Meu nome é Lucas Maia, a história que contarei a seguir aconteceu quando eu tinha 15 e estava na segundo ano do ensino médio, eu estudava numa das melhores escola da minha cidade, pois todo ano o número de alunos que conseguia entrar numa faculdade federal era enorme, e parecia que a cada ano o número de alunos só fazia aumentar o que elevava a fama da minha escola, porém não estou aqui para fazer propaganda gratuita da minha escola não é mesmo?
Na minha sala naquele ano havia vários alunos novos vindo de outras escolas, minha sala tinha 40 pessoas aproximadamente, nessa época eu namorava uma menina desde o primeiro ano, seu nome era Camille, eu e ela sem dúvidas era o casal sensação da escola, eu com meu 1,81 de altura, não faltava um dia na academia, estava em forma, meu tórax era um verdadeiro tanquinho, a Camille sempre tirava onda comigo falava que queria lavar as calcinhas dela no meu tanquinho rs, eu tinha o cabelo preto e os olhos castanhos puxado pro mel, e meu cabelo era um grande que chegava próximo ao pescoço. Se alguém assistia novela, e tiver assistido da cor do pecado, tinha um personagem chamado Paco, meus cabelos é idêntico ao dele. E a Camille era perfeita, tinha 1,65, um cabelo vermelho, branca como a neve e os olhos verdes, a gente chamava atenção por onde passava, principalmente quando a gente saia arrumando, mas isso não vem ao caso rs.
Eu participava da liga de basquete da minha escola, era o capitão do meu time desde a oitava serie, já havia levado diversos prêmios para meu colégio, tanto que a partir desse ano eu havia ganhado uma bolsa de estudos de 100% devido ter conseguido no ano anterior uma boa colação nos jogos escolares nacional, com essa bolsa minha mesada aumentou, pois meus pais deixaram de pagar uma mensalidade de 850 reais, se eu não me engano era um valor absurdo assim devido a fama que a escola tinha de ser boa. Minha mãe era arquiteta e trabalhava num escritório bastante famoso da minha cidade, e meu pai era diretor financeiro de uma empresa de importação, a empresa era de um dos homens mais influentes do estados, coisa que só fui descobrir lá na frente, morávamos em um apartamento num bairro nobre, nosso apartamento era enorme, era um por andar e tinha 350 metros quadrados, minha mãe vivia fazendo mudanças, sempre que chegava da escola ou tinha um quadro novo ou um tapete, as vezes quando estava chegando em casa me perguntava o que teria de novo no apartamento. Bom acho que estou só enrolando e não estou começando onde de fato a historia que irei contar, vai realmente começar, talvez seja um medo, e já aviso logo que não quero julgamentos, durante o meu caminho, eu errei, e eu machuquei a pessoa que eu amo em diversas maneiras, e diversas atitudes, porem eu te peço que me de um chance e não abandone meu conto, ele vai valer a pena até o fim.
Naquele ano havia um garoto que sempre me intrigava, ele era novato, se chamava Lukas, meu xará, o que eu mais gostava no nome dele era pq era Lucas com K, ele sempre sentava atrás não tinha quase nenhum amigo, seu uniforme escolar parecia ser alguns números maiores que o que ele usava, pois dava a aparência dele ser um menino gordo, ele usava uns óculos que mais parecia ser de seu avô, sua calça do uniforme era enorme quando o vento batia mais parecia que ele iria voar, pois a calça se formava um balão praticamente rs, não demorou muito e as pessoas da minha sala mexia com ele, passava pela mesa dele e derrubava os livros, teve uma vez que o Thiago amarou seus cadarços e quando ele se levantou ele caiu, e uma outra vez colocavam o pé e ele tropeçava, o garoto era um verdadeiro desastre, eu e meu grupinho sempre tirava onda com ele, porém eu nunca mexi com ele só fazia rir. O ano foi passando e chegou o primeiro trimestre as provas estavam torando, foi passado um seminário, Deeeeeeus do céu como eu tinha pavor de apresentar trabalho na frente de todos, apesar de ser metido a popular eu era bem tímido e no fim sempre me dava muito mal, ficava com vergonha e gaguejava, minha sorte era que a Camille sempre ficava no meu grupo e salvava, teve uma vez que o Lukas apresentou um trabalho, o grupo que devia ser composto por cinco pessoas, só tinha três pessoas ele e mais dois nerds que também era isolados de todos, foi a primeira vez que eu ouvi sua voz, ele dominava bastante o assunto, era um seminário de geografia, o jeito que ele foi falando prendeu a atenção de todos, principalmente a minha, sem dúvidas ele era um daqueles meninos que não tinha vida social, só vivia para estudar, ele tinha jeito de ser desse tipo de gente que passava o final de semana estudando, se bem que ele não deveria ter amigos, no recreio ele sempre ficava com o irmão dele e as vezes ele ficava com o Isaac, um japa nerd da nossa sala, teve uma vez que eu estava voltando do recreio e vinha mexendo no meu celular e acabei esbarando no Lukas sem querer fazendo com que os livros deles caísse, então falei com ele, foi nosso primeiro contato:
- Desculpa Lukas, eu não vi você vindo estava distraído no meu celular - Falei ajudando ele a apanhar as coisas que estavam no chão.
- Claro, como sempre você e seus amigos derrubam minhas coisas não é mesmo? - Ele falou olhando nos meus olhos com um olhar de raiva, foi ai que reparei que ele tinha uns olhos verdes porém o óculos que mais se parecia do avô dele não dava para as pessoas notarem, tinha que olhar bem com calma para poder reparar.
- Eu juro a você que não foi de proposito não sou como meus amigos, eu nunca mexi com você.
- Você não precisa esclarecer nada, sei muito bem o tipo de pessoa que você e seus amiguinhos são. - Ele terminou de falar isso e se retirou, foi em direção a nossa sala de aula.
- Estava de papo com o garoto nerd? - Era a voz do Carlos, meu melhor amigo.
- Não, eu derrubei as coisas dele sem querer e fui pedir desculpas - Explique a ele o que tinha acontecido.
- Pediu desculpas a toa, esse muleke é o maior mané, estavam até comentando que ele só estuda aqui porque conseguiu uma bolsa, você não ver os trapos que ele usa pra vim pra aula? - Falou o Carlos caminhando comigo em direção a nossa sala.
- Isso não importa e não faz dele melhor ou pior que a gente, e eu tenho uma bolsa também se você não esqueceu seu mané.
- Mas você é diferente Brother, seus pais tem condições.
- Eu não ligo para isso, pra mim ele é igual a qualquer garoto da nossa turma, se ele estuda aqui é porque de uma forma ou de outra ele fez por merecer.
- Ah Lucas, deixa de ser o certinho, parece que vai ser aqueles políticos de esquerda quando se formar!
- Carlos não estou afim de entrar em discursão com você, enfim estamos atrasado pra aula.
Eu não gostava desse tipo de preconceito que havia ouvido do Carlos, quando ele e os outros amigos souberam que o Lukas era bolsista pegaram ainda mais no pé dele, eu achava injusto, e sempre pedia para maneirar nas brincadeiras com ele. Eu sempre fui uma pessoa justa, meus pais sempre me falaram que se a gente tinha condições, foi pq ambos saíram lá de baixo e conseguiram ter a vida que temos hoje, e não foi preciso passar por cima de ninguém, apesar de ter nascido em berço de ouro, sempre tive um grande pé no chão.
O segundo trimestre começou com tudo, minhas notas nas provas e teste do primeiro havia sido um desastre, uma mais baixa que a outra, eu e Camille resolvemos da um tempo, nosso namoro andava bem frio, e eu tinha uma pequena suspeita que ela estava me traindo, porém eu optei por não falar tanto da Camille agora, afinal esse é um conto gay não é mesmo?
Na aula de história, a professor chegou na sala e chocou a todos inclusive a mim, quando disse que iria passar um trabalho em dupla, e ela mesma iria formar as duplas, e distribuir o tema, a sala todo começou a reclamar dizendo que não queria fazer com quem não fosse amigo, e então ela disse:
- Vocês precisam aprenderem a se relacionar, estão pensando que na faculdade tudo são flores, quem não gostar da dupla e não quiser fazer o trabalho fica com zero nesse trimestre pois não haverá prova.
- Ai que saco, espero que eu não pegue o esquisito do Lukas - Carlos falou no meu ouvindo, ele sempre sentava de trás de mim.
- Relaxa cara.
- Meninos é o seguinte, o trabalho será da seguinte forma, como vocês são 40, irei fazer 20 duplas, cada uma irá falar sobre uma década do Brasil que irei determinar, as décadas serão de 1900 até os dias atuais, a primeira dupla irá falar sobre o que houve no Brasil de 1900 até 1910, a segunda de 1910 até 1920, assim vai até chegar aos dias de hoje. Quero que as duplas se sentem um do lado do outro.
Ela então começou a formar as duplas, ela pegou a lista de chamada e foi formou pela ordem, ela pegou o primeiro nome e o segundo nome e formou, e fez assim com o resto dos nomes, o Carlos acabou ficando com a Camille, e eu fiz dupla com o Lukas, o Carlos então bateu no meu ombro e disse "boa sorte brother", peguei minha cadeira e levei até onde o Lukas estava sentado, ele estava de cara feia, com certeza ele não gostou nenhum pouco de ter feito dupla comigo. A professora fez o sorteio, eu e o Lukas fomos um dos últimos a ser chamando ficamos com a década de 90, teríamos que falar de 1990 até 2000, quem também ficou com essa mesma década foi o Isaac e Ingrid, então quebrei o silencio e falei com o garoto esquisito:
- E quando vamos começar esse trabalho? - Ele olhou pra mim eu não disse nada, então parti pra grosseria - Seu moleque estou falando com você tá surdo?
- Não, infelizmente não estou surdo, que por sinal seria uma boa nesse momento não ter que ouvir suas grosserias. - Ele então começou a escrever no caderno e eu fiquei calado, após uns 2 minutos ele explicou o esboço que havia feito no caderno. - Eu pensei em a gente fazer uma retrospectiva dessa década, falaríamos uma coisa que marcou cada ano, tipo, o plano real, o inicio do governo FHC, a queda do avião dos mamonas, uma novela que fez sucesso, e assim vai, o que você acha? - Disse ele num tom de intelectual.
- Acho fantástica essa ideia, você é grande gênio pelo visto
- E você é um grande filhinho de papai mimado.
- Eu não sou assim, e vou provar pra você
- E é? Vai provar como?
- Durante esse trabalho, eu tenho basquete todas terças e quintas pela tarde, então eu acho que a gente pode marcar pelo menos dois dias da semana pra fazer o trabalho depois da aula, o que você acha?
- Acho uma boa, onde iriamos fazer o trabalho, na biblioteca daqui da escola mesmo?
- A gente pode fazer na minha casa, ou na sua se você preferir, fica melhor para pesquisarmos algo na internet.
- Verdade, você tem razão, eu prefiro que seja na sua casa pode ser?
- Claro, até prefiro.
- Quando vamos começar, hoje?
- Se você puder, por mim estou de boa.
- Pronto, vou falar com minha mãe que irei para sua casa depois da aula, quero me livrar logo de você, acho que a gente termina esse trabalho hoje mesmo.
- Quando esse trabalho acabar você vai querer fazer todos os trabalhos comigo, tenho certeza que você vai ver que eu não sou esse mimado que você pensa que eu sou, eu não sou como Carlos.
- Ahaaaaaaaaam, até parece Lucas, conheço seu tipinho. - Ele abaixou a cabeça e ficou em silencio rabiscando coisas em seu caderno.
Havia algo no Lukas que me chamava atenção, e não sei ao certo dizer o que exatamente era, mas eu tinha uma vontade me aproximar dele, de como se eu quisesse que ele fizesse parte do meu mundo, e que eu fizesse parte do mundo dele também, poderia dizer que seria pena, por ele ser uma pessoa invisível e todos pegarem no seu pé, porem não quero dizer que é isso, prefiro acreditar que seja outra coisa que talvez lá na frente eu possa assumir rsssss.
O sinal tocou, fomos para o nosso recreio, fui lanchar com meus amigos, o Carlos não parava de tirar onda comigo porque eu ia fazer o trabalho com o Lukas:
- Não vá comer o rabinho dele não viu brother? - Falou o Carlos dando um tapinha na minha bunda, sempre tínhamos esse tipo de brincadeira.
- Aaah então você está com ciúmes né? Pode deixar que não vou deixar de comer seu rabo não, tem Luquinhas pra todo mundo, eu acho que nessa historia de trabalho você é quem vai comer o rabo da minha ex, seu otário.
- Verdadeeeeeee, não tinha me tocado, quero comer a gostosa da Camille de jeito.
- Olhe o respeito ai seu idiota, eu acho que gosto dela ainda.
- Se gosta porque terminou?
- Sei lá, estávamos estranhos, acho que ela deixou de gostar de mim e eu dela, mas não sei, vamos ver se a gente sente falta um do outro.
- Tô ligado!
O Carlos era meu melhor amigo desde a quinta serie, ano passado a gente tinha tomado todas e acabou que a gente fez um troca-troca, só que nunca falamos sobre isso, agimos que se nada tivesse acontecido. Preciso falar mais sobre o Carlos, mas ainda não é momento certo de contar mais detalhes sobre nossa amizade, o foco agora do inicio será sobre minha aproximação com o Lukas.
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Olá pessoal, e vamos de mais um conto! Esse conto é bem especial, vou logo avisar que vocês vão ter muita raiva, tanto do Lucas como do Lukas com k, kkkkk mas confie em mim e leiam até o final! O conto mostra todo o amadurecimento de uma gay, e todas as fases que as gays passam praticamente, negação, aceitação, namoro, vida de solteiro, trabalho e afins kkkkk
Esse conto não será tão logo, acho que bate uns 30 capítulos no máximo, então é isso espero que gostem e boa leitura!
Esse conto já foi postado aqui no CDC em outra conta, porém quem estava postando não postou os últimos capítulos,
Esse conto tem muitos erros ortográficos, e estou tentando corrigir o que dá, então além de ler o conto novamente, estarei corrigindo algumas coisas, então não teremos tantas postagens aceleradas como os outros!