Eu já estava bem ansiosa naquele momento. Igor disse que iria demorar um pouco para conseguir todos os documentos, mas que, se eu quisesse, ele poderia ir imprimindo ou eu poderia esperar e ver no próprio computador. Eu disse que seria melhor passar para o papel. Ele olhou na impressora do meu computador e disse que iria precisar de mais papel e provavelmente tinta. Eu respondi que tudo bem.
Ele começou a imprimir o que já tinha conseguido. Pedi à minha secretária para arrumar o que ele tinha pedido. Ele me explicou que iria imprimir os documentos do primeiro mês e assim por diante. Fui ajudando a tirar os papéis e organizando tudo em cima da minha mesa. Quando vi o montante que deu só do primeiro mês, percebi que realmente iria precisar de ajuda.
O pior foi que olhei alguns dos papéis e entendi bem pouco do que estava neles. Mandei uma mensagem para a Dani, pedindo para ela olhar o GPS de hora em hora, se possível, e me avisar caso o Alexandre saísse do RJ. Fui até a sala da Gabi e perguntei se ela poderia me ajudar a olhar os documentos, já que provavelmente ela tinha mais conhecimento do que eu. Ela disse que iria ajudar sim.
Quando estava saindo da sala dela, vi a Marcela saindo da sala de um dos advogados. Marcela é uma das melhores detetives particulares que eu conheço; ela é ex-policial civil e saiu da polícia porque tinha um pequeno problema em seguir ordens, era meio rebelde. Tive uma ideia e a chamei. Nos cumprimentamos e perguntei se ela estava em algum caso. Ela disse que não, que tinha acabado de encerrar um trabalho e por isso veio ao escritório. Eu disse que tinha um trabalho para ela, mas que era no RJ, um trabalho pessoal para mim e não do escritório. Ela disse para eu explicar, que por ser em outra cidade não era problema, desde que combinássemos o preço do serviço.
Expliquei tudo o que eu queria que ela fizesse, falei que iria transferir dez mil reais para a conta dela para que pudesse pagar as passagens, alugar um carro e um hotel. Pedi para ela levar roupas para sair à noite, porque talvez precisasse ir a boates ou lugares assim. Eu iria passar o endereço onde os dois estavam assim que ela chegasse no Rio e que poderia me ligar a qualquer hora se precisasse de mais dinheiro ou de alguma coisa. Dei as fotos dos dois para ela e fiz a transferência. Falei que, quando ela voltasse, era só me falar o valor do trabalho, que isso não seria um problema, já que sei que ela sempre cobra um preço justo.
Ela disse que todo dia à tarde me ligaria para passar as informações do dia. Depois de tudo combinado e as informações passadas, ela se foi. Agora eu teria meus olhos no Rio.
Quando a Marcela saiu, a Fernanda chegou. Gabi estava olhando uns papéis e a expressão dela não era nada boa. Dei um abraço na Fernanda e nós seguimos até onde Gabi estava. Perguntei se ela tinha encontrado algum problema. Ela disse que sim, que o problema era que não estava entendendo nada de uns gráficos que tinha encontrado. Eu tive que rir dela. A Fernanda disse que podia deixar que iria olhar os gráficos, que eram as planilhas do balanço do mês e que era fácil entender. Para mim, aquilo era só rabisco e números, kkkk.
A Fernanda praticamente tomou a frente de tudo, disse para a Gabi olhar os documentos de compras e vendas e procurar as notas correspondentes. Caso encontrasse algo errado, deveria falar com ela. Ela começou a olhar o resto. Era muita coisa, mas foi rápida, separando alguns papéis, enquanto eu ali parada, sem saber como ajudar.
Igor ainda estava no computador. A Fernanda me olhou e disse que, se eu pudesse buscar algo para a gente beber e comer, seria legal, pois aquilo ali iria demorar bastante. Falei que iria fazer isso. Fui até minha secretária e pedi para providenciar uns lanches e bebidas. Perguntei a ela se podia trabalhar até mais tarde naquele dia, que eu pagaria por isso. Ela disse que sim, mas que depois precisaria de uma carona para casa. Eu disse que isso não era problema.
Voltei para minha sala. A Fernanda veio até mim e falou que já tinha olhado tudo que tinha dos dois primeiros meses e não encontrou nada de errado. Ela examinou cada planilha, cada nota fiscal, e não achou nenhum erro. Eu disse a ela que provavelmente iríamos encontrar algo nos últimos três meses, que foi quando o Alexandre começou a agir estranho e começou a amizade com o Daniel. Ela disse que, se tivesse algo, ela iria achar, porque tudo da empresa era muito organizado.
Sentei e comecei a pensar se não tinha deixado passar nada despercebido. Depois de muito pensar, resolvi ligar para uma pessoa que poderia me esclarecer algumas coisas. Era só uma tentativa, mas eu tinha que arriscar. Fui até o Igor, consegui o número que queria e liguei. Fiquei naquela ligação por mais de uma hora, mas valeu muito a pena.
Quando fui contar a novidade, Dani me ligou. Perguntou se eu não iria para casa. Eu disse que iria, mas talvez demorasse. Ela falou que estava pensando e não queria almoço de aniversário. Eu disse que iríamos fazer sim, que não era para ela desanimar por causa do que estava acontecendo. Ela disse que estava meio desanimada mesmo. Falei que, se ela realmente não quisesse, tudo bem, mas eu queria fazer no sábado, reunir só os amigos mais chegados e passar uma tarde agradável com as pessoas que a gente gostava. Ela disse que isso seria bom, mas que depois a gente resolveria e nos despedimos.
Quando voltei para a mesa, Igor começou a pular e gritar junto com Fernanda, estavam comemorando algo. Gabi só ria dos dois. Perguntei o que estava acontecendo, e Igor disse que eles tinham achado o problema, que o Alexandre e o Daniel eram dois amadores mesmo. Eu disse que eles tinham descoberto que os dois criaram uma empresa fantasma e estavam desviando os lucros pouco a pouco para essa empresa como se fosse um novo investimento da empresa do meu pai.
Fernanda perguntou como eu sabia. Eu disse que foi assim que Daniel roubou a irmã dele, e ela tinha acabado de me contar durante a ligação que fiz para ela. Mas eu queria que eles me explicassem como foi que fizeram na empresa. Fernanda pediu para eu me sentar e disse que não tinha nada de diferente nos gráficos da empresa, tudo estava perfeito. Só que, há três meses, os lucros começaram a cair e o dinheiro em caixa a diminuir.
Ela notou que isso aconteceu depois de um novo investimento feito pela empresa em uma nova fábrica de produtos de limpeza. Quando viu o novo investimento, também notou os novos gastos, que eram normais. Se você começa um novo investimento do zero, vai gastar no início até ele começar a dar lucros. Mas o que chamou a atenção dela foi que Alexandre era o único responsável por esse novo investimento. Todos os outros passavam pelas mãos de um dos quatro diretores, menos esse, que era Alexandre, que resolvia tudo. Ele fazia os balanços e planilhas com os gastos e aprovava tudo. Esse investimento não tinha fiscalização, a não ser a dele.
Ela disse que, como Alexandre era nosso suspeito, já pediu para Igor verificar essa fábrica. Mas Igor já estava fazendo isso, porque a fábrica estava no nome de uma empresa fantasma, a mesma dona da conta que faz os depósitos na conta do Alexandre. Quando Igor terminou, viu que a fábrica não tinha nada além do registro legítimo e um funcionário, que era o Daniel. Viu que a empresa estava no nome de uma mulher, e tinham quase certeza de que era a esposa falsa do Daniel. Ela disse que Igor ia investigar o nome depois. Mas os dois descobriram quem roubava, onde, como roubavam e quem estava ajudando. Fernanda disse que só precisava olhar mais algumas planilhas e verificar as notas fiscais, mas tinha certeza de que eram notas falsas e que eu já podia ter certeza de que tinham descoberto tudo.
Igor me olhou e apontou para Fernanda, dizendo que ela era boa. Eu tive que concordar, ela era mesmo.
Pedi para Gabi ligar para o Hugo e pedir para ele vir ao escritório, se pudesse. Gabi foi fazer a ligação. Eu queria estar feliz por ter conseguido descobrir tudo, por ter a ajuda de pessoas tão legais, por conseguir provas para fazer Alexandre e Daniel pagarem pelo que fizeram, mas eu só sentia tristeza e decepção. Havia algo que não tinha como resolver de uma hora para outra.
Eu ainda amava o Alexandre. Não iria perdoá-lo, com certeza nunca mais iria ficar com ele, mas o sentimento ainda estava ali dentro de mim. Por mais forte que eu fosse, eu sentia aquela dor acabando comigo aos poucos. Eu fui traída por uma pessoa em quem confiava de olhos fechados, que fez parte da minha vida nos últimos dez anos, alguém com quem compartilhei meus sonhos, meus medos, minhas angústias, minha vida! Eu estava destruída por dentro. Quem olhava para mim achava que eu estava reagindo bem, mas não era bem assim. Eu até me achava uma mulher forte, mas aquele golpe realmente doeu.
Graças a Deus, eu tinha pessoas boas na minha vida, que eu sabia que iriam me amparar. Porque, se não, eu tenho certeza de que aquele golpe me derrubaria e não seria fácil levantar de novo. Machucou, machucou muito, mas eu ainda estava de pé e iria me manter assim. Eu tinha onde me apoiar. Perdida ali nos meus pensamentos, eu nem vi quando Fernanda se aproximou e me deu um abraço. Até me assustei, mas retribuí, dizendo um "obrigado" no seu ouvido. Ela disse que sabia o que eu estava passando, que tinha passado por algo bem parecido, e que eu podia ter certeza de que tudo iria ficar bem, que a dor e a tristeza que eu estava sentindo iriam passar. Eu só disse outro "obrigado" no seu ouvido. Ela soltou o abraço, deu um beijo no meu rosto e voltou para seus papéis.
Logo, Gabi me avisou que Hugo estava a caminho. Pedi a Igor e Fernanda para irem separando tudo que servisse como prova contra Alexandre, Daniel e sua mulher.
Fui olhar meu celular e tinha algumas imagens enviadas por Marcela. Eram várias fotos de garotas chegando em uma casa. Logo, ela mandou um áudio avisando que as fotos eram da casa do Daniel, que, pelo jeito, estavam dando uma festa. Pelo que viu das meninas que chegaram, eram garotas de programa, mas não tinha certeza. Ela provavelmente iria passar a noite por ali e, no outro dia, me avisaria se algo tivesse acontecido.
Mandei um áudio agradecendo a ela e disse que, se visse que eles não iam sair, poderia ir para o hotel dormir, que eu tinha como rastrear Alexandre no outro dia de manhã. Ela disse que também tinha como rastrear o carro dos dois, que já tinha colocado um rastreador em cada um, mas que preferia ficar ali e que, qualquer coisa, dormia um pouco no carro mesmo, que o bairro parecia tranquilo. Ela estava armada e o carro era até confortável. Eu falei que isso era com ela, agradeci e dei boa noite.
Hugo chegou e nos reunimos todos na minha mesa. Contamos tudo o que descobrimos a Hugo e perguntei o que ele me aconselharia a fazer. Ele disse que, com as provas que eu consegui, era fácil arrumar um mandado e, com certeza, eles seriam presos e condenados. Só tinha um porém. As provas foram conseguidas por uma invasão não autorizada, e isso poderia dar problemas para o Igor. Um bom advogado poderia usar isso a favor do Alexandre. Se tivesse como meu pai afirmar que autorizou o Igor a pegar aqueles documentos, seria melhor. Disse também que era para eu pedir para meu pai ir ao banco no dia seguinte e mudar todas as senhas e, se possível, pedir para bloquear a conta da empresa por alguns dias. A conta estava no nome da empresa, mas meu pai, como dono, era o único que podia fazer isso. Era melhor evitar que Alexandre roubasse mais dinheiro da empresa.
Olhei para a Gabi e ela sorriu, dizendo que esqueceu de contar a ele. Hugo perguntou o que estávamos falando. Eu disse que depois explicaria, mas que o lance de ter conseguido os documentos sem autorização não era um problema, nem a conta da empresa.
Fernanda me deu uma olhada, se levantou, disse que só ia olhar uma coisa rapidinho e foi até o computador. Hugo disse que, se eu quisesse, entrava em contato com seu superior e logo de manhã entregaria as provas e pediria a um juiz para expedir um mandado de prisão para os três envolvidos. Eu perguntei a ele se, caso Alexandre fosse preso no RJ, ele ficaria lá ou seria trazido para SP. Hugo disse que, provavelmente, por um tempo ele ficaria lá, mas depois seria transferido. Só que isso demoraria um pouco, porque essas coisas são um pouco lentas. Eu disse que preferia esperar, que queria ele preso aqui e não no Rio, que era melhor esperar ele voltar. Hugo perguntou por quê. Eu disse que tinha uma dúvida enorme ainda e só Alexandre poderia responder.
Hugo disse que isso era uma decisão minha, mas que, se bloqueasse a conta, ele iria suspeitar e poderia fugir, tanto ele quanto Daniel, que já tinha um problema na justiça. Se não bloqueasse, ele poderia fazer um estrago maior. Eu disse que não tinha problema, que tinha como receber o dinheiro que ele estava me roubando e, do jeito que ele estava fazendo, ele não podia roubar uma quantia muito grande de uma vez. Se tentasse fugir, eu tinha alguém já de olho nele. Fora que o celular dele e o carro, tanto do RJ quanto o daqui, estavam com rastreio também.
Hugo disse que eu e meus amigos deveríamos trabalhar na PF ajudando ele e riu. Fernanda voltou e perguntou se só ela e Hugo não sabiam do assunto que eu e Gabi estávamos conversando, e que eu iria explicar para Hugo depois. Eu perguntei que assunto, e ela disse para deixar para lá, mas que já sabia.
Na hora, não entendi, mas Igor olhou para mim, apontou o dedo para Fernanda e disse outra vez que ela era muito boa, começando a rir. Hugo ali nos olhando sem entender, e eu demorei a me tocar. Com a cabeça cheia e a mente cansada, estava um pouco lenta no raciocínio. Mas aí percebi o que Fernanda foi fazer no computador. Bom, não tinha mais por que eu mentir. Eu disse a ela que sim, só ela e Hugo não sabiam, mas Hugo só não sabia porque Gabi esqueceu de contar. E já que ela descobriu, não tinha por que eu não comentar isso abertamente. Eu disse a Hugo que a empresa estava no meu nome; na verdade, tudo do meu pai estava no meu nome. Isso fazia pouco tempo, e eu pedi para ele não comentar com ninguém. Foi uma decisão dele e, na verdade, eu nem queria.
Hugo disse que isso tornaria as coisas mais fáceis para mim. Eu disse a ele que tinha ligado para a irmã do Daniel, que conversei com ela durante mais de uma hora, e ela me contou o que o Daniel tinha aprontado com ela.
Falei para ele que Daniel estava usando o mesmo truque que usou na empresa da irmã para ajudar o Alexandre a dar o golpe aqui, mas mesmo que eu não tivesse descoberto isso, Fernanda e Igor tinham descoberto o que descobriram. Gabi me perguntou se eu podia contar o que ela me contou. Eu disse que sim, mas que ia resumir.
Eu disse que liguei, me identifiquei, expliquei o motivo da ligação, fui bem honesta com ela e perguntei se ela não podia me ajudar. Que, se ela pudesse me contar como o Daniel tinha roubado o dinheiro dela, iria me ajudar muito, porque provavelmente meu marido estava fazendo o mesmo com a ajuda dele para roubar minha empresa. Ela disse que me contaria sim, me explicou com detalhes como o Daniel fez. Ela me contou que ele teve a ajuda da sua diretora financeira, que era uma amiga pessoal dela, em quem confiava muito e deu até acesso à conta da empresa.
Ela falou que, quando Daniel ficou sem nada, depois de gastar tudo com mulheres e farra, pediu ajuda a ela. Ela, com pena do irmão, arrumou trabalho para ele na sua agência de marketing. Em troca, o irmão seduziu sua amiga e os dois a roubaram. Quem abriu os olhos dela foi a sua ex-cunhada, que ligou e avisou que Daniel tinha aparecido na casa dela pedindo para voltar com ela. Que ele estava em um carro importado, deu uma joia para ela e a levou a um restaurante muito caro. Sua ex-cunhada falou que só aceitou jantar com ele porque desconfiou dele aparecer de uma hora para outra, cheio de dinheiro, e tentou descobrir onde Daniel tinha conseguido, já que o conhecia muito bem e sabia que provavelmente era de forma ilícita.
Ela disse que fez uma auditoria na sua empresa e descobriu o que Daniel e sua diretora financeira estavam fazendo. Ela juntou as provas e denunciou os dois. Eles foram presos, mas logo saíram porque pagaram fiança e responderam ao processo em liberdade. Quando foram condenados, nem pegaram pena muito grande, principalmente a ex-diretora, que era primária. Daniel já tinha duas passagens na justiça, uma por agressão e uma por porte ilegal de arma. Mesmo assim, sua pena foi branda, considerando o que ele fez. Mas mesmo assim, ele recorreu e está assim até hoje. O último recurso dele está para ser julgado e ele deve ser condenado definitivamente.
Gabi falou que a ex-mulher dele fez muito bem em abrir os olhos da ex-cunhada. Eu disse que ela tinha muita raiva dele pelo que a irmã falou. Daniel traía ela direto com várias mulheres, gastou o dinheiro deles em farras e mentiu muito para ela. Quando ela descobriu das traições, foi confrontar Daniel e ele acabou batendo nela. Ela denunciou ele e pediu o divórcio, mas Daniel nunca a deixou em paz. No fim, o amor que ela sentia acabou virando raiva.
Fernanda me perguntou se a irmã do Daniel tinha falado o nome da tal diretora financeira. Eu disse que falou o primeiro nome, que era Carina. Fernanda disse que apostava seu salário que era a mesma dona da empresa fantasma. Igor disse que Fernanda podia apostar que ela iria ganhar, porque era esse o nome mesmo. Igor olhou para mim, apontou o dedo para Fernanda e foi dizer algo, mas eu cortei ele e disse que já sabia que ela era boa, começando a rir.
Falei que era melhor a gente ir para casa e resolver tudo no outro dia com calma. Todo mundo concordou. Chamei minha secretária e pedi a Gabi para dar uma carona a ela, já que era caminho. Gabi falou que a levaria sim. Agradeci minha secretária e saímos todos do escritório. Eu fui levar o Igor. Quando saí, depois de 5 minutos, Fernanda me liga perguntando se eu não poderia voltar e dar uma carona a ela porque o carro dela deu problema. Eu disse que voltava sim.
Voltei e a busquei. Ela disse que achava que era a bateria, porque não deu nem sinal na chave. Eu disse que no outro dia a gente resolveria, que eu iria precisar dela no escritório de novo, que ela não precisava ir para a empresa, que não era para ela pedir demissão, porque eu iria colocá-la em um cargo melhor, já que ela provou que tem muito a oferecer. Ela concordou e me agradeceu com um belo sorriso no rosto. Eu fiquei muito feliz de ver aquele sorriso de felicidade no rosto dela.
Deixei Igor e segui para minha casa. Fernanda perguntou onde eu estava indo, que o apartamento dela era para o outro lado. Eu disse que ela iria comigo para minha casa, que poderia jantar, tomar um banho e dormir no quarto de hóspede, que eu emprestaria uma roupa para ela, que apesar de eu ser um pouco mais alta, nossas medidas eram parecidas e com certeza alguma roupa minha iria servir nela. Ela estava sem carro, iria trabalhar comigo no outro dia, seria mais prático. Ela protestou e eu disse que não era uma discussão, era uma decisão minha e ponto.
Ela sorriu e disse que tudo bem. Falei que ela poderia aproveitar e matar a saudade da Andressa também. Ela disse que eu deveria ter começado por essa parte e sorriu. Perguntei se as duas estavam se acertando. Ela disse que não tinha nada para acertar, que eram realmente amigas, mas que gostava muito da Andressa e que ver ela era sempre bom. Eu disse a ela que tinha entendido.
Seguimos para minha casa conversando. Acho que a Ruiva tinha conseguido um lugar especial no meu coração. Tinha quase certeza de que ali estava nascendo uma grande amizade.
Continua…