No dia seguinte na escola ninguém tentou nenhuma brincadeira de mau gosto, no final da tarde combinei de conversar com Rafael quando saísse do mercado.
Depois que saí do mercado encontrei com ele na minha casa, colocamos um filme para rodar enquanto ele me contava as novidades.
- Já falou com seus pais?
- Falei com o Tiago, mas estou com outros problemas ai.
- A briga na escola?
- É sobre Roger, Aline está grávida.
- Grávida?
- Sim, estou muito confuso com tudo isso, são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, minha cabeça vai pirar amigo.
- Cada vez mais eu me convenço que você tem que morar conosco em BH.
- Você já falou com seus pais?
- Sim, quando falei que meus companheiros de quarto seriam você e Lucas, eles aceitaram na hora, só não gostaram de deixar minha namorada aqui.
- Pelo visto seus pais estão bem empolgados com o namoro de vocês?
- Por eles eu já estava casado com ela, mas não quero casar sem ter uma profissão definida.
- Eu acho que você está certo, é muito novo para casar.
- Tenho muitos projetos pra minha vida profissional.
- Eu também tenho, mas não esperava passar por isso que estou passando, está sendo um golpe muito duro pra mim.
- Pelo visto você está com Diego, mas ainda não esqueceu o Roger?
- Ainda não, quero muito esquecê-lo, mas não sei como faço?
- Não sei, acho que você só vai esquecer se aparecer alguém legal.
- O Diego é um cara legal, estou investindo nele.
- Ele é bacana mesmo, mas e o carinha lá?
- Muito doido isso e o pior que ele gosta do cara, estamos na mesma situação, gostando da pessoa errada.
- De tempo ao tempo que as coisas se resolvem, ou então faz como o Lucas curte a vida e não se prende a ninguém.
- Se eu conseguisse ser assim bem que seria uma boa.
- Peça mais umas aulas a ele, Rafael disse brincando.
- Ficou louco, o Diego pira se sabe disso.
- Ele é ciumento sem te amar, imagina se amasse, disse Rafael rindo.
- E o Lucas? Não falou mais com ele.
- Não
- Preciso ligar pra ele, ver se já falou com a família.
- Caso eu não vá, vocês vão do mesmo jeito?
- Eu vou e já quero de cara entrar no cursinho pré-vestibular.
- Você está mesmo decidido?
- Sim, se tudo der certo quero fazer odontologia.
- Tem que se dedicar muito meu amigo.
- Sonho tanto com isso que me sinto preparado para enfrentar qualquer desafio.
- Vamos nos concentrar no filme?
- Vamos.
Ficamos assistindo TV até que Aline chegou, achei estranho ela chegar naquele horário, era cedo ainda, lembro que naquele dia ela tinha aula, alguma coisa estava acontecendo, não foi nem necessário puxar pelo pensamento para lembrar o que era, pois tão logo entrou em casa ela veio falar comigo.
- Mano, o Roger está chegando ai, tem como vocês olharem o filme lá no seu quarto?
- Não tem necessidade Aline eu volto outro dia, disse Rafael.
- Não precisa você sair, apenas quero ter uma conversa particular com ele aqui.
- Não quero atrapalhar vocês, disse Rafael dando jeito de sair.
- Você pode ficar comigo lá no quarto assistindo filme.
- Melhor eu ir pra minha casa.
- Então levo você até o portão.
Saímos para a garagem onde estava à bicicleta dele, Rafael pegou e fomos em direção à saída.
Quando abri o portão para o Rafael, dei de cara com Roger chegando a minha casa.
- Se cuida parceiro, disse Rafael dando um tapinha em minhas costas.
Ele saiu e o Roger chegou onde eu estava.
- Oi, disse ele com cara de cachorro.
- Aline está esperando por você.
- Sabe o que ela quer comigo?
- Não me diga que não sabe, pensei que soubesse muito bem.
- Sem cinismo, por favor.
- Entra que ela está esperando.
- Você está triste, o que houve?
- Deixa de ser idiota, sabe bem o que é e fica se fazendo de imbecil.
Entrei e subi para o meu quarto, mal cheguei à porta e comecei a chorar, como ele podia ser tão cínico, tão frio e agia como se não soubesse de nada.
Deitei na cama e fiquei tentando imaginar o que eles estariam conversando, morria de curiosidade para saber como Roger agiria diante da revelação que seria pai. Tomei coragem e voltei para escutar a conversa sem que eles percebessem.
Desci as escadas silenciosamente e fiquei escondido, de cara já percebi que Aline estava nervosa.
- O que você fez comigo e o Sandro não se faz.
- Desculpe, eu tentei me afastar do Sandro, mas a cada tentativa ele vinha daquele jeitinho carente e desprotegido, não tive coragem de me afastar dele.
- Porque você não me disse que estava envolvido com meu irmão?
- Se eu dissesse que tinha um caso com um homem e este homem era seu irmão, você jamais aceitaria ficar comigo.
- Por isso resolveu se aproveitar dos dois.
- A intenção não era essa, eu queria me afastar do Sandro, não quero esse tipo de relação pra minha vida, ele é uma pessoa muito bacana, gosto muito dele, mas não aceito esse tipo de vida.
- Então se afastasse. O que você fez com ele não tem explicação, não é porque meu irmão é um garoto e é homossexual que você tem o direito de usá-lo como fez.
- Desculpa se te magoei.
- Você praticamente tentou jogar me jogar contra ele, porque você fez isso?
- Sou muito confuso Aline, e você sabe disso, pode até me interpretar errado, mas eu te amo, é a garota perfeita pra mim, quero casar ter filhos, constituir uma verdadeira família ao seu lado e o Sandro ele é especial pra mim, mas não é o tipo de relação que eu desejo.
- Quero deixar claro o meu desgosto pelo que aconteceu. Não se joga com as pessoas desse jeito, espero que você ainda aprenda a dar valor ao sentimento esse que vem do coração.
- Desculpa minha gata.
- Na verdade, eu chamei você aqui porque tenho um acerto a fazer.
- Que acerto?
- Estou grávida e você terá que assumir seu filho.
Não tive como ver a reação dele porque estava atrás da parede, mas alguns minutos depois ele respondeu.
- Tudo bem, eu assumo e posso até me casar com você.
- Eu não quero saber de você, disse ela alterada.
- Você não quer por causa do Sandro?
- O Sandro é meu irmão, será que você não tem sentimentos?
- Deixa o Sandro que eu me entendo com ele, pensa bem Aline, nós podemos dar um lar ao nosso filho.
- Que filho? Filho que nem foi planejado, se eu soubesse a pessoa que você é jamais teria me envolvido contigo.
- Mais aconteceu, minha mãe gosta muito de você e eu não tenho receio nenhum em casar contigo.
- Não posso fazer uma cachorrada dessas com meu irmão.
- Eu já disse pra você deixar que as coisas com o Sandro que eu resolvo.
- Afinal de contas, a quem você ama?
- Amo você e agora vou amar mais ainda porque carrega um filho meu.
- Você é muito cínico Roger, diz que me ama, mas não consegue se afastar do Sandro.
- Eu gosto dele, mas é só curtição.
- Será que é mesmo curtição, ou não tem coragem de assumir que o ama?
- Eu nunca dei esperanças ao Sandro, nossa relação durou mais porque ele foi insistente.
- Ele ama você.
- Eu sei disso, mas não dá, já disse a você, não aceito esse tipo de relação na minha vida, não quero viver com um homem.
- E se eu te desse uma chance, como seria nossa vida?
- Seria normal como qualquer casal, eu amo você.
Aline começou a rir alto, não consegui entender até que ela falou.
- Roger, você acha que vou me sujeitar a viver com um homem que gosta de estar com outros?
- Eu posso me controlar, agora eu tenho um motivo a mais que é o meu filho.
- Teria que me provar que realmente isso é verdade.
- Prometo que serei fiel a você, casa comigo Aline, vamos criar nosso filho juntos.
- Seria tão mais fácil de nos resolvermos se entre não tivesse o meu irmão
- Por favor, gata, pensa bem, o Sandro eu me acerto com ele depois.
Aline estava calada não dizia nada.
- Ele é garotão ainda já deve estar até de namorado novo, não fica se culpando por causa dele.
Silencio da parte dela.
- Por favor, eu te amo, disse ele.
Silêncio de ambos.
Foi então que arrisquei espiar o que estavam fazendo e sem querer presenciei uma das cenas mais tristes até então, os dois estavam se beijando, foi demais pra mim, saí dali sem ser notado por eles e voltei para o meu quarto para chorar, era muito triste se sentir descartado.
Mais triste ainda era saber que minha irmã mais uma vez estava sendo enganada por ele ou eu era tão ingênuo que não me tocava que ela também o amava e lutaria por ele independente de nosso grau de parentesco.
Como eu queria naquele momento estar com Diego, somente ele poderia me ajudar, foi então que pensei em ligar, mas o que eu diria? Pensei e resolvi ligar, porém ele não me atendeu, lembrei que poderia estar em aula e desisti.
Fui para o computador ver se encontrava alguns de meus amigos on-line. Encontrei apenas minha prima Laura e Juliano, mas eu não queria falar com ele depois do último acontecimento em BH.
Pensei em chamá-la, mas foi ela que me chamou.
- Oi primo tudo bem com você?
- Tudo e você?
- Estou bem, quero pedir desculpas.
- De quê?
- Falei do Ju pra você, ele ficou muito chateado comigo.
- Não precisa ele ficar assim, você foi sincera.
- O Ju gosta muito de você, ele acha que pus tudo a perder.
- Não pense assim, e como ele está?
- Acho que voltou para o antigo namorado, ainda não estamos nos falando direito.
- Então ele ficou muito chateado?
- Ficou mesmo. O Ju é muito reservado, eu que fui ansiosa demais.
- Você gosta dele, é diferente.
- É verdade, mas o que você faz on-line? Nunca te vejo por aqui.
- Estou passando por uns momentos complicados.
- Com o namorado?
Ex você quer dizer, ele e Aline tiveram um caso e ela está grávida.
- Mentiraaaaaaaaaaaa?
- É verdade, nesse momento eles estão se acertando.
- E como você está?
- Mal, entrei aqui para ver se encontrava alguém para me distrair.
- Chama o Ju, ele está on, vai ficar feliz se falar com ele.
- Lauraaa não começa.
- É sério, o Ju é um bom amigo.
- Quer saber? Você tem razão, obrigado!
- Não me agradeça. Beijos primo.
- Beijo!
- O chamei e logo a janela dele abriu na minha tela.
- Oi tudo bem com você?
- Oi.
- Me viu on e nem me chamou?
- Você também fez a mesma coisa.
- Está chateado comigo?
- Não, você precisa crescer ainda, é muito criança.
- Você está me ofendendo.
- Desculpa! Eu vi você fazendo besteiras me chateei, mas não tenho nada a ver com isso.
- Também não é assim.
- Esquece! Tudo bem com você?
- Que besteiras você se referiu?
- O Diego é muito legal, mas não é o seu perfil.
- O que você sabe de mim pra se meter na minha vida desse jeito?
- Nada, sou apenas honesto, tchau.
Juliano está off-line.
Que cara abusado, não dei o direito dele se meter na minha vida assim, o que ele pensava que era, nem meu pai me tratava daquele jeito.
Saí do computador e deitei na cama em segundos as lágrimas vieram, chorei por tudo que estava acontecendo comigo, será que o problema era eu? Porque as pessoas me tratavam assim? O cara que eu amava não estava nem ai pra mim e ainda estava com minha irmã e ela grávida, Por quê? Era tudo o que eu queria saber, porque tinha que passar por aquela situação? E porque o Juliano me tratou tão mal e o Diego que nem me atendeu?
Dormi e só acordei quando Tiago chegou e bateu na porta do meu quarto.
- Posso entrar?
- Entra.
- Como você está? Disse ele deitando ao meu lado na cama.
- Quero ir embora dessa cidade, disse voltando a chorar.
- Eu prometi e vou te ajudar, mas porque você está assim?
- Aline chamou o Roger para conversar, eu me escondi e vi os dois se beijando, eles se acertaram.
- Não acredito que Aline fez isso?
- Ela fez, mas eu não quero que ninguém tome as dores por mim, é um problema meu e dela.
- E o que você vai fazer?
- Não vou fazer nada, ela é minha irmã e está grávida.
- Acho que você está certo.
- Estou mal mano, não sei como sair desse quarto.
- Vai sair com dignidade, você não tem culpa de nada, eles que devem sentir vergonha pelo que estão fazendo.
- Será que vai ser sempre assim? Porque ninguém me respeita?
- É porque você se envolveu com a pessoa errada e a Aline me decepcionou, achei que fosse mais forte.
- Ela está grávida, não vai ser fácil enfrentar uma gravidez sozinha.
- Eu só temo pela felicidade dela, não consigo acreditar nos sentimentos do Roger por ela.
- Porque você diz isso?
- O Roger nunca se prendeu a ninguém, nossa irmã só vai sofrer nas mãos dele.
- Ele pode mudar, agora será pai e as pessoas mudam.
- Eu não acredito na mudança dele, conheço o Roger há muito tempo e sempre foi assim.
- Eu não consigo entender porque ela afirmava na minha frente que não queria nada com ele e agora fez tudo ao contrário.
- Talvez por medo da sua reação.
- Será que foi só por isso? Acho que não reconheço mais nossa irmã?
- Ela está cega de paixão.
- Cada dia que passa, eu me sinto mais sufocado nessa cidade, quero ir embora daqui.
- Você pode ir embora, mas os problemas vão te acompanhar.
- Eu sei, mas prefiro tratá-los longe daqui.
- Hoje eu falei com a tia Joana, ela me explicou tudo, inclusive me disse que a casa fica perto da faculdade, tenho tanto medo de você ter que encarar sozinho uma cidade grande.
- Tenho que aprender a andar com minhas próprias pernas e depois você vai estar sempre aqui, basta eu dar uma ligação e tenho ajuda.
- E ai de você que não faça isso, vou a BH e te dou uma surra, disse ele rindo.
- Vou me espelhar sempre em você e não vou fazer nenhuma burrice, eu prometo!
- Vai ter que me ligar todo dia senão vou te buscar.
- Todo dia? Não vai ser cansativo demais?
- Não, porque não ficarei bem aqui sem saber de você.
- Combinado então, eu ligo todo dia.
- Assim está melhor, já jantou?
- Não, acabei dormindo.
- Se eu souber que você não se alimenta direito, juro que mudo de ideia antes mesmo de você ir.
- Eu prometo! Eu prometo! Como o que você quiser.
- Ah muito bem, então levante dessa cama e me acompanha até a cozinha.
Fomos até a cozinha ele aqueceu a comida e jantamos juntos.
- Não quero ver você triste pelos cantos, amanhã vou conversar com papai, ele é mais fácil de convencer.
- Obrigado mano, não sei nem como te agradecer.
- Estudando muito e sendo feliz com honestidade, isso me basta.
Depois que jantamos Tiago foi para o quarto dele, não achei justo ele dormir apertado mais uma vez por minha causa, no dia seguinte ele tinha que trabalhar e depois tinha aula era uma rotina desgastante.
Aline e Roger realmente se acertaram. Notícia que foi comunicada por ela aos nossos pais, ela estava radiante de felicidade, porém eles não gostaram, minha mãe ficou irada, disse que a união com Roger não lhe faria bem, mas Aline foi firme e decidida.
Ela não veio falar comigo sobre sua decisão e eu também decidi não me meter. Uma briga entre nós dois não resolveria nada e ainda seria desgastante para todos, resolvi que o tempo daria as respostas tanto a ela, ao Roger e a mim.
Vocês podem achar que desisti dele facilmente, mas não foi por causa disso, sou muito ligado à família, pensei nos meus pais, no meu irmão, na gravidez dela e achei melhor seguir minha vida. É claro que não estava bem, não tinha esquecido o Roger de um momento para outro, estava sofrendo, mas em primeiro lugar eu me respeitava e tinha amor próprio.
A minha esperança era que em Belo Horizonte tudo seria diferente, era novo ainda, tinha 17, e apesar da rasteira que havia levado do Roger, não tinha desistido dos meus sonhos e principalmente de encontrar alguém que me desse valor. Nessa aposta estava o Diego, tanto é que nesse dia ele me ligou e se desculpou por não ter atendido ao telefone, estava em prova na faculdade, também contei a ele sobre a novidade que era quase certa, a minha mudança para BH, o que foi mais um motivo para comemorarmos no final de semana.
Não vi mais o Roger depois da visita dele a Aline, ele estava bancando o bom moço e eu também fiquei na minha, já sabia o que estava por vim pela frente, as pessoas na cidade não me viam com bons olhos e a notícia de que eles estavam juntos com certeza seria um prato cheio para mais fofocas.
Na sexta-feira Diego me ligou assim que chegou ao hotel.
- Oi meu lindão.
- Já chegou?
- Acabei de chegar, vou tomar um banho e cair na cama.
- Amanhã eu te ligo e a gente combina algo.
- Vem dormir comigo no hotel.
- Ainda tenho que conversar com meus pais.
- Vim de tão longe pra te ver.
- Oh meu Deus que garoto mais carente.
- Tem certeza que vai me deixar sozinho aqui?
- Não me tenta.
- Então vem.
- Não sei se devo.
- Se você quiser vou te buscar.
- Nem tomei banho ainda.
- Toma banho aqui.
- Tudo isso é saudade?
- Muita, vamos fazer assim, eu vou agora à sua casa.
- Você vai saber o caminho?
- Mais é claro, essa cidade é um ovo e se eu não souber me informo com alguém.
- Procura pela casa do meu pai então, senão podem dar o endereço errado.
- Depois eu quero saber tudo o que está acontecendo, você está me parecendo triste.
- Já me conhece tanto assim?
- O suficiente para saber que hoje você chorou.
- Vou aguardar então.
- Daqui a pouco estou ai.
Depois que o Diego desligou fui correndo arrumar minhas roupas para o final de semana, coloquei numa mochila e desci. Quando cheguei ao andar de baixo tive a infelicidade de encontrar Roger conversando com meus pais e minha irmã.
Eles ficaram espantados quando me viram de mochila nas costas, Aline mal me encarou não sei se era vergonha ou remorso por suas atitudes, Roger agiu como se nunca tivesse algo comigo.
- Mãe! Posso falar com você? Interrompi a conversa deles.
- Aonde você vai com essa mochila? Perguntou meu pai.
- Sair com alguns amigos.
- Posso saber quem são esses amigos? Questionou meu pai.
- Deixe João, eu resolvo com ele, disse minha mãe saindo comigo até a cozinha.
- Aonde você vai filho?
- Vou sair com o Diego, lembra-se dele?
- Não estou lembrada de nenhum Diego.
- O filho do Paulo que mora em BH, o mesmo que passei o final de semana na casa dele.
- Ele está aqui na cidade?
- Está num hotel, nós combinamos de sair com a galera.
- E porque ele não se hospeda aqui em casa?
- Por que ele já tinha reservado o hotel.
- Toma cuidado meu filho, você é só um menino.
- Eu sei, mas o Diego é do bem e depois Rafael e Fernanda vão sair com a gente.
- E onde você vai dormir?
- Bem, ai é que está. Ele me convidou para ficar no hotel.
- Nem pensar, se quiser terá que ficar aqui em casa.
- Mais mãe...
- Sem mais mãe, vão ficar aqui, não quero dar mais motivos para esse povo te hostilizar pela cidade.
Não contava com a resposta da minha mãe, pensei numa alternativa, mas nada me veio à cabeça. Sem saída resolvi abrir o jogo com ela.
- Mãe! O Diego...
- O que tem ele?
- Eu to ficando com ele e você sabe...
- Agora mesmo é que não vai e preciso saber dessa história direitinha.
De repente a campainha toca e o Diego vem acompanhado do meu pai.
- Olha só quem eu achei perdido em nossa porta, disse meu pai na maior inocência.
- Tudo bem Diego? Minha mãe cumprimentou-o com um beijo de cada lado do rosto.
Depois ele veio e me cumprimentou com um abraço.
- Estava justamente resolvendo um assunto com o Sandro, acho que te interessa Diego.
- E sobre o que é dona Silvia?
- Seja sincero comigo, você está namorando o Sandro?
- Seja sincero comigo, você está namorando o Sandro?
- Mãe?
- Deixa Sandro, sua mãe tem o direito de saber e até fico feliz em seu interesse.
- De que vocês estão falando? Questionou meu pai.
- O Sandro e o Diego estão namorando.
- Nós estamos apenas nos conhecendo.
- Deixe o Diego falar, disse minha mãe.
- É verdade dona Silvia, Sandro e eu estamos nos conhecendo melhor. O problema é que não sou assumido ainda e gostaria de contar com sua discrição e a do seu João.
- Fica tranquilo meu filho, o Sandro também faz pouco tempo que se abriu conosco, disse meu pai.
- Você nunca pensou em conversar com seus pais? Questionou minha mãe.
- Eles não são acessíveis assim como vocês.
- Você é um bom moço, mas quero te pedir uma coisa, disse minha mãe.
- Pode pedir dona Silvia?
- Não faça nenhum mal ao meu filho, seja sempre honesto com ele.
- É muito estranho conversar sobre essas coisas, mas a senhora pode ficar tranquila.
- Pra mim também, mas o meu filho não é sozinho no mundo.
- Nunca tive esse tipo de conversa com ninguém, mas eu entendo e o Sandro sabe tudo o que acontece comigo.
Muito bom saber disso, eu gostei de você e faço questão que fique hospedado aqui em casa.
- Aqui?
- Sim, o Sandro me disse que vocês ficariam num hotel, mas eu não concordo, as pessoas dessa cidade são muito maldosas.
- Eu nem sei o que dizer, disse Diego constrangido.
- O Sandro tem enfrentado muitos problemas depois que se assumiu e no momento que vocês se hospedarem em hotel vão abrir margem para mais intrigas.
- Por mim tudo bem, mas eu não quero atrapalhar.
- Faço questão, será bem-vindo a minha casa.
Sendo assim, vou pegar minhas coisas no hotel.
Diego ficou envergonhado, mas a minha mãe era assim mesmo, depois de pôr uma coisa na cabeça ninguém tirava.
- Não precisa ficar com receio, você será bem recebido, pode ficar no quarto do Sandro, mas já aviso, os dois irão portar-se como adultos que são. Aqui é uma casa de respeito.
- A senhora pode ficar tranquila quanto a isso.
- Tenho certeza que sim.
Diego saiu, fiquei louco de vergonha pela atitude da minha mãe, mas sabia que não adiantava contrariá-la.
Ficamos os três na cozinha a situação era um pouco constrangedora, ainda não sabia lidar direito com meus pais, mas minha mãe ao contrário parecia estar bem à vontade.
- Meu filho, pegue um colchãozinho lá no meu quarto e coloque no seu para o Diego dormir.
- Obrigado por tudo que a senhora tem feito por mim.
- É obrigação minha e de seu pai zelar pelo seu bem, não vou admitir filho meu dormindo em hotel sendo que tem uma casa, mas é claro que vão se comportar. Você me entendeu?
- Entendi e até fiquei surpreso com sua decisão.
- Filho, você tem uma família que te ama, aconteceu esse problema com Aline, mas a culpa foi minha.
- A culpa não foi da senhora...
- Foi sim, ela disse me interrompendo, foi minha e de seu pai que não demos atenção necessária a vocês, os dois cresceram muito só e as coisas não podem ser assim.
- Eu não tenho nada o que reclamar.
- Tem sim meu filho, ficou uma situação constrangedora com sua irmã e sei que você está sofrendo, mas quero te agradecer por ser um filho de ouro. Poderia ter colocado a boca no mundo e não fez, admiro sua coragem e a forma como está enfrentando esse problema.
- Obrigado mãe, eu ainda quero ser motivo de orgulho pra você e o papai.
- Você já é meu filho, seu irmão conversou comigo sobre seus planos e sua mãe já está a par.
Baixei a cabeça e não tive coragem de encará-los.
- Depois nós precisamos conversar com calma, mas primeiro, curta seu final de semana com seus amigos.
- Obrigado mais uma vez, dei um beijo no rosto deles e subi para o meu quarto.
Quando passei por Aline e Roger, eles ficaram me olhando sem entender nada, nem olhei para trás, arrumei o colchão conforme minha mãe falou e desci para aguardar o Diego.
Logo que Diego voltou, fui abrir o portão para ele colocar o carro na garagem.
- Assustado com minha mãe? Perguntei a ele assim que desceu do carro.
- Até que não, mas fui pego de surpresa.
- Ela é assim mesmo, mas é legal.
- Eu já percebi, seus pais são maravilhosos.
Vamos colocar suas coisas lá no meu quarto?
- No seu quarto?
- Sim ou você quer no quarto do Tiago?
- Prometi a sua mãe e vou me comportar, disse ele rindo.
- Pode ficar no meu quarto vai ser tranquilo.
- Só beijinho, disse ele sorrindo pra mim.
- É só se controlar.
- Então vamos, estou cansado de viajar.
- Só tem uma coisa que você precisa saber antes de entrar.
- O que é?
- Seu meio irmão está aqui.
- O Roger? Por essa eu não esperava.
- Sim, ele mesmo, agora é namorado firme da minha irmã, ela está grávida.
Diego me olhou assustado e seguiu me acompanhando para dentro de casa, tão logo entramos demos de cara com Roger e Aline.
- Diego! Que novidade você por aqui? Disse Aline brincando com ele.
- Gostei da receptividade e resolvi voltar, disse ele cumprimentando-a.
- O que você veio fazer aqui? Questionou Roger com severidade.
- Tudo bem Roger? Disse Diego sorrindo e estendendo-lhe a mão.
- Seu pai está sabendo que você está aqui?
Roger não cumprimentou o Diego que ficou com a mão estendida.
- Eu não faço nada escondido dele.
- Para com isso Roger, deixe o Diego em paz, disse Aline.
- Vamos Sandro?
- Vamos.
Roger e Aline ficaram nos olhando, mas não disseram nada. Subimos as escadas e fomos para o meu quarto.
- Que cara chato o que ele quer saber da minha vida?
- Calma, na verdade eu acho que o questionamento nem era pra você.
- Me explica então, o que está acontecendo?
- O Roger às vezes se acha meu dono mesmo não estando mais comigo.
- Sinto muito pra ele, porque agora o dono do pedaço sou eu, disse ele me abraçando.
- Para com isso Diego a porta está aberta.
- Não seja por isso.
Diego se afastou, foi até a porta e chaveou voltando ao meu encontro.
- Agora quero o meu beijo, estou com saudades.
Diego me abraçou novamente, porém dessa vez seu abraço tinha posse, colocou sua mão na minha nuca e em segundos estávamos nos beijando.
- Prometi a sua mãe que ia me comportar, tenho que ter juízo, disse ele rindo e se afastando.
- Ainda bem que você não esqueceu.
Ele foi até a porta e destravou, deixando apenas fechada, em seguida, tirou sua roupa ficando apenas de cueca e deitou no colchão ao lado da minha cama.
- Boa noite, disse ele rindo.
- Boa noite, sorri também.
Apaguei a luz e deitei na minha cama tentando pegar no sono
Deitado na cama, meus pensamentos se voltaram para a atitude do Diego perante meus pais, fiquei muito feliz porque finalmente tinha uma pessoa disposta a me amar como eu merecia. Ele não teve medo como Roger, teve uma postura digna de alguém que realmente merecesse o meu respeito.
De repente senti uma vontade imensa de agradecê-lo por tudo, levantei da cama e deitei no colchão onde ele estava e o abracei. Diego levou um susto, pois estava quase dormindo ou já tinha dormido, beijei seus lábios e o abracei o mais forte que pude.
- O que aconteceu com você? Perguntou ele baixinho ao meu ouvido.
- Você foi maravilhoso comigo, eu quero te amar de verdade.
- Sandro, eu prometi a sua mãe que iria me comportar.
- E vai, basta sermos discretos.
- Não dá, não vou conseguir.
- Chiii!
Segurei sua cabeça e beijei-o sua boca profundamente, ele me abraçou, nosso beijo ficou intenso e muito gostoso, rolamos no colchão até que caímos no chão do quarto, só então nos soltamos e começamos a rir da situação, tanto Diego como eu estava excitado.
- Tudo isso é muito doido, não sei se consigo.
- Vamos colocar o outro colchão aqui no chão.
- Isso é muito maluco Sandro, sua mãe.
- Está dormindo, e silêncio, por favor.
- Eu sou maluco, mas você é mais que eu.
Trocamos mais um beijo e fomos colocar o colchão da minha cama no chão, ficou uma cama de casal.
- Agora podemos brincar a vontade, passei a mão na bunda dele enquanto arrumava o lençol entre um colchão e outro.
Diego me puxou pelo braço e caí por cima dele em cima do colchão, nem pude reclamar para não fazer barulho, começamos a nos beijar novamente, ele colocou a mão por dentro da minha cueca e começou a mexer no meu pau que já estava bem alegrinho, até que eu me lembrei da porta aberta.
- Diego, a porta.
Ele parou, foi como se tivesse tomado um susto, apenas sorrimos e eu fui trancá-la novamente, fui pé por pé e girei a chave lentamente, depois fui ao meu banheiro e peguei algumas camisinhas e um tubo de gel.
Quando voltei para cama ele já tinha tirado sua cueca, deitei sobre ele e voltamos a nos beijar como antes.
- Deita de bruços ele pediu entre um beijo e outro.
Deitei de bruços e Diego ficou por cima, beijou minha nuca e foi descendo por minhas costas, quando chegou a minha bunda, tirou a minha cueca, abriu bem minhas nádegas e começou a cheirar e passar a língua no meu cu, enfiando lá dentro, e depois os dedos.
Que tesão, como não podia gemer optei por morder meu travesseiro e ele seguia caprichando no seu cunete, meu corpo arrepiava a medida que fazia seus movimentos de língua, achei que fosse gozar ali mesmo até que ele parou.
Diego sentou no colchão e apoiou os braços para trás do corpo, nem foi preciso dizer nada, entendi a mensagem e comecei a chupar seu pau, ele segurou minha cabeça como se quisesse que engolisse seu pau, estava todo molhadinho, bem excitado e seu saco cheio de leite, estava enorme, era sinal que fazia dias que ele não transava, fiquei feliz, era a prova que não ficou com o ex dele na minha ausência, sentia sua respiração acelerada, ele estava sentindo muito prazer então pediu que parasse.
- Agora me faz seu com todo carinho, disse ele baixinho enquanto trocávamos selinhos mudos.
Fiz um cunete no Diego que ele ficou todo arrepiado, em seguida coloquei a camisinha e fui introduzindo devagar até que entrou e iniciei um movimento de vai e vem bem lento para não fazer barulho. O tesão e a adrenalina foi tomando conta do meu corpo, segurava em seus ombros e arranhava suas costas enquanto me movimentava. Quando estava prestes a gozar ele me fez parar.
Deitei na posição frango assado ele colocou a camisinha e foi penetrando lentamente, senti um pouco de dor que aos poucos foi aliviando. Ele metia devagar e acelerava. Que delicia sentir seu corpo roçando ao meu enquanto movimentava-se na maior calma para não acordar ninguém.
Depois de alguns minutos, trocamos de posição, ficamos de ladinho, ele segurava minha perna e controlava seus movimentos, fiquei de quatro e seguiu se movimentando e quando estava prestes a gozar, parou, retirou a camisinha e me pediu para chupá-lo ate gozar.
Mal iniciei a chupá-lo e começou a gozar, Diego respirava fundo para não chamar atenção, chupei seu pau até deixá-lo limpinho.
Depois foi a vez dele, me chupou até gozar e assim como fiz com ele, Diego deixou meu pau limpinho.
Trocamos um beijo e ficamos abraçados, nossos corpos estavam totalmente suados e assim dormimos o restante da noite.
Acordei pela manhã por volta das 6 horas com o Diego me chamando.
- Acorda lindinho.
- Ahh o que foi?
- Vamos arrumar o seu colchão na cama e deixar a porta aberta.
- É cedo ainda.
- Não meu amor.
- Diego! Você tem noção o que falou, disse baixinho.
- Sim, a partir de hoje você é o meu amor, disse ele com um sorriso lindo no rosto.
- Não brinca comigo, eu sou sentimental.
- Não é brincadeira, estou gostando de você, senti saudades essa semana.
- Saudades de sexo.
- De tudo, mas principalmente desse jeitinho tímido e carente que você tem.
- Sabe que às vezes eu tenho medo de me machucar nessa brincadeira?
- Não tenha, estou levando a sério nossa relação e quero muito que dê certo.
- Eu também quero muito que dê certo.
- Quando você for pra BH e ficarmos mais pertinho será maravilhoso.
- Meu irmão já falou com meus pais, acho que vai dar certo.
- Que notícia maravilhosa, disse ele rindo e me beijando depois.
- Por enquanto não é nada certo.
- Amor, vamos arrumar a cama e abrir a porta, não quero que sua mãe tenha má impressão de mim.
- Você já vai levantar?
- Claro, eu acordo cedo para correr todo dia.
- Você pretende correr aqui?
- E porque não? Vem comigo?
- É um lado seu que eu não conhecia.
- Pois vai conhecer todos os lados, disse ele me abraçando e em seguida levantando da cama.
Colocamos meu colchão de volta no lugar, Diego retirou o lençol que utilizou e dobrou, juntou o travesseiro e deixou sobre minha cama já arrumada, levantou o outro colchão, juntou as camisinhas usadas durante a noite e deixamos o quarto bem ajeitadinho.
Em seguida foi até a mochila e tirou uma bermuda e uma camiseta, vestiu e em alguns minutos já estava pronto para sair.
- Você não vem comigo?
- Sei lá? Nunca corri.
- Deixa de ser sedentário, vamos dar uma corridinha, você vai ver o quanto é bom.
- Ok, você me convenceu.
- Vai rápido que esse é o melhor horário.
Coloquei uma bermuda e uma camiseta e saí com o Diego, era cedo ainda, na casa todos dormiam.
- Amor me indica um lugar que seja bom para fazer corrida.
- A praça é o melhor lugar.
- É longe para chegar até lá?
- Uns 10 minutos.
- Então vamos correr nessa praça.
- Não sei se vou conseguir?
- Tão cheio de saúde e sedentário, vamos ter que mudar esse adjetivo bem rapidinho, disse ele rindo.
Chegamos à praça e ele começou a olhar na volta.
- Não gostou?
- Vamos ter que começar devagar e aos poucos aumentar a velocidade.
- Você fala como se eu corresse todo dia, disse rindo.
- Mais é fraquinho esse meu namorado, disse ele rindo.
- É tão bom ver você me chamando de seu namorado, seu amor, não estou acostumado com isso.
- Pois vá se acostumando, porque estou falando sério.
- E agora é pra valer, vamos correr, disse ele.
Saímos correndo pela praça, que não era muito grande, as duas primeiras voltas foi tranquilo, mas depois já comecei a sentir e o Diego firme ao meu lado parece que nem estava correndo. Na terceira volta, eu parei, senti dor nas pernas e não consegui continuar, foi então que passou o mesmo engraçadinho que o Lucas já tinha discutido na rua e gritou.
- E ai viadinho não aguentou o pique do namorado?
O Diego ouviu e foi pra cima do cara.
- O que você disse?
- Eu? Não disse nada, falou o cara se esquivando.
- pois eu digo, viadinho é o seu pai.
- Para com isso Diego, deixa esse imbecil.
O cara nem deu conversa para o Diego, viu que era dois contra um e se foi.
- Idiota! O que ele pensa que é em ofender as pessoas?
- Já estou acostumado com isso.
- Perto de mim isso nunca vai acontecer e você também precisa aprender a se defender.
- Como?
- Não abaixe a cabeça toda vez que alguém te ofende.
- E eu vou bancar o valentão para o cara bater em mim ou até me matar?
- Não, mas também não aceite tudo.
- Eu tento ignorar.
- Ignorante, não sabe nada da vida e saí por ai ofendendo os outros.
- Vamos voltar pra casa, já estou cansado.
- Vamos! Cansei você né?
- Não tenho como competir, disse rindo.
Voltamos pra casa, encontramos meus pais e meus irmãos sentados à mesa do café.
- Já saíram tão cedo? Questionou meu pai.
- Fomos correr na pracinha.
- Ae maninho finalmente tirou a ferrugem, disse o Tiago rindo.
- Pois saiba que eu corri muito bem.
Aline estava calada tomando seu café.
- Vocês vão me ajudar no mercado? Disse meu pai brincando.
- Tem vaga pra mim? Perguntou o Diego.
- Cuidado que ele se aproveita da sua boa vontade, disse Tiago rindo.
- O que mais tem é trabalho naquele mercado, disse meu pai.
- Eu quero ajudar, disse Diego.
Meus pais e Tiago começaram a rir.
- Não precisa filho, estava brincando com você, disse meu pai.
- Mais eu faço questão.
- Acho que você vai se arrepender disse minha mãe.
- Basta me ensinar, disse ele rindo.
- Tiago, o coloque a carregar caixas de verduras, disse meu pai rindo.
- Que maldade pai, ele vai me ajudar com as prateleiras.
- Não precisa. Hoje você está liberado meu filho, vá mostrar a cidade ao Diego, sair com Rafael, Fernanda e deixe o resto por nossa conta.