Vocês são os dois caras mais elegíveis do mundo. Em breve, vocês dois ficariam sem ninguém além um do outro, e ninguém quer isso!"

Todo mundo riu.

Me virei para Matheus, horrorizado. Aterrorizado. Palavras estranguladas engasgadas na minha garganta. Oh Deus. OH DEEEEEEEUS. Ele manteve uma máscara de masculinidade estóica, mas enquanto eu observava pude ver aquela fração de segundo em que seu coração se partiu em dois.

E meu coração se partiu em milhões, milhões de pedaços. Não não. NÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!

Matheus endureceu o rosto. Eu podia ver o esforço que isso estava custando a ele. "Bem... foi um longo... vôo... e eu deveria... você sabe... voltar para casa..." Sem outra palavra, ele se virou e praticamente disparou para a porta.

NÃÃÃÃÃÃÃO!!!!

Todos na mesa se viraram confusos para vê-lo partir. Graças a Deus. Eles não viram o terror cru e selvagem rasgar meu rosto. Meu mundo, toda a porra do meu mundo estava se despedaçando. Oh Deus. OH DEUSDEUSDEUSDEUS. Isso não poderia acontecer! ISSO NÃO PODE ACONTECER!

Me levantei da mesa, quase a virando. “Oh, ei… esqueci… tenho que perguntar uma coisa… importante ao Matheus. Me dê um segundo, sim...?

Desesperadamente peguei meu casaco e corri para a porta. Foi muito frustrante, porque parecia que de repente todo mundo queria falar comigo. Parecia que eu estava correndo por uma casa de diversões de carnaval, totalmente distorcida, tentando seguir em frente, com o terror aumentando. Não! NÃO! NÃO NÃO NÃO!

Finalmente atravessei a multidão e abri a porta. Era uma noite desagradável, chuviscando bastante e com um vento forte a tal ponto que todos estavam lá dentro - até mesmo os fumantes mais viciados. Examinei o estacionamento, mas não o vi. NÃO! NÃO NÃO NÃO NÃO! NÃO PODERIA ACONTECER ASSIM! PORRA! PORRA, PORRA!

Espere! Dado o quão tarde era, percebi que Matheus teria que ter estacionado no estacionamento lotado mais atrás. Eu corri. O pânico me levou… LÁ! Eu pude vê-lo! Eu poderia pegá-lo! Ele tinha que me ouvir. ELE TINHA QUE OUVIR!

“MATHEEEEEUS! Espera! Por favor! POR FAVOOOOOR! Não é isso que você pensa que foi! MATHEUS! POR FAVOOOOOR!"

Eu finalmente o alcancei e agarrei seu braço descontroladamente. Matheus o arrancou de mim e se virou para mim, com uma expressão que era em partes iguais de dor e raiva. O que restou do meu coração se despedaçou.

“FODA-SE SEU IDIOTA!”

“Matheus, não, POR FAVOR! Você não entende!" Eu estava selvagem agora, desequilibrado, desesperado. Não! Isso não poderia estar acontecendo! ASSIM NÃO!

“Ah, acho que entendo perfeitamente! Eu me viro por cinco minutos e você mal podia esperar para pegar alguém novo. Bom trabalho, amigo! O quê, três dias inteiros antes de você fazer a sua mudança?"

Eu era uma bola de emoção crua. "NÃO! Você captou cerca de 1 minuto de conversa e tirou a conclusão errada! EU NÃO FARIA ISSO! Você me conhece!"

Matheus parou de ficar furioso por um segundo, o que foi mil vezes mais assustador. “E você me conhece.” Ele mordeu cada palavra. "Você sabe o quanto Alicia me fodeu com toda essa besteira, e você foi e fez a mesma coisa. Você! EU CONFIEI EM VOCÊ POOOOOORRA!"

“Matheus, por favor! Isso tudo não faz sentido! Estamos unidos pelas últimas duas semanas, QUANDO TUDO ISSO ACONTECEU? Você me VIU! Você pode verificar meu telefone! Olhe nos meus olhos! Lembre-se de toda aquela emoção que compartilhamos juntos! Você acha que sou algum tipo de ator vencedor do Oscar que poderia ter atuado tanto? Me escute! Isso é um mal-entendido! Pense por um segundo! Você vai ver…."

E com isso, Matheus recuou e me acertou.

Cambaleei para trás, instintivamente colocando a mão no nariz, verificando se havia sangue. E Matheus veio atrás de mim novamente.

Não tenho nenhum problema em admitir que Matheus tem alguns quilos de músculos acima de mim.

Mas já participei de mais brigas de bar.

Em minutos, eu derrubei Matheus, fazendo ele cair de bunda no banco de areia na beira do terreno, atordoado demais para se mover. E naquele momento, me virei contra ele, todas as emoções do meu corpo irromperam ao mesmo tempo.

“Você poderia calar a porra da boca e me ouvir??!!!? EU TE AMO, SEU IDIOTA! DROOOOGA! POOOOOORRA! FOOOODA-SE!”

Matheus ficou absolutamente imóvel.

Minha voz era um rosnado cruel. “Eu te amo pra caraaaaalho, ok? Você consegue passar isso pelo seu estúpido cérebro de ervilha ou eu tenho que bater em você? Eu te amo. Amo você. Eu te amo taaaaaanto… você faz meu peito inteiro doer! Acho que nunca soube o que era o amor até conhecer você! Jesuuuus, porra, Cristo!”

Eu andei em um círculo fechado por cerca de quatro passos até que me aproximei dele novamente, apontando meu dedo para ele com força. “E não é só o seu pau, entendeu? Eu amo VOCÊ, como… todo você... Simplesmente VOCÊ SEU IDIOTA! Eu… adoro… esse jeito idiota de comer pizza! Eu adoro o jeito que você fica... todo choroso... quando assiste a vídeos de animais! Eu amo que você sempre corre na frente e abre portas para as pessoas! Que você acene para seus vizinhos e pergunte sobre suas vidas! Fale com bartenders e garçons como se eles fossem importantes! E eu adoro o jeito que seu sorriso me faz sentir como o maldito Rei do Mundo! Você acha que eu jogaria tudo fora por 5 minutos de buceta? Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo! Olha, outras pessoas podem estar tentando armar para mim, mas isso não importa porque VOCÊ é quem eu amo, seu idiota estúpido. O ÚNICO que EU AMO! Você entende ou terei que chutar sua bunda de novo!”

Dei alguns passos e chutei uma pequena bola de lama no chão. Explodiu satisfatoriamente em um milhão de pedaços. Fiquei ali, ofegante. Matheus não moveu um músculo o tempo todo. Apenas olhando para baixo. Silencioso. Merda.

Merda.

Depois de uma pausa longa e estranha, caminhei cautelosamente até Matheus e sentei na terra ao lado dele. Incapaz de olhar para ele. Eu respirei um grande suspiro. “Desculpe, Matheus. Isso... hum, saiu errado."

Ele murmurou, sem olhar para mim: “Você quer dizer que não me ama de verdade?”

“O quê? NÃO! Eu absolutamente amo você. Literalmente. Apenas com... talvez... menos palavrões e... hum, ameaças.”

Houve uma pausa que pareceu durar uma eternidade. Então Matheus começou a tremer... tremer... e finalmente jogou a cabeça para trás e começou a uivar de tanto rir. Risadas grandes e abertas. O tipo de risada em que você simplesmente fica mole de tanto rir. Comecei a olhar para ele indignado por um momento, mas depois me juntei a ele. Rindo. Rugindo. Todos os tipos de emoções sendo liberadas no ar. Rindo.

Até que assim, ele começou a chorar... Por mais que estivéssemos rindo. Uma liberação de mil lágrimas; digno de emoção. Eu o agarrei e num piscar de olhos eu estava chorando forte alí mesmo com ele. “Sinto muito, Matheus. Eu sinto muito mesmo. Deus... eu te amo taaaaanto Matheus. Você tem que saber o quanto eu te amo. Eu sei como deve ter sido, mas eram todos eles. Eles estavam tentando armar para mim, não tinha nada a ver comigo. Só existe VOCÊ. Por favor, por favooooor... Você tem que acreditar em mim. A única vez que me senti vivo durante toda essa semana foi quando você entrou e eu te vi." Matheus estava uma bagunça, seu rosto pressionado contra o meu, me segurando desesperadamente. "Tudo bem. Eu tenho você, amigo. Eu sempre terei você.”

Matheus recuperou o equilíbrio suficiente para levantar o rosto e me olhar nos olhos. “Deus, eu te amo muuuuuuuuuuito, Jason. Você não tem idéia. Acho que nem eu tinha idéia até ver você lá, com aquela garota, e pensar que tinha perdido você. Por pior que tenha sido saber como Alicia foi infiel... ver você e ela foi mil vezes pior. Eu não sou forte o suficiente para isso. Nas últimas semanas, você tem sido meu tudo, meu território e meu homão mais lindo e dedicado do mundo." Houve uma grande pausa, mas finalmente Matheus soltou com pressa. “E ver você com ela foi como a confirmação do meu maior medo. Que qualquer dia você perceberia que não precisa disso. Que estou adiantando meus meios e que você não precisa de mim tanto quanto eu preciso de você. Quero dizer, merda... Jason, você poderia entrar em qualquer lugar e ir para casa com quem você quiser. Você é incrível. Sinto que não tenho direito a nada disso.”

Peguei sua cabeça em minhas mãos. “Matheus, como diabos você pôde pensar isso? É lógico que eu preciso de você e só de VOCÊ! E olha, eu sou apenas um idiota, tentando sobreviver na vida. Você é... a pessoa mais incrível que já conheci. Você me faz querer ser um homem melhor, só para que eu seja de alguma forma digno de você. Acredite em mim, estou tentando o melhor de mim aqui... Para ter você só pra mim... Para te amar como você merece... Para nos amarmos."

Matheus riu lindamente e foi me beijar... no meu queixo recém-socado. Eu gritei, só um pouco. “Oh Deeeeeeeus, Jason, sinto muito! Sinto muito meu amor!

Fiquei de pé, me abaixei e puxei Matheus para cima também. "Vamos lá. Vamos sair daqui. Eu conheço uma maneira perfeita de você me compensar. De alguma forma, tenho a sensação de que sexo de reconciliação com você será ÉPICO!" E eu o abracei com mais força do que qualquer pessoa que já abracei na minha vida.

Acontece que eu estava certo sobre o sexo de reconciliação… as 24 horas seguintes foram algumas das melhores da minha vida. Em um nível totalmente diferente. Demorou apenas alguns momentos para perceber que por mais que estivéssemos fodendo com paixão, agora estávamos fodendo com emoção e amor.

E isso fez uma grande diferença.

Mas mais do que isso, percebi outra coisa. Algo incrível. Algo que muda a vida:

Por melhor que fosse... isso era apenas o começo.

E mal posso esperar pelo resto.

* * *

EPÍLOGO

Os meses seguintes foram um borrão, nos melhores aspectos. Levamos as coisas um pouco devagar, já que Matheus e eu ainda tínhamos um monte de besteiras emocionais para resolver. Mas trabalhamos em tudo juntos. E parecia que cada dia nos aproximavamos mais. O conselho que recebi foi certeiro, foi muito melhor ter começado como amigos. Mais fácil. Nós realmente poderíamos ser 100% nós mesmos.

Mas apesar de tudo isso, ainda não tínhamos dito nada publicamente às nossas famílias, colegas de trabalho ou à tripulação de amigos. Parte disso era prático... tudo era tão novo e era mais fácil para nós trabalharmos nas coisas em particular, fora dos holofotes. E, para ser sincero, eu não tinha certeza de como alguém reajeria. Eu queria que Matheus e eu tivéssemos uma base sólida antes de nos abrirmos às críticas. Nenhum de nós poderia esquecer naquela noite que minha equipe essencialmente riu da idéia de ficarmos juntos.

Mas eles ainda eram minha tripulação.

Numa noite de fim de semana, estávamos na Prefeitura, vivendo a vida em voz alta. Matheus e seu arquirrival Paulo estavam presos em um jogo de sinuca para encerrar todos os jogos de sinuca. Cercado por fãs. Eu adorava vê-lo brincar, cheio de vida. Não vi exatamente o que aconteceu, mas aparentemente Matheus deu uma tacada e tanto para encerrar o jogo, e a multidão explodiu. O dinheiro mudou de mãos. Matheus fez algum tipo de movimento de vitória embaraçoso, enquanto Paulo gritava e, rindo, ameaçava chutar sua bunda.

Depois de absorver os elogios dos espectadores, Matheus caminhou até minha mesa, bastante cheio de si. “Todos saudam o herói conquistador!” ele entoou.

"Tacada de sorte?" Eu o irritei.

“O herói conquistador não precisa de sorte!” Matheus respondeu com arrogância. “Fique aí um segundo, o herói conquistador está nos trazendo bebidas… na conta de Paulo. Porque...”, enquanto lançava um olhar na direção de Paulo, “...porque Paulo é um perdedor!”

Paulo revirou os olhos e, rindo, fez um gesto de desdém para Matheus. Observei Matheus ir até o bar, pensando em como eu era o bastardo mais sortudo do mundo.

Meu amigo Ricardo apareceu, balançando a cabeça e soltando um gemido teatral. "Qual é o seu problema?" Eu perguntei zombeteiramente.

“Jesus, cara. Você é um péssimo ator."

Todas as minhas risadas e alegria da noite desapareceram instantaneamente, substituídas por um medo gelado. "O que? Como assim? EU…"

“Aaaaaaaah, por favoooor né Jason”, Ricardo respondeu. “Vocês acham que vocês são sutis? Que não sabemos o que está acontecendo entre vocês? Inferno, falamos sobre isso o tempo todo seu Zé Mané."

"EU…"

“A única coisa que não consigo entender é por que vocês dois, simplesmente não saem do armário e dizem alguma coisa. Quero dizer, o que... você tem medo de que vamos bater em você ou algo assim?"

"EU…"

“Puta merda Jason… é isso, não é? Você acha que vamos… pular em você no estacionamento. Pisotear você, Não é?

"EU…"

"Que diabos? Quer saber, Jason? Você pode se foder, ok. Você pode se foder até o fim. Como você pode pensar isso…? Jesus. Você se lembra daquela vez, há algum tempo, quando eu estava em uma espiral descendente, bagunçando minha vida? Você se lembra do que você me disse? O que você fez por mim?"

"EU…"

“Vou falar até o fim, cale a boca e escuta seu idiota... VOCÊ provavelmente salvou minha vida. Me pegou, tirou a poeira e me fez voltar a andar. Você acha que um homem esquece algo assim? E Jesus Cristo… quantas vezes você fez isso, para quantos caras aqui? Isso é o que você faz, cara. É isso que faz de você… VOCÊ. E você acha que vamos retribuir chutando sua bunda ou algo assim? FODA-SE, JASON. PORRA.”

"EU…"

“Mas escuta, vim dizer que há uma mudança de planos para assistir ao jogo no domingo. Ainda às 13h, mas vamos nos encontrar na casa de Luan. Ele ganhou uma TV nova e sofisticada da qual se orgulha. Estou colocando você no comando das galeras. Oh! E você pode pedir ao Matheus que traga aquele molho de nacho que ele faz? Essa merda é boa pra caralho.”

"EU…"

“Ooo… alí está Michel. Olá, Michel! Espere um segundo! Eu tenho uma pergunta para você…!"

E com isso Ricardo desapareceu de volta na multidão, me deixando atordoado e sem palavras. Isso foi… muita informação em 30 segundos.

Depois de um momento, Matheus voltou trazendo duas bebidas. “O herói conquistador está de volta! O que Ricardo queria? Jason? Jason??”

Eu apenas olhei calmamente para Matheus, mal conseguindo juntar dois pensamentos. Finalmente, eu disse inexpressivamente: “Ele… sabe. Acho que todos eles... sabem."

“Merda”, disse Matheus, enquanto lentamente colocava as bebidas na mesa. "Merda. Bem… o que você quer fazer?"

Eu olhei para ele. “Acho que só há uma coisa a fazer.”

Me levantei e coloquei alguns dedos na boca... soltando um apito de sirene de ataque aéreo, que provavelmente parou o trânsito por três quarteirões. Todos os sons do bar cessaram; Eu tinha a palavra.

“Escutem, idiotas! Tenho algo a dizer a todos vocês!”

Com isso, fui até Matheus e dei nele o maior, mais suculento e teatral beijo da minha vida. Longo e profundo. Dobrando ele para trás em um mergulho. Ruídos de surpresa encheram o ar e alguém soltou um assobio. Com isso, me afastei e examinei desafiadoramente a sala. “ ESTAMOS BEM GALERA? ISTO É O QUE SOMOS!"

Houve uma breve pausa, quando de repente o bar explodiu em uma avalanche exuberante de camaradagem masculina. Saúde! Aplausos! Opa! Aqueles mais próximos de Matheus e eu avançaram. Pelo canto do olho, vi Paulo dar um abraço rápido em Matheus por trás, antes de ser soterrado por uma tempestade de tapinhas nas costas excessivamente entusiasmados.

Sim… eu realmente fui o bastardo mais sortudo do mundo.

No final, fiquei com um pensamento aleatório e disperso: era extremamente prematuro e extremamente presunçoso, mas tive que me perguntar…

…quantos padrinhos são permitidos em um casamento…?

O FIM 🏳️‍🌈🙏🏻🔥💗❤️😍🥰

ESPERO QUE GOSTEM E GOZEM BASTANTE MEUS PUTOS 🙌🏻🙏🏻🔥🏳️‍🌈💗❤️😍🥰 COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS!!!!!!!!!!!!!!!!!

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O melhor dos seus últimos contos! Cueca melada aqui de tanto tesão.

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