Paulo estava no trânsito e percebe que recebeu uma mensagem. Não estava em seus contatos, mas ao abrir a conversa, e aumentar a foto, viu que era a Ana, a ninfeta que ele tanto pensava desde sexta. No corpo da mensagem estava escrito:
- Oi Paulo. Tudo bem? Precisava conversar com você. Poderíamos almoçar?
Paulo surpreso com aquela mensagem, responde:
- Olá, Ana. Bom dia. Claro, qual seria o seu melhor dia:
E ela responde:
- Pode ser sexta, as 13h? No restaurante "X"?
Como era próximo onde eu trabalhava, respondo:
- Claro, por mim fechado. Nesse momento minha barriga começa a ter uma sensação estranha, como se fosse borboletas voando nela.
E ela responde:
- Fechado, até lá.
Fiquei pensando no que ela queria falar comigo até chegar no trabalho. Ao chegar, vejo a Letícia, trabalhando em sua mesa. Desde sexta que não a via. Digo bom dia, e entro na minha sala. 30 minutos depois chamo ela para conversar. Ao ela entrar, peço para encostar a porta. E pergunto:
- Letícia, tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Dois dias que não aparece. Já estava preocupado.
Letícia meio sem jeito, diz:
- Ah, Paulo. Estou muito sem graça em te olhar. O que fizemos na sexta não foi certo. Foi uma loucura que não deveria ter acontecido. E eu tenho medo de misturar as coisas. Nossa relação é muito boa profissionalmente, e tenho certeza que vai estragar. Por isso que vou sair da empresa, vou pedir as minhas contas hoje a tarde.
Eu, me levanto, vou até uma mesinha na lateral, pego uma jarra com água, despejo em um copo e ofereço a ela. E ela acaba aceitando. Volto a sentar,e retruco:
- Leticia, eu fiz algo que você não gostou? Te magoei de alguma maneira? Pensei que foi algo concordado com todos.
E ela responde:
- Foi bom, até fiquei com uma mulher, algo que queria a muito tempo e nunca tinha realizado. Foi gostoso, mas não quero que se repita.
Eu respondo:
- Vou falar a verdade para você. Foi algo que ficará em nossa mente para sempre. Foi uma loucura gostosa, na qual todos gostaram, mas tudo tem um pós, uma consequência. Você me conhece, e sabe como eu separo as coisas. Pra mim aquele dia morreu e não deve ser mais desenterrado. Foi uma loucura nossa, que dependendo de mim, ninguém saberá. E eu adoro o seu trabalho e gosto muito de você. Mas eu quero que saiba que te vejo como amiga, como você também me deve enxergar dessa forma. A gente teve prazer, mas já foi. Eu prometo que não usarei esse fatídico dia para influenciar em nada ou atrapalhar a nossa relação. Vai voltar a ser como antes.
Ela meio sem o que responder, diz:
- Tem certeza?
E eu:
- Confia em mim. Até aqui te dei provas para ter essa confiança.
E ela responde:
- Ta bom. Ela se levanta, vai em minha direção e me dá um abraço bem forte. Ao abraçar, percebo que sai lágrimas no olho dela e peço para ela ficar tranquila. Ela assinala com a cabeça que sim, e diz que precisava voltar ao trabalho.
E pergunto:
- Não vai sair não, né?
Ela diz:
- Não.
E sai pela porta. Nesse dia, a gente volta a conversar, meio sem graça, mas aos poucos voltando a normalidade. Na quinta, o clima melhora e estávamos se relacionando profissionalmente como antigamente. E chega a sexta. Na correria do dia, e ansioso pelo almoço com a Ana, eu me atrapalho com o trabalho, até que recebo ajuda da Leticia. Conversando sobre o trabalho, ela me informa:
- Paulo, a Ana mandou mensagem pra mim na terça pedindo o seu telefone, e eu passei, tá bom?
Eu disse:
- Tudo bem, Lê. Ela me chamou para almoçar hoje. Não sei o que ela quer. Talvez discutir o que ocorreu, não sei.
Ela falou:
- É, pode ser. A Ana é uma pessoa incrível. Até me assustei que ela se soltou naquele dia, pois parecia muito acatada em todas as situações. Depois me conta, estou curiosa. E eu com a cabeça disse que sim. Era 12:40h, e precisava sair, pois a Ana estava em direção ao restaurante. Chego pontualmente no horário e peço uma mesa para dois. Era um restaurante simples, mas com uma comida muito gostosa. Passado 5 minutos, chega a Ana, com um vestido preto, toda maravilhosa, um chinelo rasteirinho. e com várias mexas na cor rosa. Ela não sabia como eu adorava mulheres com sua própria identidade, diferente do padrão estabelecido.
Ela se senta, me dá boa tarde, e ao mesmo tempo o garçom chega:
- Ja escolheu, senhor?
Olho para a Ana, com cara de apaixonado, e pergunto se ela vai querer almoçar. Ela diz que ficará apenas com um suco de laranja, pois seria rápido. Disse que também ficaria naquele momento com apenas um e peço o de graviola. Eu sem jeito de falar, pergunto:
- Então Ana, qual é o motivo do nosso encontro?
E ela responde:
- Então Paulo, queria pedir desculpas pelo ocorrido na sua casa. Não quero que você tenha essa impressão minha, de uma pessoa louca, fácil, e que transa com qualquer um, até com desconhecido. Bebi muito álcool, mas deveria dizer não.
Eu respondo:
- Fica tranquilo, Ana. Não acho nada. Foi uma loucura que nós fizemos. Mas que ficaria ali para sempre. E de você, não acho nada, mentira, acho sim. Acho você simplesmente linda. Mas não penso em nada além disso, fica tranquila. Espero que vire uma amizade nossa. Eu ja falei com a Le e se acertamos. Por mim, aquele dia eu coloquei em uma caixinha, tranquei, guardei em minha mente, e joguei a chave fora.
Ela retruca:
- Tá bem Paulo, não te conheço, mas parece sincero suas palavras. Amanhã vou na casa da Le conversar sobre isso. Pedir desculpas, pois até ela eu acabei me relacionando, e nunca tinha feito isso e também nunca mais o farei.
Eu olhando para o fundo dos olhos dela, e ela meio sem jeito, falo:
- Tudo bem, fica em paz. Pode me acompanhar no almoço?
E ela diz que sim, pedimos dois pratos e ficamos conversando ali até as 15h. O tempo passou que eu nem vi. Quando me toquei, olhei para o relógio e avisei que precisava ir, mesmo não querendo. E eu pensando, que menina incrível, que mulher legal de conversar. Fechamos a conta, paguei e ao sair, me despeço dela. Abraçamos bem forte e pergunto:
- Tudo resolvido entre a gente?
E ela:
- Sim, borracha na história.
Dou outro abraço e falo: Espero que a gente vire amigos e que em breve podíamos repetir esse almoço.
Ela diz:
- Claro, você é uma pessoa incrível. A gente se fala.
Ela se vira e vai embora. E eu volto para a empresa que eu trabalho, até que eu vejo a Nathalia, uma grande amiga da época da faculdade que estava na Cacau Show.
****ACOMPANHA OS PRÓXIMOS CAPITULOS PARA SABER O ANDAMENTO:****
Quem é Nathy?
E essa amizade com Ana, vai até onde?