Pessoal esse conto irá conter algumas situações de violência. Não gostamos de escrever sobre isso, contudo é necessário para o fechamento da história. Infelizmente a violência está na nossa sociedade, é um dos maiores males a serem combatidos. Nesse caso tivemos o que chamamos de final correto. Quero já deixar claro que não concordamos com violência e tentamos ao máximo ocultar a violência não sexual (sadomasoquismo terá)
Nesse conto iremos relatar o que aconteceu após o início das traições. No outro contamos como ela ocorreu. Não haverá sequência desse conto, apenas algo relatando o casamento do João.
Agora seguindo a voz da Fabiana:
O sexo com João estava até melhor depois de tudo o que ocorreu. Ele passou a me procurar mais e eu, até com remorso, tratava ele com mais carinho. Parecia até como era antigamente.
O meu segredo ainda estava guardado e a chantagem do casal carioca tendia a cessar, pois eles falaram que iam me ajeitar esses lances de sexo ao invés de dinheiro.
Comecei a ficar preocupada com o tal chefe do tráfico, mas confesso que quando a Carina me mandou as fotos gamei... que pedaço de mau caminho ele era...
Quando a minha ressaca moral surgia ou eu lembrava os momentos de prazer e ficava excitada, ou havia a Jessica para me convencer que a moral não era assim tão importante.
Inclusive comentei com a Jessica a melhora no meu relacionamento e ela imediatamente disse:
- Ele é corno amiga! Eu te falei desde o começo, ele tá gostando disso.
Eu ri e disse:
- Capaz Jessica, ele não sabe de nada.
Ela riu e disse que não sabia quem era pior, se era ele aceitando o chifre ou eu acreditando que ele não sabia de nada... Confesso que até eu achei que sim, no fundo João estava gostando de ser corno e isso tudo tinha feito meu casamento melhorar.
Comecei a ficar mais ousada na escolha de roupas e notei que precisava perder aquela barriguinha. Jessica me sugeriu ir para a academia do Tony, que em anexo havia um studio de crossfit. Já tinha ouvido falar na prática e até queria conhecer.
Jessica demonstrando um interesse estranho pelo João me pediu quando que eu ia dividir ele. Na hora quase perdi a razão com ela e disse:
- Nunca! João só meu!
Ela riu e disse:
- Querida, tu não acha que um homem daquele vai aceitar só ver a esposa trepar com outro né? Ele já deve ter os casos dele por aí...
Defendi o João com unhas e dentes, eu era a puta na história, ele não tinha perfil para isso... Se ele não gostasse me pediria divórcio, mas eu tinha certeza que enquanto estivesse comigo ele não ficaria com outra.
Jessica comentou que a filha do Tony iria trabalhar com o João e que ela era um pedaço de mau caminho. Eu dei de ombros na frente dela... mas claro, me acendeu um alerta.
Essas palavras da Jessica começaram a entrar na minha mente. Será que João tinha outra? Deu uma paranoia normal de início, mas depois acabei relaxando. Uma coisa era fato, o meu segredo tinha que vir à tona.
Eu precisava sentar com meu marido e contar para ele. Naquela altura da história, dentro de mim eu tinha certeza que ele já sabia de tudo. Eu trabalhava com cenários dele não saber de nada. Sabia que ele ia pedir o divórcio e com o tempo eu o reconquistaria. Eu largaria toda essa putaria para ter ele de volta e vocês vão ver ao final desse capítulo que isso é verdade.
Conversei com uma amiga que vivia um lance liberal com o marido. Ela mandou eu levar o João ao meu círculo de amizade, com Jéssica, o personal, talvez até o Tony, frequentar a academia, etc. O primeiro passo era ele conhecer essas pessoas e depois a cumplicidade. Na ocasião ela não sabia que eu já havia traído... era uma tentativa, tornaria o meu relacionamento liberal e daí nem precisaria me abrir sobre mais nada.
Como falei, naquele momento eu não acreditava que o João não sabia de nada... e o pior, depois eu pude ter a certeza que cada vez que ele me procurava, cada gesto de carinho dele nada mais era do que automático...
A verdade está sempre estampada em nossas caras, só cabe a nós percebermos. Meu casamento havia acabado... a conexão minha e do João tinha ido para o espaço. Eu fingia ser feliz e ele fingia ser bom marido. De fato ele não me traiu, mas não demorou nada para se apaixonar pela filha do Tony... isso aconteceu por uma simples razão, achamos que era para sempre, sonhamos que seria para sempre e não vimos que a coisa havia acabado.
O João se empenhou no crossfit, eu imaginava que ali iria chover gatinha na horta dele e de fato isso aconteceu. O que me doeu no coração foi ver que ele espantava a mulherada ao redor dele... Teve uma que se insinuou de uma forma que simplesmente era só ele pegar ela pelas mãos e levar para o vestiário trepar, mas não... ele repeliu ela como se fosse um animal peçonhento... A ponto do tony achar que ele era gay. Mal sabia o tony que aquele gay pegaria a filha dele...
Por falar em vestiário, eu era uma das putinhas que trepava no vestiário... Eu não conseguia acompanhar o ritmo do crossfit e fiquei fazendo exercícios na academia. Em um determinado dia, enquanto meu marido treinava, Tony me puxou e me levou para um vestiário que estava em reforma.
Chegando no local tinha uma betoneira, algumas caixas de madeira e um banco de vestiário.
Lá dentro ele me agarrou e me beijou. Ele era bom nisso, eu adorava ficar com ele já desde nova.
Eu estava com um macacão colado ao corpo e sentia as mãos grandes dele no meu bumbum. Ele me beijava e me enchia o pescoço de chupões, e dizia no meu ouvido:
- VOU TE FODER COM TEU MARIDO TREINANDO AO LADO
Ele foi avançando nas carícias até baixar o meu macacão, me deixando apenas de calcinha. Era uma calcinha comportada, até para não marcar no macacão. Ele se afastou e pegou uma espátula de pedreiro e de forma brusca rasgou minha calcinha.
Aquilo me assustou e tentei me afastar, ele pegou aquela mão dele e puxou meu rosto para perto dele e disse:
- A vadia tá com medo? Pois pode ficar mesmo com medo, porque hoje você vai sair daqui sem calcinha, gozada e com o cu arregaçado.
O pau dele era muito grande, ali não devia ter lubrificante nem nada, de fato ele ia me arrombar.
Contudo a forma dele me pegar, me beijar, aquela puxada pro corpo dele, me fazia ficar toda excitada e molhadinha.
Tony me puxou e me fez abaixar, tirou seu pau pra fora e me colocou a chupar ele.
Eu lambia a cabecinha dele, até que com as duas mãos ele me fez abrir a boca e empurrou minha cabeça enterrando aquele pau quase todo na minha goela.
Eu quase vomitei e tossi na hora, mas ele ficou como se fosse foder minha boca.
Aquilo estava excitante. Ele era muito forte, dominador. Uma pegada diferente do lance carinhoso do João.
Ali ele me fez chupar ele mas não gozou. Me pegou e praticamente me jogou em cima do banco e de quatro meteu direto na minha buceta.
Ficou entrando e saindo de forma rápida, o pau dele era muito grande...
Eu sentia aquele pau gigante de mais de 20 cm e grosso entrando e saindo, detonando minha buceta, batendo dentro do meu útero.
Era prazeroso, mas dolorido, a ponto de lágrimas escorrerem do meu rosto. Mas eu não pedia para ele parar, sabia que era errado, mas o orgasmo que se aproximava dizia o quanto eu gostava.
Ele acelerou as metidas me fazendo sentir mais dor que prazer. Mas ainda assim senti prazer, tanto que pedi a ele para parar e ele disse:
- Vou parar nada, vou parar quando encher de leite essa buceta.
Ele acelerou a metida e meu corpo me traiu, gozando naquele pau enquanto entrava e saia. Ele cinicamente riu e disse:
- A putinha queria parar e acabou de gozar! É vagabunda mesmo, tá vendo Gil?
Quando olho para o lado, tinha outro personal ali nos gravando.
Minha moral na hora foi a zero e deixei que ele fizesse comigo o que quisesse... sabia que a partir daquele momento não teria mais jeito... o fim do meu casamento seria mais cedo ou mais tarde.
Tony tirou o pau da minha boceta, toda melada, mirou no meu cu e como eu suspeitei meteu com força!
Eu gritei muito alto:
- Ahhhhh aiiiii meu cu fdp!
Ele só respondeu:
- FDP é? Então toma! Tirou tudo e enfiou de novo!
Eu novamente gritei:
- Ai meu cu seu desgraçado!
Ele começou a entrar e sair do meu cu e dizia:
- Essa vadia amanhã vai trabalhar em pé Gil! Essa não vai sentar tão cedo!
Me preocupei quando ele disse:
- Ela que tenha sorte para que o som lá em baixo esteja alto, porque senão a academia toda ouviu essa puta reclamando de dor no cu!
Aquilo me deixou apavorada, até tentei cessar a movimentação do tony, mas quando vi Gil me segurou e só me deixou como opção esperar até ver o tony gozar dentro do meu cu!
Depois que ele gozou tentei me limpar com um resto de pano que tinha ali, havia sangue e merda no meu cu, iria sem dúvidas manchar meu macacão.
Quando estava pronta o Tony riu e disse:
- Não acabou ainda não vadia, vai chupa o Gil até ele goza na tua boca. Aí tu vai beija o corno!
Com medo fiz o que ele mandou, fiquei de joelhos e comecei a chupar o pau do gil que não era tão grande, mas muito grosso.
Lambia bem ele, cabia em minha boca.
Assim como Tony o gil fodia minha boca usando suas mãos em minha cabeça. As vezes eu tirava ele inteiro da boca e passava a linguinha na cabecinha e no corpo daquele pau, indo até suas bolas.
Logo depois ele voltou a meio que foder minha boca, até tremer e gozar dentro dela...
Engoli toda a porra dele e voltei para a academia, mas não tive coragem de beijar meu marido... Aquilo tinha ido longe demais...
Vi o Tony me acompanhando com os olhos e vi o seu olhar de reprovação ao ver que só dei um beijo na bochecha do João... Sabia que aquilo me renderia problemas...
Naquela noite João parecia desconfiado de algo. Mas relevei. Ele tentou me procurar a noite para transar e eu dei a desculpa de que estaria menstruada... isso era mentira claro.
E os problemas já viriam no dia seguinte... Tony me fez sair antes do banco. Menti ao meu gerente e saí as 16 horas. O Tony exigiu que eu fosse com o mesmo macacão que havia dado a ele ontem e de fio dental. Por sorte, a nossa faxineira havia lavado ele. Fui até o motel que ele havia marcado. Lá estava o personal da Jessica, o Gil e o Tony. Aquele dia ia ser puta dos 3...
Confesso que ao mesmo tempo que tinha medo, estava excitada. No fundo eu queria mesmo ser puta deles. Tony havia aberto uma garrafa de espumante e me deu um gole... eu virei inteira aquela taça... Mal sabia eu que ali havia medicamentos que me fariam perder a noção nas próximas 4 horas.
Bom, o que se veio depois vocês devem imaginar. Eu queria, ainda estimulada após ser dopada... Eu vi pelos vídeos depois que o tony me puxou e fez eu dizer a todos quem era o dono dele. Eu dizia:
- Você Tony, você é meu macho!
Ele perguntou:
- E o teu marido?
Eu sem nem entender nada dizia:
- É meu corninho, meu macho é você!
Ele tornou a pedir:
- Você vai dar para quantos hoje?
Eu na hora respondi:
- Para quantos você quiser!
Eles começaram a me foder ali... enquanto eu chupava o tony o Gil se ajeitou atrás de mim e enfiou o pau em mim, sem camisinha... Isso me renderia alguns problemas no futuro...
Ele começou a meter e acho que doía e ao mesmo tempo dava prazer, porque eu chorava e gritava.
Acho porque eu não me lembro de nada... eles me enviaram os vídeos e vi algumas cenas por eles...
O Tony e o personal da Jessica fizeram comigo dupla penetração vaginal, algo que eu nunca havia feito. Um pau na buceta e outro no cu rolou no Rio, pela gravação de lá eu vi.
Uma coisa é fato, meu corpo me traiu, eu perdi as contas de quantas vezes gozei, até squirt aconteceu... Depois dos 3 chegaram mais 2 frequentadores da academia e me viraram do avesso...
Foi nesse dia que eu cheguei em casa as 22 horas e disse ao meu marido que havia ido correr na rua. Notei que ele não gostou de nada, mas eu estava tão segura que ele gostava de ser corno que relevei. Mas ali tive a certeza que precisava tomar cuidado. As coisas saíram do controle, os frequentadores da academia eram do nosso círculo de amizades.
O vídeo que o João viu e Tony havia me enviado não foi daquela noite, foi de outra transa nossa...
Eu já estava recuperada do estimulante ou da droga quando cheguei em casa. Fui para o banho e me ajeitei para dormir. Ao mesmo que notava a desconfiança do João, o fato dele ter me procurado para transar na noite anterior mostrava que realmente ele estava curtindo. Pelo menos era o que eu pensava.
No dia seguinte levantei e notei que ele não estava em casa. Fiquei preocupada, pois notei que ele não havia dormido em casa. O pijama dele não havia sido usado, os seus materiais de higiene estavam intactos. Interfonei na portaria e pedi se sabiam me informar que horas saiu o carro do João. O que me disseram é que foi de madrugada.
Na hora meu desespero bateu. Teria ele descoberto algo? Lembrei que meu celular estava no carro e fui lá buscar. Mandei para ele diversas mensagens, liguei centenas de vezes e ele não me atendeu...
Fui até a empresa e me falaram que ele não estava lá. Meu horário estava acabando, já havia saído antes no dia anterior e fui trabalhar. Minha concentração estava péssima, chorei algumas vezes, meu gerente me chamou e mandou eu ficar atenta ou ir para casa.
Eu precisava era saber do João! Sem meu marido não existia casa nenhuma.
Início da tarde o advogado dele entrou na agência e veio até mim. Ele era meu correntista, achei que íamos tratar de outras coisas, até que ele chegou e me apresentou um pré-contrato de divórcio... naquela hora meu mundo não caiu, ele desabou.
O remorso, a culpa, a raiva de mim mesma vieram com força naquele momento. Tentei negar e o advogado disse que sabia de tudo. Devido ao meu desespero alguns colaboradores, inclusive a Jessica, me levaram para a sala de reuniões... Depois de muito conversar, um colega que cursava direito me orientou a assinar o papel e dar tempo ao tempo.
Fiz isso, queria falar com o João tentar explicar. Eu havia errado feio, mas nem vir falar comigo? Claro, eu havia magoado dele... só queria ter a oportunidade de pedir perdão a ele, mesmo sabendo que a reconciliação já era...
Naquele momento eu imaginava o fim da minha vida e de certa forma foi. Vocês entenderam daqui para frente que ali eu acabei com a minha vida literalmente...
Pedi ao meu gerente para ir embora, ele muito atencioso aceitou. Ao chegar em casa vi o João entrando em um carro que era da empresa dele. Não sei o que me deu na cabeça na hora e simplesmente joguei o carro em cima dele... A minha ideia era matar ele e depois cometer suicídio... Isso naquele momento não havia falado nada para o João o intuito. Em minha defesa disse que foi um acidente, o que sabemos não foi...
Por sorte João só se machucou. Eu ia me ferrar muito, aglomerou gente e eu comecei a destilar o ódio que eu sentia dentro de mim. Chamei até ele de corno coitado. Eu era a culpada e o ódio não era dele, eu sentia ódio de mim mesma. Perdi a cabeça, perdi a razão, perdi meu marido, perdi a vontade de viver, essa que ainda não recuperei.
Fui presa em flagrante, fiquei ali tempo todo, não fugi. Dormi no presídio e na audiência de custódia um novo acordo oferecido pelo João daria fim nesse trágico acontecimento e eu ficaria livre... Livre da cadeia, mas infelizmente livre dele e livre da minha vida e dos meus sonhos.
Escolhi mal, calculei mal e me dei mal.
Após isso o tempo seguiu. Minhas irmãs me deram apoio, meus pais me deserdaram em partes.
Surpreendentemente Jessica esteve ao meu lado e me deu forças... Naquele momento até engatei um lance com o Tony. Sim, eu tava viciada na pica daquele lixo e não conseguia me dar conta de todo o mal que eu havia causado...
Tony me comia todo dia e a cada dia era uma chantagem do casal Daniel e Carina... Até que cortei eles, já havia perdido meu marido, provavelmente o escândalo faria eu perder o meu emprego, que naquele momento havia conseguido um atestado devido ao meu abalo emocional.
Novamente o Tony se aproveitando do meu momento começou a fazer mil coisas e colocar minhoca na minha cabeça. Foi por ele que eu soube que a filha dele estava apaixonada pelo João.
Curiosamente, a secretaria do meu advogado era a esposa do tony. Um dia que estava na recepção esperando falar com ele, ela pegou uma ligação dele pra mim, eu nem havia me tocado que aquela era esposa dele, não a conhecia direito. Ela se antenou e nos seguiu. Acho que o meu advogado também relatou algumas coisas e no fim o Tony foi descoberto.
Ela colocou ele para fora de casa e ele veio até meu apartamento de mala e cuia. Não tive como dizer não, ele chegou chegando, me bateu, me comeu, fez o que quis comigo... eu estava tomando remédios controlados e bebendo... estava praticamente largada.
Em um domingo, mais sóbria, não querendo mais o Tony na minha vida, pensando em seguir em frente, chamei o Tony e expliquei que teria que devolver naquela semana o apartamento ao João e que ele precisaria sair. Falei que iria para a casa da minha irmã até ficar pronto o apartamento que o João havia me dado.
Ele ficou enfurecido! Me disse assim:
- Esse corno come a minha filha, te chuta e me deixa na merda?
Tentei acalma-lo e novamente fui agredida por ele. João jamais me agrediria... que merda que eu fui fazer da minha vida...
Ele saiu que nem louco e disse que ia se vingar...
Pelo que soube ele foi até na casa dele, bateu na filha, agrediu a esposa, tentou estuprar ela até que viu que a polícia havia sido acionada.
Boa parte dos policiais eram amigos dele... treinavam na mesma academia e estavam dispostos a protege-lo... eu imediatamente fiz minhas malas, ia para a casa da minha irmã e ficaria escondida lá... só que não deu tempo
Logo chegou ele no meu apartamento, me jogou para dentro do quarto, rasgou minha roupa, tirou o pau pra fora e começou a me comer... eu não senti prazer nenhum com aquilo. Ele começou a meter forte de quatro, eu ao mesmo tempo que não gostava fiquei sem reação. Cansada de ser agredida, na esperança que ele gozasse e fosse embora...
Ele ficou socando na minha buceta com força, violência... eu já estava com ela bem acostumada a aquela pica... me limitava a dizer:
- Ai, devagar, cuidado!
E ele metia e dizia:
- Toma vadia, toma puta! Tá vendo o que teu macho faz?
Logo depois que ele gozou em mim, voltou a me agredir e disse que se eu não fizesse o que ele mandasse me mataria. Disse que o advogado dele viria em breve e eu ia ter que dar para ele... era parte do pagamento...
Graças a Deus que o João, para ajudar a filha dele, colocou uma galera na colada no Tony...
Ele estava possuído, descontrolado... um amigo do João deu uma surra nele, amarraram ele com um arame que me parecia ser de cerca de arame farpado, onde machucou muito as mãos dele.
Logo depois ele foi preso e eu fui levada ao hospital pelos amigos do João e minha irmã lá me esperava...
Minhas irmãs ficaram do meu lado, embora dava para ver que era mais obrigação do que qualquer coisa. Eu queria me afastar da Jessica, mas foi ela, safada ou não, manipuladora ou não, que em todo momento esteve do meu lado inclusive no hospital.
Jamais sonhei em ser agredida, jamais esperei isso em minha vida. Eu curtia a pegada forte do Tony e dos demais, mas era sexo. Minha terapeuta diz que não devo me culpar, mas no fundo sinto que isso foi consequência de escolhas erradas.
No hospital, quando acordei, vi o João do meu lado assustado.
Mesmo sabendo que não ia dar em nada, me declarei a ele. Falei tudo, não ocultei nada. Disse que eu sabia que era tarde demais mas precisava dizer a ele que largaria toda essa vida por ele.
Ele me confortou, fez um carinho em minha testa, era o João que eu conheci... e ele de forma carinhosa disse:
- Eu sei que tu faria tudo diferente. Eu também teria feito. Eu vou cuidar de você, nem que isso custe minha felicidade
Eu sorri, depois de tanto sofrimento a vida me dava um novo alento. Mas um balde de água fria acabou com tudo:
- Nosso casamento acabou Fabi. Cuidarei de você, ficarei do seu lado, como um amigo, na saúde e na doença, cumprindo o mandamento de Deus. Quando tudo isso terminar, ou quando você preferir, você segue sua vida.
Chorei com aquilo e agradeci. Era demais, era muito mais do que eu imaginava.
Sai do hospital, fui para casa. João ficou em nossa casa, no quarto de hóspedes. Ali vi que podia sei lá, tentar seduzir ele, fazer voltar para mim...
Embora eu sabia que a Maria Eduarda estava esperando ele. Aliás, da porta do nosso apartamento para fora eles estavam juntos. Não havia mais Fabi e João e sim João e Maria Eduarda.
Mesmo machucada tentei várias vezes me insinuar para o João, mas notava nos olhos dele que mais me condenava do que me olhava. Mesmo machucada eu continuava bonita e gostosa, por que ele não caia na minha? Aí que eu acabei ligando os pontos... Acabou de vez, o sentimento dele pela Maria Eduarda era muito maior do que ele sentia por mim, talvez maior até do que ele já sentiu por mim.
Quando me recuperei dos ferimentos expliquei a minha vontade de suicídio, da tentativa de homicídio e pedi duas coisas para o João:
- Primeiro de tudo quero te agradecer por me perdoar e por cuidar de mim. Quero duas coisas de ti...
Ele atentamente me ouviu e eu disse:
- Me interne numa clínica de recuperação, eu preciso de ajuda.
Ele concordou e disse que fazia questão de pagar todo o tratamento.
Depois disso ele pediu qual era a segunda:
- Viva a sua vida, casa com a Maria Eduarda, seja feliz. Eu não pude te fazer feliz, então por mim, seja feliz, nem que seja longe de mim.
Ele me agradeceu.
Fiquei quase 1 ano internada, bem na época da pandemia. Quando eu sai as surpresas não pararam.
João foi me buscar e disse que iria casar com a Maria Eduarda. Nosso divórcio havia saído e veio me agradecer. Eu já estava preparada para lidar com isso.
No dia seguinte o advogado me procurou e disse:
- Fabi, o João deixou para ti o apartamento que vocês moravam, um apartamento no litoral e mais R$,00 em dinheiro, para que você possa refazer a sua vida.
Fiquei emocionada e ele continuou:
- Seu emprego no banco está de pé... Seu gerente disse ainda que se você aceitar, pode ir trabalhar na agência do litoral, mesma cidade onde o João lhe deixou esse apartamento.
Fiz isso, mudei de cidade, de vida. Voltei a conversar com os meus pais, minhas irmãs me apoiaram, do jeito delas mas apoiaram. A pedido da terapeuta, encarei um desafio e fui ao casamento do João... Ele ao me ver abriu aquele sorriso lindo.
Com relação a Jessica, me ajudou muito. No fundo ela tinha razão, que o meu casamento havia acabado, ela só errou ao achar que João seria um corno. Ela me manipulou de certa forma, mas tudo foi decisão minha. As escolhas quem tomou fui eu e não a Jessica.
Ainda com relação a Jessica, tenho que destacar que mesmo ficando ao meu lado, optei em me afastar dela. Tudo o que ela fez me destruiu? Não... o que eu fiz me destruiu... Ela me apontou um caminho, eu escolhi trilhar nele... De toda maneira, agradeci imensamente o apoio que ela me deu, contudo deixei claro a ela que a visão que eu tinha do meu futuro seria muito diferente do dela. Nos eventos do banco ainda nos falamos, de forma cordial e profissional, é o que restou.
Por escolhas ruins, perdemos tudo o que amamos!
Depois disso decidi me fechar para o amor. Estou em um processo de adoção de uma criança. Decidi que não teria mais nenhum relacionamento. Penso que talvez no futuro eu e o João podemos nos cruzar ainda.
Sexo? Bom, a capital fica aqui pertinho. Quando tenho vontade, procuro garotos de programa. Nunca o mesmo e sempre em motel. Mas isso foram poucas vezes...
Comecei a frequentar sex shop e aprendi que posso ser bem resolvida com brinquedos.
Posso ser feliz? Eu fui feliz, talvez eu jamais serei de novo, pelo menos não sem o João. Mas sigo em frente, sei que no futuro ainda vamos nos cruzar...
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.