– Vai, Juba! Empurra com força!
– Tô tentando, por trás é mais apertado!
– Eu sei, por isso que você tem que ir mais forte!
Júlio tentava de todo jeito, mas era como empurrar uma porta fechada. O sabão ajudava a lubrificar, mas mesmo assim ele teve que fazer uma força descomunal para as pregas se abrirem. Nicole sentiu uma dor aguda ao ser aberta daquele jeito, enquanto ele sentia um prazer indescritível ao penetrar aquele local quente e apertado.
– Isso! Empurra, mais! Até o fundo, amor!
Nicole suplicava. O rapaz ia enfiando devagar, sentindo a pressão em volta do membro cada vez maior quanto mais ele entrava. Até que foi tudo, demorou um bocado, e ele ficou ali, parado por um momento, esperando o cu de Nicole se acostumar e relaxar.
– Tá doendo?
– Um pouco, mas eu me acostumo. E você? Tá gostando de comer meu cuzinho?
– Estou adorando!
– Ai, que bom. Então fode ele bem devagarinho, pra não me machucar.
Os quadris começaram a se movimentar lentamente. A água antes calma agora tinha ondas. O corpo ensaboado de Nicole parecia ainda mais lindo e sedutor. As mãos de Júlio escorregavam quando ele tentava pegar em suas ancas, então optou por agarrar os seios. Ele beijou o pescoço, enquanto estocava devagar, como ela havia pedido. As carnes pareciam querer expulsar Júlio, mas ele se esforçava para enfiar fundo.
– Aaahnnn… – Nicole soltava um gemido manhoso. – Isso aí, querido! Me come bem gostoso!
Nicole gostava de falar sacanagens enquanto transavam. Já Júlio era mais calado, preferia deixar suas mãos e beijos falarem por si. Ele apalpava os seios, apertava com firmeza, beliscando os bicos duros para provocá-la, arrancando um sorriso safado e gemidos excitantes.
O ritmo aumentava cadenciosamente. Júlio enrolou o cabelo de Nicole em seu braço, e puxava como se fosse uma rédea, enquanto as nádegas gordas soltavam um estalo molhado e ritmado. Os seios balançavam como pêndulos, ela se agarrava na borda da banheira enquanto seus olhos se reviraram.
– Isso! Aahnnn… Fode com força, Juba! Me possui, me arromba todinha, quero sentir seu leitinho quente dentro do meu cuzinho!
– Aaah… eu tô quase… só mais um pouco… AaaAahaahh!!!
Júlio debruçou-se sobre as costas de Nicole, se entregando por completo àquele instante. Suas mãos abraçaram os seios, escorregando nos dedos ensaboados. Ela sentiu os jatos lhe preenchendo por dentro enquanto pegava no cabelo do seu amante. Ele havia cortado, como Nicole tanto queria, estava muito mais charmoso agora, ainda tinha deixado um pouco grande em cima, onde ela gostava de sentir seus dedos se emaranharem enquanto acariciava.
Os dois escorregaram pela banheira, cobrindo o corpo de água até o pescoço, encostando cada um de um lado, com os pés se entrelaçando. Nicole olhou o chão molhado, muita água tinha derramado durante a ação, mas ela não ligava. Só o que se importava naquele instante era se regozijar no prazer depois de uma transa maravilhosa.
– Você fode tão gostoso, Juba. Aprendeu direitinho em tão pouco tempo, nem parece que falta só uma semana pra você ir pros Estados Unidos. – Dizia Nicole, acariciando a perna de Júlio, arranhando a panturrilha enquanto beijava o pé. – Vou sentir tanta saudade de você.
– E se você não sentisse?
– O que quer dizer, querido?
A expressão de Júlio se fechou, com o olhar trêmulo e as sobrancelhas franzidas. Ele demorou alguns segundos para criar coragem de dizer.
– Eu não vou mais pra Nova Iorque.
– Que história é essa, Juba?
– Eu não quero ir mais. Quero ficar aqui, com você.
– Ficou maluco?! – Nicole levantou-se agitada. Pegou a toalha, saindo da banheira para se enxugar. O gozo ainda escorria, lambuzando as coxas. Ela limpou e então se enrolou. – Para de brincadeira, garoto.
– Eu não estou brincando. Estou falando sério, mais sério do que eu já falei em toda a minha vida. Eu ficar aqui com você, ser seu namorado. – Ele se levantou e também pegou uma toalha para se secar.
– Namorar? Eu sou velha demais pra ser sua namorada.
– Eu não ligo.
– E o que sua mãe vai dizer? Ela não vai deixar se jeito nenhum
– Eu não ligo também. Eu já tenho cinte anos, sou muito bem responsável por mim mesmo. Eu te amo, e é isso o que importa.
– Não diga isso, você não sabe o que essa palavra significa. Tá confundindo amor com tesão. Você não me ama, só ama o sexo que a gente a gente faz.
– Não, tá enganada. Eu te amo sim, Nicole!
– Tanto faz! Amando ou não, você não vai jogar sua carreira no lixo por minha causa!
Nicole saiu do banheiro e caminhou até o quarto, irritada. Enquanto ela botava um sutiã e calcinha, Júlio veio atrás, estava completamente nu, sequer se importou de se enrolar numa toalha.
– Eu posso fazer qualquer faculdade aqui no Brasil.
– Não é a mesma coisa, Juba. Você tem uma oportunidade incrível, não vai jogar ela fora só por minha causa.
– Então é isso? Você não gosta de mim, é? Acha que eu só sirvo pra te satisfazer e pode me jogar fora a hora que você quiser?
– Garoto, olha como fala! Eu gosto de você, mas vê se cresce! Se apaixonando pela primeira mulher que te dá. Você sabia muito bem que essa relação não iria durar desde o primeiro momento, então aceita isso de uma vez!
– Que seja. – Os olhos de Júlio encheram-se de lágrimas. Ele voltou ao banheiro para catar suas roupas e começar a se vestir.
Nicole foi atrás dele, sentindo-se culpada ao ver o olhar choroso de Júlio.
– Juba…
– Me deixa em paz! – As lágrimas escorriam pelas bochechas e o nariz fungava encatarrado.
– Juba, você tem que entender. Não tem como a gente namorar. Eu tenho quase trinta anos a mais que você. E o que você gosta de mim, hein?
– Gosto de passar o tempo com você.
– Além do sexo.
– Eu não estou falando sobre sexo! Estou falando de todo o resto. Gosto de quando a gente dorme juntos e eu sinto o seu calor no meu corpo. Eu gosto de como você é muito mais experiente que eu e de como você me ensina tudo, até me ensinar a jogar sinuca você me ensinou. Eu achei que você também gostasse de mim, mas pelo visto, eu estava enganado.
Nicole não soube o que responder. Ela também gostava do tempo em que passavam juntos, de como Júlio atendia a todos os seus gracejos, de como ele se importava em vê-la gostando do que faziam a todo momento. Mas aquilo também era difícil para ela. Saber que tudo aquilo acabaria em breve estava lhe consumindo por dentro nos últimos dias, ela só não esperava que Júlio tornaria tudo tão mais doloroso.
– Desculpa, querido. Eu não posso permitir isso.
– Então é isso? Todos esse tempo não significou nada? Adeus, Nicole.
Ele foi embora, sem dizer mais nada, limpando as lágrimas no rosto e sem olhar para trás. Quando ele saiu, Nicole também chorou, pensando no quanto havia sido tola de deixar aquela relação chegar a esse ponto. Era pra tudo ter acabado no primeiro dia, mas seu desejo promíscuo fez isso durar mais do que deveria, até acabar desse jeito.
…
Nicole passou na casa de Júlio na tarde seguinte, determinada a terminar aquela conversa com o sanfue frio. Ela tocou a campainha, treinando mentalmente o que diria a ele, mas quem atendeu não foi o rapaz.
– Leila? – Ela perguntou, com uma voz surpresa. Não esperava encontrar a melhor amiga em casa, achava que estaria trabalhando. – O Juba está?
– Não, não está. – Dizia Leila, com a expressão carrancuda, cruzando os braços enquanto torcia os lábios. – E pra você, ele não vai estar nunca mais.
– O que tá dizendo?
– O que eu tô dizendo é que eu não quero mais saber de você de gracinhas com o meu filho.
– Espera um pouco, você sabia?
– É claro que eu sabia! Eu vejo as conversas do celular do Júlio, as sacanagens nojentas que vocês falam. Eu fiz vista grossa, pois pelo menos ele tava saindo de casa, indo aproveitar a vida. Mas você tinha que magoar o garoto não é? Como fez com todos os homens da sua vida!
– Magoar o garoto? Isso foi tudo ideia sua! Não se lembra do nosso acordo?
– O nosso acordo era de que você transaria com ele uma única vez, só pra tirar a virgindade dele e depois iria embora. Mas você resolveu estender o acordo por conta própria não é mesmo? Sua piranha!
– Por favor, Leila, deixa eu conversar com ele e esclarecer tudo.
– Não precisa. – Disse Júlio, ao pé da escada. – Eu já ouvi tudo o que tinha que ouvir.
O mundo de Nicole desabou. O olhar de decepção de Júlio era como uma espada sendo enfiada devagar em seu coração.
– Juba, eu posso explicar. – Desta vez, eram os olhos de Nicole que enchiam-se de lágrimas.
– Explicar o quê? Que você transava comigo só porque a minha mãe que pedia?
– Não! Não é isso. Pode ter sido no começo, mas eu realm…
– Cala a boca! – Ele soltou um grito estridente, saltando as veias da garganta, a raiva e a decepção consumiam o seu olhar. – Eu não quero mais saber de você. Nunca mais! Você estava certa, eu não devia desistir da minha faculdade só pra ficar aqui com uma puta que nem você.
– Filho, olha. Eu só queria o seu bem.
– E você também! – Ele apontava o dedo, intimidando as duas. – Você é uma vaca manipuladora, não aguentava me ver diferente do que você imaginava e mandou sua amiga transar comigo só pra te satisfazer, que tipo de mãe é você?
– Júlio… eu só… eu só queria que você pudesse ter a chance de ser um garoto normal.
– Eu sou um garoto normal! Só porque eu era virgem não me fazia ser uma aberração. – Ele suspirou, irritado. – Quer saber, fodam-se vocês!
Ele pegou as chaves do carro e saiu pela porta.
– Júlio, aonde você vai, meu filho?
– Pra bem longe de vocês!
Ele ligou o carro e então partiu, e não apareceu mais em casa por três dias.
…
Nicole não saía da cama para nada. Disse no trabalho que tinha ido cuidar da mãe que estava muito doente. Sentia falta dele, dos seus beijos, do seu carinho, e da presença dele. Mas principalmente, se sentia culpada de tudo o que aconteceu. Leila também não falava mais com ela, havia perdido a melhor amiga, uma amizade de mais de trinta anos no lixo por conta de sua irresponsabilidade.
Não comia direito há dias. Quando a saudade batia mais forte, se masturbava pensando nele, mas não gozava, não sem ele por perto, não com esse peso em suas costas. Dormia pouco, quando desmaiava de cansaço depois de molhar o travesseiro com suas lágrimas. Ela não entendia como um garoto poderia fazer ela se sentir assim, como nenhum outro homem havia feito. Júlio era realmente especial, ela admitia, nenhum outro homem demonstrou tanto desejo e paixão por ela em toda a sua vida, em todos os seus quarenta e oito anos, Nicole só acumulou relações fracassadas uma atrás da outra, e Júlio era apenas mais uma delas.
A campainha tocou, mas Nicole não quis sair da cama para atender. Tocou de novo, e de novo, incessantemente. Até que ela resolveu criar coragem e ir até a porta. Quando abriu, foi como outra espada penetrando o seu coração.
– Oi, Nicole.
– Oi, Júlio. – Ela dizia de forma arrastada, as palavras quase se perdendo no ar. – O que veio fazer aqui? Achei que hoje era o seu vôo.
– Sim, eu estou indo pro aeroporto, mas quis passar aqui antes. Eu quero te pedir desculpas pelo o que eu disse.
– Júlio, não precisa pedir desculpas, eu é que deveria. Você estava certo, eu não devia ter aceitado transar com você, muito menos ter continuado.
– Bom, pode não ter sido o certo. Mas eu não me arrependo, e acho que você também não deveria. Apesar de tudo, eu gostei de ter passado o tempo com você, foi divertido tudo o que a gente fez. Mas você estava certa, eu e você nunca daríamos certo.
As palavras de Júlio acalentavam o coração de Nicole.
– Obrigada. Você é um bom rapaz, sei que vai encontrar alguém melhor pra você do que uma velha tarada como eu. – Ela brincou, dando um sorriso de canto de boca. – Só precisa sair mais, conhecer novas pessoas, tudo aquilo que eu te falei.
– É, eu sei. Eu vou, eu prometo. Mas eu ainda vou sentir a sua falta.
Eles deram um abraço, se reconciliando. Nicole chegou a sentir os ombros se relaxando naquele abraço caloroso.
– Eu também, Juba. Eu também.
Os olhos se encontraram, havia um brilho diferente quando Nicole olhava para Júlio, e também quando ele a olhava. Um brilho cintilante e acolhedor. Nicole e Júlio se completavam, de um jeito tão singular que até mesmo não sendo alma gêmeas, eles foram feitos um para o outro. Júlio precisava de alguém que lhe mostrasse os prazeres da vida, e Nicole precisava de alguém que a mostrasse o quanto ainda era desejada, que estava longe de ser uma velha acabada.
Eles deram um beijo. Soava como um beijo de despedida, porém o sentimento foi outro. Uma chama se reacendendo, depois de ficar quase uma semana sobrevivendo nas brasas. Era um beijo apaixonado, pelos dois, ao mesmo tempo. Nicole soltou os lábios assustada. O coração batia agitado em seu peito, era o desejo tomando conta de si novamente. Eles se entreolhavam, discutindo com os olhos se aquilo que estavam fazendo era certo. E a resposta foi sim.
– Quanto tempo falta para o seu voo? – Ela perguntou.
– Bastante tempo.
– Que tal você entrar e eu me despedir um pouco melhor de você?
– Tá bom.
Ele fechou a porta e então retornou a beijá-la, segurando sua cintura, puxando o seu corpo mais para perto, até suas virilhas se esfregarem uma na outra. O beijo ganhando contornos de lascívia, as línguas dançavam agitadas, indo de uma boca a outra com muita energia. Era catártico e ao mesmo tempo melancólico.
Eles foram deitando-se no sofá, sem desgrudar os lábios. As mãos percorriam todo o corpo, parando nos seios de Nicole para apertar e abrir a roupa.
– Eu vou sentir tanta saudade desses peitos deliciosos.
Dizia Júlio, abocanhando-os com voracidade, chupando-o do jeito que Nicole havia ensinado. Uma sugada forte, com pressão, e depois a língua brincando com o mamilo, mordiscando e lambendo. Ela suspirava enquanto a mão se enfiava por dentro da calça, tocando o membro já duro. Foi só colocar para fora e ir com a boca direto nele, sem muitos gracejos ou firulas.
– Eu vou sentir tanta saudade dessa rola suculenta.
Nicole chupava com um tesão incontrolável. A língua lambendo em volta da glande, descendo até o talo, saboreando as bolas e depois subindo novamente. Fazia questão de deixá-lo todo babado, só para senti-lo escorregando em sua mão quando pegava.
Ele a pegou, colocou com as pernas arreganhadas, tirando a roupa com uma selvageria excitante. Beijou as coxas, atiçando ainda mais o desejo de Nicole, descendo pela pele até tocar o seu sexo.
– Eu vou sentir tanta saudade dessa boceta molhada.
Ele saboreava o mel que escorria, a língua abrindo os caminhos que o levavam até o seu destino. Júlio lambia o grelo, o ‘botão do prazer' de Nicole, mordiscava e chupava ele até seu maxilar doer. O corpo se contorcia seguindo os movimentos de sua língua, beijando aqueles lábios com tanta sensualidade quanto beijava os de sua boca.
Júlio aproximou o rosto novamente de Nicole, encostando a testa uma na outra, os braços dela envolvendo o seu pescoço. Ela sentia o cheiro de sua própria boceta exalando no rosto lambuzado de seu amante. Enquanto isso, Júlio esfregava a cabeça do pau entre os lábios, lubrificando com o mel, provocando-a até ela pedir que a penetrasse.
– Eu vou sentir tanta saudade de você me comendo gostoso.
O pênis deslizou suave, já engatando em uma sequência de estocadas agitadas e intensas. Eles se beijavam, a paixão escorria no suor, saliva e pré-gozo que davam sabor àquela transa. Nicole sentiu o prazer tomar conta de si, os dedos se contorcendo, os olhos se revirando. As lágrimas escorreram involuntariamente. Ela não repetiu, mas também sentiria falta dos orgasmos intensos que Júlio lhe causava.
– Eu te amo.
– Eu também te amo.
A última transa dos dois terminou com Júlio lambuzando a barriga e os seios de Nicole. Um prazer intenso e íntimo que ele jamais experimentaria igual. Outras mulheres poderiam fazê-lo gozar, mas nenhuma delas faria ele gozar do jeito que Nicole fazia.
– Promete que vai usar tudo o que aprendeu comigo lá nos Estados Unidos?
Júlio abriu um sorriso de canto de boca, com a respiração ofegante sentado sobre o sofá, ainda entorpe.
– Prometo.