Melissa se sentou na outra ponta da mesa, mas por um tempo, só conseguia chorar, aos poucos fui saindo do transe em que estava e percebendo que realmente tinha sido traído. Uma tristeza gigantesca tomou conta de mim, era semelhante a receber a notícia de que alguém muito querido faleceu, mas, ao mesmo tempo, comecei a ficar bravo e quis logo tirar aquilo a limpo.
-Pode começar a falar, acho até que já sei quem foi, o Renato, não é? Ele sempre teve inveja por eu ter conseguido ficar com você, veio até falar merda no dia da minha despedida de solteiro. Depois disso, ficou meio estranho comigo, nunca mais voltamos às boas. Ele estava dando em cima de você esse tempo todo sem eu notar, até que você cedeu, quis ter uma aventura.
Melissa respondeu brava:
-Claro que não! Se quisesse transar com o Renato, teria feito quanto tivemos aquele namorico, antes de você.
-Então quem foi? Um estranho, pai de aluno, outro professor?
-Vou contar...Espera! Você se lembra que falei que tive um caso com um coroa casado por alguns anos e que depois dele só voltei a sentir prazer com você? Inclusive achei que jamais conseguiria me sentir mulher com outro homem...Então...Foi com ele... – Disse abaixando a cabeça envergonhada.
-Lembro bem disso, o cara que era casado e com filhos, mas você não disse que ele havia se mudado?
-Sim, foi para outro estado, mas está vindo de vez em quando a São Paulo e começou a me mandar recados...
-Recados por quem? Não vai me dizer que a própria Yasmin armou essa casinha de caboclo para foder com nosso casamento, ah! Essa moleca!
Melissa balançou a cabeça, como quem diz: “Que bobagem”:
-Claro que não, a coitada da menina não tem nada a ver com isso, foi uma amiga do bairro que eu morava, ele vivia pedindo meu endereço, mas como ela não deu, começou a mandar cartas por ela, isso já tem uns três meses.
-E por que você não me contou, porra? Marcava um encontro com ele e na hora eu ia lá e quebrava a cara dele de um jeito que o velho nunca mais ia se atrever a dar em cima de mulher casada– Disse sentando um tapa forte na mesa.
-Porque não queria te deixar preocupado, achei que conseguiria vencer esse fantasma do passado. Nas cartas, ele sempre colocava o telefone do hotel dele quando estava em São Paulo e essa semana, senti um desejo louco de ser possuída por aquele coroa cafajeste, acabei ligando e marcamos para hoje...
Ficamos em silêncio por um bom tempo, eu olhava para o nada, estava totalmente destroçado, já Melissa chorava. Depois de vários minutos, ela disse:
-Sei que num caso desses, o melhor é a separação, poucos homens querem continuar como uma esposa que foi infiel, mas antes de uma atitude mais drástica, te peço apenas que pese na balança, o fato de que poucas horas depois da minha traição, eu já estar aqui, arrependida e enojada comigo mesmo pelo que fiz, porque eu te amo e nenhum será melhor que você. Se não estivesse arrependida, não te contaria nada e nossa vida seguiria normal, por isso, veja esse meu gesto como de alguém que pisou feio na bola, mas não demorou para perceber e confessar.
-Puxa vida! Tô achando que mais um pouco e você vai pedir uma medalha de esposa do ano. Vai tomar no seu cu, Melissa! Se eu tivesse passado o dia num quarto de hotel com uma ex e chegasse contando arrependido, a essa hora, você estaria era me atacando cadeira, vaso, sei muito bem como é, até com as minhas alunas, você implica e vê coisas. Lembra da garota do 3º do ano do Ensino Médio, você quase me bateu na cara dentro do carro, só porque a menina me deu um tchau que na sua opinião foi manhoso demais.
-Mais uma prova que te amo! Tenho ciúmes sim! Olha, hoje, amanhã, por vários dias, você ficará arrasado e eu sabia disso, mas pode ter certeza, foi meu primeiro e último deslize, nunca mais voltarei a te trair e se estivesse mentindo, não haveria motivo de estar te contando, só que não aguentaria o remorso de olhar para você...Inocente, sem saber que foi enganado. Diante de tudo isso, só te peço, não decida nada agora, vamos deixar a tempestade passar e aí, se conseguir me perdoar, seguimos juntos, prometo que não irei nem à esquina sem a sua presença ou a de alguém conhecido de nós.
A conversa prosseguiu por mais um tempo, até que comecei a subir o tom de voz e como muitos maridos traídos, passei a exigir que Melissa contasse os detalhes, ela se recusou, mas minha insistência foi tão longaque a infiel decidiu responder a todas as perguntas, até as mais imundas:
-Quando você disse mesmo que decidiu se encontrar com o coroa e me chifrar?
-Pensei vários dias, mas acabei ligando para ele na quinta e marcamos para hoje. Achei que uma última vez não teria problema, mas na volta, comecei a me sentir mal, vendo a merda que fiz
-Quantas trepadas deram?? Porra então o coroa tem pique, sempre foi assim?
-Geralmente, eram duas, mas como ele não transava comigo há anos, estava com mais vontade, mesmo assim, na última demorou um pouco para endurecer.
-E como foi, você chegou ao hotel e já foram trepar, o que ele fez?
-Não, a gente conversou um pouco, eu estava tensa pensei umas dez vezes em desistir, mas o maldito sabe como me hipnotizar...
-Você deve ter gozado bastante não é mesmo? Diga?
Melissa se incomodou com a pergunta e ameaçou se levantar dar mesa:
-Ah! Por favor, isso não vai levar a nada. Qual a diferença se gozei ou não?
-Já contou o mais difícil que foi me trair, conte tudo então, você me deve isso, diga lá, quantas vezes?
-Três...Duas transando e uma sendo chupada.
-E ele te comeu de tudo que é jeito, aposto que deu a bunda, não deu?
Novamente contrariada, a infiel respondeu:
-Sempre fiz anal com ele...E dessa vez não foi diferente. Quer saber se ele gozou na minha boca? Gozou na última vez, não foi bem na boca, mas no rosto todo, aqui assim ó (mostrando a face e o pescoço), ele estava cansado, pois cada trepada nossa demora muito, o coroa sabe segurar para gozar, então depois de me dar mais um orgasmo, eu o chupei. Que mais que quer saber? Fizemos 69, ele deu vários tapas na minha bunda, deixando-a marcada porque gosto, enfiou dedos na minha boceta e rabo, fez tudo pronto...
-E o pau dele? É maior que o meu? Ele é melhor que eu na cama? Pode dizer, vai! Já que enfiou a faca, agora torce.
Melissa se irritou com aquele interrogatório infame e decidiu gritar:
- Para com isso! Já contei tudo! Antes de você, só ele tinha me feito gozar, isso quer dizer que ambos são ótimos na cama para mim, os dois são dotados e têm pau grosso como gosto, você tem mais pique, ele tem o poder de me dominar, consegui fugir desse safado por anos, hoje, fracassei, mas foi a última vez.
-Última vez o caralho! Quem cede uma, cede cem! Quer saber? Vou sair, não aguento ficar olhando para a tua cara. Aposto que ainda tem porra dele dentro de você, dentro da minha mulher! A que eu queria que fosse a mãe dos meus filhos.
Melissa tentou me segurar, mas a empurrei com força, peguei a chave e saí. Parei num local e chorei por um tempo. Depois, resolvi ir para a casa dos meus pais, contei que tinha tido uma briga feia com minha esposa, mas não revelei o motivo, apenas pedi para passar a noite e disse que se ela ligasse, deveriam dizer que eu não estava.
Acordei todo moído, como se tivesse levado uma surra e sem nenhuma força de sair da cama. Meu pai decidiu me apertar, mas segui com a versão de que tinha sido só uma briga. Peguei o carro e fiquei rodando por São Paulo a esmo, pensando no que faria, a separação parecia ser inevitável, mas como faria nos próximos dias? Sair de casa e deixar a beleza com todo conforto? Isso nem fodendo. Ela também não sairia, pois acreditava que poderíamos reatar após a crise.
Somente no finalzinho da tarde, resolvi voltar para a casa, quando entrei, Melissa e Yasmin pularam no sofá demonstrando alívio, me olharam como se eu fosse um ET, mas não perguntaram nada. Fui direto para o banho e depois para o quarto, logo minha esposa entrou e começou o lenga-lenga de que estava preocupada e se eu tinha contado a alguém. Encurtei a conversa dizendo que não e que provavelmente nos separaríamos, mas até arrumar tudo, não sairia da minha casa, entretanto não nos falaríamos.
Não cometi aquele clichê bobo de ir dormir no sofá da sala, mas peguei um colchão de solteiro, coloquei no chão do nosso quarto e disse:
-Se você for permanecer aqui, durma nesse colchão, isso evitará da Yasmin ver que estamos separados, se bem que a essa hora, não duvido que ela já tenha sacado tudo.
Melissa aceitou resignada. Os dias seguintes foram terríveis, pois minha cabeça estava um trevo e ainda tinha que encarar dois turnos lecionando, não sobrava tempo nem para ir a um advogado pelo menos para ter uma ideia de como seria o divórcio. No fundo, apesar de enojado com a atitude dela, algo me dizia que eu deveria aguardar mais um pouco, pois num processo de separação, perderia metade do que tinha, e isso se resumia, a casa, o carro e os móveis, sem contar que estava pagando umas dívidas por causa de uma pequena reforma que fiz, e se tivesse que ainda pagar pensão à madame, estaria ralado de vez, voltaria umas 20 casas no tabuleiro da vida. Tinha que pensar bem, pois havia uma chance remota de que com o tempo, me convencer que foi um deslize e não se repetiria mais como ela mesma me jurou. Optei por esperar.
A Copa do Mundo de 82 estava começando, o Brasil jogando aquele bolão, mas eu passava mais tempo perdido em minhas dúvidas do que curtindo aquele momento. Claro que assistia aos jogos e conseguia me distrair, mas sempre brevemente.
Começaram as férias de julho, o Brasil rodou na Copa, vi muita gente chorando inconformada com a tragédia do Sarriá, mas eu já vivia um drama muito maior. Quando Melissa me perguntava algo, minhas respostas eram sempre monossilábicas.
Óbvio que Yasmin sacou tudo, mas estranhamente, teve uma atitude madura e ao invés de se aproveitar da situação para me provocar ainda mais, resolveu ficar na dela, calada, e até se tornou prestativa, se oferecendo para me fazer um café à tarde, bem forte e amargo que era como eu gostava, fazendo sobremesas especiais.
Desde que passamos a dormir em camas separadas, mais de uma vez acordei com o choro compulsivo de Melissa. Olhava para o colchão e a via deitada de lado se acabando em lágrimas, por alguns breves momentos, tinha vontade de desculpá-la, estava inegavelmente sofrendo, mas eu estava bem mais, por isso, ignorava e voltava a dormir ou ia para a sala.
Para provar que não ia fazer nada errado na rua, Melissa criou o hábito de me chamar para ir junto, mas eu apenas fazia um gesto jogando a mão como quem diz “Vá logo e me erra”. Já Yasmin, às vezes ia, porém houve um começo de tarde, ainda nas férias, que minha esposa após receber mais uma recusa minha, chamou a irmã para irem à casa de uma professora e amiga da escola, mas minha cunhada passou pela sala com uma toalha na mão dizendo:
-Hoje não vai dar não, Mel, tempo frio e feio de chuva, vou até tomar banho já e ver um filme comendo pipoca embaixo do cobertor.
Melissa foi mesmo assim. Pouco depois, me encaminhei para a cozinha para beber água, mas no caminho, vi a porta do banheiro totalmente aberta, o chuveiro ligado e Yasmin nua lavando os cabelos. Não havia box, então tive a visão total do seu corpinho maravilhoso, vi sua boceta de pelos negros como da irmã, porém menor, a espuma escorria por todas as partes. Era uma cena linda e altamente erótica. Estava com a cabeça tão ferrada que nem tive receio de que ela me visse (até porque, creio que deixou a porta aberta propositalmente) ou de me arrepender depois por estar espiando minha cunhada. Ela deu uma virada e pude ver seu bumbum, puta que pariu! Que coisa linda, levemente arrebitado, com marca de biquíni e um rego preto. Meu pau, que desde o dia que descobri que tinha sido corno, não havia dado mais sinal de vida, endureceu ferozmente, senti até doer, pois meu shorts era apertado.
Após finalmente enxaguar os cabelos, Yasmin abriu os olhos e me viu, continuei olhando-a sem me mexer, ela não aparentou surpresa, ao contrário, deu um sorriso de safada sem mostrar os dentes, me olhou nos olhos e ficou de frente para a porta, esfregando os seios com o sabonete, depois outras partes do corpo e finalmente, a boceta. Depois, se encostou na parede e fez um gesto com o ventre, inclinando-o, como que querendo mostrar melhor sua xana e em seguida começou a massagear seu clitóris com dois dedos e me olhando.
Era uma tarde de surpresas e decidi fazer a minha, meio que sem pensar, abaixei meu shorts e cueca até as canelas e exibi meu pau grande e grosso para Yasmin que imediatamente mudou de expressão e engoliu seco, visivelmente espantada, mas logo sorriu com mais malícia, seus olhos ficaram fixados em meu pau.
Ela seguiu se tocando embaixo do chuveiro e eu alisando meu pau na porta, um olhava para o sexo do outro com desejo, mas num dado momento, decidi parar, estava com muito tesão, mas algum resquício de sanidade me fez não ir adiante, me vesti e parti para o meu quarto.
Entretanto, não tive tempo nem de entrar, pois minha cunhada saiu nua do banheiro, sem nem desligar o chuveiro e me abraçou forte pelas costas, toda molhada.
-Me fode, Nuno! Por favor! Não me despreze.
Virei de frente para Yasmin, segurei-a pelos braços e disse:
-Isso não está certo! Somos...
-Me possua mesmo que seja só uma vez, faça tudo o que desejar, enfie onde quiser, mas não me ignore, a Melissa nunca saberá de nada.
Olhei para o corpo nu de Yasmin, ela começara a tremer de frio. Aquela jovem estudante há tempos queria transar com um homem de verdade e o dia dela realizar seu desejo tinha chegado. As consequências poderiam até vir depois, mas eu estava decidido a foder com minha cunhada.