O Médico [02] ~ Primeiro beijo

Um conto erótico de BENJAMIM
Categoria: Gay
Contém 2869 palavras
Data: 11/01/2024 19:33:31
Assuntos: Gay, Início, Sexo, Traição

Foi gostoso.

Ele parou de me beijar e com os olhos fechados começou a roçar o nariz dele no meu. E me fazia muito carinho na nuca e nos meus cabelos.

Ele voltou a me beijar. A minha língua até voltou a participar do beijo, quando eu sinto dois dedos dele bem dentro da minha bunda sob a minha calça.

Ele pressionava de leve, mas bem lá dentro. Eu até sentia o pano da minha cueca entrando.

Foi muito bom, mas nem mesmo eu nunca me toquei lá.

Eu me assustei e o afastei rápido.

- Eu sei, você está bem malzinho né? Tipo, você ainda está bem febril. Você não deve estar nada bem. Eu sei que estou abusando muito da sua disposição. Desculpa, mas eu não resisto, isso tá muito bom; por favor não me pare agora... a gente não precisa nem tirar a roupa... só me deixa te beijar, beijar e só beijar, é tudo o que eu te peço... não me para agora, garoto! Eu estou explodindo de quente aqui... Ah! Me beija, amor; me beija!

Ele voltou com a língua quente dele na minha boca e depois foi pro meu pescoço. Ele sugava o meu pescoço como se fosse um prato de sopa.

Eu comecei a fechar os olhos e gemer como ele gostava, mas eu fiquei olhando para aquela salinha. Ela era apertada, escura, fria e cheia de bagulhos.

Fiquei olhando para as estantes e, não sei porque, eu disse:

- Preciso ir pra casa, comer muito e dormir, descansar!

Ele parou, me olhou firme e tirou as mãos de mim.

- Definitivamente você não me quer...deveria ter dito isso logo, pouparia

nosso tempo! - ele disse isso baixinho e com uma voz triste... me senti

péssimo na hora.

Ele pegou o jaleco de novo, agora com mais agressividade e botou a mão na maçaneta da porta.

Quando ele fez isso eu falei:

- Espera! - peguei no antebraço dele. Era tão forte que a minha mão nem fechava.

- Pra quê?

- Olha, não faz assim; eu...eu...ai...falta ar...eu...ai, nossa!

Eu comecei a tremer; minhas pernas ficaram bambas e eu despenquei; não desmaiei, só não me aguentava mais em pé.

Ele correu e me pegou antes que eu caísse.

Eu comecei a juntar forças e fui me segurando na camisa dele e fui levando o meu rosto pro peito dele.

- Ai, eu...o que está acontecendo comigo? Eu não consigo... isso é demais pra mim; eu nunca fiquei tão próximo de um homem... olha, eu estou

confuso... - comecei a chorar no ombro dele.

- Calma... não chora! Eu estou aqui. Você está confuso? Por quê? Não sabia que era gay?

- Eu sempre soube, mas...ah... ar, falta ar... ai, não me aguento

- Eu abusei demais do seu corpo e você com febre. A culpa é minha... não chora, garoto!

- Eu gosto quando você me chama de garoto! - disse isso sorrindo pra acalmar ele, pois ele estava mais nervoso do que eu.

Ele sorriu, me sentou na maca e disse:

- Respira; vou te levar pra casa; meu plantão acabou e eu vou te levar;

você não está em condições de ir sozinho e no caminho eu te dou algumas

recomendações.

- Fica aqui, volto logo!

Ele saiu apressado e eu fiquei respirando fundo... eu estava muito mal.

Ele voltou e me deu mais bolachas. Eu comi... estava com muita e fome e elas até que eram muito gostosas.

Ele me ajudou a andar até o estacionamento. Abriu a porta do carro dele e me sentou.

- Depois, se você quiser, eu mando alguém levar o seu carro.

- Eu não tenho carro.

- Melhor, assim você vai mais sossegado.

Ele arrancou com o carro e eu fui dando as coordenadas. Quando estava chegando perto da minha casa, eu lembrei:

- Ai caramba! Esqueci meu celular no quarto do Vagner.

- Tá... eu ligo pra alguma enfermeira e ela guarda pra mim.

Ele começou a ligar e falou pra guardarem um celular... - ai ele interrompe e me pergunta:

- Como é seu celular?

- É um preto, com detalhes prata.

- Tá! Óh... é um preto com detalhes prata; está na mesinha do quarto 309, ao lado do sofá... - ele interrompe a ligação de novo e me pergunta se o

local estava correto e eu disse que sim. - ...ok Yasmim, guarda pra mim.

- Haha.

- Que foi?

- Rimou!

- Hã? Não entendi!

- Nada não; criancice minha.

- Ah, me fala, eu adoro criancice, ainda mais de você que é o meu garoto!

- Putz, fiquei vermelhíssimo - É... bem... é que Yasmim rimou com guarda pra mim.

Ele não se aguentou e riu muito.

- haha... não acredito!

- Viu? Eu disse que era besteira.

- Quando você faz alguém rir e essa pessoa ainda olha pro seu sorriso de menino, não é besteira não, garoto!

- Eu sei que eu disse que gostava, mas você já me chamou várias vezes de garoto; isso é golpe baixo!

Ele foi se aproximando da minha casa; chegou na minha rua e eu disse:

- É aqui... ei, eu disse que era ali. Para, passou da minha casa!

- Eu não vou te levar pra casa. - disse isso sério e num tom seco, e eu, é claro, me apavorei.

- Para o carro!

- Eu vou te levar pra minha casa. Relaxa!

- Não! para o carro!

- Eu vou cuidar bem de você; esqueceu que eu sou médico?

Eu estava morrendo de medo.

Juntei todas as minhas forças e gritei:

- VOCÊ NÃO É MÉDICO; É ESTUDANTE DE MEDICINA. AGORA PARA A PORCARIA DESSE CARRO PORQUE EU VOU DESCER!

Ele deu uma freada brusca... se eu não tivesse de cinto eu teria voado pelo vidro da frente.

Ele veio na minha direção, se inclinou, eu ate pensei que ele ia tentar alguma coisa, mas ele puxou a maçaneta da porta, empurrou-a e disse:

- Ok, pode descer, eu não quero te fazer mal algum... eu nunca faria nada pra te machucar. Se você soubesse que eu sempre... - ficou mudo - bem, realmente, eu não posso cuidar de você, afinal, como você fez questão de lembrar, eu ainda não sou médico. Eu prometi que ia te fazer umas recomendações, né? Pois bem: tome banho frio para quebrar a temperatura do seu corpo; não faça muito esforço e tome o remédio - esqueci o nome agora - e se por acaso você piorar, pode ir lá no hospital, lá tem muitos médicos formados - ele fez questão de ressaltar isso - que poderão te atender muito bem. Eu só não garanto se eles vão ser tão amáveis com você como eu poderia ser.

Ele falou meio que esbravejando, mas dava pra notar a tristeza dele quando ele me falou tudo isso.

Eu me arrependi; até quis me explicar, mas ele me cortava direto e não me deixava falar. Pediu pra eu descer do carro e eu desci.

Quando eu ia fechar a porta, ele a puxou forte e nem me olhou no rosto.

Simplesmente rodou a chave e arrancou com o carro.

Me senti péssimo. Eu estava doente, mal sentia as minha pernas, morrendo de fome e frio, um amigo no hospital e sentindo culpa por ele estar lá, o meu primeiro beijo com um homem e agora isso, alguém chateado comigo.

Eu não poderia me sentir mais péssimo.

Entrei em casa e achei que ia levar uma bronca da minha mãe por não ter retornado as ligações, mas aí quando eu a vi ela disse:

- Como o seu amigo está?

- Fora de perigo. Não vai brigar comigo por não retornar as ligações?

- Não, quando eu liguei, um médico atendeu, foi muito gentil comigo e

disse pra eu não me preocupar porque você estava dormindo e que você estava de acompanhante... Ah, a propósito, como é o nome desse Médico?

Eu queria morrer naquela hora.

Agora tudo estava claro: eu acordava à noite porque meu celular tocava e eu ouvia o barulho. As vezes em que eu vi o médico na minha frente me olhando, era porque ele estava atendendo o celular e falando com a minha mãe ou com a Ana.

Caraca! O que foi que eu fiz?

"Ah não, tenho que encontrar com ele de novo, me explicar pedir

desculpas..."

Foi o que eu pensei.

Pensava na merda que eu tinha feito, quando a minha mãe interrompe...

- Ei menino, me responde, como é o nome do médico?

- Sabe que eu não sei? Mas não se preocupe, mais tarde, porque ainda estava de manhã, eu vou visitar o Vagner e se o médico estiver lá, eu pergunto.

Droga!

O meu primeiro beijo de verdade, e eu não sabia nem o nome dele, na verdade, eu não sabia nada sobre aquele loiro de olhos penetrantes e azuis.

Mas prometi a mim mesmo que saberia.

- A propósito, eu até esqueci meu celular no hospital, vou pegá-lo hoje ainda, aí eu aproveito e pergunto o nome dele, mãe.

Afinal, ninguém estava mais curioso pra saber do que eu.

- Agora vou dormir, estou todo quebrado e morrendo de fome. Será que você pode fazer algo que me alimente bem e que não seja pesado?

- Pode deixar; vá tirar essa roupa, tome banho e já pra cama.

Foi o que eu fiz. tirei a roupa, tomei um banho gelado, por recomendações médicas, fui de toalha pro quarto e em cima da minha cama já tinha uma

roupa limpa que minha mãe deixou ali. Tirei a toalha e andei no quarto

assim. Passei pelo espelho do meu guarda roupa e fiquei espantado, estava todo roxo: na cintura, nos braços, na barriga, nas pernas e

principalmente, no pescoço.

Vesti a roupa e me enrolei no cobertor.

Minha mãe apareceu com um sanduíche e vitamina de banana. Comi tudo rápido, por causa da fome, pedi pra ela apagar a luz e deitei.

Senti uma coisa estranha no meu corpo, mais precisamente, dentro da minha cueca.

Senti que a cabeça do meu pinto, estava bem molhadinha...

Nossa! Estava super excitado, cheio de tesão. Fiquei passando as mãos pelos roxos do meu corpo, principalmente pelo pescoço e me masturbei. Não resisti. Pus a mão dentro da cueca e mandei ver.

Nunca tinha me tocado desse jeito. Eu gozei e gozei muito. Pensei nele, o meu médico.

"Eu quero o meu celular de volta e é ele quem vai me entregar!"

Bem, ainda era o mesmo dia. Fui dormir depois de ter me masturbado.

Ainda estava muito excitado. Pensei muito nele, e no que eu fiz. Mas estava morrendo de cansado e dormi como nunca havia dormido.

Planejei para acordar cerca de cinco da tarde e acabei acordando por volta de nove da noite.

Tomei um susto tremendo quando vi o despertador e saí às pressas da cama. Sorte eu ter ficado bem melhor da febre e do cansaço.

Tomei banho, vesti algo bem rápido e saí. Minha mãe ainda quis saber o porquê de eu estar todo apressado pra ir para o hospital ou se eu não ia

comer nada; aí eu disse que comia no caminho e que o Vagner precisava de mim. Talvez eu até ficasse de acompanhante de novo porque os pais dele estavam viajando – mentira - e a namorada dele precisava ir pra casa, já que ela teria ficado lá desde bem cedo. - verdade, mas duvido que a Ana saísse do lado do Vagner.

Fui, com o coração apertado, querendo vê-lo logo, saber se eu ainda tinha chance.

Tudo o que eu havia planejado para mim estava desmoronando.

Eu nunca vou me envolver com homem algum!

Agora, a única coisa que eu via na minha frente era um jaleco branco e um corpo robusto ocupando ele.

Peguei o ônibus... ainda bem que passou assim que eu cheguei no ponto. O hospital não é muito longe da minha casa e acabei chegando em quinze minutos.

Meu coração ficou apertadinho no peito quando eu vi a fachada do

hospital; me senti minúsculo.

Entrei, fui ver o Vagner e, possivelmente, eu encontraria o médico.

- Cara, a essa hora? - Vagner falou quando me viu.

- Não me aguentei, eu estava dormindo até agora, estava muito cansado, mas tinha que vir.

- Poxa, valeu, mas não precisava.

- Precisava sim... – mas fui interrompido pelo Vagner.

- Opa! Vamos parar que eu já sei o rumo disso e você não é culpado coisíssima nenhuma.

- Ana, se você quiser, eu posso ficar de acompanhante hoje; você ficou o dia inteiro.

- Imagina! Não é sacrifício nenhum ficar ao lado do meu fofuxo.

Algumas piadinhas e conversas depois...

- O médico que estava cuidando de você; cadê?

- Sei lá.

- Ele não veio mais te ver?

- Não que eu me lembre.

- Queria muito vê-lo - falei baixinho, como se eu só quisesse ter falado pra mim.

- Por quê? - Vagner perguntou.

- Hã? Por que o quê?

- Por que você quer ver o médico?

- Eu?... É... porque... porque... bem... ah! Ele ficou com o meu celular hoje mais cedo.

- Como?

- Ele me deu carona pra casa, eu estava muito mal; até me ajudar a andar

ele fez. No caminho eu disse que tinha esquecido o celular no hospital

ai ele ligou pra cá e pediu pra alguém guardar pra ele.

- Ele bem que poderia ter dito pra dar pra gente aqui no hospital.

- É mesmo! E outra: se ele te levou e você disse que estava naquele estado, tais fazendo o que aqui ainda, cara? Tá louco?

- Bem, você sabe porque eu vim. Bom, então vou ver se acho ele por aí.

- Vai na recepção. – Ana falou.

- Ok, vou lá; não vão mesmo precisar de mim?

- Vai embora logo! – Ela tornou a falar.

- Poxa, me expulsando mesmo, hein?! Haha.

Eu havia demorado no quarto mais do que devia. Cada tempo que eu passava sem procurá-lo era como se eu perdesse a chance de encontrá-lo.

E eu queria vê-lo mais que tudo na vida.

Saí como um louco, procurando por todos os lados; vi coisas horríveis: pessoas cortadas de cima pra baixo, esfaqueadas; ai... não gosto nem de lembrar. Aquela era a hora que começavam as emergências e nada do meu médico.

Decidi ir na recepção e perguntar, quando vejo ele passando por mim com

uma prancheta na mão, bem preocupado.

Corri. Ele andava muito rápido... mal pude acompanhar. Hospital não é lugar de correr, mas se eu não o fizesse... o que será que aconteceria?

Ele foi entrando num corredor azul e eu atrás; só que assim que eu dobrei o mesmo corredor, ele havia sumido.

A sorte é que era um corredor finito, a única passagem de volta era por onde eu tinha vindo.

Fiquei esperando lá de pé.

Eram de oito pra nove portas, parecia o programa do Sílvio Santos, A Porta da Esperança, só que eu não dizia que porta queria; só esperei, no meio do corredor, de pé.

Demorou muito, eu já estava ficando zonzo com aquele cheiro do hospital, mas eis que ele surge. Pareceu cena de cinema de novo. Ele estava com o jaleco aberto - eu até me lembro bem da cena na minha memória - uma camisa polo azul bem colada, uma calça marrom e sapato preto.

Ele saiu da sala e não tirava os olhos da prancheta. Foi quando ele olhou pra frente pra poder ver pra onde ia, que ele me viu. Simplesmente parou. Ficou um tempão lá. Me olhou com uma cara de susto e depois com uma cara de manha, tipo criança emburrada.

Eu fiz, não de propósito, uma cara de arrependido, de tristonho e ele vinha na minha direção, me fitando fixamente e com a mesma cara emburrada.

Ele me enganou... fez que ia na minha direção, falar comigo e quando chega perto, ele desvia e sai.

Como assim? Peguei no braço dele e pedi pra ele esperar, mas ele puxou o braço e foi saindo.

Eu fui seguindo, ele estava indo em direção à recepção; parou lá e entregou a prancheta pra enfermeira do balcão:

- Yasmim, está tudo certinho aí, tá? Ah, outra coisa: lembra daquele

celular que eu te pedi? Tá aí? (...) Ah, obrigado por ter guardado, Yasmim!

Ele foi super gentil com a Yasmim, mas quando foi me entregar o celular, ele mudou a fisionomia e me estendeu a mão de forma brusca.

Eu fiquei só olhando pro rosto dele e ainda com a mesma cara de "me perdoa!."

Ele ficou mais alguns segundos com o braço estendido. Quando viu que eu não ia pegar, botou no bolso e saiu na mesma velocidade.

Eu fui atrás, claro. Saí falando atrás dele:

- Será que dá pra parar? preciso falar com você?Por favor, eu preciso falar com você. Eu preciso mesmoNão faz isso! Eu estou te pedindo, me deixa falar e depois você pode nem

querer olhar mais na minha cara, mas por favor me escuta.

Ele parou, voltou-se para mim, me pegou pelo braço daquela forma bem

delicada e me levou para uma sala.

Sala esta bem diferente da de manhã. Essa era um consultório, tinha o birô, a cadeira do médico, a do paciente, uma maca, enfim... um consultório simples.

Ele entrou e eu atrás. Aí ele se vira e diz:

- Fecha a porta! O que você quer?

- Eu só quero falar...

- Estou escutando - falou seco e breve.

- Olha, você tem que entender que isso estava fora dos meus planos, aquilo que eu balbuciei pra você naquela dispensa hoje cedo, era o que eu quero falar agora, eu...

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AH TÁ, DEPOIS QUE FAZ AS MERDAS ACHA QUE SE DESCULPANDO VAI RESOLVER TUDO.

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