Pais e Filhos – Capítulo 01 - Ainda é Cedo

Da série Pais e Filhos
Um conto erótico de Mister Anderson e ID@ - Eduardo
Categoria: Heterossexual
Contém 3869 palavras
Data: 30/01/2024 18:27:09

" Uma menina me ensinou

Quase tudo que eu sei

Era quase escravidão

Mas ela me tratava como um rei

Ela fazia muitos planos

Eu só queria estar ali

Sempre ao lado dela

Eu não tinha aonde ir …"

Escuto uma música tocar bem ao longe e acordo meio sonolento e olho pro meu relógio. É uma hora da manhã e o celular continua a tocar. Foi um dia tão exaustivo ...

(Mônica) – Môdi, seu celular ... – Disse minha esposa, colocando o braço em cima do meu peito.

Parece que eu não fui o único que acordou e eu disse a ela que iria atender. Meu nome é Eduardo e minha esposa se chama Mônica. É isso mesmo! Eduardo e Mônica, música de sucesso da banda de punk rock dos anos 80, Legião Urbana.

(Eduardo) – Deve ser algum trote, meu amor. Alô …

(Otávio) – Eduardo, sou eu. Preciso de sua ajuda. Estou desesperado aqui … fiz merda e só posso contar contigo.

(Eduardo) – Calma, Otávio! O que você fez?

(Otávio) – Preciso de sua ajuda. Estou em Saquarema. Vem pra cá agora, que eu preciso de você, meu amigo.

(Eduardo) – Você enlouqueceu! Você quer que eu pegue a estrada agora?

Olhei novamente o relógio e vi que era pouco mais de uma hora. Tirei as remelas do olho e dei um grande bocejo.

(Otávio) – Vem logo! Para de bocejar e joga uma água no rosto.

E sem me dar maiores explicações, desligou na minha cara …

(Mônica) – O que o Otávio queria?

(Eduardo) – Que eu me encontre com ele em Saqua.

(Mônica) – Agora? Que loucura! Você não vai, né?

(Eduardo) – Ele parecia estressado, Môdi. Pela voz parecia até um pouco embriagado e se eu sair agora, consigo chegar lá por volta das duas, duas e meia.

(Mônica) – Nada de bom acontece depois das duas da manhã. Já ouviu isso?

(Eduardo) – Já. Ted Mosby, em How I Met Your Mother, hahahaha.

(Mônica) – Amanhã você vai, hoje não ... – Disse Mônica, beijando o meu rosto e continuou. – Pegar a estrada de madrugada é muito perigoso.

(Eduardo) – Melhor eu ir. Fiquei preocupado com o tom de voz dele. Estou com um mau pressentimento.

(Mônica) – Você está com muuuuuita vontade de ir, hein … será que tem alguma festinha rolando lá, com bebida e mulheres?

Olhei pra ela, que me encarava com os olhos arregalados.

(Eduardo) – Até parece ... A coisa parece ser séria. E se o Otávio e a Helena tiverem se separado?

Nessa hora, minha esposa até se sentou na cama com certa preocupação. Ela ficou pensativa e falou algo bem baixinho.

(Mônica) – Será? Ela não me contou nada … será que …

(Eduardo) – O que?

(Mônica) – Nada não. Besteira da minha cabeça …

(Eduardo) – Eu vou dar um beijinho na Nayla e vou pegar a estrada. Otávio é como se fosse um tio pra mim, ou um irmão mais velho.

(Mônica) – Cuidado, amor. Quando chegar me liga ou manda mensagem.

Eu já estava quase arrumado e me preparava para sair do quarto, mas Mônica chamou minha atenção.

(Mônica) – Ei! Só a Nayla que vai ganhar beijo?

(Eduardo) – Claro que não, meu amor …

Dei meia volta e beijei minha esposa de uma forma bem passional, com muito pegada.

(Mônica) – Filho da puta! Era pra me dar só um beijinho. O que eu faço agora? Ligo pro Ricardão? Você me deixou com vontade, seu safado …

Eu ri um pouco da cara que ela fez e decidi aprontar mais um pouco.

(Eduardo) – Eu vou tentar não demorar e quando eu voltar, irei apagar esse fogo.

Dei mais um beijo nela, mas dessa vez botei a mão em sua buceta, e fui embora, ouvindo mais xingamentos, enquanto eu ria da cara dela, que ficou revoltada e dizendo que depois eu iria ver o que era bom.

Fui até o quarto de minha filha, e ela dormia como um anjinho. Nayla era muito parecida comigo na forma de agir. Nós dois éramos controlados, mas quando a gente explode, acaba fazendo besteira. Fisicamente, ela tinha muito mais características da Mônica, do que minhas e graças a Deus, porque Mônica é muito linda. Dei um beijinho nela e fui até a cozinha pegar um lanchinho pra me despertar pois ainda estava meio sonolento.

Peguei o carro e fui pra Saquarema, ver o que meu amigo queria. Era uma viagem curta de mais ou menos 1 hora e meia, mas nesse horário, sem trânsito, fiz em 1 hora e 5 minutos. Fui logo entrando no condomínio até chegar na casa do Otávio que era a última, e por sinal, a maior casa do condomínio.

Desci do carro e notei que a casa estava toda apagada, exceto pelo terraço. Além disso, uma fumaça saía da churrasqueira e quando eu andei mais um pouco, senti na hora o aroma que eu tanto gostava. Olhei pra cima e vi o Otávio com um copo na mão.

(Eduardo) – Ô, SEU FILHO DA PUTA!!! FAZENDO SARDINHA PORTUGUESA NA BRASA A ESSA HORA DA MADRUGADA?

(Otávio) – Hahahahaha, sobe logo. A porta está aberta. – Falou o meu amigo rindo da minha cara de raiva.

Fui entrando na casa, puto com ele e passando pela sala eu vejo 2 caixas de conhaque Louis XIII, que é um conhaque bem caro por sinal. Fui subindo as escadas até chegar ao terraço e vi o safado me olhando e rindo da minha cara.

(Eduardo) – Porra, Tata!!! Qual é o seu problema? Você disse que precisava da minha ajuda e estava desesperado. Que tinha feito uma merda …

(Otávio) – E eu estava desesperado. Comprei sardinha demais, e precisava da ajuda de alguém pra comer comigo, hahahahaha.

Ele ria mais alto agora e devia estar quase se mijando de tanto rir. Aquele cara alto com a idade já um pouco avançada, meio bonachão e grisalho com aquelas bochechas grandes e o olhar visivelmente embriagado.

Tive que ser mais duro com o safado do meu amigo, mas ele é uma das pessoas mais importantes pra mim, depois da minha família.

(Eduardo) – Cara, isso não se faz … Eu estava preocupado contigo e peguei a estrada de madrugada em alta velocidade e por mais que eu goste de sardinha portuguesa na brasa, você não devia ter feito isso. Tu enlouqueceu?

(Otávio) – Aaah, relaxa … ainda é cedo.

(Eduardo) – Puta mancada isso.

(Otávio) – Foi uma brincadeirinha. Pega um pouco de conhaque ali e uma sardinha pra você.

(Eduardo) – Vou deixar essa passar, só porque fazia tempo que você me prometia fazer essa sardinha na brasa.

Peguei a garrafa na mesa e fiquei espantado porque não tinha mais nada.

(Eduardo) – Otávio!!! A garrafa tá vazia … Que vacilo!

(Otávio) – Ah, sim … Essa já foi pra minha barriga e já foi pro ralo. Aquela ali no canto ainda está bem cheia. – Disse o meu embriagado amigo.

Fui até a outra garrafa e já estava pela metade. Otávio estava pra lá de bêbado e eu sentia que tinha algo errado.

(Eduardo) – Otávio, você mamou sozinho uma garrafa de Louis XIII de 30 mil reais? O que está acontecendo?

(Otávio) – 32 mil reais e se você demorasse mais um pouco, quem sabe eu teria tomado a outra …

(Eduardo) – Se bem me lembro, você disse que só abriria essas garrafas no casamento dos seus filhos.

(Otávio) – Pois é … acho que os planos mudaram.

(Eduardo) – O que está acontecendo, meu amigo? Você e Helena terminaram? Brigaram? Você foi à falência?

(Otávio) – Não, meu amigo.

(Eduardo) – Então que diabos está acontecendo?

(Otávio) – Eu cansei … fiquei de saco cheio e agora estou só relaxando ... – E virando mais um copo goela abaixo, continuou... – Me lembrei que há tempos eu prometi pra você que iria fazer a sardinha na brasa. E aí? Como está a sardinha?

(Eduardo) – Maravilhosa!!!

(Otávio) – Isso é o que importa, meu amigo. Isso é o que importa.

(Eduardo) – Tatá, você é como se fosse da minha família. Pode desabafar comigo, cara! Você não é assim …

Dei um gole no conhaque e era maravilhoso o sabor, mas eu nunca daria 30 mil reais numa garrafa.

(Eduardo) – Cara ... Uau! Esse conhaque é muito bom mesmo.

Após uma breve pausa, ele olhou nos meus olhos e perguntou.

(Otávio) – Você sabia, né?

(Eduardo) – Sabia o que?

(Otávio) – Da Helena …

(Eduardo) – O que tem a Helena?

(Otávio) – Você sabe muito bem do que estou falando?

Minha garganta secou, e eu não sabia o que dizer. Baixei a cabeça e achei melhor ficar calado.

(Otávio) – Seu silêncio respondeu a minha pergunta. – Vociferou Otávio, jogando o copo na parede.

(Eduardo) – Otávio, melhor você ir dormir e amanhã a gente conversa melhor.

(Otávio) – Só me responde uma coisa? Você também participava?

(Eduardo) – Otávio, eu nunca faria isso contigo. Eu jamais transaria com a Helena.

(Otávio) – Mas o Tarcísio, o Gilson e o Paulo transaram. Sem falar nos outros que nem conheço.

(Eduardo) – Isso foi nos tempos de faculdade e vocês nem se conheciam …

(Otávio) – PARE DE MENTIR, CARALHO! Eu descobri tudo!

(Eduardo) – Como assim ??? Descobriu o que ? Eu não sabia, Otávio … Juro pra você que eu achei que essas coisas tinham ficado no passado.

(Otávio) – Pare de proteger aquele seu amiguinho pirocudo … até quando você vai acobertar as safadezas dele?

(Eduardo) – Você quer a verdade? Eu vou te dizer a verdade. Eu realmente não sabia, mas eu suspeitava e sem provas, como eu poderia fazer alguma acusação? Imaginou a merda que iria dar?

(Otávio) – FODA-SE!!! Você mesmo disse que eu sou como se fosse da família. Você tinha que ter me alertado que a Helena era uma puta, quando nos apresentou.

(Eduardo) – Você se apaixonou por ela, Otavio! O que eu poderia fazer? E eu prometi a ela que não falaria contigo sobre as surubas e putarias da faculdade, porque ela me prometeu que iria parar!

Ele me encarou com os olhos esbugalhados e com muita raiva, mas botou suas mãos no meu rosto apertando as minhas bochechas e me deu um tapinha de leve no rosto, que mais parecia um carinho.

(Otávio) – Tudo bem … acho que você não tem culpa. Você é igual a mim. Somos dois homens muito apaixonados que não conseguem enxergar uma mentira a um palmo de distância.

(Eduardo) – Do que você tá falando? Está até enrolando a língua.

(Otávio) – Sinto muito … fiz você vir até aqui … eu só queria fazer a sardinha ... que eu tinha prometido a você faz tempo …

Ele se sentou e começou a chorar um pouco e quase perdeu o equilíbrio, caindo pra frente. Tive que segurá-lo rapidamente e o abracei.

(Eduardo) – Vou botar você na cama e vou chamar a Helena pra vocês se acertarem.

(Otávio) – Ficou louco? Traz o conhaque, que é melhor.

(Eduardo) – Acabou …

(Otávio) – Caralho, tu bebeu todo o meu conhaque?

(Eduardo) – Hahahahaha.

(Otávio) – Eu tenho uma coisinha guardada que ninguém sabe. Está no cofre. É um Whisky Royal Salute …

(Eduardo) – Nem conheço.

(Otávio) – Consegui no eBay por 40 mil reais mais ou menos.

(Eduardo) – Você é doido.

(Otávio) – Temos que aproveitar a vida enquanto ainda a temos. De que adianta eu ter dinheiro e não poder usar nas coisas que eu gosto? Lembre-se disso, meu amigo. O dinheiro é pra gente usar com sabedoria, mas uma vez ou outra, é bom demais fazer umas loucuras com ele.

(Eduardo) – Vou te botar na cama porque a festa acabou pra você.

(Otávio) – Que isso, Eduardo? Eu fiz essas sardinhas pra você com todo carinho … come mais uma ou duas lá, enquanto eu vou ao banheiro.

Ele desceu as escadas e fiquei até com medo dele cair, mas o acompanhei até ele descer todos os degraus.

Porra Helena, o que você aprontou? E como será que ele descobriu tudo? O Tarcísio, eu até suspeitava, porque ele e Helena sempre tiveram essa paixão doentia e incubada desde os tempos de faculdade. Nunca quiseram se assumir porque ele a achava muito galinha e ela também achava isso dele. O Gílson eu também não duvido, mas o Paulo? E ele ainda disse outros … Porra, Helena! Coitado do meu amigo.

Depois de comer mais umas três sardinhas, notei que Otávio estava demorando muito. Fui até ao banheiro procurá-lo, mas ele não estava lá e continuei procurando meu amigo, até finalmente achá-lo em seu quarto. Ele estava deitado e já estava até roncando.

Graças a Deus, ele estava dormindo. Olhei o relógio e já eram quase 4 horas. Pensei em dormir ali e ajudá-lo quando acordasse, porque com certeza a ressaca seria braba, mas, ainda neste mesmo dia, eu tinha muitas coisas para resolver no trabalho. Fui até o terraço e peguei mais 3 sardinhas, coloquei num pote e voltei pra casa. Durante o caminho fui comendo e bebendo muita água pra controlar os efeitos do álcool. Por duas vezes, pensei em voltar pra lá e ajudá-lo, mas desisti.

Cheguei em casa e já passava das 5. Estava tudo escuro ainda e eu fui pra cama dormir. Nem tirei a roupa e me deitei na cama com cuidado pra não acordar minha esposa.

Assim que eu dormi, tive um sonho maluco e comecei a me lembrar da época de faculdade quando nós éramos imaturos e queríamos só saber de farra. Eu e Tarcísio éramos amigos de escola, mas na verdade éramos mais conhecidos ou colegas naquela época, contudo quando nós nos encontramos na UERJ, na faculdade de educação física, nossa amizade se fortaleceu. Logo em seguida conhecemos Helena e Keyla que também já eram amigas antes da faculdade.

Era uma turma boa, nós quatro nos tornamos inseparáveis. Íamos em todas as chopadas e era aquela pegação e curtição. Tarcísio comia todas as mulheres. Solteiras, noivas, casadas … nenhuma resistia aos encantos dele distribuídos em mais ou menos 1,85. Não sei quanto ele pesava, mas devia ser por volta de 80 quilos num corpo esculpido com muito treino.

O cara ainda é loiro, tem olhos verdes claros e pra completar, tem uma jiromba de mais de 23cm, com um cabeção de cogumelo e que vai engrossando, conforme vai chegando na base. É aquela piroca que não tem como não reparar no vestiário, pois causa espanto em qualquer um.

O problema dele é que ele não gostava de usar camisinha e com seu jeitinho, conseguia convencer todas as mulheres a transar sem proteção. E foi assim que aos 19 anos, ele se tornou pai. Janaína nasceu naquele turbilhão todo, porque até então, Sílvia, a mãe de Janaína, era noiva de um carinha que quando descobriu que tinha sido traído, a abandonou.

Tarcísio mal tinha condições de se sustentar e me pediu ajuda, porque nessa época, eu trabalhava na empresa do Otávio que era uma empresa de tecidos e ele tratava todos os funcionários como se fossem da família. Meu pai era amigo do pai dele e foi seu mentor durante alguns anos até Otávio assumir o funcionamento da empresa. Pra ajudar o meu parceiro Tarcísio, eu conversei com Otávio e ele deu um emprego ao Tarcísio.

Sílvia preferiu morar com os pais, porque estava acostumada com uma boa vida, viu que iria passar aperto com Tarcísio e por esse motivo não quis se casar. Meu amigo deu graças a Deus.

As coisas foram se ajeitando e eu o ajudei muito. Nós trabalhávamos meio período e fazíamos faculdade. Nessa época, ele não ligava muito pra filha, pois ainda queria saber de curtição, mas não deixava de dar uma pequena ajuda, pois tinha medo de ser preso por não pagar pensão. Sílvia nem fazia questão, mas os pais dela tinham ódio do Tarcísio e sempre cobravam a pensão dele.

Numa dessas chopadas conheci a Mônica, que era uma estudante de pedagogia e engatamos um namoro, pois nós nos demos bem logo de cara e até criamos um daqueles apelidos de casal. Môdi, que era abreviação de “Amor da Minha Vida”, que por sua vez vinha de amor de “my life”. Era uma bobeira que só, mas todos os casais tinham apelidos e aderimos a essa modinha.

Dois anos se passaram, e eu estava com 23 anos. Minha vida era só estudo, trabalho e nos fins de semana eu namorava com a Mônica . As festas e chopadas foram ficando pra trás e eu somente ia em algumas, geralmente no início do semestre pra dar o trote nos calouros. Falando nisso, Tarcísio nessa época estava saindo com três mulheres. Uma caloura chamada Andriela que tinha uma bunda tão empinada que o seu apelido era tanajura. A outra se chamava Verônica e era uma espécie de supervisora no setor da empresa onde trabalhávamos.

O detalhe é que ela era casada com um conhecido do Otávio, e eu cansei de acobertar o lance deles. Ela era bem mais velha do que a gente, mas deixava muita garota nova no chinelo. Estava sempre bem-vestida e ninguém suspeitava que ela estava corneando o marido. A terceira era Helena, da nossa turma de educação física. Tarcísio era insaciável e Andriela, sua namorada oficial, era virgem. Ele bancava ser o bom moço pra ela, dizendo que a fase de putaria já tinha acabado, mas estava comendo a Verônica na surdina e a Helena também.

Um dia, eu tinha emprestado meu carro pra ele, só que eu precisei pegar pra resolver um problema. Eu tinha a chave da casa dele, porque várias vezes tive que carregar ele bêbado. Quando abri a porta, minha cabeça deu um nó, pois nunca tinha visto aquilo.

Helena estava de quatro no chão da sala, e Tarcísio estava atrás dela. Não tenho certeza de onde seu pau estava enfiado, mas a julgar pela expressão de dor na cara dela, era no cu que a jiromba estava alojada. Ela mal conseguia gemer pois estava chupando o Gilson, irmão da Keyla, e esta, por sua vez, estava por baixo dela chupando os seus seios. Um de nossos calouros, que nem lembro o nome estava chupando a buceta da Keyla, e um outro calouro chamado Éder estava comendo o cu desse calouro. Era a primeira vez que eu via uma suruba e eles pelo visto já estavam acostumados.

Eles estavam tão compenetrados naquilo, que nem perceberam a minha presença. Só quando eu pisei num taco meio solto que fez barulho, é que todos se tocaram que eu estava ali. Foi um Deus nos acuda, e todo mundo desesperado, excetuando Tarcísio e Helena.

Todos gritando ao mesmo tempo querendo falar comigo. Keyla estava aos prantos, chorando e me implorando pra não contar ao Paulo, seu namorado, e que faria qualquer coisa pra eu manter o sigilo. Dizia que me daria o cuzinho e já estava até querendo desabotoar a minha calça. Eu a interrompi. Gilson, seu irmão gêmeo, estava começando um namoro com a irmã da Helena, que se chamava Fátima e também pediu sigilo.

Os calouros pediram sigilo também, porque um deles era homossexual e o outro bissexual, mas ainda não tinham saído do armário. Tarcísio e Helena riam sem parar, se divertindo com a situação dos outros e depois que todos se acalmaram, prometi a todos que ficaria de bico calado e não pedi nada em troca. Eles aproveitaram a pausa das atividades pra comer e beber e tentaram me convencer a participar do surubão, mas expliquei que só queria as chaves do carro e que eu era totalmente fiel à Mônica.

Sabe aquele cara boa praça, que é cheio de carisma, e que tem uma lábia que convence até o cara que é careca a comprar um pente? Esse é o Tarcísio. Ele tanto insistiu, que acabou convencendo a Andriela a dar pra ele. A alegria dele era tanta, pois ele dizia que realmente a amava e que só fazia o surubão e dava outras escapadas porque ela não queria dar pra ele e disse que iria sossegar dessa vez.

Infelizmente a alegria dele durou pouco, porque depois de 9 meses, ele viu o resultado. Tarcísio se tornou pai pela segunda vez aos 21 anos e agora tinha 2 filhas, mas dessa vez por amar Andriela, ele quis se casar. Novamente ele me pediu ajuda e me convidou a ser o padrinho de sua filha.

Eu já estava com uma situação mais estável. Meus pais tinham 3 imóveis e me deram um dos imóveis, que tinha um sobrado. Eu morava na casa de baixo na época da faculdade, e o sobrado meus pais alugavam. Tive a ideia de alugar o sobrado pro Tarcísio por um preço bem abaixo do mercado e assim ele poderia começar a vida dele de casado.

Fizemos um chá de panela, chá de bebê, despedida de solteiro e o casamento foi simples, mas bancado pelos pais da Andriela, que eram gente boa, mas disseram que não iriam dar mole. Eles falavam: “Fizeram … agora criem”.

Eu de vez em quando zoava meu amigo por ser pai e não poder aproveitar tanto a vida, mas a minha boca grande teve que se calar.

Eu e Mônica sempre usávamos preservativo, pois nós éramos conscientes, e queríamos ser pais só quando estivéssemos com melhores condições de emprego e de vida, mas por azar ou força do destino, acho eu, uma camisinha acabou rasgando ou furando, e Mônica também engravidou. Meus pais ficaram putos comigo, assim como meus sogros.

Tarcísio me estendeu a mão e me deu muito apoio, dizendo que tinha experiência e me ajudaria no que eu precisasse. Depois de passado o susto, eu e Mônica resolvemos encarar.

Helena também queria se endireitar, vendo que tinha perdido seu amigo de aventuras e me pediu ajuda porque estava interessada no Otávio.

Fui muito relutante nisso, mas ela jurou que a fase de putaria tinha acabado e que a última teria sido na despedida de solteiro do Tarcísio. Eu e Mônica ficamos só um pouco, porque quando a gente percebeu que a putaria iria começar, preferimos ir embora.

A vida seguiu e quando eu estava quase me formando, propus ao Otávio que abrisse comigo uma academia. Ele entraria comigo na sociedade, dando o dinheiro e eu com conhecimento e trabalho.

Ele topou e hoje nós temos uma rede com 5 academias.

Tarcísio estava sendo humilhado por Verônica no antigo trabalho, pois ele não queria mais saber dela. Chamei meu amigo de todas as horas pra trabalhar comigo, e rapidamente, com seu carisma e lábia a academia cresceu. Tanto que quando abrimos a segunda academia, eu fiquei gerenciando a matriz e ele, a filial.

Depois de Helena me encher tanto o saco, falei dela pro Otávio. Tive de dizer que ela era ponta firme e uma de minhas melhores amigas.

Ele já estava viúvo há algum tempo e tinha um casal de filhos. Nunca tinha se interessado por outra mulher, depois do falecimento da esposa, mas resolveu dar uma chance ao romance, que deu certo pra ele e logo se casaram.

Tarcísio não conseguiu manter a fidelidade durante muito tempo e alguns anos mais tarde já estava pulando a cerca.

Eu estava lembrando de tudo isso no meu sonho quando escutei a Mônica me chamando.

(Mônica) – Môdi … Môdi … acorda. – Disse Mônica me dando uma leve sacudida.

(Eduardo) – O que foi? Perdi a hora, né? Caraca, minha cabeça está explodindo.

(Mônica) – Môdi, eu tenho um negócio pra te falar …

(Eduardo) – O que houve?

Eu esfreguei o rosto, tirando as remelas dos olhos e só então pude ver que Mônica estava chorando, e os olhos estavam bem vermelhos.

(Mônica) – Edu, tenho algo pra te falar … você vai ter que ser forte.

(Eduardo) – Fala logo, Mônica! O que houve?

(Mônica) – O Tatá morreu …

Continua ...

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Comentários

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Um início bem eufórico e trágico! E agora misterAnderson? Vamos ver pra saber! 😜😜

Votado e estrelado⭐⭐⭐💯

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Espero que você goste cigarra. Está história tem várias referências. Tenho certeza que você terá algumas surpresas ao longo da leitura. Abraços

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Estive fora uns dias,mas estou de volta,e que conto e este , muito bom vou ver os próximos

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Caralho mano, vc é um grande fdp.

Igual traficante, vai viciando a gente no começo logo, dai ficamos igual imbecis atualizando a pagina 2, 3x ao dia. Kkkkkk

E ainda senl juntou com a IDA, outra meliante que só faz melhorar 300% os textos que põe a mão.

Que maldade 😂😂😂😂

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Rsrsrs. Juro para você que nunca me chamaram de meliante !!!!

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vcs criam vários gatilhos e ansiedade na gente, depois não querem ser comparados com os piores tipos rsrsrs...

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Hahahaha Meu Deus!!! Mas enquanto isso vc pode acompanhar outros autores com ótimas histórias TB.

E é verdade... A Id@ melhorou muito...vc não faz idéia de como ficou bem melhor... Abraços.

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E eu acompanho, eu to com um backlog de abas gigante abertos no meu navegador pra botar em dia.

Mas quando sai texto seu, passo logo na frente haha

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Eita! Fiquei sem palavras agora... A continuação só sai semana que vem, mas no fim de semana eu vou publicar um negocinho mais simples que foi pedido por um leitor.

Abraços Asas de Cera.

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Mais outra Dupla Fodastica se forma! Temos que colocar a Ida como patrimônio mundial!

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Gente do Céu !!!

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Eu sei que vc concorda, não adianta se fazer de modesta!

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Modéstia à parte … eu sempre fui modesta !!!

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Caramba Senhor Anderson! Já assim de início? Excelente capítulo e início! Parabéns!

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Amigo já amei o início principalmente com a Ida de co-autora demais nota mil parabéns

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Querido Almafer, muito grata pelo comentário.

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Eu ouvi a música do início do conto hoje de manhã no carro kkkk.

E o mister sendo o mister, primeiro capítulo e trocentos personagens kkkk mais tarde leio denovo e escrevo em um bloco de notas pra não me perder.

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Meu estilo é novelão kkkkk mas eu prometo que irei fazer contos mais curtos, com menos personagens. Vai ser um exercício pra eu diversificar.

Estou admirado que muitos leitores estão tendo contato com Legião de alguma forma.

Abraços MarceloMotta.

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Não reclamei dos diversos personagens, foi só uma brincadeira kkkk.

Apesar de triste com o resultado da última série e triste pelo hiato que já nos foi informado essa nova série já me empolgou.

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Só se lembra de uma coisa... As minhas histórias costumam ser interligadas...

E eu sei que foi brincadeira. Relaxa, mas eu sei que é bom explorar novas vertentes e opções.

Quem sabe alguém da série anterior aparece aqui, ou quem sabe alguém daqui já apareceu na outra lá...

Esse é o bom de ter muitos personagens... Hahahaha

Abraços amigo.

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Imagina uma Regina e um Tatá Poltergeist em parceria, azucrinando os traidores? 😂😂😂

Já te dei a ideia de um spin off... 😂😂😂

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Eita! E essa filha da Mônica, com certeza não é do Eduardo. Deve ser do Tarcísio também, por influência da Helena. Não acredito que tenham um caso até o presente, mas que houve um deslize e ela engravidou do Tarcísio e fez o Eduardo assumir.

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Eita, digo eu Dante AL... mais um que falou isso. Acho que vocês estão procurando pelo em ovo kkkkkkk Abraços e obrigado pelo comentário

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PQP!!! Desculpe o palavrão nobre Mister e incomparável Id@, mais eu não tinha como adjetivar o que eu acabei de ler...

Que homenagem sensacional, Mistério li seu comentário abaixo e saiba que comigo aconteceu assim também, sempre com o som do Legião e do Titans.

Meus parabéns, que ideia espetacular.

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Obrigado Zequinha. Tá desculpado kkkk fortes emoções virão nessa história. Abraços

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Incomparável ??? Meu Deus !!! Estou me sentindo nas nuvens !!!

Zequinha, muito grata pelo comentário.

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Início forte, impactante. Vamos aguardar o que vem por aí. Temos tags polêmicas...

Como não podia ser diferente: ⭐⭐⭐

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Recheado de surpresas...

Obrigado pelo comentário e pelas estrelas. Abraços

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O filho da Monica não e de Eduardo

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Eduardo e Mônica tiveram dois filhos, batalharam grana e segurarem legal... A barra pesada que tiveram...

Sera? Complicado isso...

Prp2 já chegou chegando.

Abraços

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De uma coisa eu sei, nessas férias eles não vão viajar. Parece que o filho está de recuperação, algo assim. 😂😂😂

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🤣 🤣 🤣

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Fiquei sabendo que o vilão dessa série na verdade vem de um crossover, um tal João de Santo Cristo. Ele cansou do marasmo da fazenda e desde criança só pensava em ser bandido.

😉

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Hahahahaha mas o vilão teria que ser um tal de Jeremias que apareceu por lá

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Jeremias é fraco, ele não é geração Coca-cola. O mundo anda tão complicado, que até os índios estão estranhando que hoje a noite não tem luar.

(Nossa! Que viagem. 😂😂😂)

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Esse é traficante de renome. 😉

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Foi a última. 😂😂😂

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Hahaha

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Tão bom quando, além de curtir um bom texto, podemos dar boas risadas e ter ótimas resenhas nos comentários. Beijo, querido. 😘

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Eu fui ler um conto ontem muito bom por sinal e me deparo com um trecho de Vento no litoral! Amei!

Aí hoje entro aqui para ver mais um belo conto seu e me deparo com isso!!!

Pior que nem prestei atenção no nome, só entrei para ler. Rsrs

Que surpresa boa!

Amei!!! Muito mesmo!

Parabéns a dupla.

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🤔

😂😂😂

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Eu amei seu conto mas a parte da letra foi o ponto forte. Rsrs

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TB me senti assim quando eu li o capítulo das meninas.

Espero que goste de mais essa jornada.

Abraços

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Cara Whisper, muito grata pelo comentário. O seu conto novo também me impressionou bastante. Parabens

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Obrigada Ida, vindo de você o valor do elogio é dobrado!

Valeu mesmo de coração!

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Acabei de ler o segundo capítulo. Muito bom também !!!

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Essa história é uma singela homenagem a uma banda nacional, que é a minha preferida e que durante muitos anos permeeou a minha vida. Ao som dela, eu dei o meu primeiro beijo, o primeiro porre, a primeiro fundo do poço por causa de um término de relação e muitos outros momentos.

40 anos se passaram desde a sua criação, conquistando muitas pessoas ao longo dos anos e até hoje eu vejo jovens de 15 e 16 anos cantando suas músicas, mostrando a força e o impacto que essa banda causou.

Ano passado, mais uma vez, a banda me ajudou num momento difícil, durante a passagem da minha mãe e eu tive uma grata surpresa, quando eles voltaram a fazer shows e eu tive a oportunidade de ir vê-los. Foi muito emocionante, pois nunca vi o Renato, mas o Marcelo e o Dado estavam lá e as músicas também.

O meu profundo agradecimento para a nossa palpiteira preferID@ que me ajudou a materializar está história, me dando vários conselhos e ideias. Foi um longo caminho e eu estou muito feliz e satisfeito com o nosso trabalho.

Muito obrigado ID@. Você é fantástica! É uma parceira perfeita e com certeza quero trabalhar contigo mais vezes.

Espero que todos aproveitem a história. Abraços.

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Rapaz, essa tal de Ida tem um dom especial para tirar o melhor de nós, não é?

Como um dos que se beneficiou por sua generosidade, fico muito feliz em ver sua influência se estendendo, pois ela, certamente, é uma força do bem na vida de quem toca. Boa sorte!

Minha ansiedade foi a mil, apesar de mais novo, também sou fã dessa banda eterna.

Agora vou ler. 😂😂😂

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Lukinha, você é um querido !!!!

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Parece eu contando boa parte da minha história de vida! Chega a emocionar!

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Muita gente tem uma relação especial com Legião Urbana. É muita emoção mesmo.

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Só um registro histórico (nem que seja a minha história...).

Eu sou do Nordeste, mas por motivos profissionais morei em Brasília no final da década de 80. Quando cheguei lá, o Legião havia estourado nacionalmente cerca de um ano antes. Mas o que chamava a atenção era o nível de idolatria que a moçada do DF tinha para com a banda. E olha que banda boa era o que não faltava lá naquela época. Houve um episódio que foi muito singular: o Legião, depois de estourar, fez seu primeiro show de grandes proporções em Brasília, isso uns 10 meses antes de eu chegar, e houve um quebra-pau generalizado.

Em qualquer conversa com as pessoas de lá, inevitavelmente o assunto vinha a baila.

Em tempo: gosto da banda, apesar de as que me tocam mais fundo serem de uma fase anterior.

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O gênero da banda era punk rock e durante algumas músicas que tinham essa pegada mais punk, era comum fazer rodinha punk e nessas rodinhas sempre rolava confusão e quebra pau. Fazia parte deste estilo de rock.

Obrigado pelo comentário Old Ted.

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Mister Anderson, esqueci de falar o detalhe: a confusão começou fora do show. Some a "educada" cavalaria da PM e daí...

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Foto de perfil de Hugostoso

O maior poeta que o Brasil já tv!

Os bons morrem cedo!

Parabéns Mister Anderson e Id@!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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Meu amigo Mister Anderson, eu é que agradeço a oportunidade que você me deu de participar da sua história.

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Listas em que este conto está presente

Sagas ainda incompletas
Sagas que estou acompanhando e no aguardo de novos capítulos.
Ler depois.
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