Alguns dias se passaram e eu decidi ir pra França me encontrar com Regina. Eu faria uma surpresa a ela e voltaria junto com ela para o Brasil. Com certeza ela iria precisar de ajuda e ficaria contente em me ver.
O vôo foi tranquilo até Paris e lá eu peguei um trem pra Nice, onde Regina estava. Ela ainda estava triste devido ao grande peso e a responsabilidade de ser mãe. Sua irmã Sara lhe deu grande apoio, mas antes passou um sabão nela pela falta de responsabilidade na relação sexual. Sua madrinha Nina chorou muito ao saber da notícia. Ficou tão emocionada que o marido teve que falar, enquanto ela se recuperava do choque. Lógico, que depois ela parabenizou, mas todos que sabiam da notícia, primeiro falavam poucas e boas pra ela e depois lhe davam carinho.
Sua mãe também ficou sabendo e a reação dela me surpreendeu. Disse que ela acabou com a vida dela e que esse bebê só iria lhe trazer problemas. Disse que agora ela iria ver como a vida não é brincadeira e que o mundo não é um conto de fadas cor de rosa.
Regina ficou tão sentida com a mãe, que eu decidi ir lá pra lhe dar apoio e quando eu cheguei em Nice, fui logo numa delicatessen que ela adora e comprei um Petit Gateau. Sei que ela iria adorar a surpresa.
Como eu morei algum tempo com ela, eu fiz uma chave pra mim, então nem precisei tocar o interfone. Entrei no prédio e fui direto pro apartamento e a medida que eu me aproximava, escutei barulho de música e realmente estava vindo do apartamento da Kelly.
Parecia que tava rolando uma festa e eu ouvi algumas vozes e gritaria também. Comecei a usar frio e meti a chave na porta e abri.
A cena que eu vejo me deixa bem chateado, pois eu esperava encontrar Regina um pouco triste, mas ela estava se divertindo.
Ela estava sentada numa cadeira no centro da sala, usando somente uma calcinha e um sutiã. Na casa, tinha várias pessoas, contei por alto mais de dez entre homens e mulheres. A maioria dos homens sem camisa e alguns só de cueca. As mulheres também estavam com suas lingeries à mostra, e algumas poucas estavam ainda com roupa.
Regina estava com os olhos vendados e seu corpo estava servindo de tela, pois haviam vários desenhos e palavras escritas pelo seu corpo. No momento em que eu cheguei, uma garota estava desenhando um coração em seu peito com um batom, bem na área onde fica o seu coração.
Quando abri a porta, todos me olharam e ficaram sem saber o que fazer e Regina que estava vendada, não entendeu nada do que estava acontecendo.
Maria - Regina, melhor você tirar a venda…
Regina - O que aconteceu gente?
Maria - Seu coroa chegou!
Ela rapidamente tirou a venda e ficou toda sem graça ao me ver.
Regina - Pedro, meu amor, você está aqui!
Não disse nada a ela e fui pro quarto dela com uma cara de poucos amigos e ainda ouvi a tal da Maria falando com ela que era melhor a galera ir embora, mas Regina disse que iria conversar comigo, mas pediu pra todo mundo se vestir.
Eu estava bem chateado com a situação e me sentei na cama. Ela veio logo em seguida ainda de lingerie e fechou a porta assim que entrou no quarto.
Pedro - Que palhaçada é essa, Regina?
Regina - Pedro, eu posso explicar. É só uma festinha…
Pedro - Tá parecendo uma festa bem liberal, com todo mundo quase sem roupa e olha como você está!
Regina - Eu não fiz nada demais, Pedro. São meus amigos!
Pedro - Olha o tamanho dessa calcinha! E os seus peitos estão quase pulando pra fora do sutiã…
Regina - Pedro, é só uma brincadeira! É um chá de bebê misturado com uma festa de despedida.
Pedro - Aposto que essas festinhas devem rolar direto aqui. Não esperava isso de você, Regina!
Regina - Pedro, eu já disse que não está rolando nada aqui.
Pedro - Você nem me disse que ia rolar essa festa. Provavelmente eu nunca iria saber…
Regina - Lógico que eu iria te contar, mas nem eu sabia. Eles chegaram aqui ontem pra se despedir de mim e de repente virou uma festa. Ninguém me avisou nada e fizeram tudo de surpresa.
Pedro - Então toda essa galera dormiu aqui?
Regina - Nem todos… A maioria das garotas dormiram sim e fizemos uma festa do pijama e alguns dos rapazes também dormiu, mas a maioria deles foi embora e voltaram hoje pra terminar a festa, que seria o chá de bebê surpresa também.
Pedro - Regina, isso é coisa de adolescente que espera os pais viajarem.
Regina - Mas eu sou uma adolescente, Pedro!
Pedro - Só que agora você tem outras responsabilidades.
Regina - Eu sei, mas deixa eu viver um pouco antes.
Eu estava tão chateado que eu nem tinha reparado que o chuveiro da suite estava ligado e durante a nossa conversa, a porta se abre e surge um rapaz alto e pardo, com os cabelos molhados, na altura dos ombros, com a toalha enrolada na cintura.
Thierry - Regina, o shampoo acabou! Foi mal…
Pedro - Que porra é essa!
Regina - Calma, Pedro! Não é o que você está pensando!
Thierry - Então esse é o Pedro?
Regina - Pedro esse é o Thierry, um amigo meu da companhia de teatro.
Pedro - Posso saber o motivo dele estar tomando banho e estar andando no seu quarto tranquilamente só de toalha?
Thierry - Eu não estou entendendo nada. Isso é português, né?
Pedro - Oui!
Regina - Thierry, pega as suas roupas e vai se vestir logo, pelo amor de Deus!
Thierry - Anton! Giselle! Tem gente no quarto!
E assim que ele saiu do quarto, a porta do banheiro se abriu de novo e saíram de lá um negro também alto e uma morena com cabelos loiros de farmácia. Ambos estavam enrolados na toalha e passaram por nós meio envergonhados e pedindo desculpas.
Regina estava vermelha e toda sem graça, com a cabeça abaixada.
Pedro - Regina, que putaria é essa? O apartamento por acaso virou Sodoma e Gomorra?
Regina - Meus amigos são um pouco desinibidos…
Pedro - Regina, eles são uns sem vergonhas, isso sim. Olha só a bagunça que está o seu quarto! Gente quase pelada na sala. Gente pelada e trepando no banheiro! O que aconteceu com você?
Regina - Não acontece nada, Pedro!
Pedro - Você não é mais a Regina que eu conheci.
Regina - Claro que eu sou! Eu sou a mesma pessoa!
Olhei pra ela de cima a baixo e ela transbordava sensualidade com aquela lingerie pequena e com os desenhos rabiscados pelo corpo.
Pedro - Você mudou, minha pequena! Você mudou!
Regina - Para de me chamar assim, que eu não sou a Charlotte! Meu nome é Regina, entendeu! RE-GI-NA!
Pedro - A festa acabou, Regina! Mande seus amigos irem embora.
Regina - Eles vão ficar! Foram eles que me deram apoio, quando eu precisei. Foram eles que tornaram a minha vida mais alegre, enquanto eu estava aqui sozinha.
Pedro - Então acho que é melhor eu ficar num hotel, até essa festa acabar. Depois a gente conversa!
Fui na direção da porta, mas ela ficou na minha frente tampando a passagem!
Regina - Não faça isso! Eu estava com muita saudade de você!
Pedro - Não parece… Achei que você estava triste, depois de conversar com a sua mãe, mas quando eu cheguei te vi beeeeem alegre.
Regina - Eu falei com a Maria o que aconteceu e acho que ela armou essa festa pra me alegrar.
Pedro - Eu estou cansado de viagem, Regina. Queria ficar sossegado e sozinho contigo e agora depois disso tudo, não estou com clima pra festa.
Regina - Você pode ficar aqui no quarto e eu venho de vez em quando ver se você precisa de alguma coisa.
Pedro - Melhor eu dar uma saída… pra desestressar um pouco.
Ela então foi em direção à janela, e fechou as cortinas. Pegou em minha mão e me fez sentar na cama de novo. Saiu do quarto e em menos de um minuto retornou, fechando a porta e passando a chave.
Pedro - O que você está fazendo?
Regina - Eu fui lá falar que a festa poderia continuar, mas que eu iria ficar aqui contigo.
Ela fez um carinho na minha cabeça e colocou uma venda nos meus olhos.
Regina - Deita, meu amor e relaxa. Eu vou ficar aqui contigo.
Pedro - Regina, eu…
Regina - Shhhhhhiiii, por favor… eu estou grávida e tenho desejos, entendeu?
Senti ela tirando as minhas calças e abrindo os botões da minha camisa.
Pedro - O que você está fazendo?
Regina - Deixando você mais à vontade…
Pedro - Regina, seus amigos estão aqui.
Regina - Eles são todos adultos e alguns estavam até fazendo o que a gente irá fazer no meu banheiro.
Ela então puxou a minha cueca pra baixo e pegou no meu pau que já estava à meia bomba.
Regina - Eu estava com saudade de você, meu amor e saudade de fazer isso…
Ela começou a chupar o meu pau e me masturbar com bastante força e eu rapidamente fiquei excitado e duro. É bem verdade que eu estava com muita saudade dela e com tesão acumulado. Ela também parecia estar com muita saudade e eu sei que ela estava fazendo isso pra me acalmar também. Mulheres adoram se desculpar com sexo.
Eu tinha que aprender a lidar melhor com essas coisas, afinal ela nem dezoito fez ainda. É mais do que normal fazer algumas coisas assim. Quem nunca aprontou, quando os pais viajavam ou estavam no trabalho?
Na idade dela, quando eu ficava em casa sozinho, aprontava também. Chamava os amigos pra jogar e beber, sendo que meus pais não sabiam. Por sentir raiva do meu pai, eu sempre pegava as bebidas dele e depois eu completava com álcool ou com alguma outra bebida pra ele não notar que a bebida estava acabando.
Levava meninas pra casa pra dar uns amassos e tentava comer as garotas. Eu sei que eu aprontava, mas Aaaaah … Caralhooooo….
Pedro - Regina, você está me deixando doido.
Regina - Eu estou com muita vontade! Eu quero te dar bem gostoso, meu amor.
Pedro - Eu vou te dar o que você quer, minha pequena…
Ela olhou pra mim um pouquinho brava e deu uma mordidinha no meu pau.
Pedro - Aaaai, Regina! Cuidado com esses dentes!
Regina - Toda vez que você me chamar de minha pequena, eu vou te morder!
E assim, ela continuou a me chupar com força até eu gozar em sua boca e engolir toda a minha porra! Em seguida ela foi ao banheiro escovar os dentes e usou um enxaguante bucal, fazendo gargarejo.
Eu fiquei deitado na cama, pensando em como conversar com ela, pra não estragar a festa, mas ao mesmo tempo eu queria mandar todos embora.
Regina - Vamos pra sala? Quero que você conheça os meus amigos.
Pedro - Não sei, Regina…
Regina - Eu garanto que você vai gostar deles.
Pedro - OK, mas se eu não me sentir bem, vou falar que estou cansado da viagem e com dor de cabeça e vou voltar pra cá.
Regina - Tudo bem!
Pedro - Vem aqui pertinho de mim.
Ela ficou na minha frente e eu dei um beijo em sua barriga.
Regina - Isso faz casquinha! Para, Pedro!
Pedro - Eu vou trocar de roupa e já vou…
Ela saiu do quarto e eu rapidamente peguei uma roupa mais casual e fui até a sala. Regina toda feliz e contente veio até mim e me apresentou a todos. Era muita gente, mas percebi que alguns ela tinha maior intimidade, falando mais detalhes sobre quem era ou alguma particularidade da pessoa.
O rapaz negro, que se chamava Anton e que estava no banheiro com a garota, me pediu desculpas, mas explicou que a Regina tinha autorizado o uso do banheiro.
Regina - Autorizei pra tomar banho, né? A safadeza foi por sua conta.
Anton - Foi por conta da Giselle. Ela que tava com fogo, hahahaha
Pedro - Tranquilo… Eu já tive a sua idade e sei como é…
Anton - Você praticamente não tem sotaque. Está de parabéns! Nem parece que é brasileiro.
Pedro - Morei durante muitos anos em Paris.
Nisso, Regina ficou ao meu lado e não desgrudava de mim. A todo momento ela me dava um beijo e alguns deles eram daqueles de tirar o fôlego.
Alguns de seus amigos pareciam ser bem legais, mas comecei a reparar que o tal Thierry ficava nos olhando com uma certo deboche e às vezes bufava, durante os nossos beijos.
Eu achei que me transformaria no tio do pavê, em meio àqueles jovens adultos, mas até que eu estava me saindo muito bem e sempre com Regina ao meu lado.
Pude perceber que em determinado momento, Maria chamou Thierry pra conversar, mas a meu ver ele não queria. Maria voltou e praticamente o arrastou pra cozinha e por lá ficaram um tempo e eu fiquei entretido conversando com Giselle, Anton e Camille. Camille era fascinada pelo Brasil e me fazia várias perguntas sobre as praias e pão de queijo.
Maria - Regina, preciso falar contigo um negócio importante.
Regina - Já volto, meu amor.
Camille - Eu quero tanto ir um dia no Brasil. Ouvi dizer que o hostel lá é bem em conta.
Giselle - Sou doida pra conhecer o carnaval…
Pedro - O dia que vocês forem, eu darei ótimas dicas de onde ir e onde comer.
Anton - Eu já fui uma vez pra São Paulo, mas eu queria mesmo era conhecer o pântano. Dizem que lá é maravilhoso.
Camille - Um pântano? Prefiro as praias do Rio de Janeiro.
Pedro - Você deve estar se referindo ao Pantanal e realmente é um belo lugar pra se conhecer. O Brasil é muito grande. O Rio de Janeiro tem belíssimas praias, mas a região nordeste também tem. Se querem mesmo conhecer o Brasil, sugiro no mínimo uns 3 meses e mesmo assim muita coisa vai ficar de fora.
Continuamos a conversar e eu olhei em volta rapidamente e notei que perdi Regina de vista. Comecei a ficar incomodado, mas continuei a conversar com o grupo. Giselle e Camille falavam sem parar, até que Maria se aproximou e falou algo cochichando com Anton e ele fez positivo com a cabeça.
Eu não sou idiota e logo percebi que isso estava estranho porque eu vi que Regina tinha sumido e Maria tinha voltado. Com minha visão periférica, notei que Thierry também não estava na sala e falei com eles que iria pegar algo pra beber, mas Anton disse que Giselle iria e que era pra eu não me preocupar.
Eu entendi muito bem o joguinho deles e fiquei puto, mas pra não fazer um escândalo eu disse que iria ao banheiro. Dessa vez, Anton não soube o que fazer e eu me levantei. Vi que Giselle estava na cozinha e acenou pra mim. Continuei pelo corredor e fui em direção ao banheiro, mas antes fui até o quarto procurar Regina e não a encontrei lá. Fui até o quarto de hóspedes que estava com a porta fechada e ouvi a voz dela discutindo com o Thierry.
Regina - Sinto muito, Thierry! Sinto muito mesmo que você tenha se apaixonado por mim, mas eu amo o Pedro.
Thierry - Eu sei que você me ama. Ninguém consegue beijar daquela forma, se não estivesse apaixonada. Você só não quer admitir isso.
Regina - Não era eu beijando, Thierry! Era Marie. Éramos Jean Paul e Marie. Éramos só personagens.
Thierry - Duvido que aquele coroa tenha a pegada que eu tenho. Sou melhor do que ele.
Regina - Acho que você já bebeu demais e está confundindo as coisas…
Thierry - E quando eu apertei a sua bunda e seus seios? Você não sentiu nada?
Regina - Senti sim! Senti que você foi meio desrespeitoso comigo. Não tínhamos combinado isso antes da cena e você fez o que fez. Me deu vontade de te dar um tapa na cara, mas me contive porque o diretor parecia estar gostando desse nosso envolvimento e eu não queria perder a oportunidade, mas saiba que eu não gostei.
Thierry - Eu achei que a gente teria a nossa despedida hoje, mas aquele coroa tinha que aparecer…
Regina - Não viaja, Thierry! Não existe nós… Somos só amigos, do mesmo jeito que eu sou amiga de todos aqui.
Thierry - Larga esse coroa e fica comigo!
Regina - Vou fingir que nem escutei isso.
Thierry - Eu te amo, Regina!
Regina - Eu estou grávida!
Thierry - Só você abortar! Aquele coroa nem deve ter te engravidado direito. A porra dele deve ser fraca e esse bebê nem vai nascer.
Regina - Thierry, eu acho que está na hora de você ir embora. Tem noção do que acabou de dizer?
Thierry - Desculpa, eu exagerei, mas é impossível ficar parado e deixar você ir embora.
Minha vontade era entrar no quarto e meter a porrada nesse idiota, mas Regina estava se saindo bem e eu decidi dar um voto de confiança pra que ela resolvesse a situação.
Thierry - Se lembra daquele dia? Eu reparei que você ficou de olho no meu pau.
Regina - Lógico! Não só eu, mas todo mundo. Você enlouqueceu e ficou se masturbando vendo aquele filme quase pornográfico. Achei nada a ver, mas eu entendi que era zoeira com o grupo.
Thierry - Fiz aquilo só pra você, Regina!
Regina - Melhor você ir… Não quero problemas contigo, nem com Pedro.
Thierry - Eu vou, mas antes de ir eu quero um beijo de despedida, já que não teremos a nossa transa de despedida.
Regina - Não, Thierry! Sem beijos hoje.
Fiquei muito satisfeito e me afastei da porta um pouco pra não parecer que eu estava ali escutando. Só que passou um minuto e nada dele sair ou dela sair. Voltei até a porta e o cara ainda insistia na história do beijo de despedida, até que a coisa desandou.
Regina - O que você está fazendo?
Thierry - Tirando a minha roupa, pra você ver que estou excitado e de pau duro por você.
Regina - Saia da minha casa agora!
Thierry - Só depois de te beijar.
Regina - Nãããooo! Pare com isso! Me solta! Por favor, pare Thierry! Não faz isso comigo!
Quando eu ouvi que ele estava tirando a roupa, eu tentei abrir a porta, mas o desgraçado deve ter fechado. Comecei a forçar a porta, chamando a atenção de outras pessoas da casa. Anton foi o primeiro a chegar e assim que ele ouviu a Regina gritar não, eu comecei a chutar a porta e ele também me ajudou.
A porta era muito resistente, mas conseguimos abri-la e a cena que vimos era quase de terror.
Regina estava no chão com sua camisa rasgada e os seios parcialmente à mostra. Seu shortinho estava no seu pé e a calcinha na altura dos joelhos. Thierry estava praticamente nu em cima dela e com o pau bem duro.
Eu fui pra cima dele e Anton tentou me segurar. Maria que também estava por ali foi acudir Regina, enquanto Thierry se afastou pro canto do quarto. Seu braço estava arranhado e suas costas também. Vi que o rosto também estava um pouco arranhado e num impulso que eu dei, me joguei em cima dele, carregando Anton comigo, que tentava me segurar de todo jeito, me pedido pra ter calma e não fazer nenhuma besteira.
Outras pessoas foram entrando no quarto e muitos não estavam entendendo direito o que havia acontecido e alguns ficaram tentando proteger o Thierry, que já tinha tomado um soco e um chute. Outros ajudaram o Anton a me segurar e o safado conseguiu sair do quarto me xingando e dizendo barbaridades.
Gritei por Regina e Anton deve ter percebido que não era mais necessário me segurar e me soltou, ganhando uma cotovelada minha e eu fui pra perto de Regina que ainda estava desacordada com o rosto um pouco vermelho.
Pedro - Se algo acontecer a ela ou ao bebê, eu juro que mato aquele desgraçado.
Maria - Regina! Acorda, Regina!
Maria ficou dando uns tapinhas no rosto dela, e eu pedi pra alguém trazer água. Foi tão rápido, que eu acho que alguém já tinha pensado nisso e me deu logo em seguida. Falei pra Maria se afastar e ela não queria e quase tive que empurrá-la.
Joguei um pouco d'água nela e fiz respiração boca a boca umas três vezes e ela acordou, perguntando o que tinha acontecido, mas em seguida me abraçou e começou a chorar.
Pedi espaço pra todo mundo e disse que a festa tinha acabado. Alguns foram logo embora, mas outros não queriam ir. Ficavam querendo ajudar de alguma forma e tentavam convence-la a ir num médico.
Meia hora depois, tudo já estava mais calmo e as últimas pessoas foram embora, exceto por Maria, Anton e Giselle. Regina estava muito brava com Thierry e toda hora chorava, quando se lembrava do ocorrido.
Regina - Aquele cafajeste! Não acredito que ele iria me estuprar aqui em casa com todo mundo presente. Idiota!
Pedro - Meu amor, sinto muito que você tenha passado por isso!
Maria - Regina, me desculpe! Eu não imaginava que ele iria fazer o que fez…
Pedro - Vocês dois acham que eu não percebi que estavam facilitando o terreno pro seu amiguinho? Acham que eu sou imbecil?
Anton - Calma, Pedro! Melhor você ficar na sua, porque você não tá sabendo de toda a história.
Maria - Anton! Cala a sua boca!
Giselle - Nem vem, Maria! O Anton está certo! A Regina não é tão santinha assim.
Olhei pra Regina, que ficou indignada com o que a Giselle falou e começou a bater boca com ela.
Giselle - Você fica flertando com todo mundo! Pensa que não vi você dando em cima do Anton semana passada?
Regina - Eu não fiz nada! Aquilo era só brincadeira!
Anton - Será mesmo? Eu só não fiz nada, porque respeito a Giselle. Nosso relacionamento é meio liberal, mas a gente tem as nossas combinações e eu nunca iria ficar com uma amiga dela, mas se fosse solteiro…
Pedro - Mas aquela hora que eu cheguei, vocês dois e o Thierry estavam no banheiro juntos com ela.
Giselle - Thierry é meio voyeur! Ele gosta de ver o Anton me fodendo.
Anton - Regina, quero ver se você é capaz de confessar que já ficou com o Thierry.
Regina - Isso é uma brincadeira? Pedro, não sei de onde ele tirou isso!
Pedro - Regina, o que está acontecendo?
Maria - Fala, Regina! Fala com ele o que está acontecendo!
Regina - Não está acontecendo nada! O Thierry enlouqueceu! Eu nunca dei esperança pra ele. Nunca! Somos só amigos, que se beijavam num ensaio de uma peça de teatro.
Anton - E quando brincamos de verdade ou consequência? Você beijou o mamilo dele!
Giselle - Beijou nada… Chupou mesmo!
Maria - Melhor irmos embora e deixar o casal a vontade…
Anton - O que foi, Maria? Você era a que mais empurrava a Regina pro Thierry! Por quê tá tirando o corpo fora?
Regina começou a chorar e foi pro quarto. Fiquei meio sem saber o que pensar, mas o Anton olhou pra mim com um sorriso meio debochado e disse.
Anton - A Regina não sabe o que quer! Ela é muito imatura. Não estou falando que o Thierry é inocente, mas ele me disse que a Regina estava a fim dele e que tinha medo de ficar com remorso depois, caso tivesse algo com ele.
Pedro - Você acredita no Thierry?
Giselle - Eu já namorei o Thierry durante alguns meses! Ele é um cara legal e estou até agora sem entender o que aconteceu. Se ele agiu dessa forma, foi porque ela permitiu e atiçou ele.
Maria - Você é uma filha da puta, Giselle! Não acredito que está fazendo isso.
Anton - Vamos embora, Giselle! Já falei o que eu tinha que falar! Se o coroa quiser continuar com ela, pode ter certeza que mais cedo ou mais tarde, será traído.
Os dois se levantaram e saíram sem se despedir da Maria ou de mim. Fiquei pensando em muitas coisas, mas algo não fazia sentido.
Pedro - Eu não te conheço, mas sei que Regina ficou muito sua amiga! Me explica o que está acontecendo, porque algumas coisas não estão fazendo sentido.
Maria - A verdade é que sua namorada chegou cheia de alegria e com um jeitinho cativante se tornando o centro das atenções. Isso causou inveja em várias mulheres e muitos homens tentaram seduzi-la.
Neste instante, Regina saiu do quarto, ainda chorando e me abraçou.
Maria - Regina, eu não imaginava que o Thierry fosse fazer isso contigo. Ele me pediu ajuda pra falar com você, mas não achei que ele iria tentar te estuprar.
Regina - Eu quero esquecer isso. Hoje estou vendo quem é quem. Todos queriam me ferrar, inclusive você.
Maria - Você está enganada! Eu só queria te ajudar e ajudar o meu amigo.
Regina - Você sabia que ele queria algo mais e várias vezes insinuou isso. Você me jogou no fogo, mas não entendi o motivo ainda e nem quero mais entender.
Pedro - Acho que está na hora de você ir. Eu e Regina queremos descansar e conversar. Por favor, saia…
Ela se retirou sem despedir e Regina me abraçou dizendo que me amava e que não entendia o porquê deles terem feito isso com ela. Conversamos durante muito tempo e chegamos a conclusão que tentaram causar uma rusga entre a gente, pra que nossa união acabasse.
Como a própria Maria disse sobre a inveja, era bastante plausível achar que ela também teve inveja e por isso agiu dessa forma.
Nós encerramos o assunto e perguntei se ela se sentia bem ou se queria ir num hospital, mas ela disse que estava bem e fomos arrumar a bagunça. Depois dessa confusão toda, nem tentamos nada sexual, só dormimos abraçados de conchinha e eu fiquei pensando sobre o futuro. Será que eu e Regina seremos felizes? Será que esse relacionamento vai dar certo?