Aqueles dois ou três minutos de briga no quarto foram intensos. De fato, foi a primeira vez que saí na porrada com alguém. Mas tinha que ser logo com um amigo? Não poderia ser algum desafeto qualquer? Enfim, a vida tem dessas coisas.
Lá estava eu apanhando do meu amigo e ao mesmo tempo batendo nele com socos na barriga, no rosto, nas costas, em qualquer lugar do seu corpo que conseguisse. Enfim, chegamos a um momento em que apenas nos seguramos, impedindo os golpes um do outro. Eu fazia força para empurrá-lo, mas o cara era bem forte. Então, ficamos cara a cara.
- Seu fiho da puta! Repete o que você disse! - Gustavo gritou, respingando saliva no meu rosto.
Eu fiquei em silêncio e só olhava nos olhos dele. Qualquer coisa que dissesse o deixaria mais nervoso. E eu só queria acabar com aquela briga estúpida. Porém, essa situação dele sobre mim no chão, me deixou com tesão. Sim, uma situação nada sexual me deixou de pau duro.
- Reage, seu merda! - Ele me provocou.
Continuei calado e olhando em seus olhos. Para demonstrar que não queria continuar a briga, eu fui diminuindo a resistência até soltar o braço dele. Gustavo, ainda nervoso, segurou no meu rosto com força. Ele ficou de joelhos ao meu lado, segurando meu rosto com uma mão, e com a outra, o meu braço. A boca dele se movia como se fosse dizer algo, mas só fazia um som inicial de alguma palavra e não terminava. Eu continuei olhando para ele, agora com as sobrancelhas erguidas, aguardando-o falar.
- Fala Gustavo! - Eu disse meio impaciente.
De repente, Gustavo me soltou e saiu do quarto correndo, batendo a porta atrás de si, me deixando no chão sem entender nada. Eu me levantei e, ao passar de frente ao espelho, vi que havia sangue na minha boca. Quando levei a mão na maçaneta, a porta se abriu com força.
- Escuta aqui, cara! - Disse ele apontando o dedo na minha cara. - Eu não sou viado!
- Tudo bem, mano. - Eu me recuei.
- Eu não sou viado! Eu…
- Tá bem, mano.
Gustavo ficou na sala andando de um lado para outro, parecia atordoado, indignado talvez. Depois ele se sentou em uma cadeira e se debruçou na mesa. Eu me aproximei lentamente dele.
- Cara, você quer conversar?
Não houve resposta.
- Se quiser, eu estou aqui.
Dito isso, eu fui ao banheiro lavar meu rosto. Havia um hematoma no rosto, mas nada demais. Porém, no meu abdômen havia vários. Saí do banheiro e Gustavo ainda estava sentado, mas não mais debruçado.
- Eu não quero conversar sobre o que aconteceu…- Ele quebrou o silêncio. - Na verdade não quero falar com você, pelo menos por um tempo. Acho que… sei lá, cara! Não consigo ficar no mesmo ambiente que você.
- Mas, Gustavo…
- Melhor não insistir. Eu…
Gustavo entrou no banheiro e eu fui para o quarto, e quando a adrenalina passou, comecei a chorar compulsivamente. Percebi que ele entrou no quarto, mexeu em algo, mas não disse nada e saiu. Minutos depois, me levantei para comer algo e vi o guarda-roupa dele aberto e a sua mochila não estava mais na cama dele, como sempre fica.
Resolvi sair para dar uma volta e espairecer um pouco. Fiquei à frente de uma lagoa que tem no campus e fiquei pensando sobre o que aconteceu. Quando voltei pra casa, já estava escurecendo. Ao entrar, Lucas já tinha chegado.
- E aí mano!?
- Oi Lucas! Beleza?
- Cara, Gustavo me mandou um email dizendo que vai ficar alguns dias na casa do Cleber. Ele te falou alguma coisa?
- Sério? Ele não me disse nada.
- Que estranho! - E fixando o olhar em mim, ele percebeu o hematoma no meu rosto. - Ei, que é isso no seu rosto?
- Ah, me machuquei aí…
- Saquei.
Lucas respondeu desconfiado e sei que na hora ele sacou que houve algum conflito entre Gustavo e eu, mas ele era discreto e respeitava quando a gente não queria falar mais nada.
- Cara, se quiser conversar, pode contar comigo. - Ele falou com o semblante mais acolhedor que eu tinha visto até então. Naquele dia eu só confirmei pra mim mesmo que Lucas era alguém de confiança. De fato, ele era um cara muito discreto e leal, sempre reservado com as questões alheias. Porém, eu não quis falar porque envolveria Gustavo e ele já estava com raiva de mim o suficiente.
Três dias depois, Gustavo retornou pro alojamento. No início, ele ficava calado a maior parte do tempo, até mesmo com Lucas. Já comigo, ele nem olhava pra mim, e me ignorava. Eu fiquei muito mal com isso, e às vezes me pegava chorando, afinal, eu o considerava meu amigo; porém, procurei formas de lidar com a situação e seguir minha vida. Dois meses depois, Gustavo e eu nos tornamos praticamente estranhos morando debaixo do mesmo teto.
Faltando um mês e meio para o término do semestre, recebi uma ligação do meu pai com uma ótima notícia. Ele havia recebido uma boa grana de um processo na justiça e me disse que agora eu poderia morar sozinho se quisesse. Essa notícia veio como um alívio naquele momento. Assim que meu pai confirmou o recebimendo do dinheiro, eu dei a notícia para Lucas. Ficamos alegres e tristes ao mesmo tempo, pois isso significaria que não seríamos mais colegas de quarto. Como Gustavo não estava falando comigo, eu não me importei em dar a notícia. Mas ele ficou sabendo através de Lucas depois.
Terminou o semestre, e eu fui para minha cidade natal. Faltando uma semana para as aulas recomeçarem, meu pai foi comigo para resolvermos a questão do apartamento, e faltando dois dias para o início do semestre letivo, estava tudo pronto e eu me mudei. Eu estava muito feliz com isso e ainda mais por não ter que conviver com Gustavo me ignorando o tempo todo. Mas infelizmente, eu não estava livre dele ainda.
Eu só revi Gustavo quase um mês depois do início das aulas. Eu estava na fila do refeitório quando o avistei indo para o final da fila abraçado com Luana. Em um certo momento, ele me viu, mas virou o rosto. Uma tristeza enorme tomou conta de mim, não só por não estar mais com meu amigo, mas por ele estar agindo assim. Então, por algum tempo, eu só o via pelo campus, e ele sempre virava o rosto ao me ver, me causando o mesmo sentimento. Mas com o tempo, eu fui lidando com isso a ponto de não sofrer mais como antes.
Um dia, porém, o destino resolveu me pregar uma peça. Dois meses se passaram desde o início das aulas. Ao final de uma aula, eu fiquei tirando umas dúvidas com o professor de programação, o Glauber. Terminamos e o professor saiu. Quando olhei para a porta, Gustavo estava me encarando, enquanto eu arrumava meu material. Ele não disse uma só palavra, e parecia estar ansioso. Então ele saiu da porta, e eu achei que tivesse ido embora, mas ao sair da sala, senti uma mão no meu braço.
- Ei, espera aí. Preciso…
- Diga. Precisa do que?
- De nada… Quer dizer. Queria te devolver isso.
Gustavo me entregou um livro que eu o havia emprestado quando eu morava no alojamento.
- Ah sim. Obrigado! - Eu agradeci já saindo.
- Eu queria também…
- Sim?
- Nada não. Deixa pra lá.
- Ok. Obrigado de novo pelo livro.
- Não… “Péra” aí.
- Estou com pressa. Tenho aula no outro pavilhão agora.
- Calma um segundo… Eu não mordo.
- Só dá porrada mesm, né?
Quando percebi, já tinha dito. Para minha surpresa, Gustavo começou a rir e eu também não me segurei. Paramos de rir e ficamos olhando um para o outro. Ele desviou o olhar e ficamos em silêncio. Eu pensava em mil e uma coisas para perguntar pra ele e quebrar aquele gelo, mas minha mente ficou em branco.
- Sinto muito pela briga. - Ele disse.
Gustavo estendeu a mão e eu a apertei. Ele deu um sorriso, não muito aberto, mas era um sorriso.
- Tudo bem. - Só consegui dizer isso e sorri de volta.
Nos despedimos e eu fui para minha segunda aula. Fiquei pensando no que tinha acabado de acontecer e não consegui me concentrar na aula. A partir desse dia, passamos a nos cumprimentar quando nos víamos pela universidade e até trocávamos algumas palavras. Numa dessas, alguns dias depois, ele me perguntou se eu iria a uma festa que rolaria naquele fim de semana, e eu confirmei que sim.
No dia da festa, eu estava super animado. Chegando lá, encontrei Lucas e ficamos conversando por um bom tempo, já que a gente quase não se via mais. Gustavo chegou e se juntou a nós e entrou na conversa. Em um certo momento, eu fui buscar bebida, e ao chegar no bar, notei um carinha me olhando. Eu olhei de volta e ele se aproximou e puxou conversa. Agradei do papo e acabamos nos beijando e dando um amasso em um canto. Então, troquei telefone com ele e voltei pra galera.
- Eita, foi fazer a cerveja, mano? - Gustavo me perguntou com um tom meio sério.
- Tava cheio lá. - Eu menti.
- Ah sei… ele fez cara de desconfiado.
O resto da balada ocorreu muito bem. Dancei e me diverti muito com o pessoal. Notei que Gustavo bebia bastante e logo ficou muito bêbado, falando baboseiras e me abraçando ou me tocando a todo instante, e ele me olhava com cara de safado. Como se fosse um filme reprisado, Lucas sumiu no meio do povo ou talvez já tivesse ido embora, me deixando com Gustavo. Mas como eu não morava mais no alojamento, ainda pensei que pudesse ser diferente, só que não.
- Ei, acho que você vai ter que me levar pra casa de novo. - Disse Gustavo com voz mole de bêbado.
- Cadê Lucas?
- A essa hora deve estar fodendo a mina dele, aquela gostosa.
- Mas eu nem moro mais no alojamento.
- Pode passar a noite lá se quiser. Vai ter cama sobrando.
- Então vamos.
Saí da balada com ele se apoiando em mim e pegamos um taxi. Ao chegar no alojamento, Gustavo entrou e tirou a camisa e a jogou no sofá, me deixando hipnotizado com aquele abdômen sarado, peito grande e com pelos aparados. Em seguida, ele foi para o quarto.
- Gustavo, eu acho que vou embora. - Eu disse me achegando na porta do quarto.
Ele estava sentado na cama, tirando a calça, revelando por baixo uma cueca boxer preta.
- Pô cara, dorme aí. Tem cama sobrando, inclusive a sua.
- Não cara. Melhor não.
- Fica, vai.
Eu queria dizer não novamente e sair, mas antes que eu abrisse a boca, Gustavo, tirou a calça jeans apertada, e ficou só de boxer na minha frente. Com isso, eu fui vencido. Ele se aproximou de mim e pegou minha mão. Sem cerimônia, a conduziu até sua mala. Meu coração batia tão forte que eu pensei que fosse passar mal. Gustavo segurava minha mão, me fazendo massagear seu pau debaixo da cueca boxer preta. A cada segundo, seu pau ficava mais duro, como também o meu ficava. Ele então, abaixou a cueca e sua rola grande saltou para fora. Eu então a agarrei e comecei a bater uma punheta para ele, que começou a soltar gemidos excitantes. Depois de alguns minutos masturbando a quela tora, ele disse com uma voz sexy no meu ouvido “Chupa meu pau, mano!”.
Não pensei duas vezes e me abaixei, engolindo o mastro do meu amigo todinho, fazendo o melhor boquete que pude. Ele gemia e se contorcia de prazer, enquanto acariciava meus cabelos. Não contente, ele segurou minha cabeça e passou a foder minha boca. Eu engasgava e tossia, mas não parei. Meu pau doía de tão duro dentro da calça. Depois de uns cinco minutos chupando Gustavo, ele me levantou e tirou minha bermuda e cueca, e me virou de costas, sarrando seu pau duro e babado na minha bunda. Ele me sarrava com vontade e muito tesão, arfando no meu ouvido e me agarrando em seus braços fortes. Depois, ele colocou o pau entre minhas pernas e eu fui à loucura de tanto tesão - o safado lembrou do meu ponto fraco. Então, quando viu que eu estava entregue, ele deu o bote, dizendo no meu ouvido em meio a gemidos “Deixa eu te foder, Thalão!”
Sem dizer nada, eu me ajoelhei à beira da cama dele e empinei a bunda. Gustavo se abaixou e cuspiu no meu cuzinho e passou a cabeça da rola. Em seguida, encapou o pau e começou a forçar a entrada. No início doía muito, mas eu não reclamei, nem saí. Apenas, segurei o pau dele e ajeitei na entrada até que senti ele todo dentro de mim. Mesmo com muita dor, meu pau não abaixou nem um pouco - eu estava louco de tesão. Meu amigo segurou em minha cintura e começou a bombar forte, e logo a dor sumiu e eu senti muito prazer; tanto prazer que meu pau começou a babar.
Depois, Gustavo me colocou de bruços na cama e veio por cima, me fodendo feito um cachorro no cio. Seu bafo quente com cheiro de cerveja no meu pescoço me deixava embriagado de tesão, e eu empinei a bunda para que ele me fodesse mais ainda. Em seguida, ele me colocou de frango assado e ficou de pé à beira da cama. Senti seu pauzão me invadir novamente e me preencher. Eu me masturbava enquanto ele socava com gosto no meu cu. Ele me olhava nos olhos e eu via a luxúria em seu olhar - algo indescritível. Apenas dois minutos socando nessa posição, e ele avisou que iria gozar. Quando ele disse isso, eu já senti o gozo chegando também. Gozei como um cavalo em minha barriga e peito, e com a contração do meu cu, Gustavo tremeu todo e gozou também e caiu ao meu lado na cama. Ficamos ofegantes por alguns instantes. Foi uma foda muito boa.
Antes que eu dormisse, eu me levantei e fui para o banheiro tomar banho. Gustavo tirou a camisinha do pau, cheia de porra, e entrou no banheiro comigo para a descartar no vaso. Entrei no box e ele apenas lavou o pau na pia e voltou para o quarto. Quando saí do banho, ele estava deitado, virado para a parede, mas ainda estava acordado, pois o vi se mexendo. Quando acordei no dia seguinte, a mesma coisa aconteceu: Gustavo não falava comigo direito. Eu me vesti e fui pra casa me sentindo muito mal por ter caído nessa de novo, e ainda com o cu ardendo (risos).
E assim ficamos meses sem nos falar novamente. Porém, coloquei na cabeça que pelo menos a transa foi boa e liguei o “foda-se” para a situação. Agora, eu fazia questão de desviar o olhar sempre que o via por perto. Mas esse lance com Gustavo não acabou por aqui.
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PS: Desculpem pela demora em postar a continuação. Eu viajei de férias e não tive como postar.
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