Já ouvi muitas vezes a frase “amor e negócios não se misturam” pode até ser verdade, mas não vejo grande diferença assim entre os dois. Riscos, escolhas, decisões, isso tudo existe nos dois lados e o final pode ser bem parecido. Uma escolha errada pode te levar a perder tudo.
Naquela manhã de domingo eu acordei ao lado de uma das pessoas que mais amo nessa vida. Raphaela não é só minha melhor amiga. Foi com ela meu primeiro beijo. Também foi com ela a minha primeira vez. Ela está na minha vida a tanto tempo que não me lembro mais como era minha vida sem ela do meu lado.
Nos conhecemos no estudo fundamental. Não me lembro exatamente como aconteceu, mas de uma hora para outra aquela garotinha loirinha está ali do meu lado o tempo todo. Do fundamental passamos para o colegial. Época de descobertas, os primeiros amores e relacionamentos. A gente atravessou essa fase juntas como sempre. Na faculdade já éramos duas belas mulheres. Resolvidas em todos os sentidos. Acho que amadurecemos muito cedo. Acho que isso foi muito por culpa minha por querer ser como meu pai. Eu era mais séria e certinha com as coisas. Raphaela já gostava mais de se divertir mas nada fora do comum.
Quantas vezes eu não acordei e a vi dormindo do meu lado. Quantas vezes não fiquei admirando sua beleza. Ela consegue ser linda até com a cara achatada no travesseiro. Nós dividimos uma vida e não só isso. Dividimos a cama várias vezes, como amigas e como amantes. Dividimos nossos sonhos. Nossos medos. Nossas conquistas. Até meu marido eu dividi com ela.
Toda morena tem sua loira. E eu tinha a melhor do mundo!
Sai dos meus pensamentos com Raphaela acordando. A gente se levantou, fizemos nossa higiene e seguimos para a cozinha para tomar café. Peguei meu celular e tinha alguns áudios do Maurício. Nem abri, bloqueei ele e comentei com a Raphaela. Ele olhou e tinha uns no celular dela também. Ela abriu e com certeza ele estava bêbado. Ele estava praticamente implorando ajuda a Raphaela. Ela ouviu o primeiro e nem abriu os outros.
Depois do café fui para minha casa e levei Raphaela comigo. Eu provavelmente iria privatizá-la nos próximos dias.
Assim que chegamos fui falar com minha empregada que ficou responsável pelas malas. Ele disse que fez o que eu pedi, mas tinha algumas coisas que ela não tinha certeza se era dele ou não, então esperou eu chegar para arrumar. Eu ajudei ela com suas dúvidas e arrumamos tudo. Perguntei se ela conhecia alguém que pudesse levar aquelas malas até o Maurício. Ela disse que podia pedir para um dos seguranças fazer isso. Eu disse que por mim estava ótimo. E disse a ela que queria falar com eles porque tinha um recado para eles levar para o Maurício.
Depois de tudo resolvido eu fui para meu quarto e me joguei na cama. Passamos o dia praticamente ali. Raphaela passou o tempo todo comigo. Ouviu minhas queixas. Enxugou minhas lágrimas. Me confortou e me deu muito apoio como sempre. Pedi para ela ficar comigo nos próximos dias. Ela disse que até poderia, mas tinha que resolver algumas coisas no escritório. Eu disse que eu também tinha, mas que iria tirar uma semana de folga. Só iria resolver alguns assuntos na segunda e depois só voltaria ao trabalho só na outra segunda. Ela disse que faria o mesmo.
Na segunda a primeira coisa que fiz foi falar com um dos meus advogados. Expliquei para ele toda a situação e pedi para ele resolver da melhor maneira possível. Depois liguei para o médico da mãe da Lara. Dei muita sorte de ele estar com a manhã quase livre e pode ter uma longa conversa com ele. Ele me explicou todos os detalhes sobre a doença e a cirurgia que era necessária. Disse que se caso eu quisesse ter uma segunda opinião eu poderia pedir para outro médico olhar os exames mas que ele tinha muita experiência na área e tinha certeza absoluta que qualquer outro especialista chegaria à mesma conclusão que ele chegou. Eu disse a ele que não tinha necessidade alguma e que era para ele se preparar para fazer a cirurgia o mais rápido possível.
Ele disse que a cirurgia poderia ser feita no hospital que ela estava. Que tinha os médicos indicados para acompanhar e o hospital era apropriado para realizar a cirurgia e não seria necessário fazer uma transferência. Eu disse que era para ele falar com a família e preparar tudo. Que eu iria pagar todos os gastos necessários e que não era para economizar em nada. Eu queria que fosse tudo feito da melhor maneira possível. E que meu advogado iria no hospital resolver tudo sobre a parte financeira. Ele disse que faria tudo como eu pedi. Nos despedimos e eu liguei para Lara. Queria dar a notícia a ela mas ela não atendeu. Provavelmente estava no trabalho. Mandei uma mensagem pedindo para ela me ligar assim que possível.
Depois de resolver esses dos problemas mais urgentes falei com meu vice-presidente e expliquei para ele a situação que eu estava passando. Falei que por esse motivo eu iria me afastar. Pedi para ele assumir tudo e se fosse algo urgente poderia me ligar.
Eu não tinha motivos para ficar ali. Fui na casa do meu pai, conversei com ele rapidinho. Eu precisava do colo da minha mãe e foi isso que fui fazer lá. Minha mãe era uma mulher calma, sensível e muito carinhosa. Passei algum tempo ali ouvindo seus conselhos e recebendo carinho de mãe. Dali voltei para casa e recebi uma mensagem de Lara falando que queria muito me ver. Falei para ela que estava em casa e passei o endereço. Disse que ela seria muito bem vinda a qualquer momento. Ela visualizou mas não respondeu.
Liguei para Raphaela e ela disse que lá pelas duas horas estaria na minha casa. Fui procurar algo leve para comer, eu não estava com fome mas eu sabia que precisava me alimentar. Não achei nada muito leve então pedi à minha empregada para preparar uma salada e alguns bifes de frango para mim. Assim que ficou pronto eu comi meio forçado, mas comi.
Uma das empregadas disse que tinham ligado da portaria do condomínio. Tinha uma moça querendo me ver, disse que se chama Lara e foi convidada por mim. Eu pedi para minha empregada ligar de volta e pedir para liberar a entrada dela. Fui para sala e fiquei aguardando a chegada da Lara, mas começou a demorar muito. Abri a porta, fui caminhando até o portão, abri e sai para fora. Nada dela. Depois de alguns minutos vejo ela descendo na rua da minha casa.
Ela veio andando? Provavelmente não, veio de táxi até a portaria ou de ônibus até o ponto mais próximo.
Quando ela me viu ela acelerou um pouco sua caminhada. Assim que se aproximou eu fui cumprimentar ela, mas fui surpreendida com uma abraço. Ela se agarrou a mim, começou a chorar e a dizer obrigado. Eu tentei acalmar ela mas o choro dela demorou a diminuir. Assim que ela se afastou ela só conseguia ficar me agradecendo. Eu disse que estava tudo bem, que para mim não foi nada demais. Que estava muito feliz por poder ajudar ela e a sua família. Ela me abraçou de novo e depois de mais alguns minutos de choro eu a levei para dentro de casa.
Sentamos no sofá da minha sala de visita e pedi para a empregada trazer dois copos de água para nós duas. Perguntei a Lara como ela estava. Ela disse que estava muito feliz e agradecida pelo o que eu fiz. Que mal pode acreditar quando o pai dela ligou e disse o que tinha acontecido. Ela disse que a única coisa que pensou foi em me ver para agradecer pessoalmente e por isso estava ali.
~Não precisava ter vindo por isso, mas fico feliz em te ver de novo. Mas você vai perder o resto do seu dia no trabalho. Não queria que se prejudicasse só para vir me agradecer.
Ela deu um sorriso amarelo e disse
~Eu pedi conta assim que meu pai ligou. Não vou poder trabalhar por um bom tempo porque vou ficar com minha mãe de agora até ela se recuperar da cirurgia. Se tudo der certo mas tenho fé em Deus que vai dar. E isso tudo graças a você. Serei eternamente grata a você por isso! Mas me desculpe pela pergunta que vou fazer. Eu fiquei pensando muito nisso enquanto vinha para cá. Porque está me ajudando?
Eu já esperava por aquela pergunta.
~Porque você precisa e porque eu posso ajudar. Mas o motivo principal é que eu realmente gostei de você. Primeiro que você foi sincera comigo. Me tratou muito bem mesmo na situação que nós conhecemos. Posso estar muito enganada, mas você me parece ser uma garota simples, humilde, batalhadora e honesta. Também gostei muito da sua família. Acho que suas qualidades vieram de berço. Eu já tinha decidido ajudar na cirurgia da sua mãe, mas depois de ver ela ali lutando pela vida eu tive mais certeza ainda que eu poderia ajudar vocês. Bom é basicamente isso.
Ela ficou toda vermelha.
~Eu não vou falar de mim, mas meus pais são as melhores pessoas do mundo. Sempre lutaram muito para me dar uma boa educação. Para eu poder estudar e ter o maior conforto possível. Eu sempre sonhei em ser alguém na vida para retribuir o que fizeram por mim e me esforcei muito para conseguir isso. Meu foco sempre foi os estudos. Porém meu bem mais precioso é minha família e tive que abandonar os estudos para cuidar da minha mãe. Ou eu parava de estudar ou de trabalhar. De trabalhar eu não podia porque é tudo muito caro quando se trata de saúde. O problema da minha mãe não é daqueles que se pode ficar esperando na fila do SUS ou para ser atendido em um hospital público. Então decidi largar os estudos. Eu e meu pai vivemos para isso. Cuidar da minha mãe e pagar o que precisa para ela ter pelo menos um atendimento digno e um tratamento mais eficiente.
Aquela garota parecia ser mesmo como eu imaginei. Uma pessoa incrível e merecedora de tudo que eu estava fazendo.
Ficamos conversando por mais um tempo e ela entrou no assunto Maurício. Disse que ele tinha mandado vários áudios para ela bêbado. Que o bloqueou em todos os lugares possíveis e que realmente nunca mais queria nem ver a cara dele. Eu disse que tinha feito o mesmo. Contei pra o que tinha feito com as coisas dele e que realmente iria me divorciar. Contei o que tinha pedido para meu advogado fazer e que logo iria conversar com um advogado amigo meu para cuidar do divórcio. Ela ficou curiosa quando contei que o apartamento, carro e o cômodo da agência eram meus e não do Maurício. Expliquei tudo para ela. Disse que Maurício na verdade só tinha sua agência e provavelmente iria ter que fechar ela.
~Meu Deus ele é muito burro. Você deu todas as oportunidades para ele e o idiota jogou tudo fora. Além disso te traiu! Quem dera um dia eu tivesse uma oportunidade dessa! Eu agarraria com unhas e dentes. Seria a chance de eu poder dar um conforto para minha família. De poder ser alguém na vida. Meu Deus ele tinha tudo na mão e jogou tudo fora.
Às vezes as pessoas falam algo por impulso e aquilo muda a vida delas.
~Talvez você tenha sua chance ainda. Se você conseguir voltar a estudar e se formar eu posso te arrumar um trabalho na minha empresa. E quanto ao Maurício eu não sei o que passou na cabeça dele. Sei que ele se apaixonou por você e isso ficou claro. Mas ele poderia ter falado comigo. A gente se separava e assim ele poderia começar um relacionamento com você. Eu não iria tirar a ajuda que eu dava a ele, só vou tirar porque ele mentiu, me traiu, me fez de boba e fez o mesmo com você. Não estou me vingando dele. Estou sendo justa. Não seria justo eu continuar ajudando quem fez isso comigo. Daqui para frente ele vai viver a vida dele e eu a minha. Mas cada um no seu canto.
Ela concordou comigo e disse que talvez ela no meu lugar não seria tão boa assim. Mas que eu estava certa. Disse também que iria fazer de tudo para retomar os estudos já no próximo ano e se eu pudesse arrumar um trabalho para ela seria um sonho. Ela de novo me surpreendeu com um abraço. Pelo jeito ela era bem carinhosa. Eu gostei daquilo e a abracei forte. Só não notei que mais alguém tinha acabado de entrar na sala e viu nosso abraço.
~Nossa foi só eu virar as costas por algumas horas e você já arrumou outra loira para por no meu lugar!
Lara soltou meu corpo na hora e fez uma cara de susto que deu vontade de rir.
~Deixa de ser dramática Raphaela. Vem aqui que quero te apresentar uma amiga que fiz recentemente.
Raphaela veio até a gente sorrindo e acho que isso deixou Lara mais tranquila. Apresentei as duas e ficamos ali de papo. Pelo jeito as duas se deram bem também porque não demorou muito e as duas estavam de brincadeira por causa do nosso sexo a três. Raphaela disse que nunca viu uma reunião como a nossa dar certo na vida. Lara perguntou o porquê. Raphaela disse que a dois dias atrás nós três éramos a esposa, a namorada e a amante do Mauricio e agora estávamos ali no mesmo sofá conversando como boas amigas. Lara riu dela e perguntou como que era esse negócio de sexo a três. Que era curiosa mas que nunca se imaginou em uma situação dessa.
Raphaela explicou para ela como funcionava e que isso era desde a época de namoro, mas retornou depois de um tempo de casamento. Mas que era só sexo. Sem envolver sentimentos da parte dela. Lara disse que nunca conseguiria fazer isso porque não conseguia separar as duas coisas. Que até o momento foi para cama com três homens e estava envolvida sentimentalmente com os três. Aí Raphaela curiosa como é já perguntou e se com mulher ela já tinha ido. Lara disse que não tinha nada contra e que achava muito bonito esteticamente ver duas mulheres juntas, mas não era a praia dela. Que até experimentou um beijo com uma menina na época de colégio mas que não rolou mesmo, que o negocia dela era o sexo oposto.
A conversa durou bastante, mas Lara teve que ir embora, Raphaela se ofereceu para levar em casa e depois no hospital. Lara não queria, mas nós acabamos convencendo ela a aceitar. Lara se foi depois de outro abraço muito demorado e mais um monte de agradecimentos. Eu fui tomar um banho e tentar descansar a mente um pouco. Mas não deu muito certo. Depois do banho me deitei e tive uma crise de choro. É complicado demais amar alguém que não vale a pena. Dói, machuca. Acaba com a gente.
No início da noite Raphaela me ligou e perguntou se eu me importava se ela fosse ver o Maurício. Eu disse que não me importava não, que ele era amigo dela e da minha parte eu não iria interferir jamais nisso. Mas pedi para ela não contar sobre a visita da Lara nem nada a respeito dela. Raphaela concordou e desligou.
Não consegui jantar mas bebi um vinho e comi alguns aperitivos. Fiquei vendo TV para distrair,. Já eram umas 22 horas quando Raphaela chegou e trouxe uma pequena mala com ela. Disse que ia ficar comigo o resto da semana e tinha muita coisa para me contar, mas que ia ser no outro dia porque estava cansada. Foi direto tomar um banho. Depois veio para cama sem nem uma peça de roupa e se agarrou comigo. Acabamos dormindo logo depois. A presença da Raphaela sempre me acalmava.
No outro dia na parte da manhã Raphaela me contou a história do Maurício com Lara. Perguntei a ela se ela acreditava naquilo e ela disse que sim. Eu disse que na verdade eu também acreditava mas para mim não mudava nada nas minhas decisões. Mas que saber que ele não fez nada premeditado no início dava um certo alívio. Pelo menos ele não era tão fdp como pensei, mas ainda era um baita de um fdp!
Na parte da tarde liguei para o Dudu e combinamos de nos reunir à noite. O resto do dia passei deitada agarrada com a Raphaela. Tive mais algumas crises de choro e aquela dor que eu sentia no peito não diminuía. À noite bebemos um vinho e pedi para Dudu cuidar do meu divórcio. Achei ele o mais adequado para isso já que era meu amigo e conhecido do Maurício. Não queria levar isso para um tribunal e Dudu poderia ser uma boa arma para convencer Maurício a assinar os papéis o mais rápido possível.
No outro dia Raphaela me deu uma ideia. Ela disse que pensou muito no que Maurício falou e provavelmente ele iria mesmo fechar a agência. Ela estava com dó dos funcionários que iria perder o emprego e que eu poderia resolver isso comprando a agência. Eu não entendi na hora mas quando ela começou a me explicar eu já entendi tudo. Era muito vantajoso para mim. Liguei para o presidente da minha agência e perguntei o que ele achava. Ele disse que seria um ótimo negócio e poderia ser muito lucrativo já que nossa agência não conseguia trabalhar com todas as marcas que queria trabalhar com a gente.
Resolvi pensar seriamente na possibilidade de comprar a agência do Maurício, ou melhor, ficar com ela porque eu não ia gastar um centavo para adquirir ela. No outro dia eu voltei a conversar com Raphaela sobre isso e disse que realmente a ideia dela era muito boa. Ela disse que eu devia fazer isso. Era só arrumar alguém de confiança, competente e que quisesse mesmo fazer um bom trabalho na agência. Aí tive uma ideia que Raphaela de início não entendeu. Eu disse que Maurício era perfeito para isso.
Ele iria virar um desempregado, iria sair provavelmente devendo. Teria que abrir valência. Provavelmente responderia a alguns processos por quebra de contrato. Ele estava a ponto de ir para o fundo do poço. Mas ele era competente, era da minha confiança nesse sentido porque nunca me roubou um centavo mesmo tendo oportunidades e acho que nenhuma outra pessoa iria valorizar aquele cargo como ele.
Raphaela falou que fazia sentido mas ainda achava muito arriscado. Eu disse que ele é o que tinha mais a perder se fizesse algo de errado.
Liguei para meu advogado e passei tudo para ele. No outro dia de manhã ele iria resolver para mim. Dudu disse que os papéis do divórcio já estavam prontos e no outro dia iria ao escritório do Maurício falar com ele.
A noite Lara ligou e disse que na próxima segunda a mãe seria operada e pediu para eu rezar muito por ela. Eu disse que faria isso e iria ficar com ela no hospital no momento da operação. Ela disse que ia ser muito demorado. Eu disse que não teria problema, eu iria lá para apoiar ela da melhor maneira possível.
Eu resolvi beber um vinho. Raphaela me acompanhou e acabamos bebendo quase a garrafa toda. Era uma meia noite quando resolvemos nos deitar. Raphaela foi tomar banho primeiro. Eu estava um pouco alterada por causa do vinho mas nada muito exagerado. Sentei na cama e a tristeza começou a tomar conta. Quando a primeira lágrima desceu eu a enxuguei e não me permiti chorar.
Levantei e fui para o banheiro. Raphaela estava enxaguando o cabelo de costas para mim. Não sei se foi o vinho ou a cena mas deu um tesão de ver ela ali com a espuma descendo pelo seu corpo. Eu tirei minha roupa, me aproximei dela e a abracei por trás. Ela sorriu de olhos fechados. Fui até o ouvido dela e disse que ela estava muito gostosa ali toda molhada. Ela disse que pelo jeito da minha voz provavelmente quem estava molhadinha era eu. Não teve como não rir dela
~Eu estou sim. Você acertou na mosca. Será que minha "amiga" pode me ajudar com isso?
Ela passou a mão no rosto e abriu os olhos.
~Eu estou aqui para te confortar do jeito que você quiser. Pode usar e abusar de mim "amiga".
Era tudo que eu precisava ouvir naquele momento. Chega de chorar. Melhor gozar um pouco.
Continua