Essa foi mais uma mudança abrupta na vida do rapaz. Pediu demissão do emprego, disse que iria para outro lugar. Os colegas de trabalho acharam estranho não falar para onde estava indo. Mudou o assunto para a saúde de sua mãe, o que fez o foco mudar. Pensou que agora não precisava mais esconder o fato que usava calcinhas 100% do tempo, que não via seu pênis há duas semanas, pois uma mulher que o havia trancado em uma pequena jaula que só era aberta para limpeza. E que a noite se chamava Gabriela, era dominado por homens o tornando uma fêmea servil. Algo que muitas mulheres, namoradas e esposas não aceitariam. Era um peso a menos, menos segredos em sua vida poderiam torna-la mais fácil. A vida dupla agora era segredo dele com sua família.
Pensou que agora poderia se vestir mais tempo como mulher do que como homem. Algumas cuecas ainda ficaram no seu guarda-roupa e resolveu joga-las fora. Suas roupas masculinas ainda teriam serventia, porém preferia as calcinhas. Agora poderia usar sutiã, apesar de não ter seios. Os usava para combinar com as calcinhas e com algumas roupas. A pequena jaula evidenciava menos sua masculinidade, permitindo roupas mais apertadas. Seus pequenos testículos ficavam visíveis e agora conseguia esconde-los de forma mais efetiva. Ainda marcavam a roupa, porém se sentia mais uma menina do que antes. Imaginou se fossem menores! E se não os tivesse? A ideia era terrível, mas as roupas ficariam ótimas.
Estava há alguns dias trabalhando integralmente como puta. No dia atendeu um homem bem dotado que não sabia usar o instrumento que a sorte lhe deu. Alguns homens achavam que pau grande era tudo e o usavam como se aquilo era o suficiente para dar prazer. Agora entendia o que muitas mulheres passavam. Depois atendeu um homem mais velho, menos dotado e que sabia fazer uso do que possuía. Gozaram juntos. À tarde um jovem afoito, que gozava rapidamente. Três vezes em uma hora, em algum lugar aquilo era um recorde. Mais tarde sexo morno, seguido de sexo morno e mais sexo morno. Esses cliente queriam usar seu corpo para de alguma forma torna-lo o templo da mais primal putaria, aquela em que a penetração constante é o rito de uma religião maculada por fortes impulsos sexuais.
Estava cansado e com fome. Maria teria duas horas e poderia comer em algum restaurante de algum shopping. Antes nunca faria isso, ir para um lugar público como Gabriela. Agora era corriqueiro, a androgenia e os modos delicados aprendidos com a observação e lições de Raquel conseguiam esconder a realidade. Sentia-se bem e alguns homens o olhavam, alguns com dúvida e outros com curiosidade. Preferia os que olhavam com desejo. Chegou no shopping e se sentou na praça de alimentação, já se passavam das 21:00 de uma quarta-feira. Estava deserto.
Vestia uma calça de lycra preta. Sua bunda ficava bem e o volume entre suas pernas era facilmente escondido. Maria chegou chamando atenção com um belo decote mostrando o volume de seios durinhos. Queria ficar excitado, mas a pequena jaula mantinha uma clara ordem de que ereções não seriam seriam permitidas.
- Gabi, meus olhos estão aqui em cima e não nos peitos!
Ela riu gostosamente e sentou.
- Desculpa, mas é que esse decote chama atenção.
- Então consegui chegar ao meu objetivo!
Conversaram mais e decidiram por sushi. Maria estava com vontade há tempos e Gabi achou boa ideia. Voltaram a mesa e começaram a conversar.
- E como está trabalhar integralmente?
- Bem. Tirando um ou outro me tratam bem.
- Te comem bem?
- A maioria.
Contou das desventuras. Do pau grande inútil e do pau pequeno e competente. Maria concordou que era mais comum do que gostaria que fosse. Um pau grosso bem usado fazia um ótimo estrago, de acordo com Maria. O assunto então se tornou um pouco mais sério.
- E sua mãe?
- Fazendo o tratamento. Melhorando aos poucos. Está dando certo.
- Que bom! Fico feliz por vocês. Você está se esforçando.
- Sim. Preciso fazer isso.
- Você já tinha pago mais da metade né?
- Já. Achei que iria parar com isso até o fim do ano. E sua dívida?
- Mais dois ou três meses.
Ele estava com uma ponta de inveja, mas pensou que era ótimo que Maria saísse dessa vida. Terminaram de comer. Maria estava com vontade de beijar Gabi e a levou para fora do shopping, onde poderiam ficar a sós. Escolheram um lugar em uma praça próxima e se beijaram, namorando um pouco. Dada hora, Maria precisava ir. Deu um beijo de boa noite e seguiu para seu próximo cliente. O Rapaz queria o corpo de Maria, mas não poderia tê-lo naquela noite. Pensou em como seria o homem que ela iria atender, se iria dar o que ele não poderia dar a Maria. Sentiu ciúme e lembrou que seu corpo não era todo de Maria. Seria hipócrita.
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Raquel o chamou em seu apartamento, queria conversar sobre algo. Esperava que fosse bom. Precisava usar roupa sexy, reveladora. Raquel o atendia apenas usasse roupas vulgares. O porteiro sempre o encarava. Os vizinhos olhavam para sua bunda, para seu corpo. Não sabia se imaginavam que não era bem uma mulher. Nesse dia resolveu vestir um short de academia que entrava na bunda, apertado. Agora usava mais roupas dessa forma, pois era mais fácil esconder sua tão pequena masculinidade. Era como se estivesse saindo da academia, sem não ter ido pra academia antes. Bateu na porta e Raquel atendeu. Entrou e sentiu foi um tapa na bunda. Raquel agarrou a nádega que recebeu o tapa.
- Não resisti!
Sentada no sofá duas mulheres. Uma vestida totalmente de preto e botas. Um decote tão revelador quanto de Maria. Um olhar que misturava sensualidade e perigo, acentuado por uma maquiagem que destacava olhos cor de mel. A outra estava com um vestido florido que não combinava com uma coleira preta com um gancho metálico.
- Te apresento Madame P.
A mulher de preto se levantou. Era alta, talvez tivesse 1,80m. Era mais alta que ele e Raquel. A mulher tocou seu rosto e acariciou seu cabelo. A outra mulher ficou observando, tímida.
- Você é bonita.
- Obrigada.
Foi um elogio sincero, olhos nos olhos. Sentiu vergonha, ficou um pouco vermelho. Ela era uma mulher muito bonita, nunca tinha escutado isso antes de uma. A mulher se sentou no sofá e cruzou as pernas. Raquel fez o mesmo.
- Tire a roupa.
Olhou para as três mulheres e sentiu vergonha de ficar nu para elas. Sentiu uma pressão e não sabia o por quê. Eram três mulheres bonitas de corpos lindo, como ele iria as excitar? Procedeu com a ordem. Se virou de costas e tirou o top que vestia. Depois foi descendo o short aos poucos, se abaixando e revelando sua bunda. Virou para elas, mostrando seu corpo. Era um tanto vergonhoso perceber o quanto a mulher de preto analisava cada centímetro do seu corpo.
- Para um homem tem um corpo bem feminino.
Ela se levantou e ele escutou o barulho do salto da bota que ela vestia. Ela era ameaçadora e ao mesmo tempo sexy. Tocou nas suas costas.
- Pele macia.
Apalpou seu bumbum.
- Bem firme. Redondo.
Então ela deslizou a mão entre as nádegas e a sentiu alisar seu ânus.
- Cátia vêm aqui. Me ajuda.
A mulher de vestido florido se levantou prontamente e foi em direção a ela. Raquel estava visivelmente excitada.
- Lubrifica o cu dessa vagabunda. Com a língua.
- Sim, senhora.
A mulher se ajoelhou, abriu as nadegas do Rapaz com aos mãos e começou a lamber seu ânus. A sensação era ótima e o fato de Raquel observar tudo deixava a situação mais excitante.
- Está bom. Vá sentar.
A mulher obedeceu e voltou ao sofá. Então Madame P enfiou o dedo dentro do ânus do Rapaz. Ela realizou alguma penetrações, até parar.
- Pra quem dá o cu pra qualquer um ainda tá apertadinha.
Ela se sentou no sofá novamente. Deu a mão para Cátia, que usou álcool para limpar o seu dedo. Cruzou novamente as pernas.
- Venha aqui, só quero ver mais uma coisa.
Ele foi, lentamente. Já não sabia mais o que iria acontecer. Com aquela mulher era um passo ao desconhecido. Ela então pegou seu escroto e procurou pelos testículos. Um por vez.
- São tão pequenos. Isso explica você ser tão andrógino.
Ela então deu um leve apertão e o rapaz exclamou um ai. Ficou apertando, brincando com sua bolas e aquilo era estranhamente muito excitante. Pediu para Raquel abrir o cinto de castidade.
- Que patético. Consegue ficar duro?
- Demora um pouco.
Ela olhou para Cátia e a puxou pelo elo em seu pescoço.
- Faz ele ficar duro.
- Sim, senhora.
Ela começou a mamar o pau do rapaz. Fazia muito tempo que não recebia um boquete e a excitação daquilo tudo estava acumulada. Não demorou para que ficasse rijo e sentisse que quase iria gozar.
- Você é bem pequeno mesmo. Aposto que nunca fez um mulher gozar com isso aí. Pode trancar de volta.
Ela então pegou seu saco e o apertou. A dor o fez se abaixar, fazendo com que a ereção sumisse e fosse possível o trancar novamente.
- Gostei de você. Submisso e com um corpo bonito. Silencioso. Obediente. Senta no meu colo.
Ele se recompôs da dor e sentou no colo de Madame P. A situação estava muito, mas muito esquisita.
- Eu sou uma dominatrix e Cátia é minha escrava. Sabe o que significa ball busting?
- Não.
- Imaginava. Ball Busting é tortura dos testículos, é minha especialidade. Bater no saco dos homens me excita. Faze-los temer por seu saco me deixa muito feliz. É um ponto fraco no homem, qualquer um fica de joelhos com um chute ou uma chicotada bem dada. Eu tenho alguns clientes que gozam nessas seções de tortura. Ganho meu dinheiro e eles dor.
Ela começou a massagear o saco dele novamente. Sentia um pouco de dor e desconforto, mas seus dedos queriam tirar a dor e não faze-la acontecer. Ela o olhava diretamente nos olhos.
- Porém eu tenho uma fantasia. Eu fantasio com isso desde adolescente e quero torna-la real. É algo muito difícil de acontecer e eu imaginei que nunca iria fazer isso. Raquel e eu somos amigas há um tempo e comentei essa fantasia com ela. Eu sempre quis castrar um homem. Ela falou de você.
O Rapaz ficou sem ter o que falar. Ela falava essas coisas enquanto brincava com seu saco, de forma inofensiva. Sentiu medo.
- Não vai falar nada?
- É extremo demais pra mim. Eu não quero.
- Ouça o que dou em troca dessa bolinha aqui e dessa outra bolinha aqui. Você nem as usa.
- Mas são minhas. Não consigo imaginar fazer isso.
- Sei da sua mãe. Eu sou médica e posso ajudar, tanto com dinheiro pros remédios quanto tratamento. Eu faço isso pois sou uma sádica pervertida que adora emascular homens. É um hobby. Assim você vai dever menos pro Gusmão e pra Raquel. Vai ficar mais fácil pagar sua dívida, mais rápido. E com isso você fica mais feminino. Seu pênis vai ficar menor, seus seios vão aparecer. Sua bunda vai ficar mais bonita ainda. Não tem porque se apegar em algo que nunca te fez um homem de verdade. Se usar hormônios vai virar uma menina linda.
- Eu não quero.
- Eu vou te operar. A Cátia é enfermeira, ela vai cuidar de você depois. Apenas pense na possibilidade de uma vida nova. Pensa até o fim desse mês. Agora pode se vestir.
Ele se vestiu rapidamente. Estava temeroso com aquela mulher ali. Então elas foram embora, Madame P na frente e Cátia atrás dela, com os olhos sempre baixos.
- Raquel, o que foi isso? É loucura! Como assim me castrar?
- Calma Gabi. É só uma ideia. Salva a vida da sua mãe, diminuí sua dívida. Pensa nisso. E ela tem razão, você não tem como mais ser homem depois de tudo que anda fazendo. Com quantos homens você transou nesses últimos meses? Quantas vezes comeu uma mulher? Você consegue comer alguém?
Ela se levantou e começou a tirar a roupa. Foi para o sofá e abriu as pernas, mostrando uma vagina excitada.
- Me come. Me faz gozar só com o pau. Vêm.
- Eu vou embora.
- Você vai embora porque não consegue. Aceita que te transformei numa menina e agora tem a chance de resolver teus problemas de uma vez.
Ele olhou para ela. Desejava aquele corpo há muito tempo e lá estava ela, pedindo por sexo. Ele não estava com vontade alguma naquele momento. Ele se sentou numa poltrona perto. Ela fechou as pernas.
- Desculpa. Eu falei demais. Vêm aqui.
Se negou por uns momentos. Mas acabou indo. Ela o abraçou, nua. Era muita humilhação.
- Não precisa fazer isso se não quiser. É uma ideia, sugestão. Você pode ser o que quiser.