– Marido traiu com prostituta. Quis conhecer ela e me apaixonei. 2 anos já em segredo. Conto? –
A inspiração para este conto veio de uma caixinha de perguntas da Regina Volpato no Instagram, caso você não a conheça ela apresentava o Casos de Família no SBT. Vamos começar a falar das personagens que em sua essência são três: o marido; a esposa e a garota de programa.
Ele segura o volante relaxado, leva a passageira de volta ao seu destino na casa da madame Zoraide, ele não gostava de passar seu tempo livre na casa de madame Zoraide então a levava num motel diferente a cada dia. Mas já eram a tantos dias que começaram a repetir suítes e motéis.
O caso deles já durava alguns meses sem que o entusiasmo dele diminuísse ou pudesse acabar. Carolina, a prostituta, estava se afeiçoando ao cliente, eles faziam mais amor do que sexo hoje em dia e isso havia afetado a interpretação da garota de programa que já se sentia, em parte, senhora de seu amante.
No caminho para deixar a amada ele segurava sua coxa com a mão direita enquanto dirigia com a esquerda, num ato de posse para com Carolina, mas que não deixava de ser um carinho.
Após deixar sua amante, ele se dirigia para casa onde certamente sua mulher estaria o esperava com um copo de whiskey na mão. Sua esposa, Raquel, era dona de casa totalmente dedicada a satisfazer o marido e não fazia a menor ideia de que ele tinha uma conquista recorrente com Carolina, sua existência era totalmente ignorada por Raquel.
Ele entre em casa, Raquel está no sofá tomando uma taça de vinho branco, aguardando por ele com seu whiskey preferido preparado. Raquel é uma mulher bonita, bem cuidada e vaidosa, loira com cerca de 1,70m e olhos claros como o mar azul caribenho, límpidos e serenos. Quando o vê diz:
- Oliver, meu querido, estava te esperando.
- Espero que não esteja há muito tempo, fala sorrindo.
Cumprimenta Raquel com um beijo rápido e se dirige para sua poltrona preferida onde sua bebida o aguarda logo na mesa mais próxima.
- Como foi seu dia, meu amor.
- Cheio como sempre, aquela empresa está cada dia mais lotada de trabalho, não sei para que temos tantos funcionários e sobre tanto trabalho para mim, um diretor. E o seu?
- Sinto muito que tenha sido tão atarefado, mas você as maiores responsabilidade estão nos cargos mais altos. Há um alívio para nós, estamos quase nas férias natalinas e isso lhe dará o descanso necessário.
- Mal podia de lembrar disso afirmou pensativo.
As férias poderiam significar um problema para meus encontros com Carolina, tenho que arrumar uma solução. E preciso rápido.
- Meu amor, vou tomar um banho e venho para o jantar.
Ele sai rapidamente, e discretamente leva o celular até o banheiro. Prontamente digita uma mensagem para Carolina pedindo ajuda para o problema deles. Toma uma rápida chuveirada e já está na sala de jantar onde Rachel está pondo a mesa.
- Sabe, eu estava pensando que podíamos viajar esse ano, fazer alguns países que ainda não conhecemos, estava pensando leste europeu, Estônia, Letônia e Lituânia, nós estivemos tão perto e nunca conhecemos, o que acha?
Procurando uma forma de se livrar da viagem pelo menos por hora Oliver solta uma mentira:
- Estou tão cansado hoje, podemos escolher melhor o roteiro em outro momento?
- Claro, meu amor. Você sabe que quando eu fico empolgada com a Rússia não penso mais em nada. Estava pensando em visitar alguns museus e acabei de distraindo. Posso ir nesse papo longe, estava pensando em treinar um pouco mais meu russo caso fôssemos para lá, não se preocupe.
O jeito carinho e devotado com que Raquel tratava Oliver era o espelho de como sua mãe tratava seu pai. Ela aprendeu a cuidar com a melhor, sua mãe, Devana, uma mulher forte, de família italiana que punha o coração em tudo que fazia e amava cozinhar, a arte de alimentar sua família era a mais importante de todas e neste lar Raquel cresceu num ambiente de muito e cuidado.
Quando Raquel fez 18 anos seu pai a chamou para conversar sobre seu futuro e ela demostrou o interesse em cursar a faculdade, ainda não sabia a área, contudo seu interesse era genuíno. Após alguns meses de pesquisa decidiu cursar história da arte, ele tinha grande interesses em livros de todas as culturas e seu olho acurado sempre foi o orgulho do pai.
Raquel e Oliver se casaram pouco depois que Oliver se formar em administração, para se dedicar ao marido e a futura família ela se tornou dona do lar assim como sua mãe. Os anos foram se passando e Rachel descobriu que não podia engravidar, os tratamentos mais sofisticados não surtiam efeito, esse sempre foi o assunto que feria Rachel então Oliver não falava sobre e eles começaram a planejar viagens para visitar museus, casas de arte e não falarem sobre os filhos.
Oliver se deita para dormir e não consegue tirar Carolina da mente, não poderia ficar 15 a 20 dias sem vê-la, os finais de semana já era tempo demais longe dela. Tinha que haver um jeito de despistar Raquel algo que ocuparia sua mente e ela se distrairia da viagem, mas o quê? Ele pensava, elaborava e não parecia bom o suficiente.
Olhou no relógio e já passava da uma da manhã, Raquel dormia em paz ao seu lado, nenhuma resposta de Carolina, será que, ainda, estaria trabalhando a essa hora? Mal podia pensar nela com outros homens, quantos seriam e o que faziam. Balançou forte a cabeça para que esses pensamentos sumissem. Levantou da cama e foi até o escritório, Raquel havia deixado guias de viagem e mapas abertos sobre a mesa.
Sentou-se e começou a folear sem muita pretensão um guia sobre a Rússia, Raquel era apaixonada pela cultura russa. Estudara o idioma e era quase especialista na história e, claro, na arte especialmente nos famosos ovos fabergé, obras-primas da joalheria russa, era joias em formato de ovos que continham símbolos e a história daquele país. Haviam fotografias no guia e museus onde encontra-los.
Sentado sob a luz fraca de uma luminária, Oliver enxergou mais claramente do que podia ver de dia, no guia estava escrito que havia a oferta de um curso para estrangeiros no museu de Moscou que durava duas semanas, aquilo poderia distrair Raquel e permitir com que ele voltasse ao Brasil sob um pretexto qualquer e teria esses dias livres com Carolina.
Pegou o guia com cuidado e colocou na frente dos demais papeis que estavam sobre a mesa, fazendo parecer casual, circulou a proposta do curso e acrescentou uma pequena seta, assim talvez Raquel visse sem a sua ajuda explícita, senão ele comentaria com ela de forma aleatória.
Oliver penetrava Carolina devagar, para estender ao máximo seu prazer, Carolina estava prestes a gozar e Oliver brincava com seus mamilos enquanto a penetrava. Ela gemia baixo e estava de olhos fechados, saboreando o toque macio e cadente dele, numa explosão de sentimentos Carolina geme mais alto e levanta o quadril para o alinhamento perfeito, o orgasmo é intenso e a faz ficar ofegante, Oliver goza em sua barriga e deita satisfeito.
- Você acha que sua ideia vai dar certo mesmo? Será que ela não pode desconfiar de nada?
- Raquel confia em mim como confia em seu próprio braço, ela vai ficar empolgada com o curso e esquecer o resto do mundo. Ela se sente um pouco frustrada por não ter trabalhado na área em que se formou, confie em mim.
- Não me importa o meio o que eu quero é que você venha para me ver, não importa qual a justificativa.
- Está tudo planejado, quando der certo você vai ser a primeira a saber.
Raquel está sentada, concentrada quando vê o curso, seria uma boa opção para treinar seu russo apesar de que é um curso focado em estrangeiros. E, ainda, tem a melhor parte era no museu de Moscou. Empolgada foi procurar online sobre e encontrou todas as informações, durava duas semanas, não era muito caro e focado em estrangeiros, já começou a planejar o roteiro de viagem tomando este curso como atividade principal. Será que Oliver ficaria chateado em focar duas semanas num curso de arte?