PARTE 3: Eu e André no dia do casamento da minha tia

Um conto erótico de Felipe Silva
Categoria: Gay
Contém 1157 palavras
Data: 22/01/2024 08:55:01

Quando chegamos na casa da minha avó, nem parecia o mesmo lugar. O gramado todo tinha sido decorado com lâmpadas bonitas, pisca pisca e flores. As mesas dos convidados estavam espalhados por todo espaço aberto na frente da casa da minha vó. Tinha um DJ, um barman, garçons e um buffet contratado para aquela noite.

Descemos do carro, e fomos atrás dos nossos parentes para cumprimentar. Minha vó estava na cozinha já vestida para a festa, mas ajudando o buffet a encontrar as coisas ali. Meu avô estava recepcionando os convidados, e os demais parentes espalhados pela festa

Olhei pra André. Ele ficava lindo de terno. Principalmente embaixo daquelas luzes. Ele sorriu pra mim

"Bora começar os trabalhos, Fê" e me puxou pelo braço no meio da festa até a fila do barman.

Minha tia Rose e seu marido tinham criado um site para a festa, com todas as informações ali. Inclusive os cardápios, e cronograma. Eu e André ficamos vendo as opções de drinks pela tela do celular dele, meu rosto próximo do seu ombro

Eu olhei pra ele e ele olhou pra mim, nossos rostos super próximos, e só damos uma risada. Tinha muita gente ali. Não podíamos levantar suspeitas. Pegamos nossos drinks, eu uma caipiroska de morango e André uma marguerita, e fomos pra mesa dos primos mais velhos. A mesa dos padrinhos e dos noivos ainda estava vazia

A festa foi realmente muito boa, até hoje todos os parentes comentam sobre aquela noite. A comida estava ótima, as bebidas também. A decoração estava linda e as danças, as músicas e os noivos também.

Eu e meus primos se divertiamos na mesa, era difícil encontrar sinal de rede no sítio, então a gente contava piadas e jogava baralho. André e minha prima Julia passavam mais tempo na fila de bebidas do que na mesa.

O jantar foi ótimo, tinha tantas opções que era difícil montar um prato com tudo. Todos comiam rezando aquela comida incrível. André sentado do meu lado, roubou uma azeitona do meu prato, brincando com ela na boca pra eu assistir.

André já estava totalmente bêbado antes mesmo da valsa da noiva e do noivo, onde todos se levantaram e foram para uma pista improvisada no gramado, onde assistíamos o noivo e a noiva dançar. André estava atrás de mim, eu sentia sua respiração acelerada pelo álcool.

Ele se aproximou, passando a mão pelo meu ombro, e encostando a cabeça na minha. Eu fiquei com medo de alguém interpretar aquilo errado, esperava que as pessoas achassem que era só uma demonstração de carinho, sem suspeitar de que sempre existiu algo a mais.

Depois da valsa, todos os convidados foram chamados para a pista, eu e meus primos formamos um semicírculo e dançávamos juntos, sem saber s coreografia certa, apenas dançando loucamente e rindo. André olhava pra mim o tempo todo. Eu desviava o olhar, e ele continuava me seguindo com os olhos.

Fiquei com medo. Ele já estava bêbado e poderia acabar falando demais ou fazendo algo obsceno e a família toda iria descobrir. Afastei ele pelo resto da noite, sempre procurando um outro par pra dançar quando ele se aproximava, ou trocando de lugar na fila quando via ele chegando, e me juntando a uma roda de conversa aleatória para não precisar falar com ele.

O resto da festa foi incrível. Os convidados ficaram lá até quase três da manhã. Nesse horário eu já estava exausto, e fui até meus pais para saber quando iríamos embora. Eles me disseram que a gente ia posar no sítio e que ficaríamos lá no domingo, assim como uma parte da família. Eles disseram que havia roupas limpas no carro, e que eu só precisava perguntar pra minha vó onde eu iria dormir

Peguei as chaves, e fui até o carro. Os carros tinham ficado estacionados na entrada do sítio, perto do pomar e um pouco afastado da festa. Procurei o carro dos meus pais entre os que ainda estavam ali apertando o alarme. Fui direto a ele. Tinha acabado de abrir o porta malas quando ouvi

"Felipe..." Meu corpo gelou, era André com a voz mansa e lenta de bêbado "Por que tu tá fazendo isso? Pensei que cê gostava de mim caralho"

Ele tava mais bêbado do que eu pensei. Seu corpo molengo e os olhos quase fechando. Falando alto demais.

"André pelo amor de Deus, fala baixo." Eu disse olhando para ter certeza que não havia ninguém perto. "você tá super bêbado. Vai tomar um banho e vai dormir. Amanhã a gente conversa."

Ele foi se aproximando do carro

"Eu quero você, Fê", ele parecia que ia chorar. A imagem do meu primo naquele estado era deplorável. "E você ficou me ignorando a noite toda"

"André, hoje não. Tem muita gente aqui, e você tá caindo de bêbado." Ele chegou mais perto, eu ia dando passos pra trás pra se afastar, até encostar no carro. "Eu não vou transar com você assim. Tu tá bêbado André"

O bafo de álcool era perceptível. Mas algo no seu olhar me atiçava ainda assim. Eu sabia que era errado e perigoso, mas quando ele me beijou, demorei uns dez segundos pra conseguir coragem de afastar ele

Virei meu rosto, tentando empurrar ele. Ele ia beijando minha bochecha me enchendo de baba

"Para André. Para, sai" eu ia empurrando ele, e ele me segurando mais forte. Beijando meu pescoço e chupando "André... Para"

Eu dei um empurrão mais forte, o que fez André cair no chão. Me olhando chocado. Olhei pra ele ali, e quando olhei pro lado, minha prima Julia estava ali. Nos encarando. Não sei a quanto tempo. Senti meu corpo todo congelar, paralisado.

"Eu não vi nada. Eu não sei de nada", disse Julia se virando e se afastando rápido de volta pra festa

"Julia... Julia volta aqui, deixa eu explicar".

Fudeu. E fudeu muito. Meu coração tinha desparado. E se ela contasse pra alguém? O que a gente ia fazer? Meu corpo tremia, meu coração parecia que ia sair do peito

André ainda estava caído. Agora tinha começado a chorar.

"Desculpa Fê, pelo amor de Deus me desculpa." Parecia em negação "foi culpa minha... Eu... Eu.."

"CALA A BOCA ANDRÉ." Perdi o controle. Andando de um lado por outro tentando pensar

Meu primo se levantou, aquele olhar de tristeza e medo partiu meu coração.

"Desculpa André. É que eu também tô assustado. Isso não podia ter acontecido"

"Eu vou falar com ela", disse André

"Você tá bêbado, só vai piorar as coisas." Eu suspirei "ela já tá na festa agora, não dá pra saber o que ela vai contar. Amanhã eu falo com ela"

André me abraçou. Sem segundas intenções dessa vez. Um abraço assustado, pedindo amparo. Eu o abracei, ele soluçava bêbado em meus braços.

"Nunca mais faço isso... Prometo que não faço."

"Tá bom André. Tá tudo bem. Vai tomar um banho e vai dormir."

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[CONTINUA COM 15 ESTRELAS]

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Comentários

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BOM MESMO QUE TODOS SAIBAM QUE VOCÊS SE AMAM E VÃO ASSUMIR UM RELACIONAMENTO SÉRIO. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

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Cara, precisamos de mais capítulos, não deixa a gente nessa ansiedade, por favor! Kkkkkkkkkkkkkkkkkk. Muito bom. Obrigado por compartilhar conosco.

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Que isso! Que bomba! Cara vc me deixou muito ansioso hahaah

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Seu conto é pura perfeição, baseado em fatos reais, consigo sentir tudo o que passou e fiquei com bastante t3sao, quero continuação na minha mesa pra ontem..

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