Acordei assustado com o toque do celular. O pau, muito duro, latejava na minha mão. Ainda sonolento, olhei quem ligava e atendi:
– Alô! Oi, Rafa.
Ela não parecia muito bem:
– Oi, Clay. Consegui uma folga e voltei à cidade. Podemos conversar?
Eu sabia o que precisava fazer:
– Precisamos mesmo.
Rafaela disfarçava, mas sua voz estava tensa:
– Podemos nos encontrar em meia hora?
Percebi a urgência no seu tom de voz:
– Ok! Vou apenas tomar um banho e já chego aí. Na sua casa?
Ela confirmou e nós nos despedimos. Em vinte minutos eu já estava no carro, a caminho da casa dela. Foi uma viagem rápida, não moramos longe um do outro. Subi rapidamente até seu apartamento, pois já estava liberado na portaria. Toquei a campainha e fui atendido por sua mãe:
– Boa tarde, Clayton! Rafa está na sala, esperando por você.
Ela me fez sinal para entrar, mas não me acompanhou, saindo pelo corredor, me deixando a sós com Rafaela. Quando me viu, ela se levantou, vindo me abraçar, me dando um beijo carinhoso na boca e que eu não pude negar. Eu iria contar sobre a Josi, mas primeiro, queria saber o que era tão importante para ela me ligar e pedir um encontro tão repentino.
Rafa fez sinal para eu me sentar, mas se manteve de pé, bastante nervosa, caminhando pela sala, pensando no que tinha para me dizer. Enfim, ela começou a falar:
– Me desculpe, eu me sinto bastante envergonhada na verdade, mas preciso ser honesta. – Ela finalmente se sentou ao meu lado. – Minha patrocinadora resolveu buscar uma agência mais experiente para desenvolver toda a campanha da minha linha de cosméticos.
Aquela notícia era mesmo surpreendente e confesso que me pegou bastante desprevenido. De qualquer forma, não era a primeira vez que eu perdia um contrato. Estava confuso, mas só me restava ser profissional e objetivo:
– Eu entendo, essas coisas acontecem.
Rafaela estava mais chateada do que eu:
– Eu tentei, Clay, juro que tentei. Briguei por você, ameacei romper o contrato, mas não adiantou. Me sinto pior, pois fui eu que fiz o convite para que aceitasse trabalhar comigo. Infelizmente, no que diz respeito a essa parceria, eles têm total controle sobre a minha imagem e eu não pude fazer nada no final.
Tentei acalmá-la:
– Faz parte do jogo, Rafa. Eu entendo totalmente. Eles estão investindo dinheiro em você, na sua imagem, querem apenas o melhor. No fim, tudo são negócios visando lucro, não é pessoal.
Eu estava curioso:
– E você sabe quem eles contrataram?
Rafa era realmente uma boa pessoa, preocupada comigo:
– Você está mesmo bem com isso? Tenho certeza? Acho que é um tal de Juan alguma coisa …
Aquela resposta não me surpreendeu em nada:
– Você estará em boas mãos. Juan é meu mentor, um amigo, um grande sujeito. Dê uma chance a ele. Inclusive, ele é ex-namorado da Laura.
Rafaela estava surpresa com a minha postura:
– Ex da Laura? Nossa, que mundo pequeno. Acho que ela já me contou sobre esse ex, acabaram virando amigos, não é?
De repente, nossos celulares começaram a apitar desesperadamente. Notificações de mensagens no Instagram e no WhatsApp se sobrepunham umas às outras. Fui obrigado a ver o que estava acontecendo. Dezenas de DMs me xingando, com pessoas que eu não fazia a mínima ideia de quem eram:
“Seu desgraçado, como pode fazer isso com a Rafinha?”.
“Traidor nojento, babaca. Por que você não faz um favor para o mundo e se mata?”.
“Hétero top escroto, enganador, falso”.
“Seu monstro, se eu te encontrar na rua, se prepara …”.
Dezenas viraram centenas, que em pouco tempo já eram milhares. Numa atitude de desespero, pensando rápido, fechei meu perfil, bloqueando qualquer tentativa de contato.
A maioria das mensagens continha um link para outro perfil. Cliquei e percebi rapidamente que era um perfil falso, feito para causar o caos. Nele, havia apenas um vídeo postado: Eu e Josi saindo da chácara praticamente de mãos dadas e logo depois, nós dois entrando no apartamento dela.
Rafaela me olhava, esperando uma explicação. Era hora de ser honesto:
– Pode parecer ruim e eu não vou negar … quem está comigo é a Josi, minha ex.
Rafaela me surpreendeu:
– Ah, a Josi … Relaxa, Clay, não somos namorados, você não me deve explicações. Eu não entrei nessa sem saber onde estava pisando. Laura foi honesta comigo, me contou sobre a relação que vocês tinham antes de mim e da forma como tudo acabou. Eu sempre soube que você ainda a amava.
Tentei dizer alguma coisa, mas a Rafa foi mais rápida:
– Tu é um puta homem gostoso e de acordo com todos que conversei, honesto e gentil. De tanto ouvir Laura falar de você com orgulho, acabei ficando curiosa. Quando nos conhecemos, eu estava subindo pelas paredes e a química entre nós foi maravilhosa. Aproveitei a chance, ué … não sou de ferro, estava precisando.
Ela não me deixava falar:
– E foi bom … nossa, como foi. – Ela me sondou. – Vocês estão pensando em reatar?
Achei que precisava dar algum tipo de satisfação, mesmo após o discurso dela:
– Minha irmã não mentiu, mas não aconteceu nada entre Josi e eu nesta noite. Poderia ter acontecido, mas eu não deixei …
Rafa me interrompeu:
– Sinceramente, nem eu teria resistido. Que mulher linda, vocês dois combinam demais.
Não consegui me segurar e precisei perguntar:
– Só falta me dizer que tu também curte mulher?
Rafa não correu da pergunta:
– Já tive meus momentos, não nego. Uma igual essa Josi, é bem difícil de recusar … O que acha que eu sou? Uma bobinha recatada? Esqueceu que fui eu que te convidei para o motel?
Lembrei do meu sonho erótico, o pau já começava a crescer, mas fiquei na minha. Resolvi contar tudo de uma vez. Busquei o vídeo da discussão da Josi com Douglas e expliquei a ela toda a situação. Contei sobre o meu término, sendo totalmente honesto:
– Nós conversamos durante essa madrugada e eu disse a ela que precisava resolver a minha vida. Eu queria conversar com você primeiro, para que você soubesse diretamente por mim, mas … alguém maldoso foi mais rápido.
Rafaela me surpreendeu novamente:
– Laura me disse que a Josi era uma liberal, que parou com tudo por sua causa. Não quero me meter na sua vida, mas tive uma grande amiga que fez o mesmo, mas em pouco tempo se arrependeu. Você não tem medo de que isso aconteça? – Sua preocupação comigo parecia genuína.
Antes que eu pudesse responder, a mãe da Rafa nos interrompeu:
– Filha, as coisas estão fora de controle …
Rafa a acalmou:
– É, eu já vi. Fique tranquila, já vou responder.
Sua mãe estava muito preocupada:
– A agência está ligando, seus seguidores estão enlouquecidos … você precisa dar uma resposta o quanto antes.
Sorrindo, Rafa me encarou:
– Você confia em mim? Tenho uma ideia.
Rafa fez sinal para que eu a acompanhasse:
– Precisamos agir rápido, antes que você seja a próxima vítima dessa onda de cancelamento que tem varrido a internet.
Entramos no quarto ao final do corredor, uma espécie de estúdio caseiro que ela usava para gravar o seu conteúdo. Era um local muito bem-organizado. As prateleiras cobriam três das quatro paredes, todas elas lotadas de produtos estéticos: maquiagens, máscaras faciais, cremes, esmaltes, shampoos … tinha de tudo. Até o seu equipamento era de última geração, uma filmadora JVC GY-HM250U, com resolução UHD 4K, com preço próximo aos quinze mil reais.
Rafaela começou a se divertir, passando uma espécie de pó no meu rosto, dizendo que era importante para a qualidade da imagem. Ela também se maquiou rapidamente e ligou a filmadora. Sentamos juntos e ela começou a gravar:
“Boa tarde, meus amores.
Como vocês podem ver, hoje eu estou aqui com o meu grande amigo Clay, e nós viemos responder a esse grande mal-entendido que está ocorrendo. Primeiro, nós não somos namorados, nunca fomos e nem temos qualquer tipo de relação romântica. Clay e eu realmente saímos algumas vezes, curtimos, foi muito bom, mas parou por aí. Afinal de contas, todo mundo merece se divertir de vez em quando. Não temos intenção de namorar ou coisa parecida. Somos livres e desimpedidos e o que fazemos no nosso momento de lazer só diz respeito a nós dois.
Aos meus seguidores, eu peço, deixem o Clay em paz. Ele não me traiu ou mentiu para mim. Somos amigos e apenas isso. Um beijo carinhoso no coração de cada um de vocês”.
Rafaela rapidamente editou o vídeo e postou no Instagram e no Twitter. Sua atitude era tão natural, sempre sorrindo, dominando a cena, que era impossível desacreditar as suas palavras. Em minutos, sua resposta estava em todos os lugares e os comentários começaram a se multiplicar. Ela também me enviou uma cópia do vídeo, para eu usar como bem entendesse.
Infelizmente, o ódio, a inveja e a vontade de destruir a reputação das pessoas é tão forte atualmente, que mesmo a resposta rápida de Rafaela não foi suficiente para me blindar dos ataques.
Ela ainda me perguntou algumas vezes se eu estava realmente bem com o cancelamento do nosso contrato e ainda brincou:
– Pelo menos, consegui fazer com que eles pagassem a multa sem reclamar. Você não vai sair no prejuízo.
Enquanto nos despedíamos, ela ainda se insinuou:
– Se resolver deixar de ser careta, diga para a Josi que eu topo …
Eu entendi, mas precisei confirmar:
– Topa o quê, garota?
Rafa sorriu de forma maliciosa para mim:
– Você entendeu, não se faça de bobo.
Saí do apartamento, mas enquanto descia pelo elevador, as dúvidas vinham fortes no meu pensamento: “Quem foi o desgraçado que gravou eu e a Josi? A patrocinadora procurar alguém mais experiente é normal, mas porque logo após o fechamento do contrato, poucos dias depois? Ainda mais se sujeitando a pagar a multa sem reclamar. Quem tem interesse em me difamar?”.
Entrei no meu carro e, com muita saudade, liguei para a Josi. Ela atendeu no segundo toque e parecia triste:
– Clay, que surpresa boa. Olha só, me desculpa por novamente te colocar em uma situação ruim, eu só sirvo para …
Não deixei que ela continuasse, sabia muito bem sobre o que ela estava falando:
– Para de bobagem. Você não tem culpa de nada.
Uma ideia me passou pela cabeça, eu precisava me afastar de tudo, organizar os pensamentos antes de bolar uma estratégia de reação. Quem trabalha com internet sabe o quanto poderia ser prejudicial o que estava acontecendo. Fiz o convite:
– Eu tenho um tio que mora no interior, estou a fim de visitá-lo. Quer vir comigo?
Josi nem pestanejou:
– Claro! Você passa aqui pra me pegar?
Fiquei feliz por ela aceitar tão rápido.
– É bate e volta, voltamos amanhã mesmo. Não precisa levar muita coisa. Eu só quero me afastar um pouco, desligar o celular e apenas relaxar.
Josi estava muito animada:
– Tá bom, vou me arrumar e te espero.
– Só vou passar em casa, avisar o pessoal e já te busco.
Assim que desliguei, em seguida liguei para o meu tio:
– E aí, pau murcho? Tô pensando em ir te ver. Tudo bem? Tô levando a Josi comigo, algum problema?
Meu tio devolveu a provocação:
– Josi não é a galega liberal? Voltaram? Vai trazer carne nova pro velho aqui espetar?
Rimos juntos, é claro que ele não ia deixar barata a minha provocação. Ele voltou a falar:
– Pode vir, mas eu tô de saída. Podem ficar na casa, vou deixar aberta. Só volto amanhã à noite.
Provoquei mais uma vez:
– E vai aonde, velho tem que dormir cedo. Vai que um colchão diferente prejudica o nervo ciático …
Ele perdeu a linha:
– Vai se foder, moleque! Respeita os mais velhos. – Após mais risadas, ele explicou. – Tô indo pescar com uns amigos. Gente que não vejo há alguns anos e que estão de volta à cidade
Depois de acertar os detalhes, nos despedimos. Passei na casa do meu pai e avisei a Laura sobre o meu sumiço, dizendo para ela não se preocupar. Ela já tinha falado com Rafaela, me poupando mais uma rodada de explicações. Preferi ainda não contar sobre a Josi, precisava daquele momento para mim e só após decidir se realmente voltaríamos, eu contaria para todos.
Já em casa, precisei dar a notícia do cancelamento do contrato para o Lucas e a Simone, Lariane ainda não havia retornado. Como Simone trocou mensagens com ela durante o dia, fiquei tranquilo, sabendo que ela estava segura, na casa do amigo que encontramos na balada.
Avisei que passaria o final de semana fora só retornando no domingo à noite e deixei Lucas e Simone responsáveis pelas redes sociais da empresa, com carta branca para formular qualquer estratégia de resposta aos ataques que viéssemos a sofrer. Também dei a eles uma cópia do vídeo feito por Rafaela.
Arrumei algumas roupas na mochila e saí para buscar a Josi. No caminho, liguei para ela:
– Sei que não vai entender meu pedido, mas eu explico quando estivermos juntos. Por favor, me encontre a alguns quarteirões do seu prédio.
Josi estranhou, mas acho que lembrando do vídeo que gravaram da gente na noite anterior, apenas respondeu:
– Tem um mercado alguns quarteirões à frente. Me encontre na saída. – Nos despedimos novamente e desligamos.
Desliguei telefone de vez e em vinte minutos cheguei ao local. Como eu já disse antes, é na simplicidade que reside todo o esplendor da beleza de Josi. Ela vestia um vestido simples, estilo jardineira, florido, em tons de rosa e vermelho. Uma blusinha branca por baixo e apenas chinelos nos pés. Estava linda com o cabelo amarrado no alto da cabeça, preso por um palito de madeira. Sem maquiagem, bela e perfeita ao natural.
Apenas encostei e abri a porta. Josi não é muito afeita a galanteios sem sentido, como obrigar um homem a sair do carro para lhe abrir a porta, por exemplo. Há não ser que estejamos em uma noite de encontro, onde o protocolo é importante para manter a chama do romantismo acesa. Ao me ver, ela deu aquele sorriso que fazia meu coração disparar, bater acelerado.
Assim que ela entrou, arranquei com o carro. Apesar da alegria em estar comigo, ela se mantinha receosa, à espera de alguma coisa. Resolvi me explicar:
– Desculpa fazer você andar nesse calor, mas acho que estamos sendo vigiados. A intenção de quem está fazendo isso não é boa.
Josi tinha preocupações diferentes:
– Eu não me importo, sei que não pediria se não fosse importante. Seu dia deve estar sendo difícil. Resolveu o que precisava?
Fiz um pouco de suspense, mexendo com ela, vendo seu sorriso começar a morrer. Eu não estava ali para deixá-la ansiosa ou brincar com coisa séria. Fui honesto:
– Você deve ter visto o vídeo-resposta que eu e a Rafaela fizemos, portanto, já sabe a resposta. Tu sabe que não precisa de joguinhos comigo, só fale o que está pensando.
Josi desatou a falar:
– E eu lá vou saber? Vai que é tudo jogo de cena, conversa para acalmar seguidor … Eu disse que ia te esperar, mas não é fácil … eu te amo, poxa … é difícil ficar esperando resposta, estou quase explodindo de ansiedade, ou você quer ou não quer … eu não sei mais o que fazer para provar que eu te amo …
Parei o carro novamente, olhando sério para ela. Ela estava realmente angustiada, quase chorando de novo. Falei de uma vez:
– Eu te amo, sua boba. Sempre amei, senti saudade, estava quase ficando louco … Aquele dia no escritório do Juan, depois de meses sem te ver, foi foda. Eu só queria te agarrar ali mesmo … ontem então, quando entrei naquele quarto e te vi tão linda … quase enlouqueci.
Josi se lançou sobre mim, beijando a minha boca e tentando me abraçar, quase vindo parar no meu colo. Precisei segurar um pouco o ímpeto dela:
– Assim vai ser difícil. Se eu não me concentrar, não vou conseguir dirigir. Se comporte!
Ela me deu aquele sorriso de moleca, que eu tanto adorava:
– Tá bom, desculpa.
A puxei para mais um beijo:
– Teremos todo o tempo do mundo daqui a pouco. Meu tio deixou a casa só para nós dois.
O sorriso de moleca se transformou em um sorriso safado, malicioso. Ela voltou a se sentar direito em seu banco, mas com a cabeça apoiada no meu ombro, agarrada no meu braço. Com tanto assunto para colocar em dia, nem vimos as mais de três horas de viagem passar. Quando dei por mim, já estava entrando no sítio, estacionando em frente à casa do meu tio.
Josi me fazia tão bem que eu até esquecia das coisas triviais. Entramos na casa e meu tio, como tinha dito, já não estava mais ali. Josi perguntou?
– Vamos comer o que? Estou com fome. Dá pra pedir comida aqui?
Fomos até a cozinha e havia um bilhete do meu tio na mesa:
“Fiz compras mais cedo e os armários e a geladeira estão abastecidos. Divirtam-se! Não façam nada que eu não faria”.
Josi disse:
– Seu tio deve ser um cara muito gente boa. Você sempre fala dele com muito carinho.
Precisei confirmar:
– Isso é verdade, ele é o melhor. O completo oposto do meu pai, que é sempre calado. Meu tio é da zoeira, sempre pregando uma peça em alguém ou nos fazendo rir.
Como o dia foi muito quente, perguntei a Josi:
– Quer tomar um banho? Vou preparando algo para a gente comer.
Ela não resistiu:
– Deus me livre! Vai você, eu preparo algo rápido.
Realmente, eu era um péssimo cozinheiro e aceitei sua proposta. Meu tio já tinha deixado o quarto de hóspedes arrumado e toalhas para a gente. Peguei uma das toalhas e fui para o banheiro. Minha intenção era tomar uma ducha rápida, mas assim que abri a água, tive a visão mais saudosa, e que fez meu corpo inteiro arrepiar: Josi, nua, invadindo o banheiro:
– Achou mesmo que eu iria me comportar? Me pega de jeito, por favor …
Trancei a mão em seus cabelos e a puxei para mim, colando nossos corpos. Ainda a segurando pelos cabelos, dei um beijo lascivo naquela boca, que foi prontamente retribuído. Comecei a descer e beijar seu pescoço, sentindo que ela se apertava mais contra mim:
– Que saudade, meu amor. Como sonhei com isso, nós dois …
Levei a mão aquela bunda perfeita, dando um tapa leve, apalpando carinhosamente em seguida:
– Eu também, minha safada. Você me perdoa por ter sido tão precipitado? Por ter feito a gente perder tanto tempo?
Josi me deu um sorriso cúmplice, com lágrimas nos olhos, buscando abrigo no meu peito:
– E você? Me perdoa por ter sido idiota, não ter contado logo a verdade e ter deixado aquele babaca me manipular?
Nos beijamos novamente, um beijo carinhoso, de puro amor, de selamento.
Voltei a descer beijando o pescoço, abocanhando aqueles lindos seios firmes, dois montes que eu adorava desbravar, que cabiam perfeitamente nas minhas mãos e atraiam minha boca como imãs. Mordisquei os biquinhos, voltando a sugar delicadamente em seguida. Ela me fez um pedido inusitado:
– Só me fode, sem preliminares. Quero esse pau em mim, me preenchendo inteira.
Josi se ajoelhou e começou a me mamar como se não houvesse amanhã. Lambeu, sugou, beijou a cabeça, enfiou inteiro na boca, correu a língua da glande às bolas e voltou a enfiar na boca, até quase o fundo da garganta e só tirou quando sentiu o ar faltar.
O banheiro era grande, rústico, sem box de vidro ou coisa parecida. Buscando um lugar melhor, a peguei novamente pelos cabelos, do jeito que ela gostava e a fiz se apoiar na pia, arrebitar bem aquela bunda linda e pincelei a pica na entrada da xoxota, sentindo o quanto ela estava molhada.
Tentei penetrar de uma vez, lembrando o quanto ela gostava de uma pegada mais viril, mas ela protestou:
– Calma! Vai devagar. Não menti quando disse que esperei por você. Seja carinhoso, logo eu me acostumo e voltamos ao normal.
Trouxe Josi de encontro a mim e beijei novamente sua boca. Desliguei o chuveiro e a levei para a cama, no colo. A posicionei de quatro e não resisti, dando um beijo e linguadas caprichadas naquela buceta melada que eu amava chupar e foder. Ela protestou novamente:
– Não! Me fode, eu preciso. Mete esse pau em mim, por favor …
Me posicionei e comecei a forçar a pica na entrada da xoxota. O pau, aos poucos, ganhava profundidade. Josi gemia:
– Isso mesmo … assim, meu amor … que saudade … parece um sonho …
Em segundos, o pau estava completamente atolado e perfeitamente encaixado naquela gruta de prazer. Comecei a movimentar o quadril devagar, estocando calmamente, a provocando:
– Tava com saudade desse pau? Com saudade de ser fodida pelo seu macho?
Ela já rebolava, forçando o quadril contra o meu corpo:
– Muita saudade … você não tem noção … mete, fode essa buceta …
Aumentei um pouco o ritmo, sentindo que ela já estava confortável e totalmente entregue. Comecei a socar mais forte:
– Isso, minha putinha, rebola na pica, sei que tu adora.
Ela já gemia alto, descontrolada:
– Mete, seu puto gostoso … fode sua putinha … arregaça essa buceta …
Eu já estocava alucinadamente, como fazia antes, enfiando o pau fundo nela, tirando quase inteiro e voltando a socar novamente, sentindo minhas bolas batendo no períneo, arrancando gemidos ainda mais desesperados:
– Ai, caralho … fode, fode essa buceta que eu vou gozar … que delícia, amor … mete, mete forte … tô gozando … não para …
Eu continuava metendo e Josi se recuperou enquanto ainda era fodida pedindo mais, gozando uma segunda vez minutos depois. Quando ela percebeu que eu não iria mais conseguir segurar, se virou rapidamente, expulsando meu pau de dentro dela, ficando de frente para mim, abocanhando a pica, me chupando e punhetando com vontade.
Meu êxtase explodiu em sua boca, escorrendo pelo queixo, jatos fortes, que ela engolia uma parte e deixava outra escorrer. Caí ao seu lado, precisando de tempo, com o pau já amolecendo. Ela se abrigou em meu peito, abraçada a mim. Estávamos satisfeitos, por enquanto.
Dez minutos depois, ela me deu um beijo na bochecha e sorriu para mim:
– Precisamos comer, estou faminta.
Ela se levantou apressada e voltou ao banheiro, tomando uma ducha rápida para se refrescar e limpar o corpo das secreções resultantes do nosso amor, já quase secas em sua pele. Quando eu pensava em acompanhá-la, ela já estava se enxugando e partiu para a cozinha, nua do jeito que estava. Me lavei também, mas ficando de molho por mais tempo. Apesar de tudo que acontecia no mundo fora daquela casa, eu me sentia o homem mais sortudo da face da terra.
Josi gritou da cozinha:
– Clay, posso usar tudo que eu quiser?
Gritei de volta:
– Pode sim. Fique à vontade.
Ainda fiquei de molho por mais alguns minutos, a água estava fresca, gostosa. Finalmente terminei o banho e me enxuguei. Assim como Josi, não vesti nada.
Ouvi barulho de fritura e fui ao seu encontro. Ela estava incrivelmente sexy naquela posição, com uma perna apoiada na outra, um poucos afastada do fogão, vigiando sua fritura enquanto bebericava uma cerveja longa neck. Me aproximei e a abracei por trás, beijando seu pescoço:
– O que tu inventou pra gente comer?
Ela se virou para mim:
– Tinha peito de frango e bacon em tiras finas. Cortei o frango em cubos, temperei e enrolei com bacon. Mesmo sendo feito com tempero pronto, acho que vai ficar bom.
Eu sabia que Josi era uma perfeccionista em relação a culinária. Dei um beijo gostoso naquela boca:
– Se tem bacon é garantia de sucesso, relaxa. Não tem como ficar ruim.
Abri uma cerveja para mim também. Enquanto bebíamos e conversávamos, ela criou coragem para perguntar:
– Estamos juntos outra vez? É de verdade, é real?
Como sempre fomos muito brincalhões, resolvi abusar:
– Olha, não sei … não é fácil dar um fora na Rafaela …
Josi foi mais honesta do eu esperava:
– Eu te entendo … ela é um mulherão. Aqueles olhinhos puxados … Fiquei com muito medo de não conseguir ter você de volta. – E devolveu a minha provocação. – Nem eu sei se teria resistido …
Aquilo era coincidência demais, as duas falando a mesma coisa. Fui hipócrita e resolvi testá-la:
– Ela acha o mesmo de você. Ainda disse que se um dia eu resolver deixar de ser careta, ela topa.
Os olhinhos lindos da Josi chegaram a brilhar:
– Ela topa? O quê?
Usei as mesmas palavras de Rafaela para mim:
– Você entendeu, não se faça de boba.
Continua ...