Alguém amassou meu portão durante a madrugada e minha solução imediata é pedir a filmagem da câmera de segurança do vizinho pra ver se dou conta de entender o que aconteceu. A única coisa que sei é que escutei barulhos de ferro batendo, tipo rangendo, até levantei durante a noite pra ver o que era, mas não ouvi nada além de ruídos e sussurros na rua, não identifiquei a origem do barulho, tampouco o responsável por amassar o portão.
Foi assim que eu passei o domingo de manhã revendo as gravações de uma madrugada inteira e perdi mó tempão do meu dia analisando as imagens filmadas pela câmera de segurança do portão do seu Omar, tudo pra ver a cena de dois cachorros de rua saindo na porrada e batendo violentamente no muro da minha casa.
- Puta merda! Será que foram eles!? Por isso tinha sangue na calçada.
A dupla de cães se mordendo, até que um deles tentou correr e o outro, um rottweiler, o jogou com violência contra o meu portão, pareceu até um touro suspendendo outro animal. Pronto, ali estava a explicação pro amassado que eu ouvi, pros ruídos que confundi com sussurros e também pro possível barulho metálico que escutei na hora que levantei de madrugada.
- Mereço. Esses vira-latas só me dão gasto, vai se foder. – resmunguei.
Já havia feito a descoberta do dia, me preparei pra encerrar as filmagens, mas demorei um minuto a mais do que deveria e eis que a câmera de segurança do seu Omar me mostrou algo totalmente inexplicável, inacreditável e espetacular. Sério, incrível mesmo, o tipo de coisa que você só acredita vendo e, quando vê, ainda fica sem acreditar que aquilo realmente tá acontecendo.
- CARALHA!! Sério que as pessoas fazem isso mesmo? Pensei que era coisa de filme, cacete! Esse é o... – forcei os olhos na tela do computador, vi aquela mancha escura e enorme se aproximar do portão do meu vizinho e a ficha custou a cair. – Não, não pode ser. Bem que eu desconfiei... Na mosca.
Nas imagens da câmera, o sujeito parou no portão do vizinho em plena madrugada, 2h45 da manhã, tomou impulso da calçada e tentou pular o muro uma vez, mas não conseguiu. Não foi no portão do vizinho da direita, seu Omar, e nem no da esquerda, o TZ. Tudo aconteceu do outro lado da rua e na casa em frente à minha, onde mora um novinho parrudo, loiro e todo recatado chamado Miltinho, cujos pais são evangélicos.
- Eu sabia que esses dois tavam de conversinha. Se aquele ali do lado de dentro do portão é o Miltinho, então esse que tentou pular o muro só pode ser...
A mancha escura e grande tentou dar outro salto pra escalar o muro alto e pular pro lado de dentro do quintal, mas aparentemente Miltinho o impediu e deu pra ver que o loirinho tava meio nervoso com a situação. Infelizmente a câmera de segurança não registrou áudio, apenas as imagens, então a interpretação de tudo que aconteceu ficou por minha conta, pelo menos num primeiro momento.
- “O que será que os dois aprontaram de madrugada? Miltinho é filho de pastor, por que ele andaria com esse maluco? Será que tá tentando fugir de casa? Não, claro que não. Ele é adulto, tem a chave... Difícil entender.”
O segundo momento das gravações foi objetivo e explicou tudo que aconteceu. O homem meio borrado no vídeo desistiu de pular o muro, discutiu alguma coisa com Miltinho e ambos continuaram separados pelo portão metálico, estando o novinho do lado de dentro do quintal e o sujeito na calçada. Até que sem mais nem menos, o cara abaixou o zíper da bermuda, botou o pauzão pra fora, colou o corpo através das grades do portão do vizinho e esperou pela reação do novinho, que por sua vez ajoelhou e começou a mamar ali mesmo.
- VAI TOMAR NO CU! MANO, ISSO É SÉRIO!? JESUS!
Pois é, a mais pura realidade acontecendo diante dos meus olhos. Tudo bem que era um registro em vídeo da madrugada anterior, mas ainda assim se tratava de dois conhecidos fazendo putaria grudados num portão e em plena madrugada no subúrbio carioca. O macho de pé, com o corpo envergado e FIXO nas grades, tentando foder a boca do Miltinho, mas sendo prontamente impedido pela presença do portão imponente que os separava.
- Tipo, no meio da rua? Tudo bem que um tá na calçada e o outro no quintal, mas porra, e se passar um carro?! E se chegar alguém de repente? E se tiver um vizinho acordado vendo tudo? Caralho, é arriscar muito! – meu coração até acelerou por eles, de tanta adrenalina que senti.
Pra ser sincero, eu até consegui entender o tesão do momento a partir da adrenalina e do risco de serem pegos, porém continuei ansioso e meio assustado enquanto via as cenas se desenrolarem nas imagens.
- Será que seu Omar assistiu? Nah, acho que não. O velho falou que nem sabe mexer nisso. Caralho... Dois cachorros aprontando por aqui, que doideira.
Será que rolaria escândalo caso a câmera de segurança do meu vizinho pudesse falar? Bom, se ela não fala, então eu conto: Miltinho é um grande boqueteiro. Não sei exatamente o que se passou entre eles, mas o loiro pagou um boquetão apreensivo, permaneceu ajoelhado ao longo de quase 10min de gravação e só parou de mamar durante curtos segundos, quando um carro passou na rua. Teve uma hora que passou uma moto, mas o garotão continuou chupando a caralha envergada através do portão, depois caiu de boca no sacão preto do macho e foi aí que eu percebi que mais uma vez estava sendo voyeur da foda alheia.
- Impressionante. É sempre do portão.
Minha pica estalou conforme as cenas avançaram, bateu uma vontade fodida de tocar punheta, só que algo me disse que aquela mamada não foi única na rotina do Miltinho. Se os pais dele tavam dormindo àquela hora da madrugada e por isso o bezerrão resolveu chupar um dos nossos vizinhos no portão, então provavelmente ele tava acostumado com essa putaria, portanto minha melhor escolha foi não me masturbar e esperar o dia passar.
- “Se aconteceu uma vez, vai acontecer de novo. Quer apostar?” – pensei. – “Macho é foda, quando pega uma vez... Já era.”
O domingo passou, fiz as coisas típicas de sempre, bebi várias cervejas, joguei, belisquei churrasquinho de frigideira, mas a todo momento minha mente pensou na baixaria que aconteceu no portão do vizinho do outro lado da rua, aí eu me peguei de pau duro, porém segui firme e forte até de madrugada.
Quando deu 2h da manhã, peguei um latão, fui pro quintal da frente e passei um tempo prestando atenção na rua vazia aqui de Madureira, aproveitando o silêncio suburbano da madrugada e acompanhando o vai e vem de um carro ou outro na avenida distante. Deu 3h, senti sono, mas aí veio um cheiro forte de maconha, eu despertei de repente e lá estava a certeza masculina diante dos meus olhos.
- Sabia. Falei, porra! – cheguei a dar um pulo atrás do muro de casa. – É agora que eu descubro que putaria é essa que os dois tão tramando. Quero ver com meus olhos.
E eu vi. O macho chegou fumando um baseado, vestindo casaco de capuz, chinelos de dedo, meias nos pés, apenas o short do pijama e aparentemente sem camiseta por baixo do agasalho. Não deu pra ver seu rosto, mas a altura tiranossáurica e o brilho da tornozeleira eletrônica no pé revelaram sua identidade.
- Porra, cê demorou pra um caralho, ein? – Miltinho reclamou.
- Ontem tu falou que eu vim cedo, hoje demorei. Vai te foder, vai. – o ogro respondeu.
- Cara, para de fumar aqui. E se alguém acordar e sentir o cheiro?
- Por acaso eu tô dentro da tua casa? Vai ficar tonteando meu plantão, novinho? Num tô te entendendo. – só então o titã removeu o capuz do casaco e finalmente revelou o rosto super tatuado sob a luz cínica da lua, além do baseado pendurado nos beiços grossos.
Pensa num macho que tem a maioria dos traços considerados negroides, exceto pela pele clara. Nariz largo, lábios carnudos, o cabelo crespo e enroladinho, naturalmente ruivo e mantido num corte moicano, com partes da cabeça tatuada e o resto do corpo idem, até o rosto rústico. Narigão, orelhão, ele parecia mesmo um príncipe ogro, principalmente por ser muito alto, pezudo, mãozudo e feito em medidas garranchadas. Um cara EXTREMAMENTE lindo, totalmente diferenciado do restante, a começar pelos 2,1m de altura.
- Deixa eu entrar, vai? Fica com medo não, prometo que não vou arrombar. Hehehehe!
- Eu abriria se pudesse, mas tô sem chave. Vai ficar pra outra vez. – Miltinho não deu brecha.
- Tu sabe que eu pulo esse portão se eu quiser, né? – o sujeito insistiu, puxou a fumaça do baseado e soltou na cara do loirinho através das grades do portão.
- Para de graça, Pedroca, não começa. Deixa de onda, sério.
Pedroca... Um deus sarará habitando o subúrbio carioca, um imperador feito de ébano, a vossa majestade ogro entre os machos da vizinhança. Imagina um marmanjo com mania de cuspir no chão, de sentar de pernas bem abertas, os ovões marcando na roupa e a cara fechada de sempre. Sabe aquele puto que coça a pica na frente de quem tiver que coçar e em qualquer ambiente? É ele. E ainda dá uma cheirada pra ver como é que tá, foda-se.
- Abre logo essa porra que hoje eu quero te comer. Preciso foder, tô galudão. – o ex-detento apertou o calibre grosso no pijama, mostrou o volumão cavernoso e não parou de fumar maconha enquanto se patolava.
- Já falei que não tem como abrir, Pedroca. Você tá surdo?
- Vem cá, viadão, por acaso tu sabe por que eu rodei? Tu tá ligado por que eu fui preso, cuzão?!
- Não e nem quero saber.
- Eu andava com a tropa do Saturno, seu comédia! Eu, Calypso, o Janus... Tu já ouviu falar num desses vulgo? Cassini, já ouviu falar?! Não, né!? Só barra pesada, só moleque enjoado. Comigo dois papo não se cria, viado.
- Lógico que não conheço nenhum desses. Sou filho de pastor, porra, cê sabe, Pedroca.
- Então para de me enrolar e abre essa merda. Toda noite tu dando a mesma desculpa, viado, já tá chato.
- É que meus pais trancam o portão, cara, eu te expliquei.
- É só tu pegar a chave e abrir, Miltinho.
- Não posso, senão eles vão saber. Deixa pra outro dia, melhor.
- Outro dia é o caralho, eu quero agora. Pode vindo. – bruto, Pedroca atravessou o bração tatuado através das grades, alcançou Miltinho pelo pescoço e o puxou pra perto de si, ficando ambos cara à cara e com o portão no meio.
Sua próxima ação foi lançar a cusparada certeira na boca do loiro, que não resistiu, abriu bem o bocão e se deixou fazer de depósito de cuspe pro seu macho favorito. O tatuado ainda meteu um tapinha safado no rosto do branquinho, segurou-lhe pelo queixo com uma mão, usou a outra pra se patolar e engrossou o tom de voz.
- Eu vou comer esse cu, nem que seja pela grade, igual ontem.
- C-Cara, tem certeza? Se der merda-
- Quero agora, foda-se. Vem logo, baixa essa porra.
- Aff, Pedroca. Pior que você acaba comigo quando fala assim, puta que pariu. – o mais novo se derreteu e falou manso, apesar de ainda estar bem tenso e apreensivo com o que estavam prestes a fazer. – Tá bom, mas vamo rápido.
- Cala boca, putinha, eu que mando. Teu maridão saiu do presídio cheio de fome e doido pra namorar um cuzinho. Se teu coroa tá pensando que um portão trancado vai me impedir de te currar, Miltinho... BAHAHAHA! Vamo ver o que vai emperrar primeiro: o portão ou teu rabo. Tá fodido.
- Caralho, você é um filho da puta mesmo, cachorro. Vê se não demora e não faz barulho, tô falando sério. – Miltinho olhou pros lados antes de se preparar, aí abaixou o short, virou de costas, grudou a bunda no portão e usou as mãos pra abrir as nádegas, deixando Pedroca frente a frente com o cuzinho rosado.
Mermão, minha piroca latiu nessa hora, e olha que eu tava a metros de distância dos dois. O jeito marrento e vira-lata do gigante, sua fome por curra, o estado de ereção quando ele apertou a jamanta na samba-canção, todos os detalhes botaram meu cuzinho pra piscar. Melhor que isso, a visão do anelzinho do filho do pastor implorando por pica também me deixou encaralhado, não tive pra onde correr. Nada melhor do que ser voyeur inesperado da baixaria alheia, né?
- Isso, vou botar no cuspe mesmo. Hehehe! Gosta de pirocão? – o macho nem removeu o short do pijama, apenas atravessou a lapa de piroca pelo buraco que havia no tecido e jogou o taco pra rolo.
De longe deu pra ver o tamanho injustificável daquele poste que o Pedroca chamava de piru. Enorme, acho que uns 24cm de caceta preta, da cabeça menor que o corpo, mas ainda assim massuda, inflada, inchadona e pulsando em carne viva. O prepúcio grosso já retraído, as veias em alto relevo, o sacão pelancudo posicionado logo abaixo e uma baga mais gorda que a outra, indicando que o ogro não mentiu quando disse que tava pesado de leite. Também, o que esperar de um macho cujo apelido é Pedroca, né?
- Aguenta, puto, tô entrando. – ele cuspiu na chapoca, se ajustou no portão, ficou na ponta dos pés pra encontrar o ângulo perfeito e eu não acreditei quando Pedroca penetrou Miltinho pela grade. – SSSSS! Caralho, que tesão!
- FFFF! Porra, já tô sentindo essa rola enorme no meu cu! Hmmm!
- Tô só começando, cadela, vou te pegar de jeito! GRRR! Tu não me chamou de cachorro? Vou te carcar aqui mesmo, tô nem aí. – o ex-detento mal entrou e acelerou, o que me deu a impressão de que o Miltinho tava acostumado a tomar pica do Pedroca, do contrário ele teria demorado muito mais pra aguentar uma vara tão grande.
- Cê é um tarado mesmo, já sei como você funciona. AAAHNSS! Caralho, que ardência da porra!
- Sou eu que tô te ardendo, puta! Imunda! Eu, teu marido! – o marmanjo se prendeu nas grades, garrou com força e danou a espetar a carne macia do loirinho até a calabresa pegar fogo lá dentro, aí sim a coisa ficou de verdade entre eles. – OOORGH! CU QUENTE, PARECE ATÉ XOXOTA!
- OOOHNFFF! Não pode gritar, porra, alguém vai acordar!
- Que se foda, vira-lata quando fode no meio da rua é pra fazer barulho mesmo! UUURFFF! Tá com medo de quê, tu não é minha fêmea? Puta! Cadela! Cachorra, piranha! SSSS! Aguenta a pica do maridão no cu, aguenta!? Safada!
- PUTA QUE PARIU, QUE MACHO GULOSO DO CARALHO! – o garotão quase extrapolou no tom de voz, tamanha giromba que recebeu no lombo.
O vai e vem comendo violento, o portão fazendo um CRECK, CRECK, CRECK, CREK casado com as espadadas do Pedroca, a rosca do Miltinho em chamas por causa do atrito carnal e eles fodendo pra fazer filho, no pelo, tudo porque o macho garanhão tava com fome de madrugada e sua maior gula era torar cuzinho igual bicho através das grades do portãoVersão completa no meu Privacy. Twitter @andmarvin_
[Esse conto faz parte da história “DO PORTÃO EU VEJO...”, que conta com mais 3 contos: “Meu vizinho tem esposa, mas geral tá ligado que ele é boqueteiro”, “A namorada tem nojo e não engole, já o amigo do futebol engole tudo” e “Apostou no Vasco, perdeu e teve que chupar a rola cabeçuda do amigo flamenguista”. Todos disponíveis no meu Privacy.]