O dia finalmente chegou. Dois dias antes parou com os atendimentos e já estava no hospital. Maria estava segurando sua mão enquanto esperavam por Madame P.
- Mal espero pra conhece-la! Você fala tanto dela. E tem algo nisso dela fazer o que vai fazer em você. Quero saber que tipo de mulher ela é.
Madame P entrou. Cátia estava junto, como sempre. Ela estava de jaleco branco, com o cabelo preso e óculos. Não parecia um dominatrix que estava prestes a realizar uma fantasia sexual macabra. Imaginou se por baixo daquelas roupa civis ela vestia algo em couro.
- Oi Gabi! Bom dia! Finalmente chegou o dia. Como está?
- Um pouco nervosa.
- Na verdade também estou.
Ela se abaixou e falou no ouvido de Gabi.
- Estou mais excitada do que nervosa. Minha calcinha molhou assim que te viu.
Maria não gostou muito de como ela se portou com Gabi, passando acariciando suas pernas.
- Você nem apresenta sua namorada! Maria né? Gabi sempre fala de você. Você é muito linda.
Madame P olhou para Maria com desejo. Maria percebeu e olhou para baixo. Havia uma aura naquela mulher, ela se movia como se fosse dona do local, dona das pessoas. Maria sentiu como se tivesse sido despida e posto de quatro. Ela levantou os olhos.
- Obrigada! Prazer em conhece-la!
- Essa é Cátia. Ela vai me auxiliar no procedimento e vai ajudar Gabi no pós-operatório. É uma ótima enfermeira.
Maria percebeu como sutilmente Madame P induziu Cátia a falar.
- Olá, bom dia. Vou ajuda-la em tudo que precisar.
Elas voltaram para dentro, para preparar o local da operação. Gabi estava sendo preparada. Ficou a sós com Maria, apenas de avental. Ela levantou o avental e deu um beijo em cada testículo.
- Adeus pra vocês. Vai dar tudo certo, amor.
- Obrigada.
Ele ficou segurando o saco por alguns momentos, como se estivesse protegendo. Apesar de querer e ter que fazer isso, havia algo de assustador na ideia. Eram minutos tensos, até que foi levado para dentro da sala de cirurgia. Madame P estava muito feliz, com um belo sorriso.
- Oi Gabi. Pronta?
- Sim.
- Como sabe, vai ser anestesia local. Sei que fez exames pra uma anestesia geral. Quer fazer isso?
- Sim.
- Certo. Antes de começar queria te agradecer. Não imaginaria que faria isso com um homem. Homens, sempre querendo ser fortes e basta um chute nas bolas pra chorar. Essa é a forma mais poderosa de controle do corpo de um homem, seu pau e bolas. Vocês prezam tanto isso, chega a ser cômico! Por isso adoro tortura-las. Eu faço coisas que você nem imagina! Pena que você não gosta muito. Enfim, vou remover a esquerda e depois a direita. Dois cortes pequenos e precisos. Sou boa com bisturi. Então tiro uma e depois a outra. E quando fizer isso, vai se tornar menos homem. Vai estar dormindo, sem opção nenhuma. Depois vou jogar no lixo, como havia dito.
Novamente colocou as mãos entre as pernas.
- Também agradeço. O que você está fazendo para minha mãe não tem preço. Isso vale nada, perto da vida dela. Pode jogar fora, não me servem.
Ela deu um beijo nos seus lábios.
- Gostei da convicção. Dê adeus a elas.
Sentiu a agulha no braço.
- Conta até 10, amor.
Mal chegou no 7. Acordou no quarto, zonzo. Cátia estava ao seu lado.
- Tá tudo bem? Como está?
Estava tirando a pressão.
- Sonolenta. Um pouco de dor. Foi tudo certo?
- Tudo perfeito. É um procedimento rápido. Agora descanse um pouco. Maria já vai entrar.
- Onde está Madame P?
- Ela precisou sair.
Cátia deu alguns remédios para dor e saiu. Em poucos minutos Maria entrou e deu um beijo nos seus lábios.
- Boca gelada! Você tá bem?
- Sim, amor. Deu tudo certo. Quero ver o curativo.
Ela levantou o avental e foi possível ver o seu pênis, encolhido pelo frio e um curativo onde antes estava seu saco. Foi estranho, mas havia uma sensação de satisfação.
- Parece bem, amor. Não vou mentir que é chocante. Mal espero pra ver depois disso sarar!
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Foi para casa no mesmo dia. Doía andar, mas era esperado. Agora era esperar o tempo necessário. Madame P mandou uma mensagem.
"Melhor programa que já fiz. Quero te ver semana que vêm!"