— Amor? Você não vem para a cama? Estou te esperando… - palavras doces antecipando mais uma deliciosa noite.
Terminava meu drink relembrando as mudanças dos últimos anos, em especial uma manhã no aeroporto, início dos anos 90, aguardando a chegada de Daniel, meu amigo de infância.
Vários anos haviam passado desde sua partida para a Alemanha, onde estudou e engrenou uma promissora carreira profissional. Mesmo distantes, mantivemos a amizade com muitas correspondências e alguns raríssimos telefonemas. Procurava-o sem sucesso entre os que desembarcavam, quando senti um tapinha nas costas:
— Mateus? É você? - virei-me, ficando confuso.
Olhava o rosto familiar de uma linda mulher, cabelos castanhos compridos e ondulados, elegantemente maquiada. E um corpo curvilíneo moldando uma justíssima calça jeans, a blusa decotada não escondendo o volume dos seios.
— Sou eu, Mateus. A Dani! - disse sorrindo.
Superado o choque inicial, nos abraçamos comigo ainda constrangido e ela divertindo-se com minhas reações. Esclarecimentos vieram no caminho até meu apartamento. Sua transição após se entender como mulher, os psicólogos, tratamentos hormonais e cirurgias. Tudo omitido nas cartas, mas claramente compreendido ao lembrar-me do quão sensível e deslocado era Daniel no colégio. Sempre sofrendo exclusões e bullying dos quais eu procurava o defender, enquanto fortalecia nossa união.
Já em casa, não resisti em apreciar aqueles quadris altos e gostosos, seus passos indo ao quarto tomar um banho e descansar. Um contraponto de quando o via tímido ao meu lado no vestiário, tentando esconder dos outros a bundinha mais redonda. A noite seguiu-se com pizza e vinho, ela sensualmente num shorts curtíssimo e camiseta, e provocando-me com os seios nus marcando o tecido, achegando-se carinhosa para meu lado.
A imagem do antigo amigo, com quem dividira minhas paixões e frustrações com garotas e, mais recentemente, também meu dolorido e fracassado casamento, havia desaparecido de minha mente. Mais revelações e passei a apenas enxergar uma libertada Dani, seduzido em meio a lembranças, risos e lágrimas se alternando. Não demorou ela pular sobre mim, sua boca carnuda roubando-me um beijo mais do que retribuído.
— Me chuta daqui depois se quiser, Mateus. Mas eu preciso ao menos tentar… - foram suas palavras, antes de carregá-la afoito para minha cama.
Roupas arrancadas, logo a tinha ajoelhada, tirando meu pau duríssimo para fora:
— Sempre sonhei com isso! - disse beijando e colocando-o inteiro na boca.
Seus apetitosos seios mereceram muito minhas carícias e mamadas, antes dela abaixar a calcinha, e virar-se de costas expondo seu cuzinho. Ela ainda preocupada, porém, em esconder seu grelo masculino. Via as preguinhas rosadas daquele buraquinho pequeno piscando convidativas, ao mesmo tempo em que ela me tranquilizava:
— Nunca fui promíscua, Mateus. Sou decente e soube me cuidar. Vem… pode me comer, amor!
Fodi e abusei demais daquele rabinho apertado, com ambos rompendo todas as barreiras, e nos explorando numa troca completa, sem mais vergonhas, e compartilhando muitos gozos trocados. Minhas descobertas naquela noite foram a resposta às dúvidas e anseios dela. E, pouco tempo depois, nos mudamos para a Europa, iniciando uma nova e plena vida a dois.