O amor vence qualquer barreira - parte 26

Um conto erótico de Regina
Categoria: Heterossexual
Contém 3499 palavras
Data: 18/01/2024 23:32:08

Algumas semanas se passaram desde que Pedro voltou ao Brasil e tudo estava se ajeitando. A gente se comunicava todos os dias por vídeo chamada e até sexo virtual a gente fazia.

Eu agora estava mais confiante e andava sem medo pelas ruas de Nice, A língua francesa estava cada vez mais fácil pra mim e a minha comunicação com as pessoas era mais fluida.

Depois de comprar algumas coisas na feira, voltei pra casa. Um fato curioso é que eu não sabia fazer nada na cozinha, mas agora com várias aulas gratuitas e dicas de um “masterchef” eu conseguia fazer uns negocinhos bem gostosos, que davam pro gasto.

Fui fazer um omelete e assim que eu quebrei o ovo na pia, o cheiro do ovo me embrulhou o estômago e eu acabei vomitando ali mesmo na pia. Deduzi que o ovo estava estragado e limpei aquela bagunça. Desisti do omelete e resolvi fazer um sanduba com queijo brie, tomate seco e peito de peru.

Completei com um tempero de ervas finas com um pouquinho de manjerona e botei na chapa. Ficou tão gostoso, que eu não resisti e acabei fazendo mais um. Só que esse mais um, não deu pra me saciar e fiz outro. Juro que eu estava pensando em fazer mais um, mas quatro seria olho grande.

Fazer compras na feira me deu muita fome e eu depois fiquei me sentindo tão cheia que deitei no sofá e acabei cochilando, acordando horas depois com a videochamada do Pedro.

Pedro - Oi, minha pequena! Tudo bem contigo?

Regina - Tudo ótimo, Pedro. E você? Como está?

Pedro - Bem, também. Tenho uma novidade pra te contar.

Regina - Qual?

Pedro - Eu nadei numa piscina hoje.

Regina - Jura?

Pedro - Juro! Nadei e não me afoguei.

Regina - Ah, Pedro! Você não imagina como estou feliz por você.

Pedro - Desde aquele dia no rio Sena, que eu fiquei pensando e criando coragem pra tentar entrar numa piscina.

Regina - Cuidado, meu amor! Não quero ficar viúva antes do tempo.

Pedro - Eu estou tomando muito cuidado. Estou nadando numa piscina que dá pé pra mim, mas tem uma parte que é funda e eu fico indo pra lá de vez em quando, mas não fico muito tempo.

Regina - Eu nunca vou esquecer o que você fez por mim. Você me salvou da morte certa. É o meu herói!!!

Pedro - E de certa forma você me ajudou e está me ajudando a superar o meu trauma, mas tenho que te confessar uma coisa. Quando eu me joguei pra te salvar, eu pensei que fosse morrer também, mas de repente, eu ganhei forças, que eu nem sei explicar e consegui nadar o suficiente pra te levar um pouco pra cima e não podemos esquecer que algumas pessoas que estavam no barco também pularam e me ajudaram.

Regina - Eu sei disso tudo meu amor! Você já me contou várias vezes, mas você pulou na água sem se importar no que poderia acontecer contigo. Você me deu uma demonstração do seu amor, que eu não sei se algum dia eu poderei retribuir.

Pedro - Eu não podia te perder novamente…

Regina - Lá vem você com essa história de novo… Não gosto de falar sobre isso. Vamos mudar de assunto.

Pedro - Tudo bem. Tenho outra novidade pra te contar.

Regina - Outra? Meu Deus, estou adorando essa videochamada.

Pedro - São duas, na verdade. A primeira é que a Nikke aceitou finalmente o divórcio de forma amigável. Estou até achando que ela a qualquer momento vai fazer alguma coisa comigo, sei lá… mas com a cooperação dela o processo vai andar mais rápido.

Regina - Que ótima notícia! Estou tão feliz! Pena que eu não consigo atravessar a minha boca pela tela e te beijar! Qual a outra novidade?

Pedro - Eu vi o Pedrinho hoje e nós apertamos as mãos. Ele apertou a minha mão, Regina! Meu filho deixou que eu o tocasse. Eu até chorei na hora e tive que enxugar as lágrimas na manga da camisa.

Regina - Que ótimo, meu amor! Que bom que vocês estão se entendendo…

Pedro - Não é bem assim… A gente só se cumprimentou, mas não trocamos uma palavra e depois ele ficou agarrado com a mãe um pouco.

Regina - E a sua meia-irmã? Como ela é?

Pedro - Ela é quase uma versão da Nikke, de quando eu a conheci em Paris.

Regina - Hummmmmm…

Pedro - O que foi esse Hummmmmm?

Regina - Você se lembrou de quando conheceu a Nikke e se apaixonou por ela?

Pedro - Um pouco, mas foi bem rápido. É que elas são muito parecidas, tirando a cor do cabelo e dos olhos, que são azuis iguais aos meus.

Regina - Hummmmmmmm…

Pedro - Pode parar de ciúmes! É minha irmã e você não tem com o que se preocupar.

Regina - Acho bom… Se você aprontar comigo, eu vou arrancar esse pinto fora e vou fritar pra você comer, entendeu?

Pedro - Sim, senhora!

Regina - Acho bom…

Pedro - Estou louco pra poder voltar. Já pensei em tudo e poderemos morar em Paris ou outra cidade em definitivo. O que você acha?

Regina - Embora eu goste muito da França, eu sinto que meu lugar é aí no Brasil. Acho que estou sentindo falta do meu pai, da minha irmã e de alguns amigos.

Pedro - Achei que você queria morar na França…

Regina - Aqui eu me sinto muito sozinha, Pedro e…

Pedro - Mas quando eu voltar, não estará mais sozinha.

Regina - Vamos fazer o seguinte… Eu vou voltar pro Brasil e ficar uns meses aí e depois quero fazer outra viagem, mas contigo ao meu lado.

Pedro - Como se fosse uma lua de mel?

Regina - Pode ser, hahaha, nem tinha pensado nisso, mas o importante é que eu quero conhecer o mundo.

Pedro - Temos a vida toda pra fazer isso! Podemos ir conhecendo aos poucos.

Regina - Eu queria muito fazer essa viagem, talvez ir pra um lugar exótico…

Pedro - Podemos começar pela Tailândia. Eles fazem uma galinha com caju, que é dos deuses…

Regina - Galinha com caju? Só um instante, Pedro…

Fui correndo no banheiro vomitar toda a comida que eu comi mais cedo… onde já se viu comer galinha com caju? Que nojo…

Pedro - Regina! Regina!

Regina - Desculpa, você falou naquela comida esquisita e meu estômago revirou. Botei tudo que comi pra fora…

Pedro - Mas é uma delícia… tenho certeza que irá gostar…

Falei que não comeria nada esquisito e ainda nos falamos por mais meia hora até desligarmos, jurando amor um pro outro.

Ficar falando esse tempo todo me deu fome novamente e eu decidi comer alguma frutas com chantilly. Peguei alguns morangos, framboesas e mirtilos. Peguei uma banana também, calda de chocolate, morango e chantilly.

Estava delicioso, mas essa fome não passava e eu fiquei comendo chantilly puro, assistindo um filme, mas fiquei tão cheia que acabei dando uma cochilos, acordando horas depois.

Minha rotina na França era basicamente dormir, comer, ver TV e passear. Falar com Pedro e meus pais, no caso meu pai, pois minha mãe às vezes sumia. Falava com Nina e minha irmã também.

Eu passei a notar que estava comendo muito e decidi me exercitar. Entrei numa academia e fazia alguns exercícios leves, com um pouco de Zumba. As aulas eram ótimas e bem descontraídas, porque a professora era uma cubana cheia de vida e carisma. Ela se chamava Maria Della Guerta e ela cativava todos os alunos.

Um certo dia, apareceu na aula um cara, que pelo visto era um amigo da professora, talvez até namorado ou ex, ou ficante, pois percebi que eles tinham muita intimidade e ela explicou aos alunos que o amigo, que se chamava Charles iria fazer uma aula de 15 minutos de aerofunk, pois iria começar uma turma nova e ele estava divulgando o trabalho dele em todas as outras aulas.

Quando ele ligou o JBL portátil dele, a primeira música era da Anitta e eu adorei. Dancei muito e acabei chamando a atenção do professor e de outros que estavam na aula. Eu fazia tudo que o professor fazia, requebrando até o chão, fazendo o famoso quadradinho e fazendo movimentos bem sensuais com a minha bunda, mas o que chamava a atenção mesmo eram meus seios que são volumosos e eu sempre tive problemas com isso. Eles tem vontade própria e acabam me causando embaraços às vezes, como agora por exemplo.

Eles balançavam muito, mesmo usando um Topper bem justo que segurava bastante o peso deles, mas com essa movimentação frenética, estavam dando um show a parte. Eu resolvo desencanar e nem liguei, pois eu estava num lugar onde quase ninguém me conhecia. Era libertador e eu aproveitei muito aquela mini-aula.

Quando terminou, batemos palmas e o professor disse que quem tivesse interessado, era só se inscrever na recepção. Sentei no chão, morta de cansada, fechei os olhos e senti passos se aproximando.

Charles - Tudo bem, Moça? Está passando mal?

Regina - Estou só cansada. A aula foi muito boa.

Maria - Eu vi que você arrebentou… Você é brasileira?

Regina - Sou sim… Sou do Rio de Janeiro.

Charles - Está explicado! Nunca vi uma aluna pegar a minha coreografia tão rápido. Só podia ser brasileira.

Maria - Olha, se você fizer as aulas do Charles e continuar assim, de repente podemos até te indicar pra ser substituta dele, num dia que ele precise faltar, ou fique adoentado.

Regina - Seria o máximo…

Charles - Te aguardo então nas aulas. Se isso acontecer mesmo, de repente falo com o dono da academia e a gente faz uma permuta pra você fazer as aulas de graça. Que tal?

Regina - Pode contar comigo.

Eu levantei do chão e ele me abraçou bem forte. Peguei a minha garrafa d'água e tomei metade dela, enquanto os dois iam em direção ao vestiário. Fui pegar as minhas coisas no armário e fui pra casa.

Outros dias se seguiram e as aulas de aerofunk eram muito animadas. Acabei fazendo amizade com algumas pessoas, sendo que duas delas eram artistas numa companhia de teatro. Fiquei muito interessada nisso e perguntei como era o processo seletivo e se eu podia me inscrever em alguma aula.

Eu agora tinha novos amigos. Amigos da academia e do teatro. Como eu morava sozinha, minha casa virou um point e eu estava sempre com alguém e a solidão que eu sentia, foi passando.

Pedro não gostou muito no início, até porque pra variar, eu era a mais nova desses novos amigos e ele começou a sentir ciúmes, mas eu garanti a ele que não era preciso se preocupar.

Aliás, eu até tinha recebido algumas indiretas e diretas de alguns desses novos amigos, mas eu cortei logo e os coloquei na friendzone.

Meu aniversário estava chegando e eu tinha decidido voltar ao Brasil pra comemorar com minha família e alguns amigos mais próximos. Uns poucos, porque depois do término com o Pedrinho, a maioria deles virou as costas pra mim.

A vida seguia e durante uma das aulas de aerofunk, eu não me senti muito bem, provavelmente por ter comido um pouco demais antes dos exercícios e fui correndo pro banheiro. Maria foi atrás de mim, pra ver se estava tudo bem e me pegou vomitando. Ela foi muito prestativa e me ajudou segurando a minha cabeça.

Regina - Obrigada, Maria. Acho que comi demais antes da aula.

Maria - Você anda comendo muito! Parece um filhote de dragão, kkkkkk

Regina - Acho que vou pra casa. Estou me sentindo meio fraca.

Maria - Quer que eu te leve?

Regina - Não se preocupe! Você tem aula depois. Eu vou pegar um Uber.

Maria - Tudo bem. Mais tarde eu passo lá pra ver como você está.

Nos despedimos e eu fui pra casa. Decidi ir a pé mesmo, pois já estava me sentindo muito melhor, mas durante o trajeto um fato curioso me chamou muito a atenção. Eu fiz um caminho diferente que passava por um parque e lá eu vi uma moça muito bonita brincando com um garotinho e quando ela se virou, vi que ostentava uma barriguinha de grávida. Na hora a minha ficha caiu…

Será? Eu realmente estava comendo mais e tinha alguns enjôos, mas a minha menstruação veio normalmente e é só por isso que não pensei nessa probabilidade.

Eu vou ter que fazer aquele exame de farmácia novamente, só pra tirar isso da minha cabeça e antes de chegar em casa, passei numa farmácia e comprei três testes de marcas diferentes.

Morrendo de vergonha, o atendente da farmácia que era mais velho olhou me julgando com uma cara feia. Fiquei com mais vergonha ainda e saí de lá rapidinho indo logo pra casa.

Fui direto ao banheiro e fiz xixi num potinho e usei o primeiro teste. Alguns minutos depois e veio a confirmação da gravidez. Eu não podia acreditar naquilo e fiz o teste das outras duas marcas. Minutos depois e mais dois testes confirmando a minha gravidez.

Comecei a chorar desesperada, porque eu ainda não queria isso e sabia que meu pai e minha mãe iriam me dar um esporro daqueles…Tenho que contar ao Pedro… Como será que ela vai reagir?

Eu não parava de chorar, até que ouvi o interfone e era a Maria pedindo pra subir. Eu precisava conversar com alguém e precisava de um abraço. Abri o portão pra ela e fui pra porta do apartamento esperar por ela, mas quando eu abri a porta tomei um susto…

Maria, Charles, Louis, Gustave, Margot, Thierry, Stephany e Camille foram entrando no apartamento e já foram se acomodando. Maria logo viu que eu não estava bem e me puxou pra cozinha, perguntando o que houve.

Regina - Eu não quero falar!

Maria - O que foi, Regina? Foi o seu coroa que aprontou contigo? O que ele fez?

Regina - Nada…

Maria - Pode se abrir comigo! Aposto que ele brigou contigo. Tá cheio de ciúmes do Charles.

Regina - Não é isso…

Maria - Charles! Charles!

Charles - O que foi Maria?

Maria - O coroa aprontou de novo com ela. Deve ter tido mais uma crise de ciúmes. Ela tava chorando…

Regina - Não é nada disso!

Charles - Regina, larga desse cara. Você não está vendo que está num relacionamento tóxico? O cara tem ciúmes de mim, sem razão…

Regina - Melhor vocês todos irem embora… Eu não estou muito bem…

De repente Margot entra na cozinha e solta a bomba…

Margot - Regina, você está grávida?

Maria - O que?

Margot - Eu fui no banheiro e vi os testes de gravidez positivos…

Charles - Caramba, Regina!

Maria - Quem é o pai?

Regina - Comi assim, quem é o pai?

Maria - Brincadeira… - Disse ela aos risos.

Regina - Melhor vocês irem… Eu tenho que ligar pro Pedro, meus pais, minha irmã…

Charles - Melhor irmos e se ela precisar de nós, ela liga.

Maria - Eu vou ficar. Ela vai precisar de alguém pra dar apoio depois que falar com os pais e com o coroa.

Todos foram indo embora, me desejando força e apoio. Era estranho, mas eu acabei desenvolvendo rapidamente uma amizade com todos eles, porque com cada um eu tinha afinidade com alguma coisa e então ficamos eu e Maria.

Primeiro liguei pra minha mãe, pois já imaginava que não conseguiria contato. Depois liguei pro meu pai e comecei a falar com ele que voltaria para o Brasil porque queria comemorar os meus dezoito anos com eles. Fiquei contendo o choro, enquanto meu pai ficou radiante e todo bobo com a notícia. Vi que Andréia também ficou feliz por ele e vi aquela barriga já despontando um pouco.

Foi o gatilho que faltava pra me fazer chorar. A alegria do meu pai se transformou rapidamente em tristeza e ele preocupado ficou me perguntando o porquê do choro…

Andreia - Calma, meu amor! Deve ser só emoção de voltar pra casa, não é Regina?

Regina - Pai, me desculpa… Só aconteceu…

Armando - O que aconteceu, Regina? O que você fez? Está tudo bem contigo?

Regina - Pai… estou grávida…

E chorei mais ainda…

Armando - Eu sabia que isso ia acontecer! Eu sabia!

Regina - Pai, me desculpa!

Armando - Pedro é o pai, né?

Regina - Lógico, pai… O que pensa que eu sou?

Armando - Uma irresponsável! Agora eu quero ver o que você vai fazer…

Andreia - Armando, acalme-se… Tudo vai se resolver…

Armando - Vai se foder, Andréia!

Andreia - Com licença, Regina! Depois a gente conversa…

Vi Andréia se retirar e meu pai botando as mãos na cabeça…

Armando - Está vendo o que você fez?

Regina - Pai…eu só queria um abraço seu agora…

Armando - Ah, filha… Você fez uma grande cagada, mas isso não é o fim do mundo… Eu me excedi um pouco e agora vou ter que rebolar aqui pra Andréia me desculpar…Já falou com sua mãe?

Regina - Ainda não…

Armando - Pedro?

Regina - Também não…

Armando - Parece que dessa vez eu fui o primeiro a saber das coisas…

Regina - Eu vou ligar pro Pedro agora e mais tarde falo com Sara e Tia Nina…

Armando - Sua mãe vai te matar… Vovó Grazi…

Regina - Pai, o que eu faço?

Armando - Filha, você sabe o que eu penso sobre isso. Vocês dois fizeram e agora é hora de encarar a realidade.

Regina - Eu nem fiz dezoito ainda…

Armando - Eu disse pra você não vacilar daquela vez. Achei que naquele dia, o susto iria fazer com que você fosse mais cuidadosa, mas na hora de revirar os olhinhos, você nem pensou nisso, né?

Regina - Pai, na hora foi tudo muito rápido e…

Armando - Eu confiei em você, filha. Mesmo sendo uma adolescente, achei que você teria discernimento, mas o Pedro vacilou muito. Ele deveria ser responsável pelos dois.

Regina - Eu vou resolver isso com ele.

Armando - Só espero que resolvam de forma consciente. Se ele inventar alguma graça, eu juro que arrebento a fuça dele.

Regina - Melhor eu falar logo com ele…

Armando - Também acho e depois a gente se fala. Agora vou ter que ir lá me humilhar pra Andréia e pedir desculpas a ela.

Regina - Tchau, pai. Eu te amo.

Armando - Também te amo, filha. Eu estarei ao seu lado, mas vê se não faz mais nenhuma besteira…

Se ele soubesse que eu quase morri afogada no rio Sena… Pedi muito pro Pedro não contar isso a ele… Me despedi do meu pai e Maria me deu um abraço. Agora era conversar com o Pedro e depois eu avisaria pra Sara, Nina e lógico a minha mãe.

Eu não estava tão preocupada com a reação do Pedro, porque eu sabia que no fundo ele queria, talvez não agora, mas sei que ele queria isso mais pra frente.

O problema mesmo era que eu tinha dúvidas quanto a isso. Eu sou muito jovem pra ser mãe e eu nem sei me cuidar direito, ainda mais cuidar de um bebê.

Eu queria fazer uma faculdade ou então ser atriz e isso agora iria atrapalhar tudo. Abortar sem dúvida era uma opção que me passava pela cabeça, mas agora que eu já falei com o meu pai, aí sim eu o deixaria chateado. Chateado, não… ele ficaria puto comigo e isso iria afetar a nossa relação de uma forma que eu nem quero imaginar.

Comecei a chorar e Maria ficou me acalentando, tentando me deixar mais calma.

Maria - Regina, se você quiser tirar, eu conheço um médico que faz isso. Eu mesma já tive que fazer isso e eu era mais nova que você, só que no meu caso foi um pouco mais complicado, porque eu fui violentada. A gravidez me fazia lembrar constantemente a violência que eu sofri.

Regina - Sinto muito, Maria…

Maria - Isso foi há muito tempo. Eu de vez em quando tenho pesadelos com isso, mas eu jurei que se um dia ficar grávida novamente, eu vou dar tanto amor a este bebê, que aí eu acho que de alguma forma irei compensar o que eu fiz, porque o bebê não tinha culpa do que eu sofri, mas eu realmente não tinha condições.

Regina - Como você se sentiu depois?

Maria - Me senti livre, porém triste e com um pouco de culpa, mas foi passando com o tempo.

Regina - Eu não sei se conseguiria fazer isso, Maria.

Maria - Só quero que você saiba, que o que você decidir, estarei contigo.

Regina - Obrigada. Eu estou bem, você pode ir pra casa.

Maria - Tem certeza?

Regina - Eu quero conversar a sós com o Pedro.

Ela ainda tentou ficar, mas eu fui mais firme e disse que queria privacidade nesse momento, contudo ela frisou que se eu precisasse, era só entrar em contato, que ela voltaria.

Levei Maria até a porta e mandei uma mensagem pro Pedro, perguntando se estava tudo bem e que eu precisava falar com ele.

Rapidamente ele respondeu e disse que me ligaria em meia hora, só que essa meia hora nunca passava e parecia uma eternidade. Eu olhava toda hora o relógio no celular e as horas não passavam.

Decidi escutar música e botei AnaVitoria pra ouvir, pois as músicas delas me ajudam a ficar mais calma.

Depois de algumas música, aparece a notificação de ligação do Pedro e enfim tinha chegado a hora de revelar ao homem que eu amo, que ele seria pai novamente.

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Comentários

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Estamos juntos novamente! Parabéns por cada vez mais interessante suas sagas espetaculares! ⭐⭐⭐💯

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muito bom capitulo as emoções falando

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Excelente conto Anderson!

Agora vamos ver a reação do Pedro, mas não creio que ele fará objeção

Parabéns pela ótima história

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Aguardando cenas dos próximos capítulos! Excelente Senhor Anderson! Parabéns!

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Só encontrei está saga agora, muito interessante e o ineditismo, pelo menos aqui no site vou tentar arrumar um tempo pra ler

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E eu que achava que não odiaria um personagem mais do que odiava a Renata do Neto, mas o impossível aconteceu.

EU TE ODEIO PEDROkkkk.

Agora o banana do Armando vir falar que vai pegar o Pedro foi cômico.

Dois bundões brigando seria ótimo de ver.

Pedrinho se mostrando que é filho do seu pai mesmo um outro bunda mole que começa a perdoar.

Parabéns Senhor Anderson.

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👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

⭐⭐⭐

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