Eu já havia me despedido do casal e, ao que tudo indicava, ou eles iriam pernoitar ali, ou a noite ainda iria render bastante. Dormir certamente eles não dormiriam tão cedo. Tive inveja do Mark nesse momento, afinal, ter duas mulheres lindíssimas, inteligentes e safadas, uma loira e uma morena só para ele, era um feito e tanto. Eu não conseguia imaginar como ele daria conta, mas, pela forma como elas eram loucas por ele, certamente ele daria o seu jeito.
(CONTINUANDO)
Voltei para o hotel e me joguei na cama. Agora, sozinho e relembrando os fatos, dei-me conta de quão constrangedora foi a minha presença lá, afinal, eles estavam lá para aquilo e eu imaginar que iria chegar já sendo aceito por eles foi uma grande idiotice da minha parte. Pelo Mark, acredito que até poderia ter rolado uma festinha mais ampla, porque, na medida do possível, ele pareceu ajudar, mas a Denise deixou claro nas entrelinhas que seu interesse naquele momento era somente por ele. Além disso, a Fernanda, reconciliada há pouco com o marido, também não arriscaria nada por uma noite de sexo comigo. Acabei sobrando, enfim, mas ainda assim feliz com uma noite leve, divertida e agradável na companhia deles.
Aliás, ali pude enxergar sob uma ótica diferente que nem todo casal liberal vive somente de sexo a todo o custo, como parecia ser o caso do Roger com a Alícia. Eles se divertiam como amigos, se amparavam, enfim, eram pessoas normais no seu dia a dia, com um “plus” quando caía a noite:
- Taí! Se a Lucinha tivesse sido honesta comigo, talvez até pudesse ter dado certo. Desse jeito, acho que eu toparia… - Resmunguei para mim mesmo, lembrando da expressão de vergonha da Denise ao ser advertida pela Fernanda.
Rindo dessa e outras situações, dormi em pouco tempo, ou melhor, desmaiei. No outro dia, acordei praticamente ao meio dia, descansado e bem mais animado. Após o almoço, liguei para o Mark, confirmando o horário da nossa reunião e ele disse que me encontraria na porta da corretora. Tudo corria sem percalços até que recebi uma ligação da Lucinha:
- Oi, amor. Tudo bem com você?
- Vou bem, obrigado, Lucinha, e você? - Respondi educadamente, mas sem demonstrar qualquer sentimentalismo através das palavras: - É… Aconteceu alguma coisa? É que eu tenho um compromisso daqui a pouco e preciso me preparar, sabe?
- Então… Eu liguei para saber se você conseguiu resolver aquela situação da corretora e…
- Pois é. - Tratei de interrompê-la porque realmente eu estava sem tempo: - Meu compromisso de hoje é exatamente esse, ir lá e fazer o meu acerto.
- Então, você foi mesmo demitido?
- Não! Eu pedi demissão.
Ela se calou por um instante e ouvi que respirava fundo, talvez tentando controlar um nervosismo:
- Gê, eu juro que não queria que nada disso estivesse acontecendo.
- Eu acredito em você, Lucinha, mas infelizmente você se envolveu com pessoas da pior espécie e eles não tiveram o menor receio de me prejudicar profissionalmente. - Pigarreei e mesmo não querendo, acabei cutucando ela: - E a nós dois pessoalmente, né?
- Ah… - Ela resmungou e suspirou profundamente outra vez: - Poxa! E justo agora…
- Justo agora por quê, Lucinha?
- Eu… Eu… Não, nada não.
- Lucinha, está acontecendo alguma coisa?
- Várias coisas, né, Gervásio. Várias mesmo…
- Você já está me assustando. Você quer me falar alguma coisa?
- Não, não... Está tudo bem, tudo mesmo. Ah, na verdade eu até queria sim. Você poderia pedir para o seu advogado preparar logo a papelada do divórcio? Eu queria resolver a nossa situação logo e voltar para a cidade dos meus pais. Acho que será melhor recomeçar por lá.
- Tá, eu… eu peço. - Falei, mas senti que ainda havia algo: - Tem certeza que é só isso?
- É sim. Assim que ele tiver preparado tudo, me avise, por favor. O quanto antes, ok?
- Ok.
- Beijo, amor, e desculpe novamente ter feito o que fiz. Você pode até não acreditar, mas eu nunca, nunca mesmo, quis te fazer sofrer e em momento algum deixei de te amar.
Embora em também a amasse, tudo havia me machucado profundamente e preferi não corresponder. Apenas de despedi educadamente, sem beijos, sem juras, sem nada, aliás, um único tchau. Desligamos e fiquei com um gosto amargo na boca e uma pulga atrás da orelha me dizia que alguma coisa iria estourar em breve. Já comecei a me preparar para o pior.
Fui me vestir e, no horário marcado, encontrei-me com o Mark na entrada da corretora. Nossa reunião, dessa vez a portas fechadas e apenas com o meu chefe, foi rápida e sua surpresa, que nem pareceu tanta, foi clara:
- Tem certeza mesmo, Gervásio? Minha proposta não tem nada a ver com o Roger ou outro investidor.
- Tenho sim, chefe. Infelizmente, eu… - Engasguei, triste ou chateado em ter que abandonar o barco porque realmente eu gostava dele: - Digamos que a dinâmica das coisas e as possibilidades me levaram a decidir por essa saída.
Ele lamentou bastante, mas não insistiu. Deu o comando e o valor do acerto foi imediatamente transferido para minha conta corrente. Não entrarei nos detalhes técnicos ou valores, porque isso só interessa a mim, mas posso dizer que, com o valor do acerto trabalhista acrescido das indenizações pelas corretagens, descontando os merecidos honorários do meu caro doutor Mark, eu poderia seguir em frente por um bom tempo, talvez até abrir a minha própria corretora. Foi o que eu expliquei para ele enquanto tomávamos um café numa padaria próxima, comemorando, enfim, que algo havia dado certo em minha vida:
- Uai! Taí uma ideia boa demais, Gervásio. Por que não faz isso? Acho até que eu mesmo poderia investir algum valor com você.
- Mas não é tão fácil assim entrar no mercado, Mark. Há várias corretoras e as maiores normalmente engolem as menores, ainda mais um lambari como eu.
Ele deu uma boa golada em seu café sem tirar os olhos de mim. Depois, depositou sua xícara no pires, pensando em algo:
- Cê já ouviu falar num peixinho chamado Candiru? - Perguntou e neguei com a cabeça: - Então… É uma bostinha de um peixe miudinho, se não me engano não passa de um dedo de tamanho, mas ele faz um estrago miserável em animais maiores. Pense assim, se você for se comparar a um peixe pequeno, que seja o Candiru: pequeno no tamanho, mas grande no estrago.
Sorri com seu conselho e embora curioso em saber mais sobre o animalzinho, não pude deixar de notar que sua lição estava certa. Vi que ele parecia mesmo solícito e decidi abusar um pouco, mesmo sabendo que me custaria:
- Talvez… Caso eu vá mesmo por esse caminho e decida abrir a minha corretora, talvez eu precise de uma orientação jurídica, hein?
- Uai, estou à sua disposição. Se bem que não é exatamente a minha área…
- Denise?
- Não. Também acho que não é a dela.
- Mas você conhece alguém?
- Sempre conheço alguém, ou alguém que conhece esse alguém. Só veja qual é a sua necessidade e me fale.
Convidei ele e a Fernanda para jantarem, mas ele recusou, alegando que precisaria voltar ainda naquela mesma noite para sua cidade, afinal, eles tinham família e a Fernanda ainda teria que viajar para os Estados Unidos. Falei para ele sobre o telefonema da Lucinha e ele se dispôs a preparar tudo o mais rápido possível, talvez até mesmo para a próxima semana. Despedimo-nos e fomos cada qual cuidar da própria vida.
Ele cumpriu sua intenção e na semana seguinte, ele colheu a assinatura da Lucinha nos papéis do divórcio. Na reunião em que explicou os trâmites e direitos, ela não criou qualquer impasse, nem mesmo parte do dinheiro que eu havia recebido ela fez questão de receber. No final, já um pouco recomposta, pediu apenas alguns móveis e se eu faria o favor de ajudá-la com o frete da mudança até sua cidade natal, Itú, onde ela iria morar numa edícula nos fundos do quintal dos pais até se estabelecer em definitivo. Naturalmente eu concordei com seu pedido e a ajudei com algum valor para que se mantivesse por um tempo, afinal, eu não tinha ódio algum por ela, apenas uma decepção, afinal, querendo ou não, ela teve uma participação fundamental em tudo o que aconteceu e isso demoliu nossa relação. Foi triste ver seu semblante abatido e os olhos marejados, enquanto lia os termos do divórcio e o assinou chorando, lamentando ter feito aquela burrada. Nesse momento, eu quase fraquejei, mas temi que, dando outra chance, ela poderia reincidir no erro.
Dias depois em que me aprofundei incansavelmente nos trâmites para abrir a minha própria corretora, pude contar com o apoio logístico do meu antigo chefe. O Mark se mostrou um parceiro mais que dedicado, aprendendo na teoria e na prática toda a parte jurídica relacionada à legalização e foi de grande importância para mim. Fernanda, como conselheira, mesmo à distância, ajudou-me no que era possível. E foi assim que, em fevereiro de 2020, nasceu a “Candiru”, em reconhecimento ao Mark, até o “slogan” veio de sua lição: “Com pequenos, mas bravos valores, alcançamos grandes resultados”.
Nas semanas seguintes, consegui convencer vários amigos a investirem comigo, alguns até saindo da minha antiga corretora. Inclusive, o meu antigo chefe me ajudou, direcionando alguns clientes de perfis específicos que não lhe interessavam e ele próprio, vejam bem o meu antigo chefe, investiu um bom valor na minha corretora, concorrendo contra a sua própria, vai entender… Mark e Fernanda também investiram e até mesmo a Denise que ainda me trouxe alguns colegas do escritório em que trabalhava.
Aliás, criei coragem e convidei a minha deusa nórdica para sair, e saímos algumas vezes. Ela se confirmou um espetáculo de mulher, linda, decidida, inteligente, e uma deliciosa surpresa na cama. Não entrarei nos detalhes da transa, mas posso dizer que ela é o tipo de mulher por quem eu facilmente me apaixonaria, aliás, eu e a torcida do Corinthians: uma discreta dama na sociedade e verdadeira puta na cama! Ela realmente fazia de tudo, mais um pouco. O único problema é que ela não fazia questão alguma de esconder que tinha uma queda vertiginosa pelo Mark e não parecia disposta a abrir mão disso, mesmo ele não lhe dando nenhuma esperança ou prometendo exclusividade.
Apesar de eu gostar da forma como o Mark, Fernanda e ela interagiam, quando parei para tentar me colocar numa situação relacionada, tendo que liberá-la para ele, entendi que eu não conseguiria, porque eu simplesmente não tinha um perfil liberal suficiente para isso. Aliás, o simples fato dela deixar bem claro como gostava dele e dela me incomodava bastante. Achei melhor não insistir num relacionamento com ela e nos tornamos bons amigos, saindo, às vezes, para beber e até mesmo transar.
Roger e Alícia simplesmente desapareceram da minha vida, mas não dos noticiários, jornais e revistas, sempre aparecendo felizes e sorridentes em algum evento social, eventos estes que eu conhecia bem e sabia como terminavam. Eles nunca mais me procuraram, ligaram, ou tentaram qualquer forma de aproximação e, sinceramente, foi melhor assim. Tê-los me infernizando poderia me tirar o foco do que eu realmente precisava fazer: reconstruir minha própria autoconfiança e vida.
O Mark chegou a comentar comigo que a Alícia tentou um contato discreto com ele por telefone, que ele não sabe como ela descobriu, mas sendo ele um advogado, não deveria ser tão difícil assim. Ele não deu abertura nas tentativas dela e ela aparentemente desistiu. Só há um acontecimento de relevância que deva ser mencionado. Certo dia, coisa de um ano depois da minha saída da minha antiga corretora, Mark e a Fernanda estavam aqui na capital, curtindo um jantar num restaurante de classe junto da Denise, antes de uma esticada na Inner Club e, por uma coincidência do destino, Alícia e Roger estavam no mesmo restaurante. Novamente, Alícia tentou se “amigar” com o casal, claramente interessada no Mark, e parece que a Fernanda a chamou num canto, “gentilmente” segurando em seu braço e “explicou” como a relação dos dois funcionava. O Mark conta que a Alícia, retornando à mesa e comentando algo com o Roger, causou uma impressão e tanto nele, tanto que eles apenas se despediram com olhos arregalados e saíram quase correndo do restaurante. Fernanda nunca nos contou exatamente o que lhe disse:
- Nu! Conhecendo a Nanda como eu conheço, essa prosa não deve ter sido muito tranquila não! - Mark me falava, rindo.
- Ara! Que nada, bobo. Só expliquei para ela, de uma forma muito madura e polida, que os quadradinhos ao seu redor já se encontravam todos preenchidos. Só isso! - Ela explicava, calma, mas com um sorriso maligno.
- Cê não vai me contar mesmo o que disse, né? - Mark insistia, encarando a esposa.
- Uai! Falei nada não, sô. Só… - Ela se calou e o sorriso em seu rosto aumentou mais ainda, ficando quase assustador: - Bem, eu falei que tinha bons amigos e que eles era tão bons, mas tão bons, mas tão bão de bons mesmo, que se eles se aproximassem de você, de mim ou de nossas filhas, independentemente de qual fosse a intenção, eu pediria para eles acabarem com a vida deles.
Mark nesse momento se calou, encarando a esposa com um olhar curioso. Ele bebericava um uísque pensando a respeito, enquanto eu tentava arrancar mais informações dela, tudo em vão. Já conversávamos outro assunto qualquer quando ele, num certo momento, arregalou os olhos, a encarou e disse um único nome:
- Callaghan…
Ela não confirmou, nem negou, mas seu sorriso e a forma como o olhou pareceu confirmar sua suspeita. Perguntei quem era esse Callaghan, mas nenhum deles quis dar mais informações a respeito.
A vida seguiu e ao final do segundo ano de vida da “Candiru”, minha corretora foi procurada por um investidor oculto que transferiu um montante bastante considerável para que eu administrasse. Na realidade, o valor era quase obsceno se eu considerar todo o montante que eu gerenciava até então. Para terem uma ideia, somente esse investidor alocou mais de cem milhões comigo, tornando-se, de longe, meu maior ativo. Ele era representado, sempre que necessário, por um advogado, doutor Ernesto Sabugosa, um profissional midiático conhecidíssimo por causa de sua ética questionável e envolvimento com bandidos, digo, políticos da alta cúpula de Brasília. Eu o conhecia dos noticiários e Mark dos “foros” da vida:
- Ih… Já ouvi falar dessa “traia” aí. “Ficativo” com esse homem, hein, Gervásio!
- Mas você acha que ele pode estar armando alguma coisa?
- Espero que não e desde que você não faça nada de errado, nada poderá ser alegado contra você, entendeu? Trabalhe bem e aproveite a maré de sorte, mas juízo e cuidados redobrados com esse investidor.
No final do 3º ano DC (Depois da “Candiru”), conheci uma mulher tão bonita quanto a Fernanda, talvez até mais. Nessa noite, estava num barzinho conversando com alguns amigos, num “happy hour” sem maiores pretensões, e tive o prazer de conhecê-la. Foi a maior trepada da minha vida! Ela me deixou largado, morto, usado, abusado na verdade, mas feliz demais. Engatamos um relacionamento sem grandes pretensões, mas nos demos tão bem na cama que passamos a nos encontrar duas, três vezes por semana, às vezes até mais. Normalmente saíamos para programas convencionais, mas sempre terminávamos na cama de algum motel. Nunca chegamos a nos encontrar em nossos apartamentos porque ela não queria tanto intimidade, dizia não querer ter um relacionamento fixo com ninguém por enquanto.
Lembro como se fosse hoje… Num final de semana, Mark veio me entregar alguns documentos da corretora e a Fernanda veio passear com ele. Convidei-os para um jantar e decidi que iria apresentar minha “ficante frequente”. Após uma luta duríssima para convencer minha mulata, que só terminou quando ela gozou pela terceira vez numa noite épica num motel exclusivíssimo e caríssimo no Cambuci, ela topou. A surpresa ficou quando eles se encontraram:
- Peraí! Você não é a Nanda? - Perguntou, surpresa, minha ficante.
- Iara!? - Fernanda retrucou sem responder à pergunta, boquiaberta e de olhos arregalados.
- Ué!? Vocês já se conheciam? - Perguntei.
Nesse momento, o Mark apontou sua cabeça, curioso com a conversa:
- Ah! Oiiiii, Mark... - Iara falou de uma forma manhosa e com um sorriso estampado no rosto.
- Anjinha! - Ele respondeu surpreso.
- Anjinha? - Perguntei, curioso.
- Anjinha! - Fernanda repetiu olhando brava para o marido.
- É, uai! Anjinha era o apelido da Iara quando a gente… - Mark pigarreou vendo que só estava piorando a situação e tentou remendar aquela colcha de retalhos com arame farpado: - Só Iara então, tá bom assim?
Fernanda entrou pisando alto e repetindo “anjinha” sem parar, mas com a mesma rapidez que entrou, ela voltou ao ver que a Iara se aproximava do Mark, claramente intencionada em cumprimentá-lo apenas. Coincidência ou não, querendo ou não aporrinhá-la, Iara notou sua aproximação, mas não teve medo e fez o que tinha que fazer para cumprimentar o Mark, abraçando-o e lhe dando dois beijinhos nas bochechas. No final, ela ainda abusou um pouquinho:
- Eu gosto de anjinha... Ah, desculpa! - Disse Iara e o beijou novamente: - Em Minas são três, não são?
Nesse momento eu tive medo que a Fernanda fosse pegá-la pelos cabelos cacheados, porque ela a olhava com sangue nos olhos. Aliás, Fernanda fiscalizava tudo a centímetros de distância, só esperando sei lá o quê para se tornar a mesma Fernanda que eu conhecia da época de faculdade: brava, ferina, uma onça acuada. Ladino, Mark foi estritamente formal, mas sempre educado, aliás, de uma formalidade quase britânica com a Iara e a Fernanda se acalmou, mesmo sem tirar os olhos dele.
Elas acabaram se acertando após alguma conversa e uma boa quantidade de bebida. A noite acabou sendo deliciosa, tirando dois ou três momentos em que a Iara ou o Mark acabaram tocando em lembranças de um passado comum, fazendo a Fernanda arregalar os olhos, apertar os lábios e dedilhar nervosamente os dedos sobre a mesa. Aliás, não pude deixar de notar que vez ou outra a Iara mexia no seu decote, chamando a atenção de todos e fazendo Fernanda a encarar, inconformada. Mark, por mais que encarasse, quando notava que sua esposa o olhava, ele desviava o foco e fazia cara de paisagem. Ainda assim, tomou alguns bons beliscões na costela. No final, rimos muito e a noite foi muito divertida, embora eu tenha decidido nunca mais convidá-los para jantarmos os quatro juntos. Ali eu havia notado que a Iara ainda tinha algum sentimento pelo Mark, talvez não amor, mas desejo, tesão, certamente. Ainda assim, a noite renderia...
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