Despertar de uma paixão: a quase coroa e seu jovem amor II - A sedução

Um conto erótico de Kira Ariel
Categoria: Heterossexual
Contém 1608 palavras
Data: 10/01/2024 12:53:22
Última revisão: 17/01/2024 12:12:31

(Leia a parte I)

Durante o resto do sábado, tentei mudar meu foco e saí com algumas amigas à noite. Até deu certo. Almocei com outra amiga no domingo e consegui variar um pouco o assunto. Nos dias seguintes, mantive a concentração no trabalho e já parecia mais adaptada à minha rotina normal. Na quinta à noite, no entanto, foi inevitável.

Manu mandou uma mensagem no Whatsapp:

- Oi, miga. Amanhã você vem, né?

Ela se referia àquela já tradicional celebração mais entre amigos de toda sexta no bar da mãe.

- Claro, vou sempre, né, Manu.

- Eu sei. É que tem alguém que quer muito te ver.

E eu, fingindo inocência:

- Ah, é? Quem, Manu?

- kkkkkk Até parece que você não sabe.

Mandei um emoji de dúvida e ela:

- O Anderson, né?

- Manu, por favor, você ainda tá nessa? rs

- Eu não, ele que tá kkkkk

E mandou na sequência:

- Ficou perguntando de vc, disse que é seu amigo no Insta agora, tava todo felizinho.

Sorri lendo aquilo. Manu me mandou um print do trecho de uma conversa deles daquela quinta.

"- Sua amiga linda vai na roda amanhã?

- A Carol? Acho que sim.

- Po, Manu, ela é princesa demais.

- Acho que pra vc é rainha né?

- Rainha, deusa... Sirvo como ela quiser"

Gargalhei lendo o print e o jeito dele falar de mim.

- kkkkk Ai, Manu, que fofinho...

- Gostou, né, miga? kkkk

Tinha gostado sim. Mas não ia falar isso pra Manu. Até porque ainda não havia me convencido de ficar com ele. Por enquanto era uma situação que ficou na minha fantasia, mas não para realizar de verdade.

- Manu, preciso dormir que amanhã ainda é dia útil.

- Vai lá, miga. Quero ver vcs amanhã. Casal lindo kkkk

Mandei um emoji rindo e fechei o Whatsapp. Se não tinha quase pensado nele desde aquela manhã do sábado, agora todo esforço que havia feito foi por água abaixo. Pensava nos elogios que ele fez a mim pra Manu e imaginava ele no dia seguinte, na roda. Não resisti e abri o Instagram. Nenhum story dele no dia. Anderson fazia faculdade junto com a Manu, também era o primeiro da família a cursar o ensino superior, como ela. Estagiava de dia e estudava à noite. Mas, pelo menos pelas fotos do perfil, tinha pique pra sair, fazer viagens curtas e se divertir.

Tentei dormir, mas os pensamentos sobre o Anderson não me deixavam sossegar. Pensei que me masturbar poderia ajudar, mas só pensava nele. De novo, me tocar pensando no Anderson. Aquela ideia não me agradou, mas eu já estava umedecendo enquanto ainda tentava negar o desejo. Não pude evitar.

Após o gozo, relaxei. E finalmente consegui dormir.

***

Foi difícil segurar a ansiedade naquela sexta-feira. Depois do trabalho, cheguei em casa e demorei mais do que o normal para achar uma roupa. Por fim, usei uma blusa tomara que caia branca e um jeans que adorava, pois realçava o meu bumbum.

Cheguei no bar da Eliza, a abracei, cumprimentei o Mauri e quando chego nas mesinhas do quintla interno, a Manu corre pra me abraçar.

- Nossa, miga, abalou, hein?, ela disse, me olhando de cima a baixo.

- Imagina, Manu, tô na simplicidade.

Ela se aproxima do meu ouvido e fala:

- Assim ele não aguenta.

Rimos e dei um empurrãozinho nela no melhor estilo "para".

Sentamos e peguei uma caipirinha. Cerca de 15 minutos depois, Anderson chegou e veio direto para nossa mesa. Cumprimentou Manu e, como ela, me olhou medindo meu corpo e falou:

- Você tá linda, Carol.

Agradeci e falei pra ele sentar. Manu olhou rápido pra mim mal disfarçando uma risadinha maliciosa "do bem".

Começamos a conversar os três. Algumas vezes éramos interrompidas por algum conhecido ou amigo que chegava e cumprimentava. Também cantávamos as músicas mais alegres e saí um pouco da mesa para ficar com a Eliza, às vezes dando uma mão porque ela era quem sempre segurava a barra pesada ali, embora o Mauri também ajudasse.

Já no meio da madrugada, quando boa parte do pessoal tinha ido embora, encontrei Manu no banheiro.

- Não vai voltar pra mesa não?, ela questionou.

- Estava ali com a sua mãe, Manu, é minha amiga também, né?

- Eu sei, mas você já ficou bastante lá. E agora o movimento tá bem mais tranquilo.

- Tá bom, já vou.

- Ele tá sentindo demais sua falta, disse Manu sorrindo.

Desviei o olhar dela e fiz um gesto de "deixa pra lá". Saí, avisei Eliza e voltei pra mesa.

Continuamos a conversar até o bar esvaziar ainda mais. Àquela altura devia ter mais meia dúzia de pessoas fora a gente e os pais da Manu. Anderson falou pra mim, como se tivesse esquecido de contar algo muito importante.

- Nossa, tô tão feliz. Consegui comprar uma moto, usada, mas que pra andar por aqui tá ótimo.

- Que legal, Andinho!, comemorou a Manu. E só agora você fala isso?

- Pois é, pensamento tava em outra coisa...

- A gente pode ver?, ela perguntou.

- Claro, tá aqui na rua do lado, não tinha lugar aqui na frente.

Levantamos e quando estávamos saindo do bar, Eliza chamou Manu. Ela virou pra nós dois e falou:

- Vão na frente que daqui a pouco eu vou.

Disse e piscou pra mim.

Chegamos ao lugar em que estava a moto e Anderson foi descrevendo pra mim, todo animado. Eu tentava acompanhar o entusiasmo, mas não entendia nada do assunto, só fui concordando e sorrindo com a empolgação dele. Até que ele perguntou:

- Quer dar uma volta?

Hesitei.

- Não é perigoso, Anderson?

- Nunca ia fazer nada que pudesse te machucar. E trouxe um capacete extra.

Achei simpático, mas mesmo assim adverti.

- Mas só uma volta curta, tá?

- Tudo bem, Carol.

Ele ficou ainda mais empolgado e subiu na moto. Não estava acostumada e sentei na garupa, com ele me orientando a apertar as pernas na moto, evitando o escapamento, e dizendo que podia também segurar nele.

Fiz o que orientou e segurei em sua cintura. Pude sentir o corpo dele pela primeira vez, magro, mas firme, duro. Quando ele acelerou, devagar, e saiu, cheguei mais perto e pressionei meu corpo contra o dele.

Andamos um pouco e ele falou:

- Pode abraçar, Carol, se você se sentir mais segura.

Não estava mesmo confortável daquele jeito. Cheguei ainda mais nele e o abracei com os braços por baixo dos dele e segurando em seu peito. Sentia ali seu perfume (acho que a recomendação foi da Manu, porque era um que eu gostava) e mais do seu corpo. Já estava excitada, mas ainda em dúvida, quando ele parou em um semáforo. Aproveitei para pedir.

- Anderson, acho que já podemos voltar.

- Tá bom, Carol. só vou calibrar os pneus naquele posto.

Andamos mais um quarteirão e meio e paramos em um posto que só tinha um vigia ao longe, que nos cumprimentou e indicou o lugar de calibragem. Desci e fiquei olhando o céu enquanto Anderson enchia os pneus.

O céu estava claro e a lua cheia da semana passada já era minguante, mas ainda assim estava muito bonita, dando luz àquela parte da cidade menos iluminada pelas lâmpadas. Estava admirando aquela paisagem quando sinto uma mão de leve no meio das minhas costas.

- Tá lindo o céu, né, Carol?

Virei o rosto para o dele e falei:

- Tá sim, Anderson.

Ele me olhou fixamente e não desviei o olhar. Não consegui. Esperei ele ficar sutilmente de frente pra mim, agora com as duas mãos na minha cintura, e aproximar a boca da minha. Nos beijamos.

Quando fantasiamos um beijo não dado muitas vezes nos decepcionamos quando ele acontece de verdade. Não foi o caso. apesar de ter apenas 19 anos, Anderson beijava de forma suave, sua língua explorava a minha devagar, seus lábios molhavam os meus pouco a pouco. Ele sabia variar os movimentos me conduzindo, me convidadno para uma dança deliciosa.

Abracei Anderson e pressionei meu corpo no dele, ele me apertou ainda mais com as mãos. Nossas bocas continuavam ali, bailando uma com a outra, me fazendo delirar. Perdi a noção do tempo que ficamos assim, naquele primeiro e longo beijo.

Finalmente desatamos e voltamos a nos olhar. Ficamos em silêncio alguns segundos e disse:

- Temos que voltar.

Ele concordou com a cabeça. Outro teria insistido, mas acho que ele percebeu que havia gostado daquele momento e que não iria dispensá-lo. Foi maduro e paciente, coisa que nem todo homem, com muito mais idade que ele, conseguiria entender.

Subimos na moto e voltamos para o bar. Agora, havia espaço para estacionar na frente. Descemos sem nos falar e entramos.

Os últimos clientes estavam dividindo a conta e Manu sorriu ao nos ver.

- O Anderson queria mostrar como a moto dela andava, demos uma volta, falei.

- Que legal! Amanhã também quero andar, Anderson.

- Pode deixar, Manu!, ele respondeu.

Já eram mais de quatro horas e resolvi me despedir do pessoal. Quando falei que ia pedir um motorista por aplicativo, Anderson ofereceu carona. Não neguei.

Subimos na moto e fui orientando o caminho da minha casa. Ao mesmo tempo que fala, abraçada nele, pensava naquilo e o quanto isso podia comprometer minha amizade com a Manu... E o pais delas? Se ficassem sabendo ia achar tudo bem eu ter ficado com alguém que tinha metade da minha idade. E o resto das pessoas dali, que fama eu passaria a ter?

Pensava nisso, mas sentir o corpo dele ali superava os pensamentos. Chegamos em casa, tirei o capacete e devolvi pra ele, que me olhava. Ajeitei os cabelos e falei, apontando pra porta da minha casa.

- Uma saideira?

Ele abriu um sorriso largo, estacionou a moto e veio junto a mim, que já abria a porta.

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Comentários

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Não demore pra postar a continuação.. curioso aqui! Bjs e leia os meus tb

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