"... Este é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez é
Sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres,
Nós não estamos"
(Mônica) – Môdi … Môdi … acorda. – Disse Mônica me dando uma leve sacudida.
(Eduardo) – O que foi? Perdi a hora, né? Caraca, minha cabeça está explodindo …
(Mônica) – Môdi, eu tenho um negócio pra te falar …
(Eduardo) – O que houve?
Eu esfreguei o rosto, tirando as remelas dos olhos e só então pude ver que Mônica estava chorando, e os olhos estavam bem vermelhos.
(Mônica) – Edu, tenho algo pra te falar … você vai ter que ser forte.
(Eduardo) – Fala logo, Mônica! O que houve?
(Mônica) – O Tatá morreu …
Eu comecei a chorar e a soluçar. Parecia até que eu estava com uma crise de ansiedade, ou algo assim.
(Eduardo) – Não pode ser!!! Quando eu saí de lá, deixei ele dormindo.
(Mônica) – Calma, Môdi! Calma!
(Eduardo) – Eu tinha que ter ficado lá! Eu vi que ele não estava bem …
(Mônica) – Mas ele se despediu de você? Ele agiu de alguma forma diferente?
(Eduardo) – Não, por quê?
(Mônica) – Sinto muito, amor … - Ela fez uma pausa, parecendo escolher as palavras que iria usar e continuou. – Parece que ele se cortou com o vidro de uma garrafa.
Me deu um aperto no coração ... Senti uma forte dor de cabeça. Coitado do Otávio!
(Eduardo) – Ah, meu amigo, me desculpe! Eu não achei que você estivesse tão mal.
(Mônica) – Ele falou alguma coisa contigo?
O celular toca e minha esposa vai atender. Escuto ela falando com alguém, mas não consigo identificar quem era. Minha cabeça estava explodindo e ela ainda tentava falar baixo, mas eu fiquei atento, tentando fazer leitura labial.
(Eduardo) – Quem é?
(Mônica) – É a Helena. Ela está no IML resolvendo as coisas.
(Eduardo) – Eu quero falar com ela.
(Mônica) – Tem certeza? Ela está muito triste e resolvendo os problemas pra preparar o velório e o enterro.
(Eduardo) – EU QUERO FALAR COM ELA!
(Mônica) – Tá bem, toma aqui … não precisa gritar ...
(Eduardo) – Helena, meu amigo está morto, Helena! Meu amigo morreu de desgosto e a culpa é sua! Você matou o meu amigo!
(Helena) – Edu, fica calmo! Você não sabe o que está falando. Eu não tenho culpa se o Tavinho bebeu além da conta. Eu falei várias vezes pra ele parar ou pelo menos diminuir a bebida, mas ele não me deu ouvidos.
(Eduardo) – Ele queria beber pra esquecer as merdas que você aprontou! Você matou o meu amigo, Helena! Você me enganou! Me fez prometer não contar nada das suas putarias! Você me prometeu que não faria mais aquilo ...
(Helena) – FOI VOCÊ QUE MATOU O TAVINHO! Você que foi lá e eu não sei o que conversaram, mas quando eu o vi pela última vez, ele estava muito bem. Se alguma coisa mudou, foi depois que VOCÊ chegou lá.
(Eduardo) – VOCÊ É UMA FILHA DA PUTA! Como pode falar isso pra mim?
(Mônica) – Edu, calma! Me deixe falar com a ela! – Disse minha esposa, praticamente tomando o celular da minha mão.
(Eduardo) – Eu vou tomar banho!
(Mônica) – Helena, o Eduardo está muito chateado e nervoso. Ele acabou de saber do Tatá. Ele falou sem pensar e está só desabafando … depois a gente se fala ... Beijos.
(Eduardo) – Ela é uma filha da puta, isso sim! Enganou a mim e ao meu amigo.
(Mônica) – Edu, o que você tem na cabeça? Ela também está triste e sofrendo. Todo mundo está! Todo mundo gostava do Tatá!
(Eduardo) – Liga pro Tarcísio, que eu preciso falar com ele urgente! Isso não vai ficar assim.
Tomei meu banho, enquanto Mônica ligava pro Tarcísio. Ele e Helena faziam as safadezas deles nos tempos de faculdade e provavelmente estavam fazendo de novo. Otávio mencionou Tarcísio, Gílson e Paulo, o que me deixou intrigado, porque a Keyla participava das surubas, mas sem o conhecimento do Paulo. Será que ela conseguiu arrastar ele pra isso?
Saí do banheiro enrolado na toalha, mas Mônica não estava mais no quarto. Chamei por ela, mas não tive resposta e fui procurar minha esposa. Ouvi vozes na cozinha e encontrei-a falando no celular.
(Mônica) – Ele está muito nervoso! Xingou a Lena, chamando-a até de assassina … isso não! Melhor você falar com ele e dar uma acalmada nos ânimos dele … eu sei, eu sei … Isso vai dar uma merda! Você trate de acalmar os dois, se não tudo que a gente construiu vai pro ralo … A Nayla ainda está dormindo. Ela vai ficar muito triste com a notícia.
(Eduardo) – Posso saber de que merda você está falando?
Mônica chegou a se engasgar com o café que tomava e deve ter até se queimado. Ela estava assustada e envergonhada.
(Mônica) – Que susto, Edu! Droga! Quase derrubei a xícara!
(Eduardo) – É o Tarcísio?
(Mônica) – Sim. Ele me disse que vai passar aqui daqui a pouco.
(Eduardo) – Deixa eu falar com ele.
Ela me passou o telefone fazendo uma careta e eu fiz uma cara de bravo pra ela, que me olhou assustada.
(Tarcísio) – Como é que você tá, cara?
(Eduardo) – Pô, Tarcísio. O cara era meu amigo … Ele praticamente se despediu de mim e eu não percebi.
(Tarcísio) – Sinto muito!
(Eduardo) – Porra! Você e Helena foderam com o juízo dele. Ele me disse que sabia de tudo … citou você, Gilson e o Paulo.
(Tarcísio) – Dudu, meu amigo, ele tava viajando … Te garanto isso! Eu estou sossegado agora.
(Eduardo) – Se ele disse que sabia era porque devia ter provas. Ele não falaria algo assim levianamente e nem faria o que fez.
(Tarcísio) – Você sabe como é a Lena. Eu não boto minha mão no fogo por ela e além disso ela chegou a me dizer que o casamento deles estava caminhando para um divórcio.
(Eduardo) – Eu não quero falar com ela, se não vai dar ruim …
(Tarcísio) – Eu falo com ela.
(Eduardo) – Cara, ainda não estou acreditando. Eu estava com ele, comendo sardinha portuguesa na brasa, bebendo cerveja e conhaque.
(Tarcísio) – Sei que é um pouco cedo pra falar disso, mas como vai ser lá nas academias?
(Eduardo) – Não tô com cabeça pra falar sobre isso agora. Quero só enterrar o meu amigo e prestar ajuda pros filhos dele.
(Tarcísio) – Deixa que eu cuido das academias hoje e cuido de toda essa logística.
(Eduardo) – Eu te agradeço, mermão! Não estou com cabeça pra isso agora.
Me despedi dele com o compromisso de nos encontrarmos mais tarde no velório. As horas passavam e eu continuava desolado, me culpando por não ter percebido o pedido de ajuda do amigo. Mônica tentava me consolar, mas o peso da culpa era muito grande.
O velório aconteceu sem maiores problemas e muitos funcionários da empresa e da academia foram ao evento e não acreditavam como aquilo poderia ter acontecido. Otávio tinha ajudado vários de seus funcionários e por isso todos tinham grande carinho por ele. Eu olhava para os seus filhos, frutos do seu primeiro casamento, e ambos estavam arrasados. Os dois estavam acompanhando Helena e amparando o seu sofrer. Eu não estava aguentando olhar para ela e fiquei mais afastado, conversando com outras pessoas.
Quando começou o cortejo fúnebre, fui tentar ficar mais próximo dos filhos de Otávio. Marina e Marlon estavam muito tristes, pois tinham perdido a mãe e agora perderam o pai, porém, quando cheguei mais próximo, vi que Helena estava de mãos dadas com Marlon, com os dedos entrelaçados.
Aquilo me causou estranheza, porque a relação de Helena com os filhos de Otávio era bem complicada. Otávio sempre fez todas as vontades dela, e os filhos nunca concordaram com as atitudes do pai e com o jeito que ele mimava Helena.
Consegui alcançar Marina, que era uma moça muito bonita, com as características muito parecidas com as da mãe. Era muito passional e sempre tentou provar ao pai que era capaz de um dia assumir a empresa, mas Otávio era um cara com seus 56 anos, com uma criação patriarcal e embora Marina fosse dois anos mais velha e até mesmo mais inteligente que seu irmão, era nele que Otávio depositava confiança para o futuro da empresa.
Eu e minha esposa abraçamos Marina e fomos acompanhando-a até o local do sepultamento e ficamos conversando pra saber como ela estava e oferecemos até a nossa casa, caso ela precisasse de companhia por alguns dias. Perguntamos sobre o irmão e ela disse que ele estava muito triste e talvez precisasse até fazer um tratamento, pois ele também se culpava um pouco por não ter sido um filho mais prestativo e consciente das suas responsabilidades.
Chegamos ao local do sepultamento e após as solenidades, meu amigo foi enterrado e o que se sucedeu foi um espetáculo de teatro dos piores, estrelado por Helena.
(Helena) – Tavinho, por que você me abandonou aqui sozinha? Se eu pudesse, queria eu estar no seu lugar, para você curtir mais os seus filhos. Eu sempre vou te amar, meu amor, sempre. Agora descanse, que nós cuidaremos de todas as suas coisas. Obrigado por tudo meu amor. Eu te amo.
Ouvir esse pequeno monólogo estava me causando um embrulho no estômago, tanto que decidi sair de perto, antes que eu fizesse algum escândalo ali. Entre os presentes estavam Paulo e Keyla, que vieram falar comigo e eu disse que depois precisaria falar com eles dois, sob o pretexto de falar sobre negócios, mas na verdade, eu queria mesmo era tentar descobrir se a história que o Otávio me disse era verdade.
Antes de sair do cemitério, me deu vontade de ir ao banheiro e deixei minha esposa conversando com Tarcísio e Débora. Iríamos embora juntos porque as filhas dele estavam em minha casa com a Nayla.
Fui dar uma mijada e na saída do banheiro, passei na cantina pra comprar uma garrafa d'água. Acabei comprando duas porque afinal de contas estamos no Hell de Janeiro e no cemitério parece que é ainda mais quente.
Quando voltei pra encontrar Mônica, Tarcísio e Débora, me deparei com o grupo todo reunido. Paulo, Keyla, Gilson e Helena. Só faltava ali a Fátima, irmã da Helena e esposa de Gilson, que estava conversando com Marina e Marlon. Assim que cheguei mais perto, parece que todos mudaram de assunto e Helena se retirou para falar com Fátima, sem ao menos me cumprimentar. Melhor assim.
Gilson foi embora em seguida na direção de Helena e Fátima, após trocar meia dúzia de palavras comigo. Paulo e Keyla também se despediram e minha esposa disse.
(Mônica) – Amor, você e Lena têm que fazer as pazes. Tá todo mundo apreensivo com essa torta de climão.
(Eduardo) – No momento, eu não consigo, e afinal, o que vocês estavam falando? Parece que quando eu cheguei, vocês mudaram de assunto.
(Tarcísio) – Nada demais! O advogado do Otávio vai fazer a leitura do testamento daqui dois dias e ela nos chamou pra irmos na casa dela, porque a leitura seria lá.
(Débora) – Será que o Otávio deixou algo pra mim?
(Tarcísio) – Vai saber … Ele estava muito estranho de uns tempos pra cá. Estava dando patadas pra todo lado.
(Débora) – Nem reparei! Comigo ele era um doce … Ele sempre que me via, me elogiava, diferente de você que cada vez menos repara quando eu cortei o cabelo ou fiz as unhas …
(Mônica) – Isso é normal, Débora! Lá em casa também é assim … – Cochichou com ela e me deu uma piscadinha.
(Eduardo) – Pera lá … Você um dia tá com a unha rosa, depois muda pra fúcsia e depois pra um outro tom de rosa …
(Tarcísio) – E quando elas cortam o cabelo, cortam as pontas, ou no máximo um dedo ou dois, e ainda querem que a gente repare … – Falou Tarcísio de forma debochada.
(Débora) – Vamos, amor! Já que eu não vou malhar hoje, irei ao salão #ficaadica. Kkkkk.
(Eduardo) – Vamos logo pra casa. Não é bom deixar três adolescentes de onze a doze, sozinhas durante muito tempo.
(Tarcísio) – Será que vocês ainda têm casa? Hahahahaha. – Disse meu amigo gargalhando e dando um tapinha nas minhas costas.
(Mônica) – Se a minha filha estiver aprontando, vai ficar sem o celular durante uma semana no mínimo. Já falei com ela …
Uma hora depois estávamos em casa. Estava um calor infernal e até achei que as meninas estariam na piscina, mas não. Provavelmente estavam trancadas no quarto com o ar-condicionado imitando o Polo Norte.
Tarcísio e Débora quiseram beber uma cervejinha e minha esposa ficou fazendo sala pra eles, enquanto eu fui ao quarto da Nayla avisar que tínhamos chegado, mas assim que eu me aproximei do quarto dela, comecei a escutar sons de gemidos de sexo com muitos palavrões.
Que porra está acontecendo? Era só o que me faltava! Será que que alguém invadiu a casa? Mônica disse várias vezes que não era pra chamar ninguém, enquanto estivéssemos fora de casa e eu já estava tão puto com a morte do meu amigo, da briga com a Helena, que decidi botar a porta abaixo.
Dei uma ombrada na porta e peguei as três assistindo um filme pornô. Mas não era um simples filme pornô. Era um filme de suruba com um monte de homens e algumas mulheres. As três ficaram paralisadas em estado de choque quando me viram arrebentar a porta.
Na tela do computador, dois homens estavam fazendo uma dupla penetração numa das mulheres, enquanto ela recebia uma piroca na boca. Outra mulher estava em cima de um negão, se sentando nele e quicando, enquanto um outro cara estava tentando chupar os seios. Uma terceira mulher estava ajoelhada com três caras em volta, revezando no boquete e na punheta.
(Eduardo) – Nayla, o que está acontecendo?
Só depois que eu falei, é que a paralisia que as afetava cessou, e Janaína, a filha mais velha do Tarcísio, deu stop no vídeo e desligou o monitor do computador.
(Nayla) – Pai, me desculpe, por favor … – Minha filha dizia com voz de choro.
(Janaina) – Tio, não foi culpa dela … – Disse a garota tentando livrar a minha filha da enrascada.
Provavelmente, com o barulho que eu fiz na porta, Mônica, Tarcísio e Débora devem ter se assustado e ouvi a aproximação deles, até que chegaram no quarto.
(Mônica) – Edu, o que aconteceu aqui? Caralh ... aamba, você quebrou a porta do quarto! O que houve?
Eu olhei para aquelas três pirralhas e elas estavam com uma cara de quem dizia, por favor, não conte a eles o que a gente estava fazendo. Minha filha então estava quase chorando, com os olhinhos cheios d'água.
(Eduardo) – Ah, Mônica! Essa droga de casa está precisando de uma reforma. Já te falei isso! A porta tava emperrada e eu hoje já estou meio chateado, acabei descarregando essa adrenalina e frustração na porta.
(Tarcísio) – Caramba!!! Ainda bem que eu não sou essa porta …
Os adultos riram, mas as três pirralhas ainda estavam meio desconfiadas.
(Eduardo) – Que tal um lanche? Vou pedir uma pizza.
As três rapidamente mudaram as suas carinhas tristes e devem ter se sentido mais aliviadas por eu não ter falado nada.
Todos estavam saindo do quarto, mas eu segurei a Nayla e disse baixinho pra ela, que isso não acabaria assim tão fácil.
(Mônica) – O que foi, Môdi?
(Eduardo) – Eu só quero a ajuda dela pra consertar a porta.
(Mônica) – Não seria melhor o Tarcísio?
(Eduardo) – Só vou endireitar a porta pra ver se não tem perigo dela cair e machucar a nossa filha.
(Mônica) – Então deixa que eu peço as pizzas. – Falou Mônica, me dando um beijinho no rosto.
Esperei, fiquei olhando até ela sair do meu raio de visão e comecei a conversar com a Nayla.
(Eduardo) – Filha, o que está acontecendo? Aquele filme é pra adultos. Você é adulta?
(Nayla) – Não, pai!
(Eduardo) – Já não conversamos que certas coisas são somente pra adultos?
(Nayla) – Já, pai! Desculpa, mas é que eu fiquei curiosa.
(Eduardo) – Com o que?
Ela ficou muda e me olhava, provavelmente pensando se falaria ou não. Tive que falar a ela, que não poderia haver segredos entre a gente e que eu não ficaria chateado com ela. Perguntei mais uma vez e ela me respondeu.
(Nayla) – Suruba.
(Eduardo) – Filha, isso é coisa de adulto. Onde foi que você ouviu isso?
(Nayla) – A Jana que falou.
(Eduardo) – Não gostei disso, tá? O que eu te falei sobre quando você tiver qualquer dúvida sobre assuntos de adulto?
(Nayla) – Falar contigo ou com a mamãe ...
(Eduardo) – Exato!
(Nayla) – Mas eu achei que era uma coisa que eu não deveria perguntar. A Jana disse que sabia o que era e tentou explicar, mas eu não estava entendendo. Aí ela me mostrou ...
(Eduardo) – Nayla, quantas vezes eu te disse que tem coisas que são só para adultos. Você não deveria ter feito isso.
(Nayla) – Não conta pra mamãe, por favor ... Ela vai me deixar de castigo e tomar meu celular para sempre.
Olhei pra ela e aqueles olhinhos estavam cheios d’água. Fiquei com pena e a abracei.
(Eduardo) – Nayla, não faça mais isso!
(Nayla) – Prometo, pai!
(Eduardo) – Agora eu vou dar um jeito nessa porta e você vai lá ficar com os outros, mas depois nós iremos conversar mais sobre isso.
Ela saiu correndo e eu fui mexer no computador pra apagar o histórico e colocar o controle parental, que de alguma forma foi removido. Essas filhas do Tarcísio são foda!
Muito estranho isso ... Minha filha, com as filhas do Tarcísio vendo vídeo de suruba e o meu amigo Tatá descobrindo as surubas da Lena ... Será que é apenas coincidência?
Eu queria conversar melhor com a Nayla sobre isso, mas agora eu queria me deitar e dormir um pouco. A leitura do testamento seria em alguns dias e eu estava tão aéreo quando fui informado pelo advogado sobre o testamento, que só agora me lembrei de que o Otávio nunca mencionou nada comigo sobre testamento.
E o que aconteceu durante a leitura do testamento, foi algo que ninguém poderia sequer imaginar.
Continua …