Eu não quis passar o réveillon de 2024 sozinho como costumo fazer, então topei a ideia que meus parceiros da firma deram e fui virar o ano na festa da empresa, acompanhado do pessoal da área de logística, da mecânica, do RH e também o presidente e os gerentes comerciais.
Festa de empresa você sabe como é, tudo pago e liberado, bebida a rodo, isso acontecendo na Praia da Reserva, numa praia particular do dono e com acesso pra nós funcionários. Água, areia, buffet, espaço com mesas e cadeiras nos fundos da propriedade, um luxo que só, até eu acabei curtindo bebida de graça e vários tipos de comida. Amo sushi.
Lá pras umas 23h, quando eu tava altinho de whisky e fui pra beira da praia ver as preparações pra queima de fogos, eis que esbarrei sem querer numa menina da área do RH, ela me pareceu um tanto quanto estressada e fez cara feia pra mim.
- Foi mal, culpa minha. – tentei ser educado.
- Olha por onde anda, esquisito.
- Pera lá, também não é pra tanto.
- Eu que decido quando é pra tanto, moleque. – ela falou em tom de poucos amigos.
- Moça, eu não quero problemas. Não fiz de propósito, tava olhando pro celular e-
- T-Tarso? – o marido dela apareceu do lado, olhou pra mim e tomou um susto. – Tu é...
- Zé Pedro? Caô? Porra, você por aqui, cara? Quanto tempo. Se a gente tivesse marcado, não teria se encontrado. – eu logo esqueci da briga, mas a mulher continuou de cara amarrada, ainda mais depois de ver que eu e o marido dela nos conhecíamos.
- Quanto tempo, bicho? Mais de dez anos?
- Por aí, por aí.
José Pedro e eu estudamos juntos na época da graduação, fizemos a maior parte das disciplinas de Economia nas mesmíssimas turmas e saímos praticamente grudados da UFRRJ, só que eu fui pra empresa onde trabalho até hoje, no ramo da engenharia, enquanto meu amigo seguiu sua vocação na política e foi se envolver em lance de partido, entrou até como deputado estadual nas últimas eleições. Ele é branco, magro, tem 32 anos, casado, estava com o filho mais novo do lado, as entradas avançando na testa, já meio careca e com cara de cansado, pra ser sincero.
- Vamo, Zé, tô com pressa. – a moça o puxou pelo braço, mas meu amigo resistiu, ignorou a mulher e cruzou os antebraços no alto na minha frente, caindo na risada em seguida.
- NÃO ALIMENTE OS LEÕES DA RURAL, A RURAL TE AMASSA, O LEÃO TE PEGA! NÃO ALIMENTE OS LEÕES DA RURAL, A RURAL TE AMASSA, OS LEÕES TE PEGAM! BAHAHAHAHA!
- Caralho, tu continua com essas babaquices de antigamente, ein? Puta merda...
- Ah, qual foi? Vai dizer que tu não lembra de nada, Tars-
- UH, UH, UH, UH, UH, UH, UH! O LEÃO É MAU E TE PEGA PELO C... – foi minha vez de emendar o coro da nossa antiga atlética de Economia, aí meu parceiro gargalhou e me deu um abraço nostálgico, daqueles apertados, pra relembrar os velhos tempos de futsal.
- Hahahaha! Puta merda, Tarso, tu tá muito diferente daquela época.
- É, andei malhando.
- Tô vendo, dá pra perceber. Tá bem mais... Forte. – ele me olhou dos pés à cabeça, virou vários goles de espumante e pegou outra taça do garçom que passou perto de nós.
Eu queria ter desfrutado mais um pouco do nosso reencontro inesperado, mas a mulher dele ficou puta com a cena, deu-lhe um beliscão no braço e o obrigou a me soltar, que foi o que Zé Pedro fez imediatamente. Eu entendi que ficou torta de climão ali no ambiente, saí de fininho em direção à areia, mas deu tempo de escutar a discussão que se instalou entre eles assim que saí de perto dos dois.
- Pelo amor de Deus, Jéssica, tu vai me tirar do sério em plena noite de réveillon? Puta que pariu, né?! Tá bêbada já?
- Olha lá como fala comigo, José Pedro! Até parece que você não me trai com qualquer piranha que aparece pela frente. Agora encontrou com esse safado do Tarso e eu tenho certeza que vocês já comeram tudo quanto é vagabunda juntos, não comeram?
- Isso foi anos atrás, a gente estudou na mesma faculdade. Nada a ver.
- Tarso é o pegador da empresa, todo mundo sabe disso. Você conhecer esse safado diz muito sobre você e o tipo de pessoa que cê é. Francamente, Zé Pedro.
- Mano, na moral, para de show. Deixa de ser insegura, Jéssica, hoje é a última noite do ano. Tá vendo porque eu preferia não ter vindo contigo? Qualquer coisinha vira motivo de desconfiança e briga, puta merda.
- Lógico, tô casada com o cara que mais me fez de corna até hoje. Sinceramente, não sei nem porque eu ainda aturo você.
- É, eu também não sei. Tu esgota minha paciência até eu me sentir na merda, deve ser karma de outra vida. – irritado, o Zé Pedro cruzou os braços, bufou, mas nem assim a mulher pegou leve.
- Olha o grito de guerra que você fez com esse sem vergonha do Tarso, cara. Vai dizer que é atitude de pai de família? Seu filho na sua frente e você falando de leão comer cu de piranha, pode uma coisa dessas?
A primeira reação do meu amigo deputado trintão foi rir na cara dela. A segunda foi abrir a boca pra responder.
- Fazer uma zoação com um amigo que eu não vejo há anos é errado, né, mas me acusar do que eu não fiz na frente do nosso filho tá valendo. Na boa, Jéssica, me poupe do teu drama. Quero nem mais olhar pra essa tua cara até à hora da virada, foda-se. Já deu.
O irritadinho pegou vários drinks de uma só vez, saiu pra um lado, ela tentou pegá-lo pelo braço novamente, mas ele deu de ombros, se livrou com facilidade, ignorou a presença da família na festa da empresa da esposa e sumiu em direção ao matagal que havia próximo da restinga, na beira do calçadão da praia.
- Puta merda, que clima pesado. É nessas horas que eu prefiro ser sozinho e na minha. – falei comigo mesmo.
Continuei um tempo sentado na areia, admirando o céu escuro e aguardando o horário dos fogos. Eu sou um cara meio centrado, caladão e observador, diga-se de passagem. Tenho pouquíssimos amigos próximos, não faço questão de estar rodeado de gente e posso dizer que sou muito adepto de tudo aquilo que só posso fazer estando sozinho. Não sou isolado, triste, depressivo e nem nada disso, apenas aprecio a solidão e tenho boas maneiras de transformá-la em solitude. Quem você tá lendo agora sou eu. O eu personagem, eu narrador... Enfim.
Perto da meia noite eu já tava mamadão de tanto que bebi. Esqueci da hora, senti a bexiga dar socos, fui andando na beira da praia com um copo na mão e cheguei numa espécie de beiral um tanto quanto distante do espaço da festa, super escuro e com a vista plena do mar noturno da Praia da Reserva. Não vi ninguém, achei que tava sozinho, saquei a pica pra fora e me preparei pra mijar, até que escutei barulho de passos próximos, virei pra trás e dei de cara com Zé Pedro desfazendo a cara de irritação.
- Você... Tava... – gesticulei com os dedos perto dos olhos e ele secou umas lágrimas.
- Ah, esquece. É foda, eu ando muito pilhado. Não sei porque fui casar, na boa.
- Claro, né, irmão. Sei nem o que dizer. – não poupei sinceridade.
- Qual é a tua, Tarso, tu não gosta de mulher? – ele falou com ironia.
- Errr... Não? Só que eu sempre aceitei isso. Tu tá ligado, irmão, tu lembra de tudo que eu fiz.
- Não é tão simples assim. Tu sabe. Tu também lembra.
- Lógico que lembro. Ô, se lembro, é o que eu sou... Não alimente os leões da rural. Eu que inventei essa porra toda.
- É, é... Tu que inventou e botou essa merda na minha mente. Eu lembro até hoje. – ele veio pro meu lado, se apoiou no beiral do quiosque onde estávamos e sentiu os pés na areia fria da noite. – Lembrança é foda.
- Demais... – eu o olhei de baixo a cima e não deu pra disfarçar a sacada.
Enquanto Zé Pedro é branco, magro e trintão, eu ainda tenho 28, sou moreno claro, alto, malhadinho, mas nada muito grande ou musculoso. Sou apenas braçudo, careca, barbudo e acho que por isso as pessoas têm uma impressão de que sou garanhão, sedutor, tipo namorador ou paquerador. Pra começar, nem em buceta tenho tesão. Já comi muitas quando era universitário, mas hoje em dia sou bem resolvido quanto a isso e gosto de macho. É aí que mora o perigo.
- A Jéssica... Reclamou que você anda traindo ela. É verdade?
- Tu escutou nossa briga? Que zoado, mano. Ela é doida.
- É mesmo? Será que não tem um fundo de verdade, meu chapa? Desde a faculdade que tu tem esse lance de sempre trair as minas, Zé Pedro, eu lembro bem.
- Até tu tá contra mim, Tarso?
- Não tô contra ninguém. É só que eu te conheci antes da Jéssica, antes de qualquer uma delas. Minha memória é boa, eu vi tu fazer coisas que... Como posso dizer?
- Tá, tá, que se foda. Jéssica acha que eu como toda buceta que passa na minha frente, por isso ela tem esse complexo de corna.
- E tu não trai ela com essas mulheres da rua, tem certeza?
- Bom...
Ele enrolou pra falar, eu logo entendi os rumos da conversa e não deu pra evitar. Olhei pra boca dele, o filho da puta evitou o contato visual comigo e entendeu que era melhor não dar mole. Nosso código da época de atlética.
- Para com isso, Tarso. Não funciona mais comigo. Não caio nesse teu truque.
- Tu não consegue esconder nada de mim, sempre foi assim. Fala a verdade, só quero a verdade. Não mente. Nem me omite nada, Zé.
- Eu não te devo caralho nenhum, seu merda. Tu sumiu, então que se foda. – irritado, ele apontou o dedo na minha cara, falou com certo ressentimento e eu levei alguns segundos processando o momento.
- Já era, deputado. Já entendi.
- Entendeu o quê? Para de ficar me lendo, desgraçado.
- Você não trai a Jéssica com outras mulheres. Safado.
- Não, não traio.
- Não com mulheres. – matei a charada.
Meu amigo hesitou brevemente, mas abriu mão dos escudos pessoais e resolveu jogar limpo comigo, do jeito que sempre fizemos um com o outro. Nu e cru na minha frente, sem aparências, apenas o coração exposto e aberto pra eu ver.
- É... Com mulher não. Meu gosto por buceta eu consigo controlar. – admitiu.
- Mas e saudade da minha pica, será que tu ainda sente? – larguei meu tiro de fuzil.
O sacana tremeu na base, principalmente quando o peguei pela nuca e deixei os dedos alisarem seu ponto fraco.
- Para com isso, Tarso! Não me tenta, eu já tô todo enrolado.
- Que isso, tô enrolando ninguém não. Tô só relembrando os velhos tempos, tem problema?
- Claro que tem, alguém vai ver.
- Você é um puto. Procura macho na rua, mas na minha vez eu tenho que implorar. Logo comigo. Lembra quem eu fui na tua vida?
- Eu lembro de tudo, cara. Se eu der a mão, tu vai querer logo o braço.
- Eu vou querer logo o cu, comigo é assim.
- É por isso que eu não vou te dar confiança. Não vou alimentar o leão da rural, senão eu...
- Senão o quê? – puxei-lhe pela cintura, ele colou o corpo no meu e a próxima ação foi um beijo gostoso de língua, pro filho da puta tremer das pernas e entender qual era a nostalgia que eu tava a fim de reviver na última noite do ano.
Tá, talvez eu seja esse sedutor, garanhão e conquistador que alguns apontam, não vou ficar me explicando. Sou um observador e caçador de machos, por isso fiz o que fiz com meu amigo da Rural.
- Se minha mulher descobrir, tô perdido. Vou dar razão a tudo que ela fala de mim, Tarso, pelo amor de Deus.
- Porra nenhuma, ela acha que a gente comia buceta junto. Não faz ideia de quantas vezes eu entrei em você e te deixei assado, já pensou? Hehehehe... – aproveitei que estávamos quase que abraçados, apertei a bunda dele e deixei minha ereção roçar na coxa do pilantra. – Lembra de como eu era babão? Só piorei com o tempo. Parece que minha rola sabe quando vai comer e não para de babar. E o melhor: acho que ela cresceu e deu uma engrossada, tu acredita?
- Puta merda, Tarso... Sério que tu vai fazer isso comigo logo aqui? De verdade, mano? – o puto tentou fugir do meu enlace, mas eu o trouxe de volta pela cintura, ele rodopiou e sem querer encaixou a bunda no meu caralho.
Minhas próximas palavras saíram no cangote dele, junto do meu hálito.
- A vontade que eu tenho é te dominar aqui e agora, tá ligado? Te comer no pelo, do jeito que a gente fazia quando enchia a cara na república. Nós metia que nem vira-lata no meio da rua, fala tu? Hehehehe... Pena que tu tá com esse papo de que não quer alimentar o leão... Leão tá com fome, puto, leão quer dar cria. Perde tempo não, curte o momento. – passei a barba na nuca dele, o cretino ficou arrepiado, ainda seguiu tentando me controlar, mas agora em velocidade lenta, cada vez mais seduzido no meu papo e nas minhas mãos acariciando seu corpo.
O tempo passou pra gente, fato, mas nosso entrosamento ainda era o mesmo, deu pra sentir conforme ele piscou no meu caralho e a gente foi se encaixando. Eu doido de álcool, ele raivoso pela desconfiança racional da esposa, nossos corpos em rota de colisão e eu só tive o esforço de abaixar a frente da minha bermuda e descer a parte traseira da calça do meu amigo. O encontro foi inevitável e passional como antigamente, mas dessa vez no presente, nutrido de adrenalina e da luxúria da traição em plena noite de réveillon.
- Aaaahnsss! Não acredito que tu vai me comer aqui, Tarso.
- Vou não, já tô. Fffff! Fica tranquilinho, vai ser rápido. Mmmm! – apertei-lhe pela cintura, puxei o putinho pra mim e ele levantou a coxa pra se apoiar no beiral e ajeitar o ângulo da penetração, facilitando minha entrada.
Quando menos esperei, escorreguei pra dentro, guardei 20cm de caralho extenso no cuzinho do Zé Pedro e ele mastigou minha vara com as piscadas do anel em torno do meu caralho, tudo pra me deixar maluco de tesão, encaralhado de fome e na pontinha dos pés em pouquíssimo tempo de foda no pelo.
- Aqui, Tarso? Ooohnssss! Picão gostoso, tá maior!
- Aqui mesmo, tem tempo ruim não. Sssss!
- Mas alguém vai ver, puto! Tu tá me comendo, essa rola tá toda dentro. Como pode ter crescido tanto? Mmmm!
- Uuuurgh! Ninguém vai ver, assim que é bom. Pisca o rabo na minha jeba, vai, putinha? Teu maridão quer sentir prazer. Isso que eu chamo de reviver os velhos tempos, puta que pariu! – dei tapas na bunda dele, o sem vergonha arrebitou, começou a rebolar e casou os movimentos da penetração junto com o das piscadas no meu membro, me elevando a outro nível do prazer.
Não deu pra segurar a velocidade depois disso. Eu acelerei nas metidas e, quando vi, já tava montado no traseiro do meu colega de graduação, estalando o saco na bunda magra dele e vendo minha pica sumir no fundo da olhota do rego branquinho. Meu suor escorrendo do corpo, respingando no Zé Pedro e ele gemendo baixinho pra não chamar atenção, apesar de não haver ninguém perto de nós naquele espaço.
- Mmmm! Tu é um tarado, não ia sossegar até torar meu cuzinho, né?
- Não ia mesmo, ainda bem que tu sabe que eu sou comilão. FFFFF!
- Sempre foi, por isso que eu adorava quicar nessa pica.
- Gostava, né? Então vem cá, senta aqui. – fui pro meio do matinho na beira da areia, sentei num paralelepípedo ali perdido, bati nas coxas e o chamei pra cavalgar. – Quica, quero ver se tu ainda manja das putaria.
- Mas aqui, Tarso? Tem certeza?
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