Parte 1.
Prezado Leon, desculpe aparecer assim, do nada. Mas li alguns dos seus contos, que se baseiam em histórias verdadeiras e me encantei. Você demonstra que tem respeito por seus personagens.
O motivo do meu contato, (peguei seu endereço num dos contos), é lhe transmitir uma história, a minha, que talvez você consiga transformar em conto. Eu adorarei ver esta história publicada, mas não quero ser eu a publicar pois não tenho cadastro no site e nem sei fazer contos como você.
[NOTA DO AUTOR]- “Assim começava a mensagem que recebi de uma leitora. Queria ter sua história publicada. Resolvi conhecer e decidi atender seu pedido. O texto, muito bem escrito, ficou praticamente como veio, fiz apenas a edição corretiva e melhorei certas partes narrativas. Mas o título fui eu que criei”. Ela escreveu:
Me agradou muito como você escreve de forma cativante e envolvente! Impossível não me excitar com suas histórias. E me vi numa delas.
Tenho 32 anos, sou natural da Bahia, nasci em 1991, mas fui criada desde os meus 5 anos no Rio de Janeiro. Morena mestiça, cabelos compridos cacheados com luzes douradas, olhos castanhos claros como conhaque, com pestanas longas. Sempre, desde muito jovem, fui vista como bonita e gostosa, e muito assediada. Mas fui criada por uma mãe rigorosa, que me educou com muitos valores e pudores.
Só li seus contos porque estava buscando informações sobre o assunto dos relacionamentos liberais, fetiches Cuckold, e na busca apareceu um link que me conduziu às suas histórias. É muito importante para mim, deixar contada essa história, como poderá ver ao tomar conhecimento dos fatos. Mas se não puder ou não gostar, não tem problema. Basta me responder que eu vou entender. Bem, vou tentar ser direta.
Fui criada numa favela da zona sul do Rio de Janeiro, incrustada entre os bairros de Laranjeiras, Botafogo e Copacabana, a Dona Marta. Seguindo pela rua São Clemente, em Botafogo, virando à direita na rua Barão de Macaúbas, depois entrando para a rua Marechal Francisco de Moura, até no final, pegando uma viela, depois subir os degraus da rua Raimundo Rufino, até chegar na Rua da Novidade. Chegamos em 1996, e era um tempo diferente de hoje. Havia muita dificuldade para quem vivia no morro.
Ali pertinho do Bar da Baiana, minha mãe, dona Solange, doméstica, alugava um quarto na casa de uma senhora, a dona Mari, com uma cozinha pequenina e um banheiro mínimo. Mas era limpinho e aconchegante. Vou manter os nomes que não comprometam ninguém e mudarei apenas os principais. Para não expor outras pessoas. Se desejar pode trocar.
Acordávamos sempre muito cedo, mamãe me dava um pão e um copo de café com leite, e saíamos com o dia começando a clarear. Era uma rotina. Era o morro descendo a ladeira, como disse o João Gilberto para o Morais Moreira.
Ela me deixava numa escola, num CIEP, no Humaitá, onde eu ficava até que ela viesse me buscar no final da tarde. Assim foi toda a minha infância e pré-adolescência. E tenho que agradecer o fato de ter tido bons professores e recebido um ensino de qualidade.
Dona Solange era mãe solteira, teve que fugir bem jovem da Bahia para escapar da perseguição do homem que a violentou, engravidou e tentou manter com ela um relacionamento abusivo e agressivo. No Rio de Janeiro ela se tornou diarista, e cada dia da semana trabalhava numa casa diferente. Como ela era muito dedicada, limpava, faxinava, lavava roupas, passava e cozinhava, tinha um número fixo de bons clientes na zona Sul, que garantiam nosso sustento.
Era uma vida muito modesta. Não tínhamos luxo algum, e minha mãe economizava o máximo para me garantir estudo e boa alimentação. Nunca tive saudade do meu pai, pois minha imagem dele era de um ser abusivo e rude que, alcoolizado, sempre agredia minha mãe e até me agredia sem ter nenhuma razão. Serei sempre grata a ela por me trazer ainda menina para longe daquele inferno.
Me lembro no dia em que ganhei de presente dela, no meu aniversário de 15 anos, em 2006, uma sandália Melissa, e era um luxo para nós, comprar uma sandália daquelas. Eu me senti muito atraente com ela, era época da febre das Melissas, eu só a usava para sair aos domingos. Contei isso para dar a dimensão de como foi minha infância e adolescência, sempre estudando, aprendendo a costurar, e fazer crochê de noite, com minha mãe, para depois ela vender no calçadão, nos domingos, as toalhinhas e outras peças de utilidade como babadores de criança, toquinhas, e bolsinhas à tiracolo. Eu não tinha computador, nem havia telefone celular, o que com o tempo, foi se tornando uma coisa muito corriqueira até na favela. Minhas roupas eram costuradas por minha mãe ou compradas em liquidação e brechó. Nunca tive roupa de marca. Só usava o computador da escola, às vezes, nas aulas de inclusão digital no centro comunitário da favela.
Aos sábados, minha mãe ia fazer faxina em um apartamento de Copacabana, na esquina da rua Domingos Ferreira com a Siqueira Campos, em cima de uma padaria. E eu ia com ela, porque adorava poder comprar um pão doce na padaria.
Eu comprava o pão, antes de subir para o apartamento, onde minha mãe faxinava. E comia o pão doce, com o café que ela fazia no apartamento e servia aos proprietários.
Era um casal de professores da Universidade Santa Úrsula, e eles tinham um filho que estudava no primeiro ano de medicina. O rapaz, chamado Gianluca, era muito bonito, loiro, cabelos longos e lisos, olhos azuis como poucos, e um belo corpo bem proporcional. Só muito depois eu vim a saber que ele recebeu o nome de Gianluca, em homenagem ao jogador de futebol italiano, de quem o pai dele, era admirador.
Eu, secretamente, logo me apaixonei por ele, por isso, fazia questão de ir ajudar minha mãe aos sábados, apenas para poder vê-lo e admirar seu jeito calado e tranquilo. Ele gostava muito de música, e algumas vezes tocava no piano da sala, o que me deixava mais encantada ainda. Foi lá com ele que ouvi jazz pela primeira vez.
Depois da minha terceira ida com a minha mãe à casa dele, eu reparei que sempre que a gente chegava, para liberar o quarto para a faxina, ele ia para a sala e ficava tocando piano. Eu ajudava minha mãe, passava aspirador de pó, varria, arrumava as camas, e nem sentia o tempo passar ouvindo as músicas que ele tocava ao piano. Na segunda vez ele já não saía mais da minha cabeça, fantasiava muito com ele, e quase desmaiei no dia em que ele me dirigiu a palavra, perguntando o que eu fazia, se estudava e onde. Contei a ele meus estudos, no ensino médio, e ele perguntou qual curso eu desejava fazer numa faculdade. Eu não tinha muita esperança de conseguir fazer uma faculdade, na época precisaria ser aprovada numa seleção muito disputada, mas falei que queria cursar educação física. Depois, completei, dizendo que isso só seria possível se conseguisse ser aprovada. Ele sorriu, um sorriso lindo, e falou que se prestasse exame na Santa Úrsula, onde os pais eram professores, se fosse aprovada, talvez eles pudessem ajudar a me conseguir uma bolsa. Fiquei ali, pasma, sem saber o que dizer. Agradeci e apenas falei que ainda faltava terminar o ensino médio. Meu coração parecia querer explodir. Ele prestava atenção em mim e se preocupava comigo.
Isso foi o começo de algumas conversas que passamos a ter aos sábados quando eu ia lá com a minha mãe. E comecei a notar que ele me olhava de um jeito diferente, admirando, meio encantado. Passei a acreditar que meu sonho seria possível. E fomos ficando mais amigos. Passava a semana toda ansiosa, esperando chegar o sábado. Imagine a emoção que eu sentia todo sábado ao chegar naquele apartamento.
Em menos de dois meses depois disso, nós estávamos realmente bem mais próximos, já conversávamos sobre vários assuntos.
Eu notava que ele insistia em manter nossas conversas por longo tempo, a ponto de atrapalhar a ajuda que eu sempre dava à minha mãe. Mas ela não reclamava.
Até que num sábado, quando voltávamos de ônibus para nosso quartinho, na favela, minha mãe disse:
— O rapaz está ficando apaixonado por você. Está na cara. E eu temo que isso seja um problema.
Eu olhei muito assustada para ela, sem entender o motivo daquele comentário, mas ela foi logo dizendo:
— Ele parece gostar mesmo de você, mas vocês são de mundos distintos, não sei se é uma boa deixar isso seguir como parece.
Eu estava admirada, sabia o que ela estava dizendo, mas ao mesmo tempo, me sentia encantada e feliz de ouvir que até a minha mãe havia reconhecido o que estava acontecendo. E eu era também apaixonada pelo Gianluca. Apena disse:
— Mãe, eu também gosto muito dele. Mas não existe nada entre nós.
Dizem que quando os corações querem, vencem barreiras, e superam todos os obstáculos. Um mês depois ele me perguntou se eu aceitava namorar com ele, eu disse que sim, mas que a minha mãe não ia deixar. Ele não se abalou, foi até à cozinha e conversou com a minha mãe, explicou que se sentia muito atraído por mim, e perguntou se podia me pedir em namoro. Minha mãe ainda tentou justificar com seus argumentos, mostrar a diferença de classe social, mas ele era calmo, objetivo, e a convenceu de que se eu quisesse, ela devia deixar a gente tentar. Não havia nada que impedisse.
Por fim, ela, um pouco orgulhosa da filha, concordou, e ele veio falar comigo. Quase tive um infarto, não cabia em mim de contentamento, aceitei, sem saber o que fazer e fiquei olhando para ele como se tivesse visto um milagre. Ele sorria de um jeito lindo. A seguir, naquele dia passamos a namorar. Nunca vou me esquecer. Era julho de 2009. Em novembro eu ia completar 18 anos.
Aos sábados, eu não ajudava mais a minha mãe na faxina. Eu saía com o Gianluca para passear em Copacabana, na orla da praia, tomávamos sucos e lanches deliciosos que ele sempre insistia em pagar. Eu não poderia mesmo pagar nada daquilo, não tinha dinheiro. Mas era um momento muito mágico. Assim começou nosso namoro, bonito, delicado, e com muito respeito.
Claro que logo estávamos nos beijando apaixonadamente, nos abraçando, e nossos corpos fervendo de desejo por muito mais. No meu aniversário de dezoito anos, em novembro, eu ganhei de presente dele o meu primeiro telefone celular. Um modelinho 1100 da Nokia, que possuía capinha colorida, um display monocromático, textos em preto e branco e uma iluminação interna. Sua bateria aguentava quase 16 dias sem precisar carregar o celular. Tinha uma lanterninha localizada no topo do celular. Um luxo. Conto isso porque era um deslumbre para mim ganhar algo tão valioso e jamais vou esquecer a minha alegria e felicidade. Ainda não era um smartphone, mas me permitia falar com Gianluca sempre que pudesse.
Ele comprou esse meu aparelho e outro novo para ele, dando de presente o velho que tinha para a minha mãe. Tivemos que ensinar a ela como utilizar aquilo.
Foi um período bonito de aprendizado mútuo, e quando finalmente fui com ele em um motel, quando fiz sexo com ele pela primeira vez, ele também era meio inexperiente e tivemos muita cumplicidade para descobrir como as coisas funcionavam e o que era mais gostoso de fazer. Ele não tinha um pinto muito grande, hoje eu reconheço, mas naquela altura eu não conhecia outro e estava encantada de poder experimentar um pênis duro e excitado. Perder minha virgindade com ele foi muito natural, prazeroso, tremendamente excitante, e me deu grande satisfação.
No motel tinha vídeos de sexo na TV a cabo, e nós assistíamos tudo, procurando aprender o que víamos nos filmes pornográficos. E foi fácil aprender rápido, e eu percebi que adorava tudo aquilo que nós íamos descobrindo juntos. O sexo entre nós era feito sem grandes culpas, liberado, e nos entregávamos a todas as possibilidades de nos proporcionar prazer. Até sexo anal eu aprendi com ele ali. Os filmes no motel eram a nossa “escolinha”.
Nosso namoro era um mar de rosas. Recheado de muito sexo nos finais de semana.
O tempo passou bem rápido, em 2011 eu consegui ser aprovada no exame de seleção do vestibular e obtive uma bolsa na faculdade, coisa que os pais do Gianluca ajudaram. Pouco tempo depois, ele finalmente se formou em Medicina e fazia residência no Hospital da Lagoa.
Eu e o Gianluca éramos muito unidos, nossa relação era muito boa, sincera e sem crises, e esperávamos ter condições para nos casarmos.
Nós íamos à praia, e o meu namorado fazia questão de me presentear com biquínis lindos, muito delicados e pequeninos também, e isso me fazia ser muito admirada. Eu gostava daquilo e o Gianluca também, sempre me elogiando.
No ano seguinte, 2012, eu já trabalhava de dia numa academia, e fazia faculdade de Educação Física no curso noturno. Na faculdade e na academia é que passei a ter maior dimensão do meu poder de atração. A maioria dos homens me observava muito, eles me olhavam com desejo, e recebia muitas cantadas e propostas. Eu mantinha sempre minha conduta bem discreta e não dava muito espaço para os paqueradores. Mas tive a consciência de que eu me tornara uma moça bonita, com um corpo muito bem feito e proporcional, e com uma beleza meio exótica.
Era atraente, com minha pele de mestiça sempre bronzeada, meus olhos grandes e amendoados, de pestanas longas. Sempre tive sorriso largo e franco de lábios grossos e isso ajudava a me tornar bem cativante. Com a prática constante de exercícios, meu corpo passou a ficar ainda mais modelado e isso chamava ainda mais a atenção. Mas o Gianluca, não ligava para os que me admiravam e olhavam atraídos, nunca se mostrou ciumento, e, ao contrário, me elogiava e me estimulava a ser sempre muito livre e descontraída.
No aspecto do vestuário ele até me ajudava a escolher e comprar roupas que exaltavam a minha beleza e sensualidade. Eu contava a ele os assédios e as cantadas que recebia e ele dizia que eu era mesmo irresistível, e afirmava que me admirava por isso. Aquilo me deu autoconfiança de ser autêntica e falar sempre tudo abertamente com ele.
Finalmente, quando eu terminei a faculdade em 2015, o Gianluca já estava trabalhando como médico e nossa condição financeira melhorou. Os pais dele foram fazer um curso de Doutorado na Europa, numa bolsa da Sorbonne, e deixaram a casa para nós. Assim, quando eu tinha vinte e três anos, em 2015, fui viver com o Gianluca, já éramos praticamente um casal, e nos juntamos, deixand para oficializar a relação mais para a frente.
Consegui alugar uma quitinete em Copacabana, para a minha mãe, e nossa vida seguia cada vez mais feliz. Ela também estava conseguindo economizar e pagava um plano de aposentadoria programada pois era muito controlada.
Gianluca e eu, desde nossas idas a motéis, pegamos o hábito de ver vídeos de sexo, que alugávamos na locadora, e no nosso apartamento, já com a internet de banda larga, acessávamos os canais de sexo, e isso era um excelente aperitivo para nos inspirar. Praticávamos sexo de todas as formas, com um grande apetite, e eu passei a gostar cada vez mais daquilo. Gianluca estava se tornando um ótimo amante, sabia como nunca me dar prazer, e eu me esforçava para ser cada vez mais safada como ele gostava.
Foi nessa época que o Gianluca começou a fantasiar comigo, imaginado termos mais parceiros no sexo com a gente. Aquilo era excitante, mas era só fantasia.
A gente via vídeos de ménage masculino, a mulher com o marido e o amante, e era excitante demais. Foi ele que perguntou primeiro se eu não tinha curiosidade de fazer sexo com outro parceiro. Na hora eu fiquei meio travada, pois já havia fantasiado sim, na verdade, sempre que via cenas de sexo a três, ficava muito excitada. Me imaginava nas cenas. Mas era pura fantasia, por causa dos filmes.
Ele já havia notado aquilo. Eu fui sincera, e contei que os vídeos de ménage me deixavam excitada, e era impossível não me imaginar naquela situação. Mas ainda não tinha sentido vontade real de ter outro parceiro.
Amava meu marido e não imaginava que ele iria admitir uma coisa daquelas. Só que, para a minha surpresa, ele falou que se eu tivesse vontade de ter mais um parceiro com a gente, ele achava que eu deveria experimentar. Fiquei meio atônita com aquilo.
Imagine a minha surpresa, ouvir do meu marido, que ele apoiava a minha decisão se quisesse ter sexo com outro homem. Minha resposta foi:
— Nunca imaginei ficar, de verdade, com outro, sou apaixonada em você, não gosto de mais ninguém. Nem sonhei isso.
O Gianluca sorriu divertido e respondeu:
— Não tem que gostar da pessoa, nem se apaixonar, basta sentir desejo sexual, vontade de provar um sexo diferente, variar, com outro macho. É muito natural.
Mesmo em dúvida de que ele falasse a sério, questionei:
— Mas você não sente ciúme? Você aceitaria isso?
Ele fez que sim com a cabeça, depois respondeu:
— Não sinto ciúme, confesso que me excita imaginar você fazendo sexo com outro homem, se permitindo novas sensações, sentido prazeres distintos do que sente comigo. Sexo é sexo, como canta a Rita Lee, eu acho que com sentimento envolvido é melhor, mas sem sentimento, sem envolvimento afetivo, também é muito bom quando é bem feito. Imagino isso, você descobrindo prazer com outro e me sinto excitado. Acho que aceito se for apenas sexo sem envolvimento.
Eu não sabia o que dizer e nem fazer. Na hora fiquei excitada com aquela declaração dele, e meus seios de mamilos salientes revelavam meu estado. Mas era novidade e fiquei meio assustada. Notei que o Gianluca também estava de pau duro. Segurei no pênis dele e questionei:
— Você acha que eu não me sinto satisfeita no sexo com você?
Gianluca respondeu com sua calma habitual:
— Acho que se sente satisfeita, pois gosta de mim, temos prazer, e nunca transou com outro, então não tem referência, pois até hoje só provou sexo comigo. E vejo que você fica babando de tesão quando vê um macho de pau grande e grosso nos filmes fodendo uma mulher. Sente desejo de experimentar?
Eu não esperava que ele perguntaria aquilo tão diretamente, e tive que pensar se falava a verdade ou se disfarçava. Não queria que ele se sentisse incomodado. Mas, sempre fui muito verdadeira, então, resolvi assumir:
— Olha, os filmes têm esses sujeitos com pintos grandes, bonitos, e as mulheres parecem delirar com isso. Acabo ficando contagiada com o tesão delas. Confesso que algumas vezes tive vontade de estar na cena.
Ao me ouvir falando, senti que o pinto dele, que eu segurava, deu um solavanco forte. Gianluca, com voz abafada pela excitação me disse:
— Está vendo? Se você tem vontade de experimentar. Eu deixo. Dou o meu apoio.
Eu ainda estava muito intrigada com a situação, mas percebendo que ele ficava cada vez mais excitado, perguntei:
— Acha mesmo que tudo bem? Isso não é um teste para a minha fidelidade?
Meu parceiro sorria descontraído, aquele lindo sorriso dele, e foi taxativo:
— Não é teste nenhum. Fidelidade é ser sincera sempre, e dizer o que sente e assumir as suas vontades para mim. Não esconder nada.
Questionei:
— E se eu tiver vontade?
— Se você quiser experimentar sexo com outro, tudo bem. Eu dou minha força.
Novamente, o pinto dele pulsava na minha mão, excitadíssimo. Eu entendi que tal como nos filmes que havíamos visto, saber o que eu sentia, que a mulher dele tinha tesão de sexo com outro, o deixava excitado. Fui mais específica:
— Você fica excitado de me imaginar no sexo com outro homem?
Gianluca concordou, acenando um pouco a cabeça, e esclareceu:
— Chamam isso de fetiche do Cuckold, ou do corno. Eu fico muito excitado, projetando você no sexo com outro. Você já viu muitos desses filmes comigo. É igual.
Juro que eu não estava entendendo bem, talvez eu não estivesse preparada para ouvir aquilo, e insisti:
— Você sente tesão e tem vontade de me ver fazendo sexo com outro? É isso?
Ele explicou:
— O que mais me excita mesmo, é saber que você sente esse desejo, e assume a vontade, sem ter vergonha ou medo de me contar. Gosto disso. Dessa sinceridade e autenticidade. Você não ser dissimulada é muito importante. E pode compartilhar o seu tesão comigo. Se você quer, eu também quero.
Resolvi ser bem objetiva:
— Mas é uma fantasia, será que se eu fizer de verdade, pele com pele, você não fica contrariado ou chocado? Eu sou somente sua.
Gianluca pensou um pouco para responder:
— Você não é minha, não a vejo como uma posse, nem com exclusividade. Acho isso a pior coisa para se alimentar. Possessividade e exclusividade. Isso é uma invenção machista dos homens inseguros, com medo de perder a parceira para outro. Você só fez sexo comigo pois foi o que tivemos oportunidade até agora. Nunca provou outro. Só será minha, de verdade, se fizer sexo com outro, ou até outros mais, e continuar me achando a pessoa com quem quer ficar junto, como companheira. Fazer sexo com outro não muda você. Só acrescenta experiência. Eu vou gostar de você do mesmo jeito.
A mente liberada dele me dava uma admiração muito grande. Foi a minha vez de pensar melhor. Eu também estava excitada com aquela conversa, e confessei:
— Só de assumir para você que fantasiei sexo com outro homem, me sinto muito excitada. Não sei o que é isso, e como ocorre, mas você me estimula a assumir os meus desejos, e com isso me deixa mais tarada.
Gianluca foi bem direto:
— Você sempre foi uma tarada. Ainda virgem, já era louca por sexo. Eu me lembro. Bastava a gente se encostar e você se arrepiava toda.
— Mas, é porque eu sempre fui apaixonada por você.
Ele abanou a cabeça, em negativa:
— Não é só isso, você sempre foi sensual naturalmente. Desde o início. Aprendeu tudo muito fácil. Tudo que aprendemos, fizemos juntos. Como no Arpoador.
Ele falando me fez recordar de uma tarde de domingo em que fomos à praia do Arpoador. Estávamos abraçados, ele por trás, para ver o pôr de sol, lá em cima da pedra. Eu usava uma saída de praia, até bem curtinha, e por baixo um dos meus biquínis pequeninos. Nós estávamos mais no alto, e haviam outros casais e solteiros mais abaixo. Todos olhavam para o poente. Nisso, o Gianluca desata os laços das tirinhas laterais da tanguinha do meu biquíni, e retira, puxando rápido. Só senti quando fiquei sem. Eu levei um susto, suspirei, mas não chamei a atenção.
Então, pela lateral aberta da saída de praia, ele soltou meu sutiã do biquíni. E retirou também. A saída era de um tecido delicado de algodão, mas não chegava a ser transparente. Fiquei ali abraçada por ele, quietinha. Foi quando eu senti que ele colocava o pinto duro para fora da sunga, encostava na minha bunda e encaixava entre minhas coxas. Eu estava tremendo, tanto de nervosismo, como de excitação, pelo inusitado de fazer aquilo ao ar livre e perto de outras pessoas. Gianluca me disse ao ouvido:
— Não se assuste, fique natural, e aproveite o tesão que isso dá.
Abraçado por trás, ele me encoxava e com os braços me segurando, tinha as mãos sobre meus seios por cima do tecido. Eu estava toda arrepiada. Mas notei que a maioria das pessoas realmente não olhava para nós. Então fiquei quieta, apenas sentido ele mexer lentamente o pau duro entre as minhas coxas. Aquilo era muito provocante, me dava um prazer louco, e fui deixando, sentindo meu corpo ferver. Como eu estava acostumada a ser olhada, pois era sempre que acontecia, não dei importância para alguns dos que viravam para nos observar. Mas depois, notei que alguns disfarçavam a voltavam a olhar. Não tinha raciocinado que eles, estando uns metros mais adiante e abaixo, tinham uma visão por baixo da minha saída de praia, e deviam estar vendo a minha xoxotinha. Estava no bem bom ali naquele sarrinho gostoso com o namorido, o pau dele se esfregando na minha xaninha, quando percebi que escorria mel dela pelas minhas pernas. E tinha uns dois casais olhando direto. Me virei de costas com o Gianluca grudado, e pedi para ele parar com aquilo. Fomos embora e eu nem vi o pôr-do-sol. Mas foi muito excitante.
Eu excitada com aquelas lembranças soltei um gemido e exclamei:
— Ah, que tesão que me deu!
O Gianluca, pensando que eu falava de nossa conversa perguntou:
— Você quer mesmo experimentar sexo com outro homem?
Meus peitos latejavam e eu murmurei meio tímida:
— A ideia até me deixa muito tarada, mas fazer com quem? Nunca olhei para ninguém com essa intenção.
Ao me ouvir, novamente o pau do Gianluca deu outro solavanco. Ele até ofegou e respondeu:
— Ah... Basta olhar à sua volta, todos os machos a desejam. Você é uma tentação de mulher. Uma perfeição sensual, como poucas. Desde sua juventude, é assim. Eu fiquei fascinado desde que a vi. As cantadas e assédios que recebe, só aumentaram. Basta escolher um que você sinta desejo.
Eu olhava para ele admirada. Ele continuou:
— Eu noto que é assim, você é atraente, para todos. Na academia nunca reparou nos homens com um olhar mais interessado?
Parei refletindo, e lembrando de algumas situações, e por fim contei:
— Na academia tem de tudo. Homens bonitos e musculosos. Nem gosto tanto dos marombados. A maioria sempre me olha com interesse. E alguns até que são interessantes, mas nunca pensei em dar a menor abertura a nenhum.
Fiz uma pausa, respirei e voltei a falar:
— Mas, lembrando aqui, tem um homem, inclusive, é mais velho um pouco, maduro, nem é tão forte, mas tem um olhar sedutor bem atraente. Nunca se insinuou, mas eu reparo que me observa sempre. É calmo, e seguro. Isso me agradou. Talvez esse seja o que mais me chamou a atenção.
Novamente o pinto do meu parceiro pulsava forte na minha mão. Ele me beijou e sussurrou no meu ouvido:
— É esse. Você sabe. Só não parou para analisar. Já pensou? Você dá bola para ele, ele se aproxima e você diz que quer conversar com ele em um local mais discreto. Conta que reparou que ele a observa muito e quer saber melhor o que se trata.
Eu achava loucura:
— Acredita que ele vai fazer isso?
— Acredito sim. Se ele aceitar, você marca para conversar na lanchonete que fica do outro lado da praça. Pede um suco de frutas e quando ele chegar, conversa com ele. Verifica o que ele quer.
Eu olhava para ele meio confusa. Meu marido me orientando como atrair um homem para uma possível sessão de sexo. Sem saber o que dizer perguntei:
— Mas, e aí? Ele vai lá, conversa comigo, e eu faço o quê?
Gianluca sorria debochado com a minha inexperiência. Ele respondeu:
— Não é possível que você não imagine o que vai acontecer. Ele vai elogiar você, vai dizer que é uma mulher muito atraente, e sedutora. E vai esperar sua reação. Se você agradecer e devolver o elogio, dizendo que ele também é um homem atraente, ele vai sentir que tem espaço, e convidar você para um lugar mais reservado. Quer conhecer você melhor. Aí cabe a você aceitar ou não.
Fiquei admirada olhando para ele, estava excitadíssima imaginando a situação e minha respiração ficou ofegante. Só consegui exclamar:
— Ah, jura? Será que é assim mesmo? E você vai ficar como?
Gianluca parecia tão excitado quanto eu mesma. Tudo que ele falou me havia deixado bem motivada. Imaginar que eu ia me insinuar para um outro homem, com a cumplicidade do marido. Ele me beijou e sussurrou:
— Vou ficar morrendo de tesão, imaginando você com ele. E louco para você voltar e me contar tudo como foi, o que fez, o que sentiu.
Exclamei:
— Ah, amor, assim você me deixa muito tarada.
Gianluca perguntou, me apertando a bunda:
— Você já reparou se ele tem pau grande?
Não aguentei e sorri, envergonhada. Meu marido me conhecia. Tive que confessar:
— Ah, vi sim, várias vezes ele ajeita o pinto no calção justo de ginástica, e deu para ver um volume que deve ser grande.
Gianluca cada vez mais tarado me beijava e falava no meu ouvido:
— Safadinha, tem vontade de dar para o coroa do pau grande? Fica fantasiando com ele? E não ia me contar nada?
Falei a verdade:
— Não, até hoje não tinha fantasiado, juro. Só tinha reparado nele. Mas agora, você me provocou muito, e estou com muito tesão, só de pensar.
Ele continuava excitado e comentou:
— Eu sei que não tenho pau grande, então, acho legal você ter essa curiosidade e vontade de experimentar. Aproveite.
— Jura mesmo? Que não fica com ciúme, ou inseguro?
— Juro. Eu já imaginava que isso ia acontecer faz tempo. Você deliciosa, no meio daqueles machos musculosos, cheios de testosterona, cobiçando você. Uma hora ia acender uma luzinha, bater a sua vontade ou curiosidade de provar. E eu acho isso mais do que normal.
Ele estava certo. Me ajudou a encarar a realidade que eu tentava não ver. Naquele momento nossos beijos nos ocupavam as bocas, nossas mãos nos despiam e em segundos estávamos envolvidos em carícias, chupadas, apertos, e fomos num crescendo, até que eu montei sobre ele na cama e fiz com que penetrasse o falo duro na minha xoxota, que já estava toda encharcada e escorrendo meus sucos sensuais.
Comecei a cavalgar no pinto dele, me esfregando, e gemendo muito tarada:
— Isso, mete gostoso na minha xoxota. Me faz gozar nesse pinto duro.
Gianluca ofegava, apertava as minhas nádegas, me puxava forte contra seu pênis me atolando inteira, e exclamou:
— Logo-logo essa xoxota vai sentir outra pica, e vai gozar muito num pau grande e grosso.
Fiquei toda arrepiada ao ouvir o que ele me falou. Estremeci inteira. Era como se ele tivesse captado um pensamento meu que eu nem senti coragem de admitir que tive. Fiquei admirada. A cabeça dele era safada demais.
Naquela hora, devido à excitação, eu nem soube como responder, apenas gemi profundamente e aumentei os movimentos sobre o seu ventre, apertando o seu pinto com minha vagina se contraindo de prazer. O Gianluca percebeu que me provocou e falou:
— Vai, Laura, assume seu tesão, goza pensando na pica grande do coroa que vai comer você muito tarado. Pensa você gozando no pau grande dele!
Eu não consegui mais conter a onda de prazer que me invadiu e percorreu todo o meu corpo, me fazendo estremecer inteira num orgasmo forte e prolongado. Depois de uns vinte segundos ou mais em grande êxtase, fui relaxando e exclamei:
— Ah, querido, assim você me deixa louca!
Gianluca me acariciava sorridente e carinhoso, e comentou:
— Adoro ver você gozar. E agora que perdeu o medo de assumir as fantasias e desejos, vai ficar ainda mais tarada. Pode me contar que eu adoro.
Eu expliquei:
— Na verdade, e você tinha razão, tentava abafar, eu tinha vergonha de admitir. Achei que você podia se ofender.
Ele sorriu e seu pau ainda duro dentro da minha xoxota deu um solavanco. Ele respondeu:
— É o contrário. Me deixa muito tarado saber suas taras.
Me deu curiosidade para perguntar:
— E depois, que eu der para ele? Como fica?
— Eu fico sendo seu corno. Você perde o medo, aprende a ser mais dona do seu prazer. E isso me deixa muito feliz e tarado.
Eu ainda tinha dúvidas:
— Mesmo sabendo que eu fui lá por minha vontade fazer sexo com outro homem? Você gosta se for feito de corno?
Gianluca falava excitado:
— Fico ainda mais tarado em pensar nisso. Você não imagina como me excita pensar nisso. Ser seu corno, imaginando como foi, e querendo saber o que você sentiu.
Em poucos segundos eu estava excitada novamente, tomada por uma volúpia incrível como poucas vezes eu sentira, e voltei a me movimentar aproveitando que o pinto dele estava duro e pulsando de novo na minha xoxota. Passei a me mexer mais lentamente, aproveitando daquela sensação deliciosa de ter um falo duro e vibrante sobre o qual eu me movimentava para frente e para trás. E falando coisas muito excitantes. Nossa respiração de novo ofegante, e eu me inclinei para dar um beijo nele. Para testar a reação, eu perguntei:
— É isso? Tem certeza? Quer mesmo ser corno, amor?
O pau deu um salto na minha xoxota e pareceu até ficar maior, ele gemeu e exclamou:
— Eu quero, quero ser seu corno, igual vimos naqueles vídeos, você dando para o macho, gemendo de prazer, e eu assistindo, ou ouvindo você contar depois, muito tarado.
Nossa! A volúpia que nos dominava atingiu o clímax em poucos segundos, eu percebi que ia gozar novamente, rebolava na piroca e exclamei desesperada de prazer:
— Ah, vou gozar amor! Não aguento de prazer. Você enche minha cabeça de safadeza. Então, você vai ser meu corno, querido! Ah, agora me deixou cheia de desejo para dar para o coroa.
Gianluca não resistiu e começou a urrar exclamando:
— Isso, vou ser seu corno, sua safadinha. Me deixa muito tarado! Eu vou gozar!
Percebi que ele já não controlava mais o orgasmo e veio em ondas, jatos fortes de gozo me invadindo a vagina. Eu também não pude mais segurar e gozamos ao mesmo tempo, alucinados de tanto tesão. Acho que nosso orgasmo durou quase um minuto, nos agitando os corpos suados. Eu enfiava as unhas no peito dele e ele me apertava as nádegas.
Foi delicioso, e finalmente, quando diminuiu a intensidade das ondas de prazer, eu me deitei sobre o peito dele e fiquei ali ronronando como uma gata satisfeita.
Ficamos deitados repousando, cheios de carinho e prazer. Eu nunca havia visto o Gianluca tão extrovertido, falador e animado. Olhei para ele com um sorriso safado e ele retribuiu. Experimentei para ver se depois de gozar ele continuava na mesma:
— Está feliz?
Ele sorriu concordando:
— Muito.
— É meu corno?
— Ainda não sou. Mas vou ser.
— Gosta que eu fale assim?
— Gosto. Pode chamar assim.
Naquela noite ficamos ainda namorando na cama, conversando, ele me explicando melhor como entendia aquele desejo dele, e seu prazer em me liberar para aprender mais de sexo com outros homens. Depois dormimos muito agarrados.
No dia seguinte, eu acordei para fazer nosso café e quando dei bom dia, eu já falei:
— Bom dia, meu corno. Dormiu bem?
Ele agradeceu sorridente e respondeu:
— Dormi muito bem, abraçado na mulher mais querida e safada, que vai me fazer de corno.
Dei risada. Ele realmente estava contente com aquilo. E depois daquela noite, me dava muito tesão.
Naquele dia, para ir trabalhar eu escolhi uma das minhas mais sensuais malhas de ginástica, cor de chumbo, fina e colante, que marcava a minha tanguinha fio dental preta recobrindo só a xoxotinha, que eu usava por baixo. E coloquei o top sem nada por baixo o que marcava muito o bico dos meus seios. Eu nunca fui tão arrojada e descaradamente provocante, mas, daquele dia, estimulada pelo Gianluca, estava decidida a chamar a atenção dos marmanjos. Dei um beijo nele e fui trabalhar deixando meu marido em casa.
Nos dias que ele não tinha plantão, ficava me ajudando a limpar a casa, ele cozinhava, e colocava roupas na máquina para lavar. No trajeto a minha xoxota parecia ter eletricidade.
Durante o trabalho na cademia, de fato, os homens todos não tiravam os olhos de cima de mim. Eu agia com naturalidade.
Só que a excitação permanente de saber o que eu estava planejando mantinha meus seios de mamilos sempre empinados. Acho que com isso, eu exalava feromonas, e os machos ficavam mais acesos. E aconteceu mais ou menos como o Gianluca havia projetado.
Eu dei uma atenção maior a ele nos exercícios, ele puxou papo, eu dei conversa, o que antes eu não fazia, e logo expliquei que não podia papear ali no trabalho, e depois do horário, eu iria tomar um suco de Açaí na lanchonete que ficava do lado oposto de praça. Nossa, os olhos dele brilharam e eu sorri e me afastei discretamente. Não queria chamar a atenção mais do que já estava fazendo.
Muitos homens me segundo com o olhar. Tratei de cuidar do trabalho e quando deu minha hora, fui tomar um banho no vestiário, e saí como sempre fazia. Atravessei a praça e na lanchonete pedi o suco de açaí com banana e gengibre, conforme eu gostava. Cinco minutos depois eu estava começando a tomar o suco e ouvi a voz grossa do grisalho se aproximando:
— Que bom. Pensei que eu nunca teria a chance de conversar com você.
Sorri para ele que me estendeu a mão:
— Muito prazer, sou o Lenir.
Ele de calça Jeans desbotada, sapatênis castanho, camiseta grafite com o nome DOORS bem grande, e cabelo grisalho, parecia ter menos idade do que na verdade tinha, Era um coroa enxuto e bonito, barba curtinha aparada bem rente e bem cuidada, olhos de um azul clarinho que pareciam duas algas-marinhas, e um sorriso jovial. Peguei em sua mão e era firme e segura. Ele me olhava nos olhos, e seu sorriso ficou mais malicioso, parecia que já havia entendido tudo. Mas eu mantive a minha postura. E me apresentei, deixando que ele visse o anel de compromisso no meu dedo. Eu falei:
— Você me intrigou. Faz dias que eu reparo que me olha muito, me observa. Por acaso está me investigando?
Ele sorriu e quando ele sorria os olhos também sorriam, formando duas bolsinhas em baixo, o que fazia sua expressão ficar mais maliciosa.
— Estou absolutamente encantado, hipnotizado, e desde que eu a vi, nunca mais consegui parar de pensar em você.
— Nossa! Você não faz rodeios. É sempre direto assim?
— Depende. Neste caso, posso apenas ter alguns minutos da sua atenção. Não posso ficar de firula. Não a conheço, mas agora, juro por tudo, sempre a amei. Juro.
Eu achei graça do jeito dele. Um jovem não teria aquele desprendimento, de brincar falando aquelas coisas, eu pensei. Perguntei:
— E por que você pensa assim? Amor à primeira vista?
— Penso que uma princesa como você não iria me dar muita atenção, se não tivesse pelo menos uma curiosidade. Mas, pelo anel em sua mão, sei que tem um marido, e pode apenas matar sua curiosidade e partir. Isso partiria o meu coração.
Ele ria achando graça das coisas que falava, diminuindo a força das mesmas, mas tornando a conversa fácil e leve. Acabei sorrindo também. Resolvi arriscar:
— Mas, sabe que é um homem sedutor, e atraente. E joga com isso.
Ele me olhava mais sério, e falou em tom baixo:
— Uma bela, mulher, inteligente como vi que é, não joga tempo nem conversa fora. Se me acha atraente, estamos num pé de igualdade. Não acha?
Pensei: “ O safado é mesmo muito interessante e sabe disso” – e para resposta eu falei:
— Sim, estamos num pé de igualdade. Você me surpreendeu. Achei que viria aqui com uma conversinha barata de sedutor, e você jogo muito forte.
Ele concordou com a cabeça. Já não sorria, me olhava e parecia que fazia um scanner do meu corpo. Depois falou:
— Laura, uma princesa, casada, encontra um tigre solitário no meio da floresta. O que ela faz? Foge apavorada ou se interessa em conhecer o tigre?
Senti o baque da pegada. Ele era bom naquilo. Naquele momento eu sabia que queria ir com ele e dei a entender.
— Se o tigre não for ameaça, não vejo por que não conhecer o tigre.
Ele pareceu contente com a resposta. E novamente, fulminando meus olhos, com aqueles dois olhos azuis brincalhões e brilhantes como labaredas de uma fogueira, respondeu:
— A única ameaça é a paixão. Mas dessa eu já estou contaminado. Mas, me diga uma coisa, seu marido será enganado?
Juro que eu jamais imaginei que ele me perguntasse aquilo. Ele era muito mais experiente que eu e o Gianluca juntos. Meu coração estava acelerado, minhas palavras travaram e eu demorei uns segundos para responder. Pensei como uma louca no que ia dizer, e me veio a ideia de ser verdadeira:
— Ele me autorizou.
Vi que a resposta também o surpreendeu, levou um ligeiro sobressalto, mas se recuperou logo:
— Muito bem, me surpreendeu mais uma vez. Mulher inteligente é ótimo. Você estava um passo à frente todo o tempo. Ganhou todas as chaves de todas as portas. Aceita vir com o tigre para nos conhecermos melhor?
Fiquei tomando o meu suco, olhando para ele, tentando disfarçar o meu nervosismo e a minha emoção, até que ouvi o canudinho fazer ar no final do copo. E eu já havia pago o suco antes de pedir. O jogo tinha revelado algo muito mais forte do que uma simples aventura. O Lenir era uma coisa que mexia comigo, e muito mais fortemente do que eu poderia imaginar. Meu coração estava acelerado. Mas eu não recuaria por nada.
— Se for um cavalheiro, por favor, pode me oferecer seu braço?
Ele fez uma ligeira vênia, e pediu:
— Por favor, princesa...
Segurei no braço dele e saímos da lanchonete. Eu não sabia para onde ele me levava, mas eu iria com ele onde quisesse. Meu corpo estava quente e vibrando.
Continua.
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