Nunca diga nunca.
Nunca.
Sempre procurei novas sensações, novos gostos, novos cheiros, novos lugares.
Estudar, morar e estagiar em outra cidade é transcendental, a liberdade de poder fazer algo já é avassaladora. Talvez a maior diferença seja o meio: mudar de uma cidadezinha do interior para capital foi um desafio, tudo novo! E eu adoro isso, descobrir coisas.
É uma dessas descobertas que quero contar.
Numa abençoada sexta-feira de uma semana inteira conturbada e estressante, vou para aula do final do terceiro semestre de psicologia. A rotina é a mesma, corrida e atribulada, com ônibus e metrô apertado, um lanche engolido e uma blusinha qualquer colocada no lugar do uniforme, no banheiro ao lado da portaria do Bloco F, onde também escovo os dentes correndo e retoco o brilho labial.
Era a aula que eu mais gostava durante a semana. Professor Beto era um louco, aficionado por psicologia, apaixonado por gente, amante da vida. Tinha tanto amor pelo que fazia que todos se apaixonavam também. Tanto que ele lecionava no dia que todos queriam enforcar aula, mas era sempre uma sala lotada que encontrava.
Ao ir para sala, encontro algumas meninas na porta, incluindo a Angélica.
— Oi!
— Oi, Luísa! Betão não vem.
Perdi a graça na hora, final de semana não começou bem. Sim, considerava a aula dele o início.
— Por quê?
— Diz que precisou visitar a família. Vamos para a Bárbara, né? — Ela me pedia com carinha de gato de botas. Bárbara era dona do bar na esquina do Bloco C. Ela era… bárbara mesmo, loira natural, mãos delicadas, na faixa dos quarenta anos, com uma tatuagem na lateral do ombro esquerdo e olhar esverdeado cativante…
Eu não sei quantas vezes a Angélica a descreveu assim. Não que eu não concorde, mas ela dá descaradamente em cima dela, que descaradamente é educada e nada mais. Concordo com tudo e mais um pouco, mas nada digo, guardo para mim. Sei que a areia é premium e tenho uma simples carriolinha.
Sempre vamos lá comer alguma coisa ou jogar conversa fora, Angélica sempre puxa assunto, elogia alguma coisa do bar, questiona sobre alguma bobagem… e eu assisto. Ela é uma grande amiga, já dei alguns toques indiretos e diretos, mas ela simplesmente não desiste.
— Outra vez?
— Claro, o atendimento de lá é melhor que no Bar do Bruto.
— Atendimento?
— Claro, com uma loira linda, não tem para ninguém!
— Ok, vamos.
Dez minutos estávamos entrando no bar e indo para o balcão “porque as melhores mesas estavam ocupadas”. Como se a mulher que estava lavando copos na pia em frente aos banquinhos altos não interferisse em nada na escolha.
— Oi, Bárbara! Tudo bem? — Angélica perguntou sorridente antes de sentar.
— Oi, meninas, tudo sim e com vocês?
— Tudo ótimo! Final de semana começou mais cedo, professor faltou.
— Que pena. Não é esse que você gosta? — ela questiona me encarando.
Nesses monólogos entre Angélica-questionadora e Bárbara-dona-de-bar-educada eu acabava participando às vezes e numa delas ela tinha me questionado sobre alguma coisa de aula preferida. Enfim, nem lembrava direito, lembrava só que comentei que gostava muito do Beto e pelo jeito ela também lembrou.
— É sim.
— Pelo menos deu para gente passar aqui, não é miga? Porque senão não ia dar tempo.
— Uhum.
— Entendi. — ela responde colocando o último copo no escorredor — o que vão querer?
— O de sempre! — Angélica não mudava nunca o seu pedido, enquanto ela conversava alguma coisa com Bárbara, procurava alguma coisa que não pedi ainda. Novos gostos.
— Hoje recomendo abacaxi com morango Luísa. — Bárbara me percebeu olhar os sucos.
— Então esse suco e… o lanche n°8.
— Obrigada Bá — Angélica disse sorrindo de orelha a orelha e eu só… dei um sorriso amarelo. Assim ela foi para dentro da cozinha e Angélica babando.
— Que bunda linda.
Revirei os olhos, mesmo achando o comentário desnecessário, concordava com ela.
— Gélica… — toquei no cotovelo dela — miga.
Ela se vira com olhar bobo.
— Oi!
— Menos, né?
— Menos o quê?
Finjo limpar uma baba no canto da boca dela, ela tira minha mão correndo.
— Para ela não é educada com todos, já percebeu?
Ela endoidou? Esperava a continuação.
— Ela sorri quando vê a gente… de um jeito diferente, já percebi isso. E ela até sabe o que eu peço. Você que é doida e não se decide logo.
O garçom traz o nosso pedido e conversamos um pouco, logo a Angélica precisa ir embora, um tio passa para eles irem para o aniversário de uma prima.
— Juízo, amiga — ela me beija no rosto — cuida da Bárbara para mim.
— Está louca? Vou só pagar e já peço um Uber. Preciso descansar.
— Está bom, beijo gata.
Ela sai e eu procuro meu celular na bolsa.
Desligado.
Bateria está um negócio. Estava adiando a compra de um novo e estou percebendo que não dá para esperar mais. Procuro meu carregador portátil na bolsa.
— Perdida aí? — Vejo que Bárbara me encara, apoiada no balcão.
— Eu não…, mas — procuro mais um pouco — parece que meu carregador está.
— Deixa eu ver — ela toca minha mão, querendo ver meu celular — é da mesma marca que o meu, mas ele está no escritório lá, no fundo, vem cá, te empresto.
— Hum, obrigada.
Ela dá a volta no balcão, levantando a tampa para que eu possa passar e entrar no bar. Sigo-a passando pela cozinha, corredor com as laterais cheias de caixas de cervejas, bebidas e alimentos, até uma porta no final do corredor, que ela abre e mostra um escritório pequeno, com uma mesa com notebook e duas estantes. Percebo ter um sofá de dois lugares também. Tudo muito simples e organizado. O cheiro ali é bom também, mas não consigo identificar do que. Ela dá a volta, abrindo as gavetas.
— Não repara a bagunça, essa semana foi tensa… — ela fecha a primeira gaveta e abre a segunda — aqui. Só tem um probleminha — ela me olha desenrolando o fio — a tomada que você poderia usar lá na frente está com mau contato, é melhor deixar aqui um pouco.
— Ah… tudo bem, se não te atrapalhar.
— Magina — ela abre um sorriso… lindo! — Sem problema nenhum. Preciso atender que a Angela faltou hoje, por que não conversamos no balcão? Depois a gente vem pegar.
— Sim, obrigada.
Entrego meu celular para ela, que coloca no carregador e deixa na mesa, do lado do notebook. Podemos ouvir a ventania, sinal de chuva forte. Ela dá a volta enquanto espero na porta. Assim que ela apaga a luz, um trovão faz um barulho absurdamente alto e acabo recuando e chocando meu corpo no dela, que me segura pela cintura.
— Hey — sinto que ela não me soltou e ficou de frente comigo — tudo bem?
— Perdão! Trovões sempre me assustam — não iria contar o medo do combo chuva mais escuro que eu sentia desde pequena — perdão.
— Não tem problema nenhum — ela percebe que continua me segurando e me solta — tudo bem?
— Sim, só susto mesmo — sentia tremer um pouco.
Ela me encara e respira fundo.
— Vamos para lá, depois a gente volta.
— Uhum.
Fazemos o caminho inverso e volto para a cadeira onde estava sentada. Peço outro suco enquanto percebo que a chuva cai com força. Vejo o bar esvaziar em questão de minutos. Tanto pelo horário, bem próximo do fechamento, quanto da chuva. Vejo uma matéria interessante na TV durante alguns minutos e quando acaba estamos somente ela e eu no bar, pois a vejo fechando a porta da frente e sorri.
— Por hoje é só.
— Acabei te atrapalhando, né?
— Imagina, pensam que o dono é quem trabalha menos e é justamente o contrário — ela fala enquanto pega uma garrafa e dois copos pequenos e volta, sentando na cadeira ao lado da minha — me acompanha?
Ela mostra a garrafa e leio “Tennesse Fire”.
— Eu… sou fraca para bebida.
— Acho que deveria experimentar… até porque eu não tenho mais nenhum suco que você não tenha experimentado.
— Ok.
Pego o pequeno copo e cheiro, sentindo seu cheiro canelado. Respiro fundo e viro. Acabo fazendo cara feia, não é só o cheiro que é forte.
— Você sempre surpreendendo — ela diz sorrindo — bom?
— Forte.
— Um pouco. Você conhece quase todo o cardápio, mas ainda não sei se gostou de alguma coisa.
Explicou que gosto de experimentar coisas novas e o papo flui. Não sei quanto tempo passou enquanto conversamos sobre bebidas, pratos, filmes e músicas. Estamos no terceiro copo quando me mexo no banquinho e olho a mesa de sinuca no nosso lado.
— Você joga?
— Eu? Não.
— Como assim não? — ela me encara — você precisa ir embora logo?
Não tinha o porquê inventar uma desculpa e ir embora, estava bom ali. Talvez a bebida tenha ajudado.
— Não, meu último compromisso era a faculdade e o próximo só amanhã depois do almoço.
— Humm — ela se levanta e estende a mão — vem, te ensino.
— Ah, não precisa se preocupar.
— Não, Luíza, questão de honra, e de experiência nova, não é?
Virei o resto do conteúdo do copo e levantei.
— Ok, vamos.
Me aproximei da mesa enquanto ela arrumava as bolas em triângulo. Senti um estalo por dentro quando pude ver o começo do decote e a visão me esquentou. Respirei fundo tentando esquecer e dei a volta para pegar os tacos.
Olho para cima, encarando os vários tamanhos de tacos. Sinto o corpo dela atrás de mim e seu braço que ergue raspando no meu, pegando um deles.
— Usa esse — ela me entrega e logo pega outro bem parecido.
Ela começa a explicar as regras e eu não presto toda a atenção que deveria. A visão do decote e seu corpo no meu junto a bebida… me deixou ligada.
Ela bate forte na bola branca, separando todas as outras e em seguida me chama.
— Vem cá.
Me aproximo e ela fica ao meu lado, mostrando como devo segurar no taco e como posicionar a mão na mesa. Ela vem atrás de mim, mão esquerda na cintura e direita sobre a minha no taco.
Esqueço completamente do jogo.
— Você segura assim, entendeu?
— Uhum — praticamente gemo ouvindo seu sussurro e sentindo seu corpo assim.
Talvez a bebida tenha aflorado meus sentidos, pois senti o corpo dela atrás do meu como se ela me apertasse. Tinha a sensação maravilhosa dos peitos delas se espremendo nas minhas costas e o calor do quadril dela na minha bunda. Não estava preparada para aquilo.
— Faz.
Respiro fundo e é óbvio que a primeira tacada sai um fiasco. Jogar com o desejo de me esfregar na minha “instrutora” não melhorava as coisas.
— É só praticar — ela sorri e vejo… um olhar sacana? Me desafiando?
Adoro desafios.
— Sim, só praticar — devolvo o olhar.
As tacadas dela são bobas até para mim que não jogo. Ela não derruba nenhuma bola e porra, ela é dona de bar né? Está enrolando.
Foda-se, porque quando é minha vez, ela vem e me ajuda… hora segura minha mão, corrige alguma posição… já sabemos que é um jogo e como para. Sinto a bebida me esquentar e me fazer esquecer de tudo. Tudo que não seja a mesa… e ela.
Não quero que pare tão cedo, então levo o máximo de tempo em cada tacada. Finjo estar me concentrando só para sentir o corpo dela junto ao meu por mais tempo. Não foram poucas, as vezes em que me ajeitava apenas para empurrar minha bunda contra ela, mas espero que ela tenha aproveitado. Sim… eu realmente tenho fraco para bebida
Algum tempo depois, terminamos a rodada com três jogadas seguidas dela, matando o que tinha na mesa.
— Então, aprendeu? — Aquele olhar…
— Sim.
— Outra rodada? Para valer?
— Hum… sim.
— O que quer apostar?
Olho no fundo dos olhos.
— Roupa. — o que eu perderia? Mas antes que você me pergunte, sim: era a bebida falando e eu me deixando levar.
— Roupa?
— Sim. Medo de perder?
Ela gargalha.
— Acha mesmo que ganha de mim?
— Tenho sorte de principiante.
— Quero ver quanto sua sorte dura.
Ela organiza as bolas e pega o taco, apontando para mesa.
— Começo ou você começa?
— Pode começar.
— Certeza?
— Sim.
Ela começa e logo de cara uma bola cai.
— Uma bola.
Tiro a jaqueta olhando nos olhos dela e pego o taco.
Por um milagre, derrubo uma bola também, então ela me encara e tira a regata sem piscar.
Whisky? Sinuca? Chuva? Não sei qual foi o estopim, só sei que me sinto esquentar e tudo que quero é ferver.
Ela bebe mais um gole do copo que nem percebera estar ali e me olha com uma cara… deliciosa.
— Vamos aumentar a aposta?
Já falei que adoro brincar com fogo?
— Aumentar?
— Sim. Escolhe a bola que você quer que eu derrube. Se eu conseguir, eu que tiro sua peça de roupa.
Huuummm, cada vez melhor! Olhei o jogo e tentei raciocinar todos os ângulos possíveis para achar o mais difícil entre as bolas pares.
— Bola 10… — olhava a mesa — naquele canto ali.
— E se eu acertar?
Abri os braços como se tivesse me rendendo.
— Você tira o que quiser.
— Como eu quiser?
Arrepiei.
— Como você quiser.
— Hummm, deixa eu me concentrar então.
Ela tira o copo da beirada da mesa e coloca no balcão ao lado, respira fundo encarando a mesa e vem bem próxima de mim, encostando a mão na minha cintura.
— Pode dar uma licencinha, por favor?
Engasgo.
— Claro.
Vejo-a agachar para o seu olhar ficar no mesmo ângulo que a mesa. Eu simplesmente travo. Assisto-a mirar e a bola branca bater suavemente em três lugares… e derrubar a bola 10. Estou no seu lado olhando… admirada.
— Você estava escondendo o jogo, né?
— Escondendo? — ela sorri enquanto pega seu copo e bebe.
— É, imaginei que você jogava bem. Mas não tanto.
— Vai fugir da aposta? Ainda dá tempo de desistir.
— Não.
Ela vem felina e na minha frente, centímetros de distância a ponto de sentir seu hálito quente em mim.
— Qual peça e como eu quiser, né?
— Isso.
Sinto suas mãos na minha cintura, ela não deixa de me encarar quando me coloca de costa para mesa.
— Certeza?
Só concordo com a cabeça.
Suas mãos vão para parte de trás dos meus joelhos, me impulsionam para cima e me vejo com as pernas abertas sentada na mesa e ela no meio.
— Ok, vamos tirar então.
Ela me encara e se concentra no botão da blusa próximo ao pescoço, com uma concentração absurda. Sinto seus dedos na lateral do meu corpo quando ela desce o zíper. Suspiro contendo um gemido e ela percebe.
— Tudo bem?
Só concordo com a cabeça.
Suas mãos não seguram o tecido para que ele saia do meu corpo, é o contrário, ela passeia na minha pele e a roupa se afastar é consequência.
— Humm, você tem uma pele macia demais.
Eu não consigo dizer nada, só suspiro sentindo seu toque. É lento e lascivo.
Seus dedos passeiam nos meus lábios. Ela me encara com… porra. Aquele olhar de desejo.
— Sua boca também é?
— Por que não experimenta e me fala? — Respondi sem piscar.
— Humm… — caralho, ela geme gostoso, agora não olhando para mim, mas com a boca muito próxima do meu pescoço… próxima demais. — Não.
— Não? — ela é louca ou o quê?
— Não.
Me inclino para trás olhando nos seus olhos, queria entender a sua negativa.
— Garota, se soubesse o quanto quero te dar prazer… você não se afastaria assim. — Ela continua no meio das minhas pernas, suas mãos estão nas laterais do meu corpo, espalmadas na mesa, me prendendo. Como se eu fosse querer sair. — Preciso ir devagar e se te beijar perderei o controle.
— Controle? — ela é uma interrogação.
— É, não é de hoje que quero te beijar.
Uau. Uma coisa passou pela minha cabeça, muita mesmo. Cada vez que ela serviu pessoalmente suco, a Angélica tentando e não conseguindo… era por isso? Eu via um mar de memórias passando pela minha cabeça. Muita coisa mesmo. E quer saber?
— Foda-se!
Ela queria ter o controle? Sinto muito. Dizer isso para mim… foi demais.
Da maneira em que estava inclinada para trás, me impulsionei para frente, ficando a centímetros dela. Não, não pensei em provocar, em torturar, em nada.
Somente encostei minha boca na dela. Busquei seus lábios, sua língua, seu corpo, queria tudo.
E muito mais.
Agarrei sua cintura fina para mais perto.
Beijei, beijei, beijei.
E beijei mais. Até que precisei buscar ar.
— Você tinha razão — ela me diz e eu não entendo.
— Foda-se!
Deixei de abraçar para envolvê-la com as minhas pernas. Precisava das mãos para soltar o sutiã, já que ela fazia o mesmo comigo. Agora podia sentir melhor o corpo dela, com seu calor e seios tão macios colados aos meus. Com o esfregar das nossas línguas, trocamos gemidos abafados, numa sinfonia excitante. Ela arranhava minhas costas enquanto eu a apertava contra min.
A língua de Bárbara invadia a minha boca de uma maneira que eu sentia todo o desejo reprimido dela. Não acredito que fui burra, ficando esse tempo todo sem provar dessa delícia. Me sentia devorada pelo seu beijo e quanto nós olhamos de volta, ela parecia uma leoa faminta. Ela me empurrou para o centro da mesa e meio sem entender ameacei engatinha para o centro da mesa, mas em segundos ela já tinha subido e me pego por trás. Minhas coxas foram agarradas e puxadas contra ela, que se debruçou sobre meu corpo. Tentei olhar para trás, mas apenas consegui ouvir a respiração dela, enquanto mordia e beijava meus ombros.
— Agora que cheguei tão longe, não vou deixar você escapar.
Eu fugir? Ela me desafiava de novo e não podia deixar isso sem resposta. A bebida e meu corpo fizeram isso por mim quando rebolei, de quatro, esfregando a minha bunda no quadril dela. Eu podia ser a presa, mas também tinha fome.
Pude sentir um pouco mais do apetite dela pela brutalidade com a quela ela arrancou a minha calça. Dei uma ajudinha com um balanço de quadril, deixando meu corpo exposto para ela. O tapa na bunda era esperado e nem disfarcei o sorriso de quem adora sentir o desejo alheiro com uma pitada de agressividade. O que me surpreendeu foi a mordida. As duas mãos me apertavam a bunda e os dentes quase arrancaram um pedacinho de mim. É a primeira vez me sentindo gostosa dessa forma.
Vieram outras mordidas depois, e beijos, lambidas. Eu nem sabia que a minha bunda era isso tudo… OK, sei que sou gostosa, mas nunca imaginei uma mulher mais velha me degustando dessa forma. Tinha me acostumado com as carícias intensas dela e já estava curtindo até mesmo as mordidas. Estava entregando a minha bunda para ela de olhos fechados quando meu corpo se arrepiou inteiro.
Um toque macio, úmido e tão íntimo fez meu corpo quase pular para frente, mas foi preso pela pegada firme de Bárbara. Aquele lugar, tão sensível, recebia um carinho suave e meu corpo reagia desproporcionalmente. Um beijo grego. Bárbara não parava de me surpreender.
— Estou querendo fazer isso com você desde que se esfregou em mim no jogo.
Nua, de quatro, com as pernas abertas e o rosto de Bárbara enfiado na minha bunda. A língua dela percorria as minhas pregas com tanta delicadeza que meu corpo reagia sozinho, empinando bem o quadril para dar melhor acesso a ela. Ela tinha um dom com aquela língua que me fazia gemer desesperada. Imaginava estar no ápice do prazer, então bárbara me surpreende mais uma vez me penetrando com dois dedos. Estava tão molhada que os dedos entram fácil e um vai e vem começa sem que Bárbara tire a língua do meu cu. Quando os dedos saíram de dentro de mim e foram ao meu clitóris, eu gritei. Meus braços perderam as forças e me apoiei com o rosto na mesa. Gemia desesperada com o orgasmo e Bárbara insistindo em beijar o meu cuzinho.
— Acho que exagerei, não sobrou nada de você.
Tentava me recompor enquanto ouvi esse deboche. Ela tinha razão, pois não lembrava de quanto tive um orgasmo tão forte. Eu não ganhei o dia ali, ganhei a semana, talvez o mês. Só que essa frase junto àquele sorriso malicioso me soava como mais um desafio. Você já percebeu que não recuso desafio. Pois é, ela também.
Com as forças que me sobrara avancei para cima dela. Beijei aquela mulher toda e arranquei o resto da sua roupa como fez comigo. Retribuí tudo, os tapas na bunda. As mordidas… até beijo no cuzinho ela ganhou, embora eu não tivesse o talento da língua dela. Eu queria retribuir com sobras, e para isso não podia jogar só o jogo dela.
Já tinha minhas forças de volta e a virei de costas para mim, quase que deitando de bruços. Encaixei minhas pernas entre as dela e pude sentir a pele suave daquela boceta em contato com a minhas. Bárbara estava muito molhada, assim como eu. O contato pele com pele é delicioso e nosso corpos trabalharam quase que de forma automática. Tinha a visão privilegiada daquela linda bunda e me apossei delas com a mão. Ela olhou para trás, rindo sapeca, mas eu a obriguei a olhar para frente quando puxei seu cabelo. Era a minha vez de dominar.
Meu clitóris estava deliciosamente duro ao deslizar contra a pele macia dela. Segurando Bárbara pelo cabelo, me esfregava com mais força nela, mexendo o meu quadril o quais forte que podia. De repente, era eu a fera faminta, que não iria terminar até arrancar um orgasmo daquela delícia de mulher. Media o tesão dela pelos gemidos, cada vez mais descontrolados, e a sentia chegando ao ápice. Forcei uma rebolada mais gostosa para gozar com ela. Bárbara tinha um gemido doce, apesar da intensidade do orgasmo dela. Ela apertava firme a borda da mesa enquanto eu apertava o corpo dela com as minhas pernas, pois também tremia descontrolada.
Com Bárbara esgotada, engatinhei sobre ela e deitamos de lado. De conchinha, ficamos conversando e brincando com o fato dos frequentadores do bar não imaginariam as loucuras feitas naquela mesa de sinuca. Na verdade, nem mesmo nós duas imaginaríamos aquilo mesmo em nossas fantasias.